Tubarões no Rio têm vestígios de cocaína; quais os possíveis efeitos para os animais?


Estudo analisou 13 espécimes e identificou vestígios da droga em todos eles. Substância pode impactar a visão e comprometer a capacidade de caça dos tubarões, apontam pesquisadores

Por Pedro Pannunzio
Atualização:

Pesquisadores brasileiros identificaram vestígios de cocaína em tubarões que vivem na região costeira do Rio de Janeiro. Essa é, de acordo com o estudo, a primeira vez que a substância é detectada nesses animais.

A descoberta - resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - foi publicada na revista científica Science of The Total Environment.

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O grupo analisou 13 tubarões da espécie Rhizoprionodon lalandii - o chamado tubarão-bico-fino-brasileiro - e identificou a presença de cocaína e de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, formado no organismo após o consumo da substância.

Pesquisadores encontraram vestígios de cocaína nos 13 tubarões-bico-fino analisados. Foto: Reprodução/Agência Fiocruz

Os animais foram coletados na zona oeste do Rio de Janeiro entre setembro de 2021 e agosto de 2023, com o objetivo de acompanhar mudanças climáticas causadas de forma natural, ou pela interferência humana.

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“Todas as amostras (13/13) testaram positivo para cocaína, e 92% (12/13) testaram positivo para benzoilecgonina”, detalha o artigo.

A concentração de cocaína detectada foi três vezes maior que a de benzoilecgonina. As substâncias foram identificadas sobretudo no músculo dos animais, mas também havia incidência no fígado.

“Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminados”, disse Enrico Saggioro, um dos pesquisadores à frente do estudo, em comunicado divulgado pela Fiocruz.

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Os pesquisadores acreditam que a droga pode ter chegado ao mar por um processo de drenagem dos resquícios deixados por laboratórios ilegais, ou por esgoto não tratado descarregado no oceano.

De acordo com Rachel Ann Hauser-Davis, uma das autoras do estudo, os resultados mostram “exposição devido ao uso humano de cocaína no Rio de Janeiro por meio de descarga de urina e fezes humanas pelo esgoto não tratado, assim como de laboratórios ilegais”, disse ao jornal britânico The Telegraph.

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A pesquisadora ainda minimizou a possibilidade de ingestão da droga por descarte irregular de pacotes usados. “Não vimos muitos pacotes de cocaína jogados ou perdidos no mar, ao contrário do que ocorre no México e na Flórida”, completou.

Ainda não é possível determinar quais são as consequências exatas da contaminação, mas os pesquisadores entendem que a presença de cocaína no mar pode impactar o crescimento e até a fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua na evolução dos embriões.

Leia aqui o estudo completo.

Pesquisadores brasileiros identificaram vestígios de cocaína em tubarões que vivem na região costeira do Rio de Janeiro. Essa é, de acordo com o estudo, a primeira vez que a substância é detectada nesses animais.

A descoberta - resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - foi publicada na revista científica Science of The Total Environment.

O grupo analisou 13 tubarões da espécie Rhizoprionodon lalandii - o chamado tubarão-bico-fino-brasileiro - e identificou a presença de cocaína e de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, formado no organismo após o consumo da substância.

Pesquisadores encontraram vestígios de cocaína nos 13 tubarões-bico-fino analisados. Foto: Reprodução/Agência Fiocruz

Os animais foram coletados na zona oeste do Rio de Janeiro entre setembro de 2021 e agosto de 2023, com o objetivo de acompanhar mudanças climáticas causadas de forma natural, ou pela interferência humana.

“Todas as amostras (13/13) testaram positivo para cocaína, e 92% (12/13) testaram positivo para benzoilecgonina”, detalha o artigo.

A concentração de cocaína detectada foi três vezes maior que a de benzoilecgonina. As substâncias foram identificadas sobretudo no músculo dos animais, mas também havia incidência no fígado.

“Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminados”, disse Enrico Saggioro, um dos pesquisadores à frente do estudo, em comunicado divulgado pela Fiocruz.

