Cientistas identificam proteína responsável por alastramento do melanoma


Doença é o tipo mais agressivo de câncer de pele; inibir proteína pode ser um caminho para impedir a metástase

Por Fabio de Castro
Proteína pode ser utilizada como um marcador para identificar precocemente a agressividade do melanoma Foto: Suzanne DeChillo/The New York Times

Um grupo internacional de cientistas identificou uma proteína do melanoma - o tipo mais agressivo de câncer de pele - que tem um papel central no processo de alastramento da doença para outros órgãos do corpo. De acordo com a pesquisa, publicada na revista Nature, inibir a proteína pode ser um caminho para impedir a metástase. Além disso, essa proteína pode ser utilizada como um marcador para identificar precocemente a agressividade do melanoma. 

“Nós conseguimos descobrir mecanismos até agora desconhecidos no desenvolvimento do melanoma e identificamos novos marcadores de metástase que foram validados em amostras de pacientes. Esses resultados abrem novas rotas para tratamentos farmacológicos”, disse a líder do grupo internacional que realizou o novo estudo, Marisol Soengas, do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas da Espanha.

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Os cientistas já suspeitavam que, antes de se espalhar, os melanomas “preparavam o terreno” nos órgãos antes de colonizá-los. Acreditava-se que o processo começava com a ativação de vasos linfáticos em torno do tumor, depois nos nódulos linfáticos adjacentes, até chegar aos órgãos mais distantes.

No entanto, experimentos indicavam que havia algum elemento faltando nesse hipótese: a remoção dos nódulos linfáticos próximos do tumor não impedia a metástase e o câncer se espalhava da mesma forma. Para solucionar o mistério, os cientistas desenvolveram um modelo inovador para o estudo do melanoma em animais: camundongos geneticamente modificados que emitem luz quando os vasos linfáticos ligados à metástase são ativados. Com isso foi possível mapear as proteínas secretadas pelo tumor.

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“Descobrimos várias proteínas secretadas especificamente por melanomas que se espalham de forma mais agressiva - e focamos em uma delas, chamada MDK, porque ela ainda era desconhecida e poderia representar um alvo terapêutico alternativo”, disse Marisol.

Depois da descoberta em camundongos, os cientistas mostraram que pacientes humanos com níveis mais altos de MDK em seus nódulos linfáticos têm prognóstico pior. Assim, a proteína pode ser utilizada como um marcador de agressividade do melanoma. Em outro experimento em animais, o estudo também revelou que, ao inibir a expressão de MDK, a metástase também é bloqueada. “Encontramos na MDK uma possível estratégia para o desenvolvimento de futuras drogas.”

Proteína pode ser utilizada como um marcador para identificar precocemente a agressividade do melanoma Foto: Suzanne DeChillo/The New York Times

Um grupo internacional de cientistas identificou uma proteína do melanoma - o tipo mais agressivo de câncer de pele - que tem um papel central no processo de alastramento da doença para outros órgãos do corpo. De acordo com a pesquisa, publicada na revista Nature, inibir a proteína pode ser um caminho para impedir a metástase. Além disso, essa proteína pode ser utilizada como um marcador para identificar precocemente a agressividade do melanoma. 

“Nós conseguimos descobrir mecanismos até agora desconhecidos no desenvolvimento do melanoma e identificamos novos marcadores de metástase que foram validados em amostras de pacientes. Esses resultados abrem novas rotas para tratamentos farmacológicos”, disse a líder do grupo internacional que realizou o novo estudo, Marisol Soengas, do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas da Espanha.

Os cientistas já suspeitavam que, antes de se espalhar, os melanomas “preparavam o terreno” nos órgãos antes de colonizá-los. Acreditava-se que o processo começava com a ativação de vasos linfáticos em torno do tumor, depois nos nódulos linfáticos adjacentes, até chegar aos órgãos mais distantes.

No entanto, experimentos indicavam que havia algum elemento faltando nesse hipótese: a remoção dos nódulos linfáticos próximos do tumor não impedia a metástase e o câncer se espalhava da mesma forma. Para solucionar o mistério, os cientistas desenvolveram um modelo inovador para o estudo do melanoma em animais: camundongos geneticamente modificados que emitem luz quando os vasos linfáticos ligados à metástase são ativados. Com isso foi possível mapear as proteínas secretadas pelo tumor.

“Descobrimos várias proteínas secretadas especificamente por melanomas que se espalham de forma mais agressiva - e focamos em uma delas, chamada MDK, porque ela ainda era desconhecida e poderia representar um alvo terapêutico alternativo”, disse Marisol.

Depois da descoberta em camundongos, os cientistas mostraram que pacientes humanos com níveis mais altos de MDK em seus nódulos linfáticos têm prognóstico pior. Assim, a proteína pode ser utilizada como um marcador de agressividade do melanoma. Em outro experimento em animais, o estudo também revelou que, ao inibir a expressão de MDK, a metástase também é bloqueada. “Encontramos na MDK uma possível estratégia para o desenvolvimento de futuras drogas.”

Proteína pode ser utilizada como um marcador para identificar precocemente a agressividade do melanoma Foto: Suzanne DeChillo/The New York Times

Um grupo internacional de cientistas identificou uma proteína do melanoma - o tipo mais agressivo de câncer de pele - que tem um papel central no processo de alastramento da doença para outros órgãos do corpo. De acordo com a pesquisa, publicada na revista Nature, inibir a proteína pode ser um caminho para impedir a metástase. Além disso, essa proteína pode ser utilizada como um marcador para identificar precocemente a agressividade do melanoma. 

“Nós conseguimos descobrir mecanismos até agora desconhecidos no desenvolvimento do melanoma e identificamos novos marcadores de metástase que foram validados em amostras de pacientes. Esses resultados abrem novas rotas para tratamentos farmacológicos”, disse a líder do grupo internacional que realizou o novo estudo, Marisol Soengas, do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas da Espanha.

Os cientistas já suspeitavam que, antes de se espalhar, os melanomas “preparavam o terreno” nos órgãos antes de colonizá-los. Acreditava-se que o processo começava com a ativação de vasos linfáticos em torno do tumor, depois nos nódulos linfáticos adjacentes, até chegar aos órgãos mais distantes.

No entanto, experimentos indicavam que havia algum elemento faltando nesse hipótese: a remoção dos nódulos linfáticos próximos do tumor não impedia a metástase e o câncer se espalhava da mesma forma. Para solucionar o mistério, os cientistas desenvolveram um modelo inovador para o estudo do melanoma em animais: camundongos geneticamente modificados que emitem luz quando os vasos linfáticos ligados à metástase são ativados. Com isso foi possível mapear as proteínas secretadas pelo tumor.

“Descobrimos várias proteínas secretadas especificamente por melanomas que se espalham de forma mais agressiva - e focamos em uma delas, chamada MDK, porque ela ainda era desconhecida e poderia representar um alvo terapêutico alternativo”, disse Marisol.

Depois da descoberta em camundongos, os cientistas mostraram que pacientes humanos com níveis mais altos de MDK em seus nódulos linfáticos têm prognóstico pior. Assim, a proteína pode ser utilizada como um marcador de agressividade do melanoma. Em outro experimento em animais, o estudo também revelou que, ao inibir a expressão de MDK, a metástase também é bloqueada. “Encontramos na MDK uma possível estratégia para o desenvolvimento de futuras drogas.”

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