Cavalos de corrida estão ficando cada vez mais rápidos, diz estudo


Pesquisadores analisaram dados de mais de 600 mil páreos entre 1850 e 2012; aumento da velocidade pode ter base genética

Por Fabio de Castro
Será necessário mais análises para determinar se o aprimoramento ocorreu como resposta a uma seleção de base genética Foto: Mick Atkins Photography

A velocidade das corridas de cavalo está aumentando cada vez mais, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira, 23, por pesquisadores britânicos. Até agora era consenso - entre cientistas e também na indústria do turfe - que a velocidade dos páreos já estaria estagnada, depois de atingir um limite máximo. Mas a nova pesquisa, com base em um grande volume de dados sobre corridas realizadas entre 1850 e 2012, mostra que elas ficaram cada vez mais velozes nesse período. O trabalho indica também que os cavalos continuam ficando cada vez mais rápidos, especialmente nas competições de curta distância.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, da Royal Society, ainda será preciso fazer novas pesquisas para descobrir se o aumento da velocidade tem base genética, se é resultado de aprimoramento nos treinos, de táticas dos jockeys, ou outros fatores ambientais.

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O autor principal da pesquisa, Patrick Sharman, do Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter (Reino Unido), explica que vários estudos anteriores apontavam que, em termos de velocidade, os cavalos de corrida já haviam chegado aos limites de suas capacidades. No entanto, esses trabalhos só haviam analisado os tempos de chegada de um pequeno número de corridas de elite de média e longa distância. Os estudos também não haviam levado em conta fatores como a consistência das pistas.

O novo estudo analisou um conjunto de dados relativos a 616 mil corridas e mais de 70 mil cavalos a partir da metade do século 19. No intervalo entre 1997 e 2012, além dos dados sobre as corridas do nível de elite, foram analisados também dados sobre as corridas em geral.

Segundo Sharman, além de constatar um aumento cada vez mais pronunciado da velocidade das corridas desde 1850, a pesquisa mostrou, com os dados de 1997 a 2012, que o aprimoramento da performance dos cavalos continua acontecendo - em especial no nível de elite. A taxa mais lenta de aprimoramento da velocidade ocorreu em competições de média e longa distância. Para os cientistas, isso pode ser interpretado de duas maneiras: os cavalos estão chegando a um limite de desempenho nessas modalidades, ou os criadores favorecem a velocidade em vez da resistência.

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"Tem existido um consenso geral nos últimos 30 anos de que a velocidade dos cavalos teria atingido uma estagnação. Nosso estudo mostra que não é esse o caso, ao usar um conjunto de dados muito maior que os analisados anteriormente. Nós revelamos que os cavalos podem estar ficando cada vez mais rápidos. O que é interessante é que tanto a taxa de aprimoramento histórica como a atual são maiores em distâncias mais curtas. O desafio agora é descobrir se esse padrão de aprimoramento tem base genética ou não", afirmou Sharman.

Os cientistas utilizaram dados relacionados a corridas sem obstáculos realizadas na relva no Reino Unido. Foram incluídos na análise o ano da corrida, a velocidade do cavalo vencedor, o método de cronometragem (automática ou manual), a distância da corrida, o tipo e consistência da pista de corrida, o número de jockeys e os nomes, idade e sexo de cada cavalo. 

Os resultados mostraram que o aprimoramento histórico não foi linear. Um súbito aumento das velocidades foi registrado por volta de 1900 e outro pico ocorreu entre 1975 e o início da década de 1990. O rápido aprimoramento do início do século 19 é atribuído a uma alteração no estilo de montar. Naquela época, os jockeys abandonaram a tradicional postura ereta para assumir uma posição agachada, com estribos mais curtos. 

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O aprimoramento registrado nas décadas de 1970 e 1980, segundo os autores do estudo, pode ser resultado da adoção, pelos jockeys do estilo introduzido pelo lendário campeão inglês Lester Piggott, com estribos ainda mais curtos e cabeça inclinada sobre o cavalo. No entanto, nessa época também houve um aumento expressivo da movimentação comercial na criação de cavalos de corrida - o que pode ter levado a um aumento da velocidade dos animais a partir de melhoramentos genéticos.

