2024 será ano mais quente da história da humanidade


A temperatura média do planeta deve ultrapassar a média global do período pré-industrial em mais de 1,5°C

Por Redação
Atualização:

O ano de 2024 será o mais quente já registrado na história da humanidade e será o primeiro a ultrapassar o limiar de aquecimento de 1,5°C relativo ao período pré-industrial, limite estabelecido pelo Acordo de Paris. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus.

Turistas se protegem do sol com um guarda-chuva enquanto caminham em frente ao Partenon, no centro de Atenas. Foto: Petros Giannakouris/AP

Depois de ter o segundo novembro mais quente, “há certeza de que 2024 será o ano mais quente (até agora) já registado” pela humanidade, com a temperatura média ultrapassando “o nível pré-industrial em mais de 1,5°C”, informou o observatório.

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O penúltimo mês do ano foi caracterizado por uma sucessão de vários tufões devastadores na Ásia e pela continuação de secas históricas na África Austral e na Amazónia. O dito mês foi 1,62ºC mais quente do que os novembros regulares da época em que se utilizava petróleo, gás ou carvão em escalas industriais ao redor do mundo.

O preço dos danos

De acordo com os últimos cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo não está no caminho certo para reduzir a sua poluição por carbono para evitar um agravamento acentuado das secas, ondas de calor ou chuvas torrenciais já observadas, que causam mortes e impactos econômicos.

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As atuais políticas nacionais estão conduzindo o planeta para um aquecimento “catastrófico” de 3,1°C ao longo do século, ou 2,6°C se as promessas de fazer melhor forem cumpridas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Os países têm até fevereiro para submeter à ONU uma revisão dos seus objetivos climáticos para 2035, mas os acordos mínimos da COP29 ocorrida no final de novembro podem ser utilizados para justificar as baixas ambições.

Os países em desenvolvimento receberam 300 mil milhões de dólares em promessas anuais de ajuda dos países ricos até 2035, ou menos de metade das suas necessidades para financiar a sua transição energética e adaptação aos danos climáticos.

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Em 2024, catástrofes naturais, alimentadas pelo aquecimento, causaram perdas econômicas de 310 mil milhões de dólares em todo o mundo, divulgou na última quinta-feira, 5, a Swiss Re, grupo suíço que atua como seguradora de seguradoras.

Variações nos fenômenos climáticos

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Em 2023, o fenômeno natural El Niño combinado ao aquecimento climático empurrou as temperaturas globais para níveis recordes. O climatologista Robert Vautard explica que o seguinte ao El Niño “é muitas vezes mais quente que o primeiro” e depois de um pico em dezembro-janeiro “o valor é distribuído ao longo do ano”. Mas em 2024, “é verdade que o arrefecimento é muito lento e as causas terão de ser analisadas”, acrescenta.

“Por enquanto continuamos dentro das margens esperadas” das projeções, mas se “as temperaturas não baixarem de forma mais efetiva em 2025, terão de ser feitas perguntas”, afirmou.

Um estudo publicado na quinta-feira, 5, na Science aponta que, em 2023, a Terra refletiu menos energia solar para o espaço, devido à redução das nuvens de baixa altitude e, em menor medida, devido à diminuição da cobertura de gelo.

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Na Antártida, a camada de gelo mantém-se em níveis historicamente baixos desde 2023, diz Copernicus, com um novo recorde de derretimento para Novembro. /AFP

O ano de 2024 será o mais quente já registrado na história da humanidade e será o primeiro a ultrapassar o limiar de aquecimento de 1,5°C relativo ao período pré-industrial, limite estabelecido pelo Acordo de Paris. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus.

Turistas se protegem do sol com um guarda-chuva enquanto caminham em frente ao Partenon, no centro de Atenas. Foto: Petros Giannakouris/AP

Depois de ter o segundo novembro mais quente, “há certeza de que 2024 será o ano mais quente (até agora) já registado” pela humanidade, com a temperatura média ultrapassando “o nível pré-industrial em mais de 1,5°C”, informou o observatório.

O penúltimo mês do ano foi caracterizado por uma sucessão de vários tufões devastadores na Ásia e pela continuação de secas históricas na África Austral e na Amazónia. O dito mês foi 1,62ºC mais quente do que os novembros regulares da época em que se utilizava petróleo, gás ou carvão em escalas industriais ao redor do mundo.

O preço dos danos

De acordo com os últimos cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo não está no caminho certo para reduzir a sua poluição por carbono para evitar um agravamento acentuado das secas, ondas de calor ou chuvas torrenciais já observadas, que causam mortes e impactos econômicos.

As atuais políticas nacionais estão conduzindo o planeta para um aquecimento “catastrófico” de 3,1°C ao longo do século, ou 2,6°C se as promessas de fazer melhor forem cumpridas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Os países têm até fevereiro para submeter à ONU uma revisão dos seus objetivos climáticos para 2035, mas os acordos mínimos da COP29 ocorrida no final de novembro podem ser utilizados para justificar as baixas ambições.

