Diversidade e Inclusão

Resultado do Censo 2022 sobre pessoas com deficiência só deve sair no último trimestre de 2024


Ainda não há data definida, segundo o IBGE. Perguntas sobre deficiências e autismo entraram somente no questionário de amostra.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos.  

Os resultados sobre a população com deficiência no Censo de 2022 só devem ser divulgados no último trimestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com exclusividade ao blog Vencer Limites .

continua após a publicidade

De acordo com o IBGE, a data para apresentação desses dados específicos ainda não está definida.

O instituto já havia respondido a esse questionamento em setembro do ano passado, quando destacou que "o cronograma de divulgações dos resultados do Censo 2022 ainda está sendo definido e os dados sobre este tema devem ser divulgados em 2024".

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos. No Censo de 2010 foi estabelecido que havia 45,6 milhões de habitantes com deficiência em nosso País. Algum tempo depois o próprio IBGE reconheceu que os critérios de identificação da pessoa com deficiência na enquete levaram os pesquisadores a uma quantificação errada. Não houve Censo em 2020. Em 2021, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), também coordenada pelo IBGE, contabilizou 17 milhões de pessoas com deficiência. Em 2022, na 'Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência', foi divulgado que o Brasil tinha 18,6 milhões de pessoas com deficiência.

continua após a publicidade

Somente indivíduos quem têm muita dificuldade ou não conseguem de modo algum fazer uma atividade foram identificados como pessoas com deficiência no Censo 2022. A informação foi confirmada ao blog Vencer Limites pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que detalhou os critérios da pesquisa iniciada nesta semana em todo o País.

"O questionário do Censo de Demográfico de 2022 passou por poucas mudanças, se comparado com 2010, e segue orientações do Grupo de Washington, do conjunto curto de questões sobre deficiência (short set of disability questions), difundido internacionalmente entre órgãos de estatística e institutos de pesquisas", diz Maira Bonna Lenzi, analista de pesquisa do grupo de trabalho de deficiência do IBGE.

O instituto também confirmou que, seguindo o previsto na Lei Nº 13.861/2019, houve a inclusão de questão específica sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

continua após a publicidade

"O bloco que aborda a deficiência é aplicado para todos os moradores de 2 anos ou mais de idade. A identificação das pessoas com deficiência se dá a partir da mensuração do grau de dificuldade que a pessoa tem ao realizar algumas atividades. Devem obedecer a escala que tem 'nenhuma dificuldade', 'alguma dificuldade', 'muita dificuldade' e 'não consegue de modo algum', conforme as recomendações do Grupo de Washington", detalha a analista.

"Em todos os indicadores publicados pelo IBGE, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem muita dificuldade ou não consegue de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, movimentar membros superiores ou fazer tarefas habituais como se comunicar, ter cuidados pessoais, trabalhar, estudar, etc, em decorrência de limitações nas funções mentais ou intelectuais, mesmo que faça uso de aparelhos de auxílio", diz Maira.

"Isso permite que o Brasil possa fazer comparações com outras pesquisas do próprio IBGE e de países que seguem as orientações do Grupo de Washington", esclarece a especialista, que explica por qual motivo o instituto decidiu não usar no Censo 2022 o IFBrM (Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado).

continua após a publicidade

"Para compreender a deficiência como produto da interação entre funções e estruturas corporais, com limitações e barreiras sociais e ambientais, resultando em restrições de participação em igualdade de condições com as demais pessoas, o Censo está em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a Convenção de Direitos da Pessoa com Deficiência da Organização das Nações Unidas e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), mas o Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado (IFBMr) ainda não foi implantado nos órgãos brasileiros, mesmo aprovado na Resolução CONADE nº 01/2020, época em que o questionário do Censo já havia sido definido", completa a analista do IBGE.

O Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), é uma base fundamental para políticas públicas. Em sua primeira fase, contempla quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria por deficiência, ambos obtidos por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos.  

Os resultados sobre a população com deficiência no Censo de 2022 só devem ser divulgados no último trimestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com exclusividade ao blog Vencer Limites .

De acordo com o IBGE, a data para apresentação desses dados específicos ainda não está definida.

O instituto já havia respondido a esse questionamento em setembro do ano passado, quando destacou que "o cronograma de divulgações dos resultados do Censo 2022 ainda está sendo definido e os dados sobre este tema devem ser divulgados em 2024".