De acordo com os autores, será preciso mais análises para determinar se o aprimoramento na velocidade ocorreu como uma resposta a uma seleção de base genética, ou se as mudanças de estratégias dos jockeys são suficientes para explicar os resultados do estudo.

Será necessário mais análises para determinar se o aprimoramento ocorreu como resposta a uma seleção de base genética Foto: Mick Atkins Photography

A velocidade das corridas de cavalo está aumentando cada vez mais, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira, 23, por pesquisadores britânicos. Até agora era consenso - entre cientistas e também na indústria do turfe - que a velocidade dos páreos já estaria estagnada, depois de atingir um limite máximo. Mas a nova pesquisa, com base em um grande volume de dados sobre corridas realizadas entre 1850 e 2012, mostra que elas ficaram cada vez mais velozes nesse período. O trabalho indica também que os cavalos continuam ficando cada vez mais rápidos, especialmente nas competições de curta distância.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, da Royal Society, ainda será preciso fazer novas pesquisas para descobrir se o aumento da velocidade tem base genética, se é resultado de aprimoramento nos treinos, de táticas dos jockeys, ou outros fatores ambientais.

O autor principal da pesquisa, Patrick Sharman, do Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter (Reino Unido), explica que vários estudos anteriores apontavam que, em termos de velocidade, os cavalos de corrida já haviam chegado aos limites de suas capacidades. No entanto, esses trabalhos só haviam analisado os tempos de chegada de um pequeno número de corridas de elite de média e longa distância. Os estudos também não haviam levado em conta fatores como a consistência das pistas.

O novo estudo analisou um conjunto de dados relativos a 616 mil corridas e mais de 70 mil cavalos a partir da metade do século 19. No intervalo entre 1997 e 2012, além dos dados sobre as corridas do nível de elite, foram analisados também dados sobre as corridas em geral.

Segundo Sharman, além de constatar um aumento cada vez mais pronunciado da velocidade das corridas desde 1850, a pesquisa mostrou, com os dados de 1997 a 2012, que o aprimoramento da performance dos cavalos continua acontecendo - em especial no nível de elite. A taxa mais lenta de aprimoramento da velocidade ocorreu em competições de média e longa distância. Para os cientistas, isso pode ser interpretado de duas maneiras: os cavalos estão chegando a um limite de desempenho nessas modalidades, ou os criadores favorecem a velocidade em vez da resistência.

"Tem existido um consenso geral nos últimos 30 anos de que a velocidade dos cavalos teria atingido uma estagnação. Nosso estudo mostra que não é esse o caso, ao usar um conjunto de dados muito maior que os analisados anteriormente. Nós revelamos que os cavalos podem estar ficando cada vez mais rápidos. O que é interessante é que tanto a taxa de aprimoramento histórica como a atual são maiores em distâncias mais curtas. O desafio agora é descobrir se esse padrão de aprimoramento tem base genética ou não", afirmou Sharman.

Os cientistas utilizaram dados relacionados a corridas sem obstáculos realizadas na relva no Reino Unido. Foram incluídos na análise o ano da corrida, a velocidade do cavalo vencedor, o método de cronometragem (automática ou manual), a distância da corrida, o tipo e consistência da pista de corrida, o número de jockeys e os nomes, idade e sexo de cada cavalo. 

Os resultados mostraram que o aprimoramento histórico não foi linear. Um súbito aumento das velocidades foi registrado por volta de 1900 e outro pico ocorreu entre 1975 e o início da década de 1990. O rápido aprimoramento do início do século 19 é atribuído a uma alteração no estilo de montar. Naquela época, os jockeys abandonaram a tradicional postura ereta para assumir uma posição agachada, com estribos mais curtos. 

O aprimoramento registrado nas décadas de 1970 e 1980, segundo os autores do estudo, pode ser resultado da adoção, pelos jockeys do estilo introduzido pelo lendário campeão inglês Lester Piggott, com estribos ainda mais curtos e cabeça inclinada sobre o cavalo. No entanto, nessa época também houve um aumento expressivo da movimentação comercial na criação de cavalos de corrida - o que pode ter levado a um aumento da velocidade dos animais a partir de melhoramentos genéticos.

