Como a Nasa vai voltar à Lua? Testando, testando, testando


Nasa completou contagem regressiva de teste para foguete que deverá levar astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972; agência propôs a data de 2025 para viagem tripulada, mas pode enfrentar mais adiamentos

Por Kenneth Chang

Na segunda-feira, em sua quarta tentativa, o que a Nasa completou foi basicamente uma contagem regressiva de teste para o foguete que levará astronautas à Lua.

Mas técnicos da agência disseram que era muito cedo para saber se o ensaio seria suficiente para dar o aval para o foguete, o Sistema de Lançamento Espacial, lançar a cápsula Orion em um voo de teste ao redor da Lua, sem astronautas a bordo.

Mesmo se o ensaio de contagem regressiva tivesse corrido perfeitamente, essa missão, a Artemis 1, provavelmente não decolaria antes do final de agosto. Esse voo será o ponto de partida para os Estados Unidos levarem astronautas de volta à superfície lunar mais de meio século depois da missão Apollo 17.

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Em cima de uma plataforma de lançamento no Kennedy Space Center, na Flórida, os tanques de propelente do foguete foram totalmente preenchidos pela primeira vez com 890 mil litros de oxigênio líquido e 2 milhões e 400 mil litros de hidrogênio líquido. Problemas que tinham ocorrido durante três tentativas anteriores em abril foram resolvidos.

Nasa completou contagem regressiva de teste para foguete que deverá levar astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972 Foto: Maxar Technologies via NYT - 18/06/22

“Acho que foi um dia de muito sucesso, que mais uma vez atingiu a maioria dos objetivos”, disse o diretor de lançamento Charlie Blackwell-Thompson durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

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Mas surgiu um problema novo: vazamento de hidrogênio em um conector de combustível. Ao aquecer e resfriar o conector, os engenheiros esperavam que a vedação se deslocasse o suficiente para interromper o vazamento. Mas não funcionou.

Durante um lançamento de verdade, esse problema teria sido o fim da contagem regressiva para o foguete de 98 metros de altura.

Mas o exercício de segunda-feira foi o que a Nasa chama de ensaio molhado – molhado por causa do fluxo de combustível de verdade nos tanques – concebido para resolver falhas e procedimentos sem a agitação dos motores acesos e do foguete subindo para o espaço.

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Com a contagem regressiva pausada em T-10 minutos, os engenheiros elaboraram um plano em que uma válvula seria fechada para interromper o vazamento e os erros seriam suprimidos para permitir que a contagem regressiva prosseguisse para testar outros componentes do foguete e procedimentos de lançamento.

Blackwell-Thompson aprovou os planos e a contagem regressiva continuou até que, como esperado, terminou restando 29 segundos. O oxigênio líquido e o hidrogênio líquido então foram drenados do foguete.

Na terça-feira, técnicos da Nasa disseram que tinham de analisar os dados para ver o que ainda precisam fazer antes de sentirem que estão prontos para lançar o foguete. O Sistema de Lançamento Espacial e a Orion, a cápsula onde ficarão os astronautas, são componentes essenciais para a Artemis, programa da Nasa que deve mandar astronautas de volta à Lua.

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Ainda assim, os técnicos da Nasa estavam em êxtase com o progresso.

Thomas Whitmeyer, vice-administrador associado para o desenvolvimento de sistemas de exploração comum da Nasa, disse que o enchimento dos tanques e a contagem regressiva tão próxima a zero foram marcos importantes.

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“Estamos olhando o quebra-cabeça para ver quais são as peças que ainda não conseguimos encaixar”, disse Whitmeyer. “Mas já encaixamos muitas peças e temos uma boa ideia de como está o quebra-cabeça neste momento”.

Em abril, três tentativas de realizar um ensaio molhado terminaram mais cedo por causa de vários problemas. O foguete foi levado para uma garagem gigante, chamada de Edifício de Montagem de Veículos, onde os técnicos podiam diagnosticar os problemas com mais facilidade e fazer reparos. O hiato também deu tempo para um fornecedor externo atualizar suas instalações que forneciam gás nitrogênio – usado para purgar gases perigosos – no Centro Espacial Kennedy. Durante duas das tentativas de ensaio, interrupções no fornecimento de nitrogênio atrasaram a contagem regressiva.