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos. No Censo de 2010 foi estabelecido que havia 45,6 milhões de habitantes com deficiência em nosso País. Algum tempo depois o próprio IBGE reconheceu que os critérios de identificação da pessoa com deficiência na enquete levaram os pesquisadores a uma quantificação errada. Não houve Censo em 2020. Em 2021, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), também coordenada pelo IBGE, contabilizou 17 milhões de pessoas com deficiência. Em 2022, na 'Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência', foi divulgado que o Brasil tinha 18,6 milhões de pessoas com deficiência.

Somente indivíduos quem têm muita dificuldade ou não conseguem de modo algum fazer uma atividade foram identificados como pessoas com deficiência no Censo 2022. A informação foi confirmada ao blog Vencer Limites pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que detalhou os critérios da pesquisa iniciada nesta semana em todo o País.

"O questionário do Censo de Demográfico de 2022 passou por poucas mudanças, se comparado com 2010, e segue orientações do Grupo de Washington, do conjunto curto de questões sobre deficiência (short set of disability questions), difundido internacionalmente entre órgãos de estatística e institutos de pesquisas", diz Maira Bonna Lenzi, analista de pesquisa do grupo de trabalho de deficiência do IBGE.

O instituto também confirmou que, seguindo o previsto na Lei Nº 13.861/2019, houve a inclusão de questão específica sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"O bloco que aborda a deficiência é aplicado para todos os moradores de 2 anos ou mais de idade. A identificação das pessoas com deficiência se dá a partir da mensuração do grau de dificuldade que a pessoa tem ao realizar algumas atividades. Devem obedecer a escala que tem 'nenhuma dificuldade', 'alguma dificuldade', 'muita dificuldade' e 'não consegue de modo algum', conforme as recomendações do Grupo de Washington", detalha a analista.

"Em todos os indicadores publicados pelo IBGE, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem muita dificuldade ou não consegue de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, movimentar membros superiores ou fazer tarefas habituais como se comunicar, ter cuidados pessoais, trabalhar, estudar, etc, em decorrência de limitações nas funções mentais ou intelectuais, mesmo que faça uso de aparelhos de auxílio", diz Maira.

"Isso permite que o Brasil possa fazer comparações com outras pesquisas do próprio IBGE e de países que seguem as orientações do Grupo de Washington", esclarece a especialista, que explica por qual motivo o instituto decidiu não usar no Censo 2022 o IFBrM (Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado).

"Para compreender a deficiência como produto da interação entre funções e estruturas corporais, com limitações e barreiras sociais e ambientais, resultando em restrições de participação em igualdade de condições com as demais pessoas, o Censo está em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a Convenção de Direitos da Pessoa com Deficiência da Organização das Nações Unidas e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), mas o Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado (IFBMr) ainda não foi implantado nos órgãos brasileiros, mesmo aprovado na Resolução CONADE nº 01/2020, época em que o questionário do Censo já havia sido definido", completa a analista do IBGE.

O Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), é uma base fundamental para políticas públicas. Em sua primeira fase, contempla quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria por deficiência, ambos obtidos por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos.  

Os resultados sobre a população com deficiência no Censo de 2022 só devem ser divulgados no último trimestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com exclusividade ao blog Vencer Limites .

De acordo com o IBGE, a data para apresentação desses dados específicos ainda não está definida.

O instituto já havia respondido a esse questionamento em setembro do ano passado, quando destacou que "o cronograma de divulgações dos resultados do Censo 2022 ainda está sendo definido e os dados sobre este tema devem ser divulgados em 2024".

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos. No Censo de 2010 foi estabelecido que havia 45,6 milhões de habitantes com deficiência em nosso País. Algum tempo depois o próprio IBGE reconheceu que os critérios de identificação da pessoa com deficiência na enquete levaram os pesquisadores a uma quantificação errada. Não houve Censo em 2020. Em 2021, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), também coordenada pelo IBGE, contabilizou 17 milhões de pessoas com deficiência. Em 2022, na 'Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência', foi divulgado que o Brasil tinha 18,6 milhões de pessoas com deficiência.

Somente indivíduos quem têm muita dificuldade ou não conseguem de modo algum fazer uma atividade foram identificados como pessoas com deficiência no Censo 2022. A informação foi confirmada ao blog Vencer Limites pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que detalhou os critérios da pesquisa iniciada nesta semana em todo o País.

"O questionário do Censo de Demográfico de 2022 passou por poucas mudanças, se comparado com 2010, e segue orientações do Grupo de Washington, do conjunto curto de questões sobre deficiência (short set of disability questions), difundido internacionalmente entre órgãos de estatística e institutos de pesquisas", diz Maira Bonna Lenzi, analista de pesquisa do grupo de trabalho de deficiência do IBGE.