De acordo com os autores, será preciso mais análises para determinar se o aprimoramento na velocidade ocorreu como uma resposta a uma seleção de base genética, ou se as mudanças de estratégias dos jockeys são suficientes para explicar os resultados do estudo.

Será necessário mais análises para determinar se o aprimoramento ocorreu como resposta a uma seleção de base genética Foto: Mick Atkins Photography

A velocidade das corridas de cavalo está aumentando cada vez mais, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira, 23, por pesquisadores britânicos. Até agora era consenso - entre cientistas e também na indústria do turfe - que a velocidade dos páreos já estaria estagnada, depois de atingir um limite máximo. Mas a nova pesquisa, com base em um grande volume de dados sobre corridas realizadas entre 1850 e 2012, mostra que elas ficaram cada vez mais velozes nesse período. O trabalho indica também que os cavalos continuam ficando cada vez mais rápidos, especialmente nas competições de curta distância.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, da Royal Society, ainda será preciso fazer novas pesquisas para descobrir se o aumento da velocidade tem base genética, se é resultado de aprimoramento nos treinos, de táticas dos jockeys, ou outros fatores ambientais.

O autor principal da pesquisa, Patrick Sharman, do Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter (Reino Unido), explica que vários estudos anteriores apontavam que, em termos de velocidade, os cavalos de corrida já haviam chegado aos limites de suas capacidades. No entanto, esses trabalhos só haviam analisado os tempos de chegada de um pequeno número de corridas de elite de média e longa distância. Os estudos também não haviam levado em conta fatores como a consistência das pistas.

O novo estudo analisou um conjunto de dados relativos a 616 mil corridas e mais de 70 mil cavalos a partir da metade do século 19. No intervalo entre 1997 e 2012, além dos dados sobre as corridas do nível de elite, foram analisados também dados sobre as corridas em geral.

Segundo Sharman, além de constatar um aumento cada vez mais pronunciado da velocidade das corridas desde 1850, a pesquisa mostrou, com os dados de 1997 a 2012, que o aprimoramento da performance dos cavalos continua acontecendo - em especial no nível de elite. A taxa mais lenta de aprimoramento da velocidade ocorreu em competições de média e longa distância. Para os cientistas, isso pode ser interpretado de duas maneiras: os cavalos estão chegando a um limite de desempenho nessas modalidades, ou os criadores favorecem a velocidade em vez da resistência.

"Tem existido um consenso geral nos últimos 30 anos de que a velocidade dos cavalos teria atingido uma estagnação. Nosso estudo mostra que não é esse o caso, ao usar um conjunto de dados muito maior que os analisados anteriormente. Nós revelamos que os cavalos podem estar ficando cada vez mais rápidos. O que é interessante é que tanto a taxa de aprimoramento histórica como a atual são maiores em distâncias mais curtas. O desafio agora é descobrir se esse padrão de aprimoramento tem base genética ou não", afirmou Sharman.

Os cientistas utilizaram dados relacionados a corridas sem obstáculos realizadas na relva no Reino Unido. Foram incluídos na análise o ano da corrida, a velocidade do cavalo vencedor, o método de cronometragem (automática ou manual), a distância da corrida, o tipo e consistência da pista de corrida, o número de jockeys e os nomes, idade e sexo de cada cavalo. 

Os resultados mostraram que o aprimoramento histórico não foi linear. Um súbito aumento das velocidades foi registrado por volta de 1900 e outro pico ocorreu entre 1975 e o início da década de 1990. O rápido aprimoramento do início do século 19 é atribuído a uma alteração no estilo de montar. Naquela época, os jockeys abandonaram a tradicional postura ereta para assumir uma posição agachada, com estribos mais curtos. 

O aprimoramento registrado nas décadas de 1970 e 1980, segundo os autores do estudo, pode ser resultado da adoção, pelos jockeys do estilo introduzido pelo lendário campeão inglês Lester Piggott, com estribos ainda mais curtos e cabeça inclinada sobre o cavalo. No entanto, nessa época também houve um aumento expressivo da movimentação comercial na criação de cavalos de corrida - o que pode ter levado a um aumento da velocidade dos animais a partir de melhoramentos genéticos.

De acordo com os autores, será preciso mais análises para determinar se o aprimoramento na velocidade ocorreu como uma resposta a uma seleção de base genética, ou se as mudanças de estratégias dos jockeys são suficientes para explicar os resultados do estudo.

