Viradouro é campeã do carnaval do Rio de Janeiro 2024


Escola de samba alvirrubra, que já havia conquistado o título de melhor agremiação por duas vezes, atingiu a nota máxima, e levou o terceiro título da sua história

Por Fabio Grellet e Caio Possati
Atualização:

A Unidos do Viradouro, escola de samba de Niterói, sagrou-se campeã do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 2024. Ela foi a última das 12 agremiações a desfilar e apresentou o enredo “Arroboboi , Dangbé”, sobre o orixá Dangbé, representado pela serpente. Obteve nota máxima em todos os nove quesitos, descartada a menor nota em cada um deles, e somou 270 pontos. A vice-campeã foi a Imperatriz Leopoldinense, com 269,3 pontos; em terceiro ficou a Grande Rio, de Duque de Caxias, com 269,2; Salgueiro (269 pontos), Portela (268,9) e Unidos de Vila Isabel (268,8) completam a relação das seis primeiras, que voltam a se exibir no sambódromo no próximo sábado, a partir das 22h, durante o Desfile das Campeãs. Não há mais ingressos para o evento. A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo que voltou para a elite após vencer a segunda divisão em 2023, somou 264,9 pontos e foi rebaixada novamente. A Unidos de Padre Miguel venceu a Série Ouro (o campeonato da segunda divisão) e vai desfilar no Grupo Especial em 2025.

Antes da apuração, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) anunciou que quatro escolas apresentaram recurso contra a Viradouro, acusando a rival de reunir 24 pessoas na comissão de frente. O regulamento estipula que esse setor deve ter pelo menos dez e no máximo 15 componentes. O recurso só será julgado nesta quinta-feira, mas a punição é a perda de meio ponto. Como a diferença para a vice-campeã foi maior (de 0,7 ponto), mesmo se a Viradouro for punida a ordem de classificação será mantida.

A ordem dos quesitos a serem apurados foi sorteada horas antes da apuração, que começou com Alegorias e Adereços. Até o terceiro quesito, a briga estava entre Grande Rio, Vila Isabel e Viradouro – nessa ordem, pelos critérios de desempate. No quarto quesito, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, a Vila perdeu meio ponto e a disputa continuou entre Grande Rio e Viradouro. No sexto quesito, Enredo, a Grande Rio perdeu três décimos e foi ultrapassada pela concorrente. No oitavo quesito, Samba-Enredo, a Imperatriz também ultrapassou a Grande Rio e assumiu a vice-liderança. A Viradouro chegou ao último quesito, Fantasia, com vantagem de 0,7 ponto sobre a segunda colocada – em teoria era possível tirar essa diferença, mas é raríssimo algum julgador descontar mais de três décimos de qualquer escola, e a escola de Niterói vinha acumulando notas dez desde o início. Recebeu mais quatro notas máximas (a quarta foi descartada) e sagrou-se campeã. A Imperatriz manteve a vantagem sobre a Grande Rio e terminou em segundo, invertendo a ordem do ano anterior, quando a Imperatriz foi a vitoriosa e a Viradouro, vice.

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Foi o terceiro título da história da escola de Niterói, também vencedora em 1997, com “Trevas! Luz! A Explosão do Universo”, primeiro título da Viradouro e último da carreira do carnavalesco Joãosinho Trinta, e em 2020, com “Viradouro de Alma Lavada”, de Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon.

A trajetória da Viradouro desde que Marcelo Cali Petrus Filho assumiu a escola, em 2017, é de sucesso absoluto. Ele é filho do presidente de honra da escola, Marcelo Calil Petrus, investigado pela polícia por envolvimento com o jogo do bicho.Quando Marcelinho, como é conhecido, assumiu a escola, a Viradouro estava na segunda divisão – foi vice-campeã em 2017 e não conseguiu voltar à elite, porque só a campeã retorna. Então em 2018 foi campeã, garantindo o retorno à elite. Para voltar em grande forma, para o desfile de 2019 contratou o carnavalesco Paulo Barros – já então o principal nome do segmento – e foi vice-campeã com o enredo “Viraviradouro”. Em 2020 sagrou-se campeã, e em 2021 não houve carnaval em razão da pandemia de covid-19. Em 2022 ficou em terceiro lugar com o enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria” (com a mesma dupla de carnavalescos do ano anterior) e em 2023 foi vice-campeã com “Rosa Maria Egipcíaca”, sob a responsabilidade de Tarcísio Zanon. Agora, teve o segundo título em quatro desfiles.