A Nasa pode decidir realizar mais um ensaio molhado, ou pode concluir que tem dados suficientes e levar o foguete de volta ao Edifício de Montagem de Veículos uma última vez para os preparativos finais para o lançamento, os quais incluem a instalação do mecanismo de autodestruição para destruir o foguete em caso algo dê errado durante o voo.

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Para a Artemis 1, o foguete lançaria e enviaria a cápsula Orion em uma longa viagem ao redor da lua. A cápsula então circularia de volta para reentrar na atmosfera da Terra e mergulhar no oceano.

O segundo voo da Artemis, previsto para 2024, teria astronautas a bordo para uma viagem semelhante, sem pousar na Lua. Artemis 3 será o primeiro pouso lunar de astronautas desde 1972. A Nasa propôs a data de 2025 para essa viagem tripulada, mas pode enfrentar mais adiamentos. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Na segunda-feira, em sua quarta tentativa, o que a Nasa completou foi basicamente uma contagem regressiva de teste para o foguete que levará astronautas à Lua.

Mas técnicos da agência disseram que era muito cedo para saber se o ensaio seria suficiente para dar o aval para o foguete, o Sistema de Lançamento Espacial, lançar a cápsula Orion em um voo de teste ao redor da Lua, sem astronautas a bordo.

Mesmo se o ensaio de contagem regressiva tivesse corrido perfeitamente, essa missão, a Artemis 1, provavelmente não decolaria antes do final de agosto. Esse voo será o ponto de partida para os Estados Unidos levarem astronautas de volta à superfície lunar mais de meio século depois da missão Apollo 17.

Em cima de uma plataforma de lançamento no Kennedy Space Center, na Flórida, os tanques de propelente do foguete foram totalmente preenchidos pela primeira vez com 890 mil litros de oxigênio líquido e 2 milhões e 400 mil litros de hidrogênio líquido. Problemas que tinham ocorrido durante três tentativas anteriores em abril foram resolvidos.

Nasa completou contagem regressiva de teste para foguete que deverá levar astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972 Foto: Maxar Technologies via NYT - 18/06/22

“Acho que foi um dia de muito sucesso, que mais uma vez atingiu a maioria dos objetivos”, disse o diretor de lançamento Charlie Blackwell-Thompson durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

Mas surgiu um problema novo: vazamento de hidrogênio em um conector de combustível. Ao aquecer e resfriar o conector, os engenheiros esperavam que a vedação se deslocasse o suficiente para interromper o vazamento. Mas não funcionou.

Durante um lançamento de verdade, esse problema teria sido o fim da contagem regressiva para o foguete de 98 metros de altura.

Mas o exercício de segunda-feira foi o que a Nasa chama de ensaio molhado – molhado por causa do fluxo de combustível de verdade nos tanques – concebido para resolver falhas e procedimentos sem a agitação dos motores acesos e do foguete subindo para o espaço.

Com a contagem regressiva pausada em T-10 minutos, os engenheiros elaboraram um plano em que uma válvula seria fechada para interromper o vazamento e os erros seriam suprimidos para permitir que a contagem regressiva prosseguisse para testar outros componentes do foguete e procedimentos de lançamento.

Blackwell-Thompson aprovou os planos e a contagem regressiva continuou até que, como esperado, terminou restando 29 segundos. O oxigênio líquido e o hidrogênio líquido então foram drenados do foguete.

Na terça-feira, técnicos da Nasa disseram que tinham de analisar os dados para ver o que ainda precisam fazer antes de sentirem que estão prontos para lançar o foguete. O Sistema de Lançamento Espacial e a Orion, a cápsula onde ficarão os astronautas, são componentes essenciais para a Artemis, programa da Nasa que deve mandar astronautas de volta à Lua.

Ainda assim, os técnicos da Nasa estavam em êxtase com o progresso.

Thomas Whitmeyer, vice-administrador associado para o desenvolvimento de sistemas de exploração comum da Nasa, disse que o enchimento dos tanques e a contagem regressiva tão próxima a zero foram marcos importantes.

“Estamos olhando o quebra-cabeça para ver quais são as peças que ainda não conseguimos encaixar”, disse Whitmeyer. “Mas já encaixamos muitas peças e temos uma boa ideia de como está o quebra-cabeça neste momento”.