Será necessário mais análises para determinar se o aprimoramento ocorreu como resposta a uma seleção de base genética Foto: Mick Atkins Photography

A velocidade das corridas de cavalo está aumentando cada vez mais, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira, 23, por pesquisadores britânicos. Até agora era consenso - entre cientistas e também na indústria do turfe - que a velocidade dos páreos já estaria estagnada, depois de atingir um limite máximo. Mas a nova pesquisa, com base em um grande volume de dados sobre corridas realizadas entre 1850 e 2012, mostra que elas ficaram cada vez mais velozes nesse período. O trabalho indica também que os cavalos continuam ficando cada vez mais rápidos, especialmente nas competições de curta distância.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, da Royal Society, ainda será preciso fazer novas pesquisas para descobrir se o aumento da velocidade tem base genética, se é resultado de aprimoramento nos treinos, de táticas dos jockeys, ou outros fatores ambientais.

O autor principal da pesquisa, Patrick Sharman, do Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter (Reino Unido), explica que vários estudos anteriores apontavam que, em termos de velocidade, os cavalos de corrida já haviam chegado aos limites de suas capacidades. No entanto, esses trabalhos só haviam analisado os tempos de chegada de um pequeno número de corridas de elite de média e longa distância. Os estudos também não haviam levado em conta fatores como a consistência das pistas.

O novo estudo analisou um conjunto de dados relativos a 616 mil corridas e mais de 70 mil cavalos a partir da metade do século 19. No intervalo entre 1997 e 2012, além dos dados sobre as corridas do nível de elite, foram analisados também dados sobre as corridas em geral.

Segundo Sharman, além de constatar um aumento cada vez mais pronunciado da velocidade das corridas desde 1850, a pesquisa mostrou, com os dados de 1997 a 2012, que o aprimoramento da performance dos cavalos continua acontecendo - em especial no nível de elite. A taxa mais lenta de aprimoramento da velocidade ocorreu em competições de média e longa distância. Para os cientistas, isso pode ser interpretado de duas maneiras: os cavalos estão chegando a um limite de desempenho nessas modalidades, ou os criadores favorecem a velocidade em vez da resistência.

"Tem existido um consenso geral nos últimos 30 anos de que a velocidade dos cavalos teria atingido uma estagnação. Nosso estudo mostra que não é esse o caso, ao usar um conjunto de dados muito maior que os analisados anteriormente. Nós revelamos que os cavalos podem estar ficando cada vez mais rápidos. O que é interessante é que tanto a taxa de aprimoramento histórica como a atual são maiores em distâncias mais curtas. O desafio agora é descobrir se esse padrão de aprimoramento tem base genética ou não", afirmou Sharman.

Os cientistas utilizaram dados relacionados a corridas sem obstáculos realizadas na relva no Reino Unido. Foram incluídos na análise o ano da corrida, a velocidade do cavalo vencedor, o método de cronometragem (automática ou manual), a distância da corrida, o tipo e consistência da pista de corrida, o número de jockeys e os nomes, idade e sexo de cada cavalo. 

Os resultados mostraram que o aprimoramento histórico não foi linear. Um súbito aumento das velocidades foi registrado por volta de 1900 e outro pico ocorreu entre 1975 e o início da década de 1990. O rápido aprimoramento do início do século 19 é atribuído a uma alteração no estilo de montar. Naquela época, os jockeys abandonaram a tradicional postura ereta para assumir uma posição agachada, com estribos mais curtos. 

O aprimoramento registrado nas décadas de 1970 e 1980, segundo os autores do estudo, pode ser resultado da adoção, pelos jockeys do estilo introduzido pelo lendário campeão inglês Lester Piggott, com estribos ainda mais curtos e cabeça inclinada sobre o cavalo. No entanto, nessa época também houve um aumento expressivo da movimentação comercial na criação de cavalos de corrida - o que pode ter levado a um aumento da velocidade dos animais a partir de melhoramentos genéticos.

De acordo com os autores, será preciso mais análises para determinar se o aprimoramento na velocidade ocorreu como uma resposta a uma seleção de base genética, ou se as mudanças de estratégias dos jockeys são suficientes para explicar os resultados do estudo.