Os pesquisadores acreditam que a droga pode ter chegado ao mar por um processo de drenagem dos resquícios deixados por laboratórios ilegais, ou por esgoto não tratado descarregado no oceano.

De acordo com Rachel Ann Hauser-Davis, uma das autoras do estudo, os resultados mostram “exposição devido ao uso humano de cocaína no Rio de Janeiro por meio de descarga de urina e fezes humanas pelo esgoto não tratado, assim como de laboratórios ilegais”, disse ao jornal britânico The Telegraph.

A pesquisadora ainda minimizou a possibilidade de ingestão da droga por descarte irregular de pacotes usados. “Não vimos muitos pacotes de cocaína jogados ou perdidos no mar, ao contrário do que ocorre no México e na Flórida”, completou.

Ainda não é possível determinar quais são as consequências exatas da contaminação, mas os pesquisadores entendem que a presença de cocaína no mar pode impactar o crescimento e até a fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua na evolução dos embriões.

Leia aqui o estudo completo.

Pesquisadores brasileiros identificaram vestígios de cocaína em tubarões que vivem na região costeira do Rio de Janeiro. Essa é, de acordo com o estudo, a primeira vez que a substância é detectada nesses animais.

A descoberta - resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - foi publicada na revista científica Science of The Total Environment.

O grupo analisou 13 tubarões da espécie Rhizoprionodon lalandii - o chamado tubarão-bico-fino-brasileiro - e identificou a presença de cocaína e de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, formado no organismo após o consumo da substância.

Pesquisadores encontraram vestígios de cocaína nos 13 tubarões-bico-fino analisados. Foto: Reprodução/Agência Fiocruz

Os animais foram coletados na zona oeste do Rio de Janeiro entre setembro de 2021 e agosto de 2023, com o objetivo de acompanhar mudanças climáticas causadas de forma natural, ou pela interferência humana.

“Todas as amostras (13/13) testaram positivo para cocaína, e 92% (12/13) testaram positivo para benzoilecgonina”, detalha o artigo.

A concentração de cocaína detectada foi três vezes maior que a de benzoilecgonina. As substâncias foram identificadas sobretudo no músculo dos animais, mas também havia incidência no fígado.

“Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminados”, disse Enrico Saggioro, um dos pesquisadores à frente do estudo, em comunicado divulgado pela Fiocruz.

Os pesquisadores acreditam que a droga pode ter chegado ao mar por um processo de drenagem dos resquícios deixados por laboratórios ilegais, ou por esgoto não tratado descarregado no oceano.

De acordo com Rachel Ann Hauser-Davis, uma das autoras do estudo, os resultados mostram “exposição devido ao uso humano de cocaína no Rio de Janeiro por meio de descarga de urina e fezes humanas pelo esgoto não tratado, assim como de laboratórios ilegais”, disse ao jornal britânico The Telegraph.

A pesquisadora ainda minimizou a possibilidade de ingestão da droga por descarte irregular de pacotes usados. “Não vimos muitos pacotes de cocaína jogados ou perdidos no mar, ao contrário do que ocorre no México e na Flórida”, completou.

Ainda não é possível determinar quais são as consequências exatas da contaminação, mas os pesquisadores entendem que a presença de cocaína no mar pode impactar o crescimento e até a fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua na evolução dos embriões.

Leia aqui o estudo completo.

Pesquisadores brasileiros identificaram vestígios de cocaína em tubarões que vivem na região costeira do Rio de Janeiro. Essa é, de acordo com o estudo, a primeira vez que a substância é detectada nesses animais.

A descoberta - resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - foi publicada na revista científica Science of The Total Environment.

O grupo analisou 13 tubarões da espécie Rhizoprionodon lalandii - o chamado tubarão-bico-fino-brasileiro - e identificou a presença de cocaína e de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, formado no organismo após o consumo da substância.