O instituto também confirmou que, seguindo o previsto na Lei Nº 13.861/2019, houve a inclusão de questão específica sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"O bloco que aborda a deficiência é aplicado para todos os moradores de 2 anos ou mais de idade. A identificação das pessoas com deficiência se dá a partir da mensuração do grau de dificuldade que a pessoa tem ao realizar algumas atividades. Devem obedecer a escala que tem 'nenhuma dificuldade', 'alguma dificuldade', 'muita dificuldade' e 'não consegue de modo algum', conforme as recomendações do Grupo de Washington", detalha a analista.

"Em todos os indicadores publicados pelo IBGE, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem muita dificuldade ou não consegue de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, movimentar membros superiores ou fazer tarefas habituais como se comunicar, ter cuidados pessoais, trabalhar, estudar, etc, em decorrência de limitações nas funções mentais ou intelectuais, mesmo que faça uso de aparelhos de auxílio", diz Maira.

"Isso permite que o Brasil possa fazer comparações com outras pesquisas do próprio IBGE e de países que seguem as orientações do Grupo de Washington", esclarece a especialista, que explica por qual motivo o instituto decidiu não usar no Censo 2022 o IFBrM (Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado).

"Para compreender a deficiência como produto da interação entre funções e estruturas corporais, com limitações e barreiras sociais e ambientais, resultando em restrições de participação em igualdade de condições com as demais pessoas, o Censo está em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a Convenção de Direitos da Pessoa com Deficiência da Organização das Nações Unidas e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), mas o Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado (IFBMr) ainda não foi implantado nos órgãos brasileiros, mesmo aprovado na Resolução CONADE nº 01/2020, época em que o questionário do Censo já havia sido definido", completa a analista do IBGE.

O Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), é uma base fundamental para políticas públicas. Em sua primeira fase, contempla quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria por deficiência, ambos obtidos por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos.  

Os resultados sobre a população com deficiência no Censo de 2022 só devem ser divulgados no último trimestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com exclusividade ao blog Vencer Limites .

De acordo com o IBGE, a data para apresentação desses dados específicos ainda não está definida.

O instituto já havia respondido a esse questionamento em setembro do ano passado, quando destacou que "o cronograma de divulgações dos resultados do Censo 2022 ainda está sendo definido e os dados sobre este tema devem ser divulgados em 2024".

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos. No Censo de 2010 foi estabelecido que havia 45,6 milhões de habitantes com deficiência em nosso País. Algum tempo depois o próprio IBGE reconheceu que os critérios de identificação da pessoa com deficiência na enquete levaram os pesquisadores a uma quantificação errada. Não houve Censo em 2020. Em 2021, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), também coordenada pelo IBGE, contabilizou 17 milhões de pessoas com deficiência. Em 2022, na 'Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência', foi divulgado que o Brasil tinha 18,6 milhões de pessoas com deficiência.

Somente indivíduos quem têm muita dificuldade ou não conseguem de modo algum fazer uma atividade foram identificados como pessoas com deficiência no Censo 2022. A informação foi confirmada ao blog Vencer Limites pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que detalhou os critérios da pesquisa iniciada nesta semana em todo o País.

"O questionário do Censo de Demográfico de 2022 passou por poucas mudanças, se comparado com 2010, e segue orientações do Grupo de Washington, do conjunto curto de questões sobre deficiência (short set of disability questions), difundido internacionalmente entre órgãos de estatística e institutos de pesquisas", diz Maira Bonna Lenzi, analista de pesquisa do grupo de trabalho de deficiência do IBGE.

O instituto também confirmou que, seguindo o previsto na Lei Nº 13.861/2019, houve a inclusão de questão específica sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"O bloco que aborda a deficiência é aplicado para todos os moradores de 2 anos ou mais de idade. A identificação das pessoas com deficiência se dá a partir da mensuração do grau de dificuldade que a pessoa tem ao realizar algumas atividades. Devem obedecer a escala que tem 'nenhuma dificuldade', 'alguma dificuldade', 'muita dificuldade' e 'não consegue de modo algum', conforme as recomendações do Grupo de Washington", detalha a analista.

"Em todos os indicadores publicados pelo IBGE, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem muita dificuldade ou não consegue de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, movimentar membros superiores ou fazer tarefas habituais como se comunicar, ter cuidados pessoais, trabalhar, estudar, etc, em decorrência de limitações nas funções mentais ou intelectuais, mesmo que faça uso de aparelhos de auxílio", diz Maira.