Em abril, três tentativas de realizar um ensaio molhado terminaram mais cedo por causa de vários problemas. O foguete foi levado para uma garagem gigante, chamada de Edifício de Montagem de Veículos, onde os técnicos podiam diagnosticar os problemas com mais facilidade e fazer reparos. O hiato também deu tempo para um fornecedor externo atualizar suas instalações que forneciam gás nitrogênio – usado para purgar gases perigosos – no Centro Espacial Kennedy. Durante duas das tentativas de ensaio, interrupções no fornecimento de nitrogênio atrasaram a contagem regressiva.

A Nasa pode decidir realizar mais um ensaio molhado, ou pode concluir que tem dados suficientes e levar o foguete de volta ao Edifício de Montagem de Veículos uma última vez para os preparativos finais para o lançamento, os quais incluem a instalação do mecanismo de autodestruição para destruir o foguete em caso algo dê errado durante o voo.

Para a Artemis 1, o foguete lançaria e enviaria a cápsula Orion em uma longa viagem ao redor da lua. A cápsula então circularia de volta para reentrar na atmosfera da Terra e mergulhar no oceano.

O segundo voo da Artemis, previsto para 2024, teria astronautas a bordo para uma viagem semelhante, sem pousar na Lua. Artemis 3 será o primeiro pouso lunar de astronautas desde 1972. A Nasa propôs a data de 2025 para essa viagem tripulada, mas pode enfrentar mais adiamentos. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Na segunda-feira, em sua quarta tentativa, o que a Nasa completou foi basicamente uma contagem regressiva de teste para o foguete que levará astronautas à Lua.

Mas técnicos da agência disseram que era muito cedo para saber se o ensaio seria suficiente para dar o aval para o foguete, o Sistema de Lançamento Espacial, lançar a cápsula Orion em um voo de teste ao redor da Lua, sem astronautas a bordo.

Mesmo se o ensaio de contagem regressiva tivesse corrido perfeitamente, essa missão, a Artemis 1, provavelmente não decolaria antes do final de agosto. Esse voo será o ponto de partida para os Estados Unidos levarem astronautas de volta à superfície lunar mais de meio século depois da missão Apollo 17.

Em cima de uma plataforma de lançamento no Kennedy Space Center, na Flórida, os tanques de propelente do foguete foram totalmente preenchidos pela primeira vez com 890 mil litros de oxigênio líquido e 2 milhões e 400 mil litros de hidrogênio líquido. Problemas que tinham ocorrido durante três tentativas anteriores em abril foram resolvidos.

Nasa completou contagem regressiva de teste para foguete que deverá levar astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972 Foto: Maxar Technologies via NYT - 18/06/22

“Acho que foi um dia de muito sucesso, que mais uma vez atingiu a maioria dos objetivos”, disse o diretor de lançamento Charlie Blackwell-Thompson durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

Mas surgiu um problema novo: vazamento de hidrogênio em um conector de combustível. Ao aquecer e resfriar o conector, os engenheiros esperavam que a vedação se deslocasse o suficiente para interromper o vazamento. Mas não funcionou.

Durante um lançamento de verdade, esse problema teria sido o fim da contagem regressiva para o foguete de 98 metros de altura.

Mas o exercício de segunda-feira foi o que a Nasa chama de ensaio molhado – molhado por causa do fluxo de combustível de verdade nos tanques – concebido para resolver falhas e procedimentos sem a agitação dos motores acesos e do foguete subindo para o espaço.

Com a contagem regressiva pausada em T-10 minutos, os engenheiros elaboraram um plano em que uma válvula seria fechada para interromper o vazamento e os erros seriam suprimidos para permitir que a contagem regressiva prosseguisse para testar outros componentes do foguete e procedimentos de lançamento.

Blackwell-Thompson aprovou os planos e a contagem regressiva continuou até que, como esperado, terminou restando 29 segundos. O oxigênio líquido e o hidrogênio líquido então foram drenados do foguete.

Na terça-feira, técnicos da Nasa disseram que tinham de analisar os dados para ver o que ainda precisam fazer antes de sentirem que estão prontos para lançar o foguete. O Sistema de Lançamento Espacial e a Orion, a cápsula onde ficarão os astronautas, são componentes essenciais para a Artemis, programa da Nasa que deve mandar astronautas de volta à Lua.

Ainda assim, os técnicos da Nasa estavam em êxtase com o progresso.

