Diversidade e Inclusão

O que passa nessas cabeças?


Episódio 75 da coluna Vencer Limites na Rádio Eldorado FM (107,3), que vai ao ar toda terça-feira, às 7h20, ao vivo, no Jornal Eldorado.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Difícil entender decisões de governantes brasileiros sobre a população com deficiência.  Foto: Estadão

Neste 75º episódio da coluna Vencer Limites na Rádio Eldorado FM (107,3), a (quase) prioridade à vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19 e a decisão do governador de SP sobre laudos para autistas.

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Um áudio que viralizou nas redes sociais e tem sido usado em memes representa bem nossas dificuldades de entender determinadas decisões de nossos governantes.

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"Já olhou para alguém e pensou: o que passa na cabeça dela?", é uma frase do filme 'Divertida Mente', animação da Disney, de 2015, que aborda as emoções de uma menina de 11 anos.

O que passa na cabeça do Ministério da Saúde ao decidir sobre a vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19?

Primeiro, nem havia pessoas com deficiência na primeira etapa da primeira campanha de vacinação de 2023.

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Nós gritamos, reclamamos, e fomos incluídos.

Seríamos incluídos se não gritássemos?

Então, o MS divulga as cinco fases da primeira etapa, com todos os grupos prioritários, coloca as pessoas com deficiência na ÚLTIMA FASE e diz que foi "uma decisão colegiada, de acordo com os riscos para casos graves e óbitos".

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O que se passa cabeça do Ministério da Saúde?

Pessoas com síndrome de Down, autistas, pessoas tetraplégicas e paraplégicas, com deficiências físicas e intelectuais causadas por condições neurológicas, podem apresentar sintomas específicos associados à infecção. Indivíduos com Alzheimer, paralisia cerebral, que têm sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), síndromes como Charcot-Marie-Tooth (CMT), neuropatias diabéticas e outras semelhantes, além de doenças raras, podem ter uma piora brusca no quadro geral de saúde, com perda de memória, mobilidade e força, além de fadiga repentina. Essas pessoas, dizem muitos especialistas, têm alto risco de morte ou de desenvolver casos graves da doença.

Subestimar as consequências da covid-19 nas pessoas com deficiência é um erro primário, que já foi cometido pelo Brasil e por muitos países, e que levou muita gente com deficiência à morte.

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O Ministério da Saúde afirma que tudo será rápido e organizado, com início da vacinação em 27 de fevereiro, mas ainda sem data confirmada para a população com deficiência ir ao posto de saúde tomar a dose bivalente da Pfizer.

Aguardamos.

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Tarcísio de Freitas vetou laudo permanente para autistas.  Foto: Estadão

Em SP, o que passa na cabeça da Secretaria de Saúde e do governador Tarcísio de Freitas, que vetou a emissão de laudo permanente para autistas porque, segundo orientação da própria Secretaria da Saúde, "autismo pode deixar de existir"?

Novamente, lá fomos gritar, reclamar, e explicar, como se fosse necessário, que o autismo não deixa de existir.

Rapidamente, a Secretaria de Saúde veio a público declarar que é favorável ao laudo permanente para autistas, com revisão em determinados casos, e admitiu que "pode haver" problemas no parecer usado como base para o veto do governador ao PL que estabelecia a emissão desse documento, o Projeto de Lei N° 665/2020, do deputado Paulo Correa Junior (PSD).

E o próprio governador Tarcísio de Freitas se manifestou nas redes sociais, admitindo o erro na decisão.

Haveria retratação e reavaliação dessa decisão se nós não gritássemos?

Em pleno 2023, com tudo o que já sabemos sobre as consequências da covid-19 nas pessoas com deficiência e tudo o que já sabemos sobre o Transtorno do Espectro Autista, ainda precisamos gritar para que erros primários dessa magnitude sejam corrigidos.

O que passa nessas cabeças? Desinformação, desinteresse, despreparo ou apenas desprezo pelas pessoas com deficiência?

Difícil entender decisões de governantes brasileiros sobre a população com deficiência.  Foto: Estadão

Neste 75º episódio da coluna Vencer Limites na Rádio Eldorado FM (107,3), a (quase) prioridade à vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19 e a decisão do governador de SP sobre laudos para autistas.

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Um áudio que viralizou nas redes sociais e tem sido usado em memes representa bem nossas dificuldades de entender determinadas decisões de nossos governantes.

"Já olhou para alguém e pensou: o que passa na cabeça dela?", é uma frase do filme 'Divertida Mente', animação da Disney, de 2015, que aborda as emoções de uma menina de 11 anos.

O que passa na cabeça do Ministério da Saúde ao decidir sobre a vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19?

Primeiro, nem havia pessoas com deficiência na primeira etapa da primeira campanha de vacinação de 2023.

Nós gritamos, reclamamos, e fomos incluídos.

Seríamos incluídos se não gritássemos?

Então, o MS divulga as cinco fases da primeira etapa, com todos os grupos prioritários, coloca as pessoas com deficiência na ÚLTIMA FASE e diz que foi "uma decisão colegiada, de acordo com os riscos para casos graves e óbitos".

O que se passa cabeça do Ministério da Saúde?

Pessoas com síndrome de Down, autistas, pessoas tetraplégicas e paraplégicas, com deficiências físicas e intelectuais causadas por condições neurológicas, podem apresentar sintomas específicos associados à infecção. Indivíduos com Alzheimer, paralisia cerebral, que têm sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), síndromes como Charcot-Marie-Tooth (CMT), neuropatias diabéticas e outras semelhantes, além de doenças raras, podem ter uma piora brusca no quadro geral de saúde, com perda de memória, mobilidade e força, além de fadiga repentina. Essas pessoas, dizem muitos especialistas, têm alto risco de morte ou de desenvolver casos graves da doença.

