Vítima de bullying no passado hoje cuida de casos de assédio e discriminação em empresa do Rio


‘Eu sofria muito e consigo me colocar no lugar das pessoas’, diz José Moreira, que foi alvo de preconceito em São Paulo ao deixar o trabalho na roça na Bahia aos 15 anos

Por Marcio Dolzan
Atualização:

José Moreira passou a infância e a adolescência calçando chinelões com solas de pneu e precisando do auxílio de um tronco para alcançar o dorso do cavalo. Vivia em Oliveira dos Brejinhos, a 700 quilômetros de Salvador. Lá, ajudava os pais e os irmãos no trabalho com animais e no cultivo de milho, feijão e melancia. O trabalho na zona rural durou até os 15 anos, quando se mudou para São Paulo com parentes para trabalhar como servente de pedreiro – e sofreu com o preconceito. “Imagine um moleque de 15 anos, nascido no interior da Bahia, com aquele sotaque bem carregado. Eu sofria muito. Hoje a gente chama isso de bullying, e naquela época, como se diz na Bahia, estavam ‘mangando’”, lembra Moreira.

“Então eu consigo me colocar no lugar das pessoas quando elas dizem que estão sofrendo bullying”, diz. Vinte e seis anos depois de deixar o Nordeste, Moreira é hoje head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio.

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Entre as atribuições dele na empresa está justamente a gestão do canal de denúncias. Lá, ele combate assédio moral, discriminação e bullying. Esse trabalho fez com que realizasse um dos sonhos de infância. Se à época os olhos dele brilhavam ao ver os ônibus da Viação Planalto cruzar as rodovias da Bahia, hoje Moreira pode dizer que conhece o Brasil de ponta a ponta – falta apenas o Acre. E tudo isso para fazer o que gosta: desenvolver a empatia no ambiente corporativo.

“Acho que o fato de eu ter começado lá de baixo me dá mais facilidade para empatia, para me colocar no lugar dos outros”, afirma ele. “Consigo entender quando alguém da manutenção ou do operacional se manifesta. Consigo transitar com facilidade dentro de diversos níveis na empresa; eu falo com o presidente do Conselho de Administração tranquilamente, sem nenhum frio na barriga, como eu falo com o nosso aprendiz. Sinceramente, eu não enxergo diferença entre eles, a não ser, é claro, a responsabilidade que cada um deles tem.”

José Moreira hoje é head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio. Foto: Arquivo pessoal
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Moreira conta que, ao deixar o sertão da Bahia, não se imaginava um dia atuando em cargos de gestão de grandes empresas. “Eu queria ser motorista de ônibus, carreteiro. Eu ficava fascinado quando via aqueles ônibus da Viação Planalto Recife-Goiânia. Queria é ficar viajando.”

Escola

Para realizar o sonho, o primeiro passo era conseguir uma boa formação escolar – mas aí veio o primeiro empecilho. A escola onde estudava, na Bahia, só oferecia aulas até a quarta série. Moreira ficou três anos sem frequentar a escola. Retomou o estudo em São Paulo – até a graduação em Administração de Empresas.

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No Grupo Votorantim, começou como operador de caldeira. Trabalhou na Gol e no Grupo Globo. Moreira chegou à SuperVia pouco antes do início da pandemia.

José Moreira passou a infância e a adolescência calçando chinelões com solas de pneu e precisando do auxílio de um tronco para alcançar o dorso do cavalo. Vivia em Oliveira dos Brejinhos, a 700 quilômetros de Salvador. Lá, ajudava os pais e os irmãos no trabalho com animais e no cultivo de milho, feijão e melancia. O trabalho na zona rural durou até os 15 anos, quando se mudou para São Paulo com parentes para trabalhar como servente de pedreiro – e sofreu com o preconceito. “Imagine um moleque de 15 anos, nascido no interior da Bahia, com aquele sotaque bem carregado. Eu sofria muito. Hoje a gente chama isso de bullying, e naquela época, como se diz na Bahia, estavam ‘mangando’”, lembra Moreira.

“Então eu consigo me colocar no lugar das pessoas quando elas dizem que estão sofrendo bullying”, diz. Vinte e seis anos depois de deixar o Nordeste, Moreira é hoje head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio.

Entre as atribuições dele na empresa está justamente a gestão do canal de denúncias. Lá, ele combate assédio moral, discriminação e bullying. Esse trabalho fez com que realizasse um dos sonhos de infância. Se à época os olhos dele brilhavam ao ver os ônibus da Viação Planalto cruzar as rodovias da Bahia, hoje Moreira pode dizer que conhece o Brasil de ponta a ponta – falta apenas o Acre. E tudo isso para fazer o que gosta: desenvolver a empatia no ambiente corporativo.