"Isso permite que o Brasil possa fazer comparações com outras pesquisas do próprio IBGE e de países que seguem as orientações do Grupo de Washington", esclarece a especialista, que explica por qual motivo o instituto decidiu não usar no Censo 2022 o IFBrM (Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado).

"Para compreender a deficiência como produto da interação entre funções e estruturas corporais, com limitações e barreiras sociais e ambientais, resultando em restrições de participação em igualdade de condições com as demais pessoas, o Censo está em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a Convenção de Direitos da Pessoa com Deficiência da Organização das Nações Unidas e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), mas o Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado (IFBMr) ainda não foi implantado nos órgãos brasileiros, mesmo aprovado na Resolução CONADE nº 01/2020, época em que o questionário do Censo já havia sido definido", completa a analista do IBGE.

O Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), é uma base fundamental para políticas públicas. Em sua primeira fase, contempla quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria por deficiência, ambos obtidos por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos.  

Os resultados sobre a população com deficiência no Censo de 2022 só devem ser divulgados no último trimestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com exclusividade ao blog Vencer Limites .

De acordo com o IBGE, a data para apresentação desses dados específicos ainda não está definida.

O instituto já havia respondido a esse questionamento em setembro do ano passado, quando destacou que "o cronograma de divulgações dos resultados do Censo 2022 ainda está sendo definido e os dados sobre este tema devem ser divulgados em 2024".

Estatísticas a respeito da população com deficiência do Brasil sofreram várias alterações nos últimos 15 anos. No Censo de 2010 foi estabelecido que havia 45,6 milhões de habitantes com deficiência em nosso País. Algum tempo depois o próprio IBGE reconheceu que os critérios de identificação da pessoa com deficiência na enquete levaram os pesquisadores a uma quantificação errada. Não houve Censo em 2020. Em 2021, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), também coordenada pelo IBGE, contabilizou 17 milhões de pessoas com deficiência. Em 2022, na 'Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência', foi divulgado que o Brasil tinha 18,6 milhões de pessoas com deficiência.

Somente indivíduos quem têm muita dificuldade ou não conseguem de modo algum fazer uma atividade foram identificados como pessoas com deficiência no Censo 2022. A informação foi confirmada ao blog Vencer Limites pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que detalhou os critérios da pesquisa iniciada nesta semana em todo o País.

"O questionário do Censo de Demográfico de 2022 passou por poucas mudanças, se comparado com 2010, e segue orientações do Grupo de Washington, do conjunto curto de questões sobre deficiência (short set of disability questions), difundido internacionalmente entre órgãos de estatística e institutos de pesquisas", diz Maira Bonna Lenzi, analista de pesquisa do grupo de trabalho de deficiência do IBGE.

O instituto também confirmou que, seguindo o previsto na Lei Nº 13.861/2019, houve a inclusão de questão específica sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"O bloco que aborda a deficiência é aplicado para todos os moradores de 2 anos ou mais de idade. A identificação das pessoas com deficiência se dá a partir da mensuração do grau de dificuldade que a pessoa tem ao realizar algumas atividades. Devem obedecer a escala que tem 'nenhuma dificuldade', 'alguma dificuldade', 'muita dificuldade' e 'não consegue de modo algum', conforme as recomendações do Grupo de Washington", detalha a analista.

"Em todos os indicadores publicados pelo IBGE, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem muita dificuldade ou não consegue de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, movimentar membros superiores ou fazer tarefas habituais como se comunicar, ter cuidados pessoais, trabalhar, estudar, etc, em decorrência de limitações nas funções mentais ou intelectuais, mesmo que faça uso de aparelhos de auxílio", diz Maira.

"Isso permite que o Brasil possa fazer comparações com outras pesquisas do próprio IBGE e de países que seguem as orientações do Grupo de Washington", esclarece a especialista, que explica por qual motivo o instituto decidiu não usar no Censo 2022 o IFBrM (Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado).

"Para compreender a deficiência como produto da interação entre funções e estruturas corporais, com limitações e barreiras sociais e ambientais, resultando em restrições de participação em igualdade de condições com as demais pessoas, o Censo está em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a Convenção de Direitos da Pessoa com Deficiência da Organização das Nações Unidas e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), mas o Índice de Funcionalidades Brasileiro Modificado (IFBMr) ainda não foi implantado nos órgãos brasileiros, mesmo aprovado na Resolução CONADE nº 01/2020, época em que o questionário do Censo já havia sido definido", completa a analista do IBGE.

O Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), é uma base fundamental para políticas públicas. Em sua primeira fase, contempla quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria por deficiência, ambos obtidos por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.