Ao final da apuração desta quarta-feira, realizada na Cidade do Samba (onde ficam os barracões das 12 escolas do Grupo Especial), os líderes da Viradouro comemoraram muito. “Trabalho coroado, realizado com amor, dedicação, isso é a maior alegria do mundo pra mim, ser campeão”, disse o mestre Ciça, líder da bateria da Viradouro, que parabenizou os integrantes da escola: “Comunidade, coração vermelho e branco, vocês estão de parabéns, vocês são campeões do carnaval”.

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O enredo. O tema da Viradouro foi o orixá Dangbé, que é representado pela serpente, tem como símbolo o arco-íris e é exaltado pela expressão “arroboboi”. Originária da África, essa divindade passou a ser cultuada no Brasil no candomblé Jeje, criado pelo Ludovina Pessoa na Bahia. A equipe do carnavalesco Zanon foi à Bahia duas vezes para desenvolver o enredo.

Confira a classificação do desfile das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro

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1º - Viradouro - 270,0

2º - Imperatriz - 269,3

3º - Grande Rio - 269,2

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4º - Salgueiro - 269,0

5º - Portela - 268,9

6º - Vila Isabel - 268,8

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7º Mangueira - 268,8

8º - Beija-Flor - 268,5

9º - Tuiuti - 268,3

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10º - Mocidade - 267,2

11º - U. da Tijuca - 265,7

12º - Porto da Pedra - 264,9

A Unidos do Viradouro, escola de samba de Niterói, sagrou-se campeã do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 2024. Ela foi a última das 12 agremiações a desfilar e apresentou o enredo “Arroboboi , Dangbé”, sobre o orixá Dangbé, representado pela serpente. Obteve nota máxima em todos os nove quesitos, descartada a menor nota em cada um deles, e somou 270 pontos. A vice-campeã foi a Imperatriz Leopoldinense, com 269,3 pontos; em terceiro ficou a Grande Rio, de Duque de Caxias, com 269,2; Salgueiro (269 pontos), Portela (268,9) e Unidos de Vila Isabel (268,8) completam a relação das seis primeiras, que voltam a se exibir no sambódromo no próximo sábado, a partir das 22h, durante o Desfile das Campeãs. Não há mais ingressos para o evento. A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo que voltou para a elite após vencer a segunda divisão em 2023, somou 264,9 pontos e foi rebaixada novamente. A Unidos de Padre Miguel venceu a Série Ouro (o campeonato da segunda divisão) e vai desfilar no Grupo Especial em 2025.

Antes da apuração, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) anunciou que quatro escolas apresentaram recurso contra a Viradouro, acusando a rival de reunir 24 pessoas na comissão de frente. O regulamento estipula que esse setor deve ter pelo menos dez e no máximo 15 componentes. O recurso só será julgado nesta quinta-feira, mas a punição é a perda de meio ponto. Como a diferença para a vice-campeã foi maior (de 0,7 ponto), mesmo se a Viradouro for punida a ordem de classificação será mantida.

A ordem dos quesitos a serem apurados foi sorteada horas antes da apuração, que começou com Alegorias e Adereços. Até o terceiro quesito, a briga estava entre Grande Rio, Vila Isabel e Viradouro – nessa ordem, pelos critérios de desempate. No quarto quesito, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, a Vila perdeu meio ponto e a disputa continuou entre Grande Rio e Viradouro. No sexto quesito, Enredo, a Grande Rio perdeu três décimos e foi ultrapassada pela concorrente. No oitavo quesito, Samba-Enredo, a Imperatriz também ultrapassou a Grande Rio e assumiu a vice-liderança. A Viradouro chegou ao último quesito, Fantasia, com vantagem de 0,7 ponto sobre a segunda colocada – em teoria era possível tirar essa diferença, mas é raríssimo algum julgador descontar mais de três décimos de qualquer escola, e a escola de Niterói vinha acumulando notas dez desde o início. Recebeu mais quatro notas máximas (a quarta foi descartada) e sagrou-se campeã. A Imperatriz manteve a vantagem sobre a Grande Rio e terminou em segundo, invertendo a ordem do ano anterior, quando a Imperatriz foi a vitoriosa e a Viradouro, vice.