Thomas Whitmeyer, vice-administrador associado para o desenvolvimento de sistemas de exploração comum da Nasa, disse que o enchimento dos tanques e a contagem regressiva tão próxima a zero foram marcos importantes.

“Estamos olhando o quebra-cabeça para ver quais são as peças que ainda não conseguimos encaixar”, disse Whitmeyer. “Mas já encaixamos muitas peças e temos uma boa ideia de como está o quebra-cabeça neste momento”.

Em abril, três tentativas de realizar um ensaio molhado terminaram mais cedo por causa de vários problemas. O foguete foi levado para uma garagem gigante, chamada de Edifício de Montagem de Veículos, onde os técnicos podiam diagnosticar os problemas com mais facilidade e fazer reparos. O hiato também deu tempo para um fornecedor externo atualizar suas instalações que forneciam gás nitrogênio – usado para purgar gases perigosos – no Centro Espacial Kennedy. Durante duas das tentativas de ensaio, interrupções no fornecimento de nitrogênio atrasaram a contagem regressiva.

A Nasa pode decidir realizar mais um ensaio molhado, ou pode concluir que tem dados suficientes e levar o foguete de volta ao Edifício de Montagem de Veículos uma última vez para os preparativos finais para o lançamento, os quais incluem a instalação do mecanismo de autodestruição para destruir o foguete em caso algo dê errado durante o voo.

Para a Artemis 1, o foguete lançaria e enviaria a cápsula Orion em uma longa viagem ao redor da lua. A cápsula então circularia de volta para reentrar na atmosfera da Terra e mergulhar no oceano.

O segundo voo da Artemis, previsto para 2024, teria astronautas a bordo para uma viagem semelhante, sem pousar na Lua. Artemis 3 será o primeiro pouso lunar de astronautas desde 1972. A Nasa propôs a data de 2025 para essa viagem tripulada, mas pode enfrentar mais adiamentos. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Na segunda-feira, em sua quarta tentativa, o que a Nasa completou foi basicamente uma contagem regressiva de teste para o foguete que levará astronautas à Lua.

Mas técnicos da agência disseram que era muito cedo para saber se o ensaio seria suficiente para dar o aval para o foguete, o Sistema de Lançamento Espacial, lançar a cápsula Orion em um voo de teste ao redor da Lua, sem astronautas a bordo.

Mesmo se o ensaio de contagem regressiva tivesse corrido perfeitamente, essa missão, a Artemis 1, provavelmente não decolaria antes do final de agosto. Esse voo será o ponto de partida para os Estados Unidos levarem astronautas de volta à superfície lunar mais de meio século depois da missão Apollo 17.

Em cima de uma plataforma de lançamento no Kennedy Space Center, na Flórida, os tanques de propelente do foguete foram totalmente preenchidos pela primeira vez com 890 mil litros de oxigênio líquido e 2 milhões e 400 mil litros de hidrogênio líquido. Problemas que tinham ocorrido durante três tentativas anteriores em abril foram resolvidos.

Nasa completou contagem regressiva de teste para foguete que deverá levar astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972 Foto: Maxar Technologies via NYT - 18/06/22

“Acho que foi um dia de muito sucesso, que mais uma vez atingiu a maioria dos objetivos”, disse o diretor de lançamento Charlie Blackwell-Thompson durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

Mas surgiu um problema novo: vazamento de hidrogênio em um conector de combustível. Ao aquecer e resfriar o conector, os engenheiros esperavam que a vedação se deslocasse o suficiente para interromper o vazamento. Mas não funcionou.

Durante um lançamento de verdade, esse problema teria sido o fim da contagem regressiva para o foguete de 98 metros de altura.

Mas o exercício de segunda-feira foi o que a Nasa chama de ensaio molhado – molhado por causa do fluxo de combustível de verdade nos tanques – concebido para resolver falhas e procedimentos sem a agitação dos motores acesos e do foguete subindo para o espaço.

Com a contagem regressiva pausada em T-10 minutos, os engenheiros elaboraram um plano em que uma válvula seria fechada para interromper o vazamento e os erros seriam suprimidos para permitir que a contagem regressiva prosseguisse para testar outros componentes do foguete e procedimentos de lançamento.

Blackwell-Thompson aprovou os planos e a contagem regressiva continuou até que, como esperado, terminou restando 29 segundos. O oxigênio líquido e o hidrogênio líquido então foram drenados do foguete.

Na terça-feira, técnicos da