Pesquisadores encontraram vestígios de cocaína nos 13 tubarões-bico-fino analisados. Foto: Reprodução/Agência Fiocruz

Os animais foram coletados na zona oeste do Rio de Janeiro entre setembro de 2021 e agosto de 2023, com o objetivo de acompanhar mudanças climáticas causadas de forma natural, ou pela interferência humana.

“Todas as amostras (13/13) testaram positivo para cocaína, e 92% (12/13) testaram positivo para benzoilecgonina”, detalha o artigo.

A concentração de cocaína detectada foi três vezes maior que a de benzoilecgonina. As substâncias foram identificadas sobretudo no músculo dos animais, mas também havia incidência no fígado.

“Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminados”, disse Enrico Saggioro, um dos pesquisadores à frente do estudo, em comunicado divulgado pela Fiocruz.

Os pesquisadores acreditam que a droga pode ter chegado ao mar por um processo de drenagem dos resquícios deixados por laboratórios ilegais, ou por esgoto não tratado descarregado no oceano.

De acordo com Rachel Ann Hauser-Davis, uma das autoras do estudo, os resultados mostram “exposição devido ao uso humano de cocaína no Rio de Janeiro por meio de descarga de urina e fezes humanas pelo esgoto não tratado, assim como de laboratórios ilegais”, disse ao jornal britânico The Telegraph.

A pesquisadora ainda minimizou a possibilidade de ingestão da droga por descarte irregular de pacotes usados. “Não vimos muitos pacotes de cocaína jogados ou perdidos no mar, ao contrário do que ocorre no México e na Flórida”, completou.

Ainda não é possível determinar quais são as consequências exatas da contaminação, mas os pesquisadores entendem que a presença de cocaína no mar pode impactar o crescimento e até a fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua na evolução dos embriões.

Leia aqui o estudo completo.

Pesquisadores brasileiros identificaram vestígios de cocaína em tubarões que vivem na região costeira do Rio de Janeiro. Essa é, de acordo com o estudo, a primeira vez que a substância é detectada nesses animais.

A descoberta - resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - foi publicada na revista científica Science of The Total Environment.

O grupo analisou 13 tubarões da espécie Rhizoprionodon lalandii - o chamado tubarão-bico-fino-brasileiro - e identificou a presença de cocaína e de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, formado no organismo após o consumo da substância.

Pesquisadores encontraram vestígios de cocaína nos 13 tubarões-bico-fino analisados. Foto: Reprodução/Agência Fiocruz

Os animais foram coletados na zona oeste do Rio de Janeiro entre setembro de 2021 e agosto de 2023, com o objetivo de acompanhar mudanças climáticas causadas de forma natural, ou pela interferência humana.

“Todas as amostras (13/13) testaram positivo para cocaína, e 92% (12/13) testaram positivo para benzoilecgonina”, detalha o artigo.

A concentração de cocaína detectada foi três vezes maior que a de benzoilecgonina. As substâncias foram identificadas sobretudo no músculo dos animais, mas também havia incidência no fígado.

“Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminados”, disse Enrico Saggioro, um dos pesquisadores à frente do estudo, em comunicado divulgado pela Fiocruz.

Os pesquisadores acreditam que a droga pode ter chegado ao mar por um processo de drenagem dos resquícios deixados por laboratórios ilegais, ou por esgoto não tratado descarregado no oceano.

De acordo com Rachel Ann Hauser-Davis, uma das autoras do estudo, os resultados mostram “exposição devido ao uso humano de cocaína no Rio de Janeiro por meio de descarga de urina e fezes humanas pelo esgoto não tratado, assim como de laboratórios ilegais”, disse ao jornal britânico The Telegraph.

A pesquisadora ainda minimizou a possibilidade de ingestão da droga por descarte irregular de pacotes usados. “Não vimos muitos pacotes de cocaína jogados ou perdidos no mar, ao contrário do que ocorre no México e na Flórida”, completou.

Ainda não é possível determinar quais são as consequências exatas da contaminação, mas os pesquisadores entendem que a presença de cocaína no mar pode impactar o crescimento e até a fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua na evolução dos embriões.

Leia aqui o estudo completo.

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