Os países em desenvolvimento receberam 300 mil milhões de dólares em promessas anuais de ajuda dos países ricos até 2035, ou menos de metade das suas necessidades para financiar a sua transição energética e adaptação aos danos climáticos.

Em 2024, catástrofes naturais, alimentadas pelo aquecimento, causaram perdas econômicas de 310 mil milhões de dólares em todo o mundo, divulgou na última quinta-feira, 5, a Swiss Re, grupo suíço que atua como seguradora de seguradoras.

Variações nos fenômenos climáticos

Em 2023, o fenômeno natural El Niño combinado ao aquecimento climático empurrou as temperaturas globais para níveis recordes. O climatologista Robert Vautard explica que o seguinte ao El Niño “é muitas vezes mais quente que o primeiro” e depois de um pico em dezembro-janeiro “o valor é distribuído ao longo do ano”. Mas em 2024, “é verdade que o arrefecimento é muito lento e as causas terão de ser analisadas”, acrescenta.

“Por enquanto continuamos dentro das margens esperadas” das projeções, mas se “as temperaturas não baixarem de forma mais efetiva em 2025, terão de ser feitas perguntas”, afirmou.

Um estudo publicado na quinta-feira, 5, na Science aponta que, em 2023, a Terra refletiu menos energia solar para o espaço, devido à redução das nuvens de baixa altitude e, em menor medida, devido à diminuição da cobertura de gelo.

Na Antártida, a camada de gelo mantém-se em níveis historicamente baixos desde 2023, diz Copernicus, com um novo recorde de derretimento para Novembro. /AFP

O ano de 2024 será o mais quente já registrado na história da humanidade e será o primeiro a ultrapassar o limiar de aquecimento de 1,5°C relativo ao período pré-industrial, limite estabelecido pelo Acordo de Paris. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus.

Turistas se protegem do sol com um guarda-chuva enquanto caminham em frente ao Partenon, no centro de Atenas. Foto: Petros Giannakouris/AP

Depois de ter o segundo novembro mais quente, “há certeza de que 2024 será o ano mais quente (até agora) já registado” pela humanidade, com a temperatura média ultrapassando “o nível pré-industrial em mais de 1,5°C”, informou o observatório.

O penúltimo mês do ano foi caracterizado por uma sucessão de vários tufões devastadores na Ásia e pela continuação de secas históricas na África Austral e na Amazónia. O dito mês foi 1,62ºC mais quente do que os novembros regulares da época em que se utilizava petróleo, gás ou carvão em escalas industriais ao redor do mundo.

O preço dos danos

De acordo com os últimos cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo não está no caminho certo para reduzir a sua poluição por carbono para evitar um agravamento acentuado das secas, ondas de calor ou chuvas torrenciais já observadas, que causam mortes e impactos econômicos.

As atuais políticas nacionais estão conduzindo o planeta para um aquecimento “catastrófico” de 3,1°C ao longo do século, ou 2,6°C se as promessas de fazer melhor forem cumpridas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Os países têm até fevereiro para submeter à ONU uma revisão dos seus objetivos climáticos para 2035, mas os acordos mínimos da COP29 ocorrida no final de novembro podem ser utilizados para justificar as baixas ambições.

Os países em desenvolvimento receberam 300 mil milhões de dólares em promessas anuais de ajuda dos países ricos até 2035, ou menos de metade das suas necessidades para financiar a sua transição energética e adaptação aos danos climáticos.

Em 2024, catástrofes naturais, alimentadas pelo aquecimento, causaram perdas econômicas de 310 mil milhões de dólares em todo o mundo, divulgou na última quinta-feira, 5, a Swiss Re, grupo suíço que atua como seguradora de seguradoras.

Variações nos fenômenos climáticos

Em 2023, o fenômeno natural El Niño combinado ao aquecimento climático empurrou as temperaturas globais para níveis recordes. O climatologista Robert Vautard explica que o seguinte ao El Niño “é muitas vezes mais quente que o primeiro” e depois de um pico em dezembro-janeiro “o valor é distribuído ao longo do ano”. Mas em 2024, “é verdade que o arrefecimento é muito lento e as causas terão de ser analisadas”, acrescenta.

“Por enquanto continuamos dentro das margens esperadas” das projeções, mas se “as temperaturas não baixarem de forma mais efetiva em 2025, terão de ser feitas perguntas”, afirmou.

Um estudo publicado na quinta-feira, 5, na Science aponta que, em 2023, a Terra refletiu menos energia solar para o espaço, devido à redução das nuvens de baixa altitude e, em menor medida, devido à diminuição da cobertura de gelo.

Na Antártida, a camada de gelo mantém-se em níveis historicamente baixos desde 2023, diz Copernicus, com um novo recorde de derretimento para Novembro. /AFP

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