Zelaya deixa hoje embaixada brasileira


Militares são absolvidos de golpe e Lobo toma posse em Honduras

Por Roberto Simon

Um dia após a Suprema Corte hondurenha inocentar todos os seis generais da junta militar que desferiu o golpe do dia 28 de junho, o presidente deposto, Manuel Zelaya, deve receber hoje um salvo-conduto e deixar o país rumo à República Dominicana. Zelaya sairá de cena enquanto Porfírio "Pepe" Lobo, eleito em novembro, recebe a faixa presidencial em uma cerimônia de posse marcada pela falta de líderes estrangeiros.A operação para retirar Zelaya de Honduras deverá ser conduzida pelo próprio Pepe, com os presidentes dominicano, Leonel Fernández, e guatemalteco, Álvaro Colom. Automóveis com chapa diplomática serão levados à embaixada do Brasil, onde receberão Zelaya e sua mulher, Xiomara. De lá, a caravana segue para o aeroporto. "Se houver espaço, vou também (para a República Dominicana)", brincou Lobo.Em dezembro, o México chegou a enviar um avião a Tegucigalpa para buscar Zelaya, mas o presidente de facto, Roberto Micheletti, negou-se a conceder um salvo-conduto sem que o deposto renunciasse à presidência formalmente. Tentando jogar uma pá de cal na crise, Pepe firmou no dia 20, na República Dominicana, um documento no qual se compromete a deixar Zelaya partir imediatamente após assumir o governo. A garantia foi dada sob forte pressão dos EUA e do Brasil - participaram da reunião em Santo Domingo o subsecretário de Washington para América Latina, Arturo Valenzuela, e o número 2 do Itamaraty, Antônio Patriota."Desta vez não deve dar zebra", disse ao Estado o encarregado de negócios do Brasil em Tegucigalpa, Francisco Catunda Rezende. Ele espera que a embaixada brasileira "volte ao normal" já na segunda-feira, retomando os serviços consulares. Como o País não reconhece a vitória de Lobo, as demais atividades da missão continuam suspensas.Quando Zelaya buscou abrigo na representação do Brasil, em 21 de setembro, cerca de 300 pessoas o seguiram e ocuparam o sobrado. Hoje, contando com dois funcionários do Itamaraty, há dez ocupantes. "Já estamos terminando de arrumar e limpar tudo. Apesar da crise, a embaixada está em boas condições", garante Catunda. Entretanto, o porta-voz do Planalto, Marcelo Baumbach, voltou a dizer que a presença de Zelaya na embaixada não é um problema. Ávido por encerrar seus quatro meses de confinamento, o deposto fez um apelo para que seus partidários não atrapalhem sua saída. "Não venham à embaixada, isso seria interferir no processo e me complicaria as coisas", disse.INOCÊNCIAOntem, a Suprema Corte inocentou os seis principais generais responsáveis pelo golpe. O juiz avaliou que a cúpula das Forças Armadas atuou "com fins justificados para salvar a democracia e evitar um banho de sangue". Absolvido, o general Romero Vásquez, comandante do Estado-Maior e ex-aliado do presidente deposto, disse que, caso não houvesse derrubado Zelaya, Honduras viveria uma "guerra civil". Fora dos tribunais e da embaixada do Brasil, Tegucigalpa se prepara para a posse de Pepe, no Estádio Nacional. O governo de facto decretou feriado, temendo distúrbios. A Frente Nacional de Resistência (FNR), principal grupo zelaysta, prometeu voltar às ruas.Embora Pepe seja o presidente eleito dos hondurenhos, a lista de convidados de honra que estarão em sua posse é pequena. Apenas Panamá, República Dominicana, Guatemala e Taiwan estarão representados por seus presidentes. Dos 12 países da América do Sul, somente Peru e Colômbia enviaram autoridades. Valenzuela também acompanharão a cerimônia.