Subestimar as consequências da covid-19 nas pessoas com deficiência é um erro primário, que já foi cometido pelo Brasil e por muitos países, e que levou muita gente com deficiência à morte.

O Ministério da Saúde afirma que tudo será rápido e organizado, com início da vacinação em 27 de fevereiro, mas ainda sem data confirmada para a população com deficiência ir ao posto de saúde tomar a dose bivalente da Pfizer.

Aguardamos.

Tarcísio de Freitas vetou laudo permanente para autistas.  Foto: Estadão

Em SP, o que passa na cabeça da Secretaria de Saúde e do governador Tarcísio de Freitas, que vetou a emissão de laudo permanente para autistas porque, segundo orientação da própria Secretaria da Saúde, "autismo pode deixar de existir"?

Novamente, lá fomos gritar, reclamar, e explicar, como se fosse necessário, que o autismo não deixa de existir.

Rapidamente, a Secretaria de Saúde veio a público declarar que é favorável ao laudo permanente para autistas, com revisão em determinados casos, e admitiu que "pode haver" problemas no parecer usado como base para o veto do governador ao PL que estabelecia a emissão desse documento, o Projeto de Lei N° 665/2020, do deputado Paulo Correa Junior (PSD).

E o próprio governador Tarcísio de Freitas se manifestou nas redes sociais, admitindo o erro na decisão.

Haveria retratação e reavaliação dessa decisão se nós não gritássemos?

Em pleno 2023, com tudo o que já sabemos sobre as consequências da covid-19 nas pessoas com deficiência e tudo o que já sabemos sobre o Transtorno do Espectro Autista, ainda precisamos gritar para que erros primários dessa magnitude sejam corrigidos.

O que passa nessas cabeças? Desinformação, desinteresse, despreparo ou apenas desprezo pelas pessoas com deficiência?

Difícil entender decisões de governantes brasileiros sobre a população com deficiência.  Foto: Estadão

Neste 75º episódio da coluna Vencer Limites na Rádio Eldorado FM (107,3), a (quase) prioridade à vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19 e a decisão do governador de SP sobre laudos para autistas.

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Um áudio que viralizou nas redes sociais e tem sido usado em memes representa bem nossas dificuldades de entender determinadas decisões de nossos governantes.

"Já olhou para alguém e pensou: o que passa na cabeça dela?", é uma frase do filme 'Divertida Mente', animação da Disney, de 2015, que aborda as emoções de uma menina de 11 anos.

O que passa na cabeça do Ministério da Saúde ao decidir sobre a vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19?

Primeiro, nem havia pessoas com deficiência na primeira etapa da primeira campanha de vacinação de 2023.

Nós gritamos, reclamamos, e fomos incluídos.

Seríamos incluídos se não gritássemos?

Então, o MS divulga as cinco fases da primeira etapa, com todos os grupos prioritários, coloca as pessoas com deficiência na ÚLTIMA FASE e diz que foi "uma decisão colegiada, de acordo com os riscos para casos graves e óbitos".

O que se passa cabeça do Ministério da Saúde?

Pessoas com síndrome de Down, autistas, pessoas tetraplégicas e paraplégicas, com deficiências físicas e intelectuais causadas por condições neurológicas, podem apresentar sintomas específicos associados à infecção. Indivíduos com Alzheimer, paralisia cerebral, que têm sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), síndromes como Charcot-Marie-Tooth (CMT), neuropatias diabéticas e outras semelhantes, além de doenças raras, podem ter uma piora brusca no quadro geral de saúde, com perda de memória, mobilidade e força, além de fadiga repentina. Essas pessoas, dizem muitos especialistas, têm alto risco de morte ou de desenvolver casos graves da doença.

Subestimar as consequências da covid-19 nas pessoas com deficiência é um erro primário, que já foi cometido pelo Brasil e por muitos países, e que levou muita gente com deficiência à morte.

O Ministério da Saúde afirma que tudo será rápido e organizado, com início da vacinação em 27 de fevereiro, mas ainda sem data confirmada para a população com deficiência ir ao posto de saúde tomar a dose bivalente da Pfizer.

Aguardamos.

Tarcísio de Freitas vetou laudo permanente para autistas.  Foto: Estadão

Em SP, o que passa na cabeça da Secretaria de Saúde e do governador Tarcísio de Freitas, que vetou a emissão de laudo permanente para autistas porque, segundo orientação da própria Secretaria da Saúde, "autismo pode deixar de existir"?

Novamente, lá fomos gritar, reclamar, e explicar, como se fosse necessário, que o autismo não deixa de existir.

Rapidamente, a Secretaria de Saúde veio a público declarar que é favorável ao laudo permanente para autistas, com revisão em determinados casos, e admitiu que "pode haver" problemas no parecer usado como base para o veto do governador ao PL que estabelecia a emissão desse documento, o Projeto de Lei N° 665/2020, do deputado Paulo Correa Junior (PSD).

E o próprio governador Tarcísio de Freitas se manifestou nas redes sociais, admitindo o erro na decisão.

Haveria retratação e reavaliação dessa decisão se nós não gritássemos?

Em pleno 2023, com tudo o que já sabemos sobre as consequências da covid-19 nas pessoas com deficiência e tudo o que já sabemos sobre o Transtorno do Espectro Autista, ainda precisamos gritar para que erros primários dessa magnitude sejam corrigidos.

O que passa nessas cabeças? Desinformação, desinteresse, despreparo ou apenas desprezo pelas pessoas com deficiência?

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