“Acho que o fato de eu ter começado lá de baixo me dá mais facilidade para empatia, para me colocar no lugar dos outros”, afirma ele. “Consigo entender quando alguém da manutenção ou do operacional se manifesta. Consigo transitar com facilidade dentro de diversos níveis na empresa; eu falo com o presidente do Conselho de Administração tranquilamente, sem nenhum frio na barriga, como eu falo com o nosso aprendiz. Sinceramente, eu não enxergo diferença entre eles, a não ser, é claro, a responsabilidade que cada um deles tem.”

José Moreira hoje é head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio. Foto: Arquivo pessoal

Moreira conta que, ao deixar o sertão da Bahia, não se imaginava um dia atuando em cargos de gestão de grandes empresas. “Eu queria ser motorista de ônibus, carreteiro. Eu ficava fascinado quando via aqueles ônibus da Viação Planalto Recife-Goiânia. Queria é ficar viajando.”

Escola

Para realizar o sonho, o primeiro passo era conseguir uma boa formação escolar – mas aí veio o primeiro empecilho. A escola onde estudava, na Bahia, só oferecia aulas até a quarta série. Moreira ficou três anos sem frequentar a escola. Retomou o estudo em São Paulo – até a graduação em Administração de Empresas.

No Grupo Votorantim, começou como operador de caldeira. Trabalhou na Gol e no Grupo Globo. Moreira chegou à SuperVia pouco antes do início da pandemia.

José Moreira passou a infância e a adolescência calçando chinelões com solas de pneu e precisando do auxílio de um tronco para alcançar o dorso do cavalo. Vivia em Oliveira dos Brejinhos, a 700 quilômetros de Salvador. Lá, ajudava os pais e os irmãos no trabalho com animais e no cultivo de milho, feijão e melancia. O trabalho na zona rural durou até os 15 anos, quando se mudou para São Paulo com parentes para trabalhar como servente de pedreiro – e sofreu com o preconceito. “Imagine um moleque de 15 anos, nascido no interior da Bahia, com aquele sotaque bem carregado. Eu sofria muito. Hoje a gente chama isso de bullying, e naquela época, como se diz na Bahia, estavam ‘mangando’”, lembra Moreira.

“Então eu consigo me colocar no lugar das pessoas quando elas dizem que estão sofrendo bullying”, diz. Vinte e seis anos depois de deixar o Nordeste, Moreira é hoje head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio.

Entre as atribuições dele na empresa está justamente a gestão do canal de denúncias. Lá, ele combate assédio moral, discriminação e bullying. Esse trabalho fez com que realizasse um dos sonhos de infância. Se à época os olhos dele brilhavam ao ver os ônibus da Viação Planalto cruzar as rodovias da Bahia, hoje Moreira pode dizer que conhece o Brasil de ponta a ponta – falta apenas o Acre. E tudo isso para fazer o que gosta: desenvolver a empatia no ambiente corporativo.

“Acho que o fato de eu ter começado lá de baixo me dá mais facilidade para empatia, para me colocar no lugar dos outros”, afirma ele. “Consigo entender quando alguém da manutenção ou do operacional se manifesta. Consigo transitar com facilidade dentro de diversos níveis na empresa; eu falo com o presidente do Conselho de Administração tranquilamente, sem nenhum frio na barriga, como eu falo com o nosso aprendiz. Sinceramente, eu não enxergo diferença entre eles, a não ser, é claro, a responsabilidade que cada um deles tem.”

José Moreira hoje é head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio. Foto: Arquivo pessoal

Moreira conta que, ao deixar o sertão da Bahia, não se imaginava um dia atuando em cargos de gestão de grandes empresas. “Eu queria ser motorista de ônibus, carreteiro. Eu ficava fascinado quando via aqueles ônibus da Viação Planalto Recife-Goiânia. Queria é ficar viajando.”

Escola

Para realizar o sonho, o primeiro passo era conseguir uma boa formação escolar – mas aí veio o primeiro empecilho. A escola onde estudava, na Bahia, só oferecia aulas até a quarta série. Moreira ficou três anos sem frequentar a escola. Retomou o estudo em São Paulo – até a graduação em Administração de Empresas.

No Grupo Votorantim, começou como operador de caldeira. Trabalhou na Gol e no Grupo Globo. Moreira chegou à SuperVia pouco antes do início da pandemia.

José Moreira passou a infância e a adolescência calçando chinelões com solas de pneu e precisando do auxílio de um tronco para alcançar o dorso do cavalo. Vivia em Oliveira dos Brejinhos, a 700 quilômetros de Salvador. Lá, ajudava os pais e os irmãos no trabalho com animais e no cultivo de milho, feijão e melancia. O trabalho na zona rural durou até os 15 anos, quando se mudou para São Paulo com parentes para trabalhar como servente de pedreiro – e sofreu com o preconceito. “Imagine um moleque de 15 anos, nascido no interior da Bahia, com aquele sotaque bem carregado. Eu sofria muito. Hoje a gente chama isso de bullying, e naquela época, como se diz na Bahia, estavam ‘mangando’”, lembra Moreira.

“Então eu consigo me colocar no lugar das pessoas quando elas dizem que estão sofrendo bullying”, diz. Vinte e seis anos depois de deixar o Nordeste, Moreira é hoje head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio.