Será necessário mais análises para determinar se o aprimoramento ocorreu como resposta a uma seleção de base genética Foto: Mick Atkins Photography

A velocidade das corridas de cavalo está aumentando cada vez mais, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira, 23, por pesquisadores britânicos. Até agora era consenso - entre cientistas e também na indústria do turfe - que a velocidade dos páreos já estaria estagnada, depois de atingir um limite máximo. Mas a nova pesquisa, com base em um grande volume de dados sobre corridas realizadas entre 1850 e 2012, mostra que elas ficaram cada vez mais velozes nesse período. O trabalho indica também que os cavalos continuam ficando cada vez mais rápidos, especialmente nas competições de curta distância.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, da Royal Society, ainda será preciso fazer novas pesquisas para descobrir se o aumento da velocidade tem base genética, se é resultado de aprimoramento nos treinos, de táticas dos jockeys, ou outros fatores ambientais.

O autor principal da pesquisa, Patrick Sharman, do Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter (Reino Unido), explica que vários estudos anteriores apontavam que, em termos de velocidade, os cavalos de corrida já haviam chegado aos limites de suas capacidades. No entanto, esses trabalhos só haviam analisado os tempos de chegada de um pequeno número de corridas de elite de média e longa distância. Os estudos também não haviam levado em conta fatores como a consistência das pistas.

O novo estudo analisou um conjunto de dados relativos a 616 mil corridas e mais de 70 mil cavalos a partir da metade do século 19. No intervalo entre 1997 e 2012, além dos dados sobre as corridas do nível de elite, foram analisados também dados sobre as corridas em geral.

Segundo Sharman, além de constatar um aumento cada vez mais pronunciado da velocidade das corridas desde 1850, a pesquisa mostrou, com os dados de 1997 a 2012, que o aprimoramento da performance dos cavalos continua acontecendo - em especial no nível de elite. A taxa mais lenta de aprimoramento da velocidade ocorreu em competições de média e longa distância. Para os cientistas, isso pode ser interpretado de duas maneiras: os cavalos estão chegando a um limite de desempenho nessas modalidades, ou os criadores favorecem a velocidade em vez da resistência.

"Tem existido um consenso geral nos últimos 30 anos de que a velocidade dos cavalos teria atingido uma estagnação. Nosso estudo mostra que não é esse o caso, ao usar um conjunto de dados muito maior que os analisados anteriormente. Nós revelamos que os cavalos podem estar ficando cada vez mais rápidos. O que é interessante é que tanto a taxa de aprimoramento histórica como a atual são maiores em distâncias mais curtas. O desafio agora é descobrir se esse padrão de aprimoramento tem base genética ou não", afirmou Sharman.

Os cientistas utilizaram dados relacionados a corridas sem obstáculos realizadas na relva no Reino Unido. Foram incluídos na análise o ano da corrida, a velocidade do cavalo vencedor, o método de cronometragem (automática ou manual), a distância da corrida, o tipo e consistência da pista de corrida, o número de jockeys e os nomes, idade e sexo de cada cavalo. 

Os resultados mostraram que o aprimoramento histórico não foi linear. Um súbito aumento das velocidades foi registrado por volta de 1900 e outro pico ocorreu entre 1975 e o início da década de 1990. O rápido aprimoramento do início do século 19 é atribuído a uma alteração no estilo de montar. Naquela época, os jockeys abandonaram a tradicional postura ereta para assumir uma posição agachada, com estribos mais curtos. 

O aprimoramento registrado nas décadas de 1970 e 1980, segundo os autores do estudo, pode ser resultado da adoção, pelos jockeys do estilo introduzido pelo lendário campeão inglês Lester Piggott, com estribos ainda mais curtos e cabeça inclinada sobre o cavalo. No entanto, nessa época também houve um aumento expressivo da movimentação comercial na criação de cavalos de corrida - o que pode ter levado a um aumento da velocidade dos animais a partir de melhoramentos genéticos.

De acordo com os autores, será preciso mais análises para determinar se o aprimoramento na velocidade ocorreu como uma resposta a uma seleção de base genética, ou se as mudanças de estratégias dos jockeys são suficientes para explicar os resultados do estudo.

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