Cientistas acreditam ter descoberto 'planeta bebê' no espaço


Astrônomos apontam evidências de um mundo com apenas 1,5 milhão de anos, o que faria dele talvez o mais jovem já encontrado

Por Robin George Andrews

Nos últimos 30 anos, os astrônomos encontraram mais de 5 mil exoplanetas – planetas que se formam fora do Sistema Solar, na órbita de outras estrelas e em outros sistemas planetários. O último pode ser um mero bebê.

Na revista The Astrophysical Journal Letters, cientistas anunciaram evidências convincentes de um mundo com apenas 1,5 milhão de anos, o que faria dele um dos planetas mais jovens já encontrados, talvez mesmo o mais jovem.

Este mundo – que fica a 395 anos-luz da Terra, na constelação de Ophiuchus – é tão jovem que seus blocos de construção de gás e poeira ainda estão se unindo. “É como olhar para o nosso próprio passado”, disse Myriam Benisty, astrônoma do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França, e coautora do estudo.

continua após a publicidade
Imagem obtida via telescópio Alma, do Chile, da estrela AS 209. Foto: ALMA/ESO/NAOJ/NRAO/A. Sierra via The New York Times

Como o planeta está envolto pela matéria que o está formando, mais observações telescópicas são necessárias para confirmar a sua existência. Presumindo que não sejam detritos rochosos disfarçados de planeta, os cientistas podem usá-lo para entender melhor como os mundos são feitos.

A quantidade de exoplanetas recém-descobertos complicou ou refutou teorias de longa data sobre a formação de planetas. Mas a localização deste planeta bebê dentro do disco de matéria primordial ao redor de sua estrela apoia a ideia de que a maioria dos planetas passa grande parte do tempo crescendo em um tipo de berçário.

continua após a publicidade

A equipe de cientistas usou o radiotelescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), uma coleção de 66 antenas que atuam em conjunto no Chile, para reunir as evidências desse mundo. Diferente de alguns outros telescópios, o Alma é capaz de detectar ondas de rádio emitidas por objetos escuros e frios, como cortinas de poeira e gás espalhados no espaço. Por isso, ele pode observar a matéria dos discos circunstelares como o que envolve o jovem mundo. Na órbita de estrelas, esses discos são compostos por gases, poeira, asteroides ou fragmentos de colisões, material que se junta para dar origem a planetas.

Para o estudo mais recente, os astrônomos apontaram o radiotelescópio para a AS 209, uma estrela um pouco mais pesada que o Sol. Com apenas 1,5 milhão de anos, ela só recentemente começou a queimar hidrogênio. 

Descobriu-se que o disco circunstelar da AS 209 tinha várias lacunas e, em uma dessas lacunas, o Alma detectou ondas de rádio características de uma tempestade planetária; gás que, presume-se, estava envolvendo um planeta semelhante a Júpiter ainda em construção.

continua após a publicidade

A idade exata do planeta pode não ser determinada em breve, mas é provável que seja muito semelhante à de sua estrela. Nos próximos dias, o telescópio espacial James Webb vai determinar a massa do planeta recém-nascido e estudar a composição química de sua atmosfera.

Nos últimos 30 anos, os astrônomos encontraram mais de 5 mil exoplanetas – planetas que se formam fora do Sistema Solar, na órbita de outras estrelas e em outros sistemas planetários. O último pode ser um mero bebê.

Na revista The Astrophysical Journal Letters, cientistas anunciaram evidências convincentes de um mundo com apenas 1,5 milhão de anos, o que faria dele um dos planetas mais jovens já encontrados, talvez mesmo o mais jovem.

Este mundo – que fica a 395 anos-luz da Terra, na constelação de Ophiuchus – é tão jovem que seus blocos de construção de gás e poeira ainda estão se unindo. “É como olhar para o nosso próprio passado”, disse Myriam Benisty, astrônoma do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França, e coautora do estudo.

Imagem obtida via telescópio Alma, do Chile, da estrela AS 209. Foto: ALMA/ESO/NAOJ/NRAO/A. Sierra via The New York Times

Como o planeta está envolto pela matéria que o está formando, mais observações telescópicas são necessárias para confirmar a sua existência. Presumindo que não sejam detritos rochosos disfarçados de planeta, os cientistas podem usá-lo para entender melhor como os mundos são feitos.