Entre as atribuições dele na empresa está justamente a gestão do canal de denúncias. Lá, ele combate assédio moral, discriminação e bullying. Esse trabalho fez com que realizasse um dos sonhos de infância. Se à época os olhos dele brilhavam ao ver os ônibus da Viação Planalto cruzar as rodovias da Bahia, hoje Moreira pode dizer que conhece o Brasil de ponta a ponta – falta apenas o Acre. E tudo isso para fazer o que gosta: desenvolver a empatia no ambiente corporativo.

“Acho que o fato de eu ter começado lá de baixo me dá mais facilidade para empatia, para me colocar no lugar dos outros”, afirma ele. “Consigo entender quando alguém da manutenção ou do operacional se manifesta. Consigo transitar com facilidade dentro de diversos níveis na empresa; eu falo com o presidente do Conselho de Administração tranquilamente, sem nenhum frio na barriga, como eu falo com o nosso aprendiz. Sinceramente, eu não enxergo diferença entre eles, a não ser, é claro, a responsabilidade que cada um deles tem.”

José Moreira hoje é head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio. Foto: Arquivo pessoal

Moreira conta que, ao deixar o sertão da Bahia, não se imaginava um dia atuando em cargos de gestão de grandes empresas. “Eu queria ser motorista de ônibus, carreteiro. Eu ficava fascinado quando via aqueles ônibus da Viação Planalto Recife-Goiânia. Queria é ficar viajando.”

Escola

Para realizar o sonho, o primeiro passo era conseguir uma boa formação escolar – mas aí veio o primeiro empecilho. A escola onde estudava, na Bahia, só oferecia aulas até a quarta série. Moreira ficou três anos sem frequentar a escola. Retomou o estudo em São Paulo – até a graduação em Administração de Empresas.

No Grupo Votorantim, começou como operador de caldeira. Trabalhou na Gol e no Grupo Globo. Moreira chegou à SuperVia pouco antes do início da pandemia.

José Moreira passou a infância e a adolescência calçando chinelões com solas de pneu e precisando do auxílio de um tronco para alcançar o dorso do cavalo. Vivia em Oliveira dos Brejinhos, a 700 quilômetros de Salvador. Lá, ajudava os pais e os irmãos no trabalho com animais e no cultivo de milho, feijão e melancia. O trabalho na zona rural durou até os 15 anos, quando se mudou para São Paulo com parentes para trabalhar como servente de pedreiro – e sofreu com o preconceito. “Imagine um moleque de 15 anos, nascido no interior da Bahia, com aquele sotaque bem carregado. Eu sofria muito. Hoje a gente chama isso de bullying, e naquela época, como se diz na Bahia, estavam ‘mangando’”, lembra Moreira.

“Então eu consigo me colocar no lugar das pessoas quando elas dizem que estão sofrendo bullying”, diz. Vinte e seis anos depois de deixar o Nordeste, Moreira é hoje head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio.

Entre as atribuições dele na empresa está justamente a gestão do canal de denúncias. Lá, ele combate assédio moral, discriminação e bullying. Esse trabalho fez com que realizasse um dos sonhos de infância. Se à época os olhos dele brilhavam ao ver os ônibus da Viação Planalto cruzar as rodovias da Bahia, hoje Moreira pode dizer que conhece o Brasil de ponta a ponta – falta apenas o Acre. E tudo isso para fazer o que gosta: desenvolver a empatia no ambiente corporativo.

“Acho que o fato de eu ter começado lá de baixo me dá mais facilidade para empatia, para me colocar no lugar dos outros”, afirma ele. “Consigo entender quando alguém da manutenção ou do operacional se manifesta. Consigo transitar com facilidade dentro de diversos níveis na empresa; eu falo com o presidente do Conselho de Administração tranquilamente, sem nenhum frio na barriga, como eu falo com o nosso aprendiz. Sinceramente, eu não enxergo diferença entre eles, a não ser, é claro, a responsabilidade que cada um deles tem.”

José Moreira hoje é head de Governança e Compliance da SuperVia, a operadora do serviço de trens no Rio. Foto: Arquivo pessoal

Moreira conta que, ao deixar o sertão da Bahia, não se imaginava um dia atuando em cargos de gestão de grandes empresas. “Eu queria ser motorista de ônibus, carreteiro. Eu ficava fascinado quando via aqueles ônibus da Viação Planalto Recife-Goiânia. Queria é ficar viajando.”

Escola

Para realizar o sonho, o primeiro passo era conseguir uma boa formação escolar – mas aí veio o primeiro empecilho. A escola onde estudava, na Bahia, só oferecia aulas até a quarta série. Moreira ficou três anos sem frequentar a escola. Retomou o estudo em São Paulo – até a graduação em Administração de Empresas.

No Grupo Votorantim, começou como operador de caldeira. Trabalhou na Gol e no Grupo Globo. Moreira chegou à SuperVia pouco antes do início da pandemia.

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