Um dia após a Suprema Corte hondurenha inocentar todos os seis generais da junta militar que desferiu o golpe do dia 28 de junho, o presidente deposto, Manuel Zelaya, deve receber hoje um salvo-conduto e deixar o país rumo à República Dominicana. Zelaya sairá de cena enquanto Porfírio "Pepe" Lobo, eleito em novembro, recebe a faixa presidencial em uma cerimônia de posse marcada pela falta de líderes estrangeiros.A operação para retirar Zelaya de Honduras deverá ser conduzida pelo próprio Pepe, com os presidentes dominicano, Leonel Fernández, e guatemalteco, Álvaro Colom. Automóveis com chapa diplomática serão levados à embaixada do Brasil, onde receberão Zelaya e sua mulher, Xiomara. De lá, a caravana segue para o aeroporto. "Se houver espaço, vou também (para a República Dominicana)", brincou Lobo.Em dezembro, o México chegou a enviar um avião a Tegucigalpa para buscar Zelaya, mas o presidente de facto, Roberto Micheletti, negou-se a conceder um salvo-conduto sem que o deposto renunciasse à presidência formalmente. Tentando jogar uma pá de cal na crise, Pepe firmou no dia 20, na República Dominicana, um documento no qual se compromete a deixar Zelaya partir imediatamente após assumir o governo. A garantia foi dada sob forte pressão dos EUA e do Brasil - participaram da reunião em Santo Domingo o subsecretário de Washington para América Latina, Arturo Valenzuela, e o número 2 do Itamaraty, Antônio Patriota."Desta vez não deve dar zebra", disse ao Estado o encarregado de negócios do Brasil em Tegucigalpa, Francisco Catunda Rezende. Ele espera que a embaixada brasileira "volte ao normal" já na segunda-feira, retomando os serviços consulares. Como o País não reconhece a vitória de Lobo, as demais atividades da missão continuam suspensas.Quando Zelaya buscou abrigo na representação do Brasil, em 21 de setembro, cerca de 300 pessoas o seguiram e ocuparam o sobrado. Hoje, contando com dois funcionários do Itamaraty, há dez ocupantes. "Já estamos terminando de arrumar e limpar tudo. Apesar da crise, a embaixada está em boas condições", garante Catunda. Entretanto, o porta-voz do Planalto, Marcelo Baumbach, voltou a dizer que a presença de Zelaya na embaixada não é um problema. Ávido por encerrar seus quatro meses de confinamento, o deposto fez um apelo para que seus partidários não atrapalhem sua saída. "Não venham à embaixada, isso seria interferir no processo e me complicaria as coisas", disse.INOCÊNCIAOntem, a Suprema Corte inocentou os seis principais generais responsáveis pelo golpe. O juiz avaliou que a cúpula das Forças Armadas atuou "com fins justificados para salvar a democracia e evitar um banho de sangue". Absolvido, o general Romero Vásquez, comandante do Estado-Maior e ex-aliado do presidente deposto, disse que, caso não houvesse derrubado Zelaya, Honduras viveria uma "guerra civil". Fora dos tribunais e da embaixada do Brasil, Tegucigalpa se prepara para a posse de Pepe, no Estádio Nacional. O governo de facto decretou feriado, temendo distúrbios. A Frente Nacional de Resistência (FNR), principal grupo zelaysta, prometeu voltar às ruas.Embora Pepe seja o presidente eleito dos hondurenhos, a lista de convidados de honra que estarão em sua posse é pequena. Apenas Panamá, República Dominicana, Guatemala e Taiwan estarão representados por seus presidentes. Dos 12 países da América do Sul, somente Peru e Colômbia enviaram autoridades. Valenzuela também acompanharão a cerimônia.

Um dia após a Suprema Corte hondurenha inocentar todos os seis generais da junta militar que desferiu o golpe do dia 28 de junho, o presidente deposto, Manuel Zelaya, deve receber hoje um salvo-conduto e deixar o país rumo à República Dominicana. Zelaya sairá de cena enquanto Porfírio "Pepe" Lobo, eleito em novembro, recebe a faixa presidencial em uma cerimônia de posse marcada pela falta de líderes estrangeiros.A operação para retirar Zelaya de Honduras deverá ser conduzida pelo próprio Pepe, com os presidentes dominicano, Leonel Fernández, e guatemalteco, Álvaro Colom. Automóveis com chapa diplomática serão levados à embaixada do Brasil, onde receberão Zelaya e sua mulher, Xiomara. De lá, a caravana segue para o aeroporto. "Se houver espaço, vou também (para a República Dominicana)", brincou Lobo.Em dezembro, o México chegou a enviar um avião a Tegucigalpa para buscar Zelaya, mas o presidente de facto, Roberto Micheletti, negou-se a conceder um salvo-conduto sem que o deposto renunciasse à presidência formalmente. Tentando jogar uma pá de cal na crise, Pepe firmou no dia 20, na República Dominicana, um documento no qual se compromete a deixar Zelaya partir imediatamente após assumir o governo. A garantia foi dada sob forte pressão dos EUA e do Brasil - participaram da reunião em Santo Domingo o subsecretário de Washington para América Latina, Arturo Valenzuela, e o número 2 do Itamaraty, Antônio Patriota."Desta vez não deve dar zebra", disse ao Estado o encarregado de negócios do Brasil em Tegucigalpa, Francisco Catunda Rezende. Ele espera que a embaixada brasileira "volte ao normal" já na segunda-feira, retomando os serviços consulares. Como o País não reconhece a vitória de Lobo, as demais atividades da missão continuam suspensas.Quando Zelaya buscou abrigo na representação do Brasil, em 21 de setembro, cerca de 300 pessoas o seguiram e ocuparam o sobrado. Hoje, contando com dois funcionários do Itamaraty, há dez ocupantes. "Já estamos terminando de arrumar e limpar tudo. Apesar da crise, a embaixada está em boas condições", garante Catunda. Entretanto, o porta-voz do Planalto, Marcelo Baumbach, voltou a dizer que a presença de Zelaya na embaixada não é um problema. Ávido por encerrar seus quatro meses de confinamento, o deposto fez um apelo para que seus partidários não atrapalhem sua saída. "Não venham à embaixada, isso seria interferir no processo e me complicaria as coisas", disse.INOCÊNCIAOntem, a Suprema Corte inocentou os seis principais generais responsáveis pelo golpe. O juiz avaliou que a cúpula das Forças Armadas atuou "com fins justificados para salvar a democracia e evitar um banho de sangue". Absolvido, o general Romero Vásquez, comandante do Estado-Maior e ex-aliado do presidente deposto, disse que, caso não houvesse derrubado Zelaya, Honduras viveria uma "guerra civil". Fora dos tribunais e da embaixada do Brasil, Tegucigalpa se prepara para a posse de Pepe, no Estádio Nacional. O governo de facto decretou feriado, temendo distúrbios. A Frente Nacional de Resistência (FNR), principal grupo zelaysta, prometeu voltar às ruas.Embora Pepe seja o presidente eleito dos hondurenhos, a lista de convidados de honra que estarão em sua posse é pequena. Apenas Panamá, República Dominicana, Guatemala e Taiwan estarão representados por seus presidentes. Dos 12 países da América do Sul, somente Peru e Colômbia enviaram autoridades. Valenzuela também acompanharão a cerimônia.

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