A quantidade de exoplanetas recém-descobertos complicou ou refutou teorias de longa data sobre a formação de planetas. Mas a localização deste planeta bebê dentro do disco de matéria primordial ao redor de sua estrela apoia a ideia de que a maioria dos planetas passa grande parte do tempo crescendo em um tipo de berçário.

A equipe de cientistas usou o radiotelescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), uma coleção de 66 antenas que atuam em conjunto no Chile, para reunir as evidências desse mundo. Diferente de alguns outros telescópios, o Alma é capaz de detectar ondas de rádio emitidas por objetos escuros e frios, como cortinas de poeira e gás espalhados no espaço. Por isso, ele pode observar a matéria dos discos circunstelares como o que envolve o jovem mundo. Na órbita de estrelas, esses discos são compostos por gases, poeira, asteroides ou fragmentos de colisões, material que se junta para dar origem a planetas.

Para o estudo mais recente, os astrônomos apontaram o radiotelescópio para a AS 209, uma estrela um pouco mais pesada que o Sol. Com apenas 1,5 milhão de anos, ela só recentemente começou a queimar hidrogênio. 

Descobriu-se que o disco circunstelar da AS 209 tinha várias lacunas e, em uma dessas lacunas, o Alma detectou ondas de rádio características de uma tempestade planetária; gás que, presume-se, estava envolvendo um planeta semelhante a Júpiter ainda em construção.

A idade exata do planeta pode não ser determinada em breve, mas é provável que seja muito semelhante à de sua estrela. Nos próximos dias, o telescópio espacial James Webb vai determinar a massa do planeta recém-nascido e estudar a composição química de sua atmosfera.

Nos últimos 30 anos, os astrônomos encontraram mais de 5 mil exoplanetas – planetas que se formam fora do Sistema Solar, na órbita de outras estrelas e em outros sistemas planetários. O último pode ser um mero bebê.

Na revista The Astrophysical Journal Letters, cientistas anunciaram evidências convincentes de um mundo com apenas 1,5 milhão de anos, o que faria dele um dos planetas mais jovens já encontrados, talvez mesmo o mais jovem.

Este mundo – que fica a 395 anos-luz da Terra, na constelação de Ophiuchus – é tão jovem que seus blocos de construção de gás e poeira ainda estão se unindo. “É como olhar para o nosso próprio passado”, disse Myriam Benisty, astrônoma do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França, e coautora do estudo.

Imagem obtida via telescópio Alma, do Chile, da estrela AS 209. Foto: ALMA/ESO/NAOJ/NRAO/A. Sierra via The New York Times

Como o planeta está envolto pela matéria que o está formando, mais observações telescópicas são necessárias para confirmar a sua existência. Presumindo que não sejam detritos rochosos disfarçados de planeta, os cientistas podem usá-lo para entender melhor como os mundos são feitos.

A quantidade de exoplanetas recém-descobertos complicou ou refutou teorias de longa data sobre a formação de planetas. Mas a localização deste planeta bebê dentro do disco de matéria primordial ao redor de sua estrela apoia a ideia de que a maioria dos planetas passa grande parte do tempo crescendo em um tipo de berçário.

A equipe de cientistas usou o radiotelescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), uma coleção de 66 antenas que atuam em conjunto no Chile, para reunir as evidências desse mundo. Diferente de alguns outros telescópios, o Alma é capaz de detectar ondas de rádio emitidas por objetos escuros e frios, como cortinas de poeira e gás espalhados no espaço. Por isso, ele pode observar a matéria dos discos circunstelares como o que envolve o jovem mundo. Na órbita de estrelas, esses discos são compostos por gases, poeira, asteroides ou fragmentos de colisões, material que se junta para dar origem a planetas.

Para o estudo mais recente, os astrônomos apontaram o radiotelescópio para a AS 209, uma estrela um pouco mais pesada que o Sol. Com apenas 1,5 milhão de anos, ela só recentemente começou a queimar hidrogênio. 

Descobriu-se que o disco circunstelar da AS 209 tinha várias lacunas e, em uma dessas lacunas, o Alma detectou ondas de rádio características de uma tempestade planetária; gás que, presume-se, estava envolvendo um planeta semelhante a Júpiter ainda em construção.

A idade exata do planeta pode não ser determinada em breve, mas é provável que seja muito semelhante à de sua estrela. Nos próximos dias, o telescópio espacial James Webb vai determinar a massa do planeta recém-nascido e estudar a composição química de sua atmosfera.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.