Foi o terceiro título da história da escola de Niterói, também vencedora em 1997, com “Trevas! Luz! A Explosão do Universo”, primeiro título da Viradouro e último da carreira do carnavalesco Joãosinho Trinta, e em 2020, com “Viradouro de Alma Lavada”, de Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon.

A trajetória da Viradouro desde que Marcelo Cali Petrus Filho assumiu a escola, em 2017, é de sucesso absoluto. Ele é filho do presidente de honra da escola, Marcelo Calil Petrus, investigado pela polícia por envolvimento com o jogo do bicho.Quando Marcelinho, como é conhecido, assumiu a escola, a Viradouro estava na segunda divisão – foi vice-campeã em 2017 e não conseguiu voltar à elite, porque só a campeã retorna. Então em 2018 foi campeã, garantindo o retorno à elite. Para voltar em grande forma, para o desfile de 2019 contratou o carnavalesco Paulo Barros – já então o principal nome do segmento – e foi vice-campeã com o enredo “Viraviradouro”. Em 2020 sagrou-se campeã, e em 2021 não houve carnaval em razão da pandemia de covid-19. Em 2022 ficou em terceiro lugar com o enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria” (com a mesma dupla de carnavalescos do ano anterior) e em 2023 foi vice-campeã com “Rosa Maria Egipcíaca”, sob a responsabilidade de Tarcísio Zanon. Agora, teve o segundo título em quatro desfiles.

Ao final da apuração desta quarta-feira, realizada na Cidade do Samba (onde ficam os barracões das 12 escolas do Grupo Especial), os líderes da Viradouro comemoraram muito. “Trabalho coroado, realizado com amor, dedicação, isso é a maior alegria do mundo pra mim, ser campeão”, disse o mestre Ciça, líder da bateria da Viradouro, que parabenizou os integrantes da escola: “Comunidade, coração vermelho e branco, vocês estão de parabéns, vocês são campeões do carnaval”.

O enredo. O tema da Viradouro foi o orixá Dangbé, que é representado pela serpente, tem como símbolo o arco-íris e é exaltado pela expressão “arroboboi”. Originária da África, essa divindade passou a ser cultuada no Brasil no candomblé Jeje, criado pelo Ludovina Pessoa na Bahia. A equipe do carnavalesco Zanon foi à Bahia duas vezes para desenvolver o enredo.

Confira a classificação do desfile das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro

1º - Viradouro - 270,0

2º - Imperatriz - 269,3

3º - Grande Rio - 269,2

4º - Salgueiro - 269,0

5º - Portela - 268,9

6º - Vila Isabel - 268,8

7º Mangueira - 268,8

8º - Beija-Flor - 268,5

9º - Tuiuti - 268,3

10º - Mocidade - 267,2

11º - U. da Tijuca - 265,7

12º - Porto da Pedra - 264,9

A Unidos do Viradouro, escola de samba de Niterói, sagrou-se campeã do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 2024. Ela foi a última das 12 agremiações a desfilar e apresentou o enredo “Arroboboi , Dangbé”, sobre o orixá Dangbé, representado pela serpente. Obteve nota máxima em todos os nove quesitos, descartada a menor nota em cada um deles, e somou 270 pontos. A vice-campeã foi a Imperatriz Leopoldinense, com 269,3 pontos; em terceiro ficou a Grande Rio, de Duque de Caxias, com 269,2; Salgueiro (269 pontos), Portela (268,9) e Unidos de Vila Isabel (268,8) completam a relação das seis primeiras, que voltam a se exibir no sambódromo no próximo sábado, a partir das 22h, durante o Desfile das Campeãs. Não há mais ingressos para o evento. A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo que voltou para a elite após vencer a segunda divisão em 2023, somou 264,9 pontos e foi rebaixada novamente. A Unidos de Padre Miguel venceu a Série Ouro (o campeonato da segunda divisão) e vai desfilar no Grupo Especial em 2025.

Antes da apuração, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) anunciou que quatro escolas apresentaram recurso contra a Viradouro, acusando a rival de reunir 24 pessoas na comissão de frente. O regulamento estipula que esse setor deve ter pelo menos dez e no máximo 15 componentes. O recurso só será julgado nesta quinta-feira, mas a punição é a perda de meio ponto. Como a diferença para a vice-campeã foi maior (de 0,7 ponto), mesmo se a Viradouro for punida a ordem de classificação será mantida.

A ordem dos quesitos a serem apurados foi sorteada horas antes da apuração, que começou com Alegorias e Adereços. Até o terceiro quesito, a briga estava entre Grande Rio, Vila Isabel e Viradouro – nessa ordem, pelos critérios de desempate. No quarto quesito, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, a Vila perdeu meio ponto e a disputa continuou entre Grande Rio e Viradouro. No sexto quesito, Enredo, a Grande Rio perdeu três décimos e foi ultrapassada pela concorrente. No oitavo quesito, Samba-Enredo, a Imperatriz também ultrapassou a Grande Rio e assumiu a vice-liderança. A Viradouro chegou ao último quesito, Fantasia, com vantagem de 0,7 ponto sobre a segunda colocada – em teoria era possível tirar essa diferença, mas é raríssimo algum julgador descontar mais de três décimos de qualquer escola, e a escola de Niterói vinha acumulando notas dez desde o início. Recebeu mais quatro notas máximas (a quarta foi descartada) e sagrou-se campeã. A Imperatriz manteve a vantagem sobre a Grande Rio e terminou em segundo, invertendo a ordem do ano anterior, quando a Imperatriz foi a vitoriosa e a Viradouro, vice.

Foi o terceiro título da história da escola de Niterói, também vencedora em 1997, com “Trevas! Luz! A Explosão do Universo”, primeiro título da Viradouro e último da carreira do carnavalesco Joãosinho Trinta, e em 2020, com “Viradouro de Alma Lavada”, de Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon.

A trajetória da Viradouro desde que Marcelo Cali Petrus Filho assumiu a escola, em 2017, é de sucesso absoluto. Ele é filho do presidente de honra da escola, Marcelo Calil Petrus, investigado pela polícia por envolvimento com o jogo do bicho.Quando Marcelinho, como é conhecido, assumiu a escola, a Viradouro estava na segunda divisão – foi vice-campeã em 2017 e não conseguiu voltar à elite, porque só a campeã retorna. Então em 2018 foi campeã, garantindo o retorno à elite. Para voltar em grande forma, para o desfile de 2019 contratou o carnavalesco Paulo Barros – já então o principal nome do segmento – e foi vice-campeã com o enredo “Viraviradouro”. Em 2020 sagrou-se campeã, e em 2021 não houve carnaval em razão da pandemia de covid-19. Em 2022 ficou em terceiro lugar com o enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria” (com a mesma dupla de carnavalescos do ano anterior) e em 2023 foi vice-campeã com “Rosa Maria Egipcíaca”, sob a responsabilidade de Tarcísio Zanon. Agora, teve o segundo título em quatro desfiles.

Ao final da apuração desta quarta-feira, realizada na Cidade do Samba (onde ficam os barracões das 12 escolas do Grupo Especial), os líderes da Viradouro comemoraram muito. “Trabalho coroado, realizado com amor, dedicação, isso é a maior alegria do mundo pra mim, ser campeão”, disse o mestre Ciça, líder da bateria da Viradouro, que parabenizou os integrantes da escola: “Comunidade, coração vermelho e branco, vocês estão de parabéns, vocês são campeões do carnaval”.

O enredo. O tema da Viradouro foi o orixá Dangbé, que é representado pela serpente, tem como símbolo o arco-íris e é exaltado pela expressão “arroboboi”. Originária da África, essa divindade passou a ser cultuada no Brasil no candomblé Jeje, criado pelo Ludovina Pessoa na Bahia. A equipe do carnavalesco Zanon foi à Bahia duas vezes para desenvolver o enredo.

Confira a classificação do desfile das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro

1º - Viradouro - 270,0

2º - Imperatriz - 269,3

3º - Grande Rio - 269,2

4º - Salgueiro - 269,0

5º - Portela - 268,9

6º - Vila Isabel - 268,8

7º Mangueira - 268,8

8º - Beija-Flor - 268,5

9º - Tuiuti - 268,3

10º - Mocidade - 267,2

11º - U. da Tijuca - 265,7

12º - Porto da Pedra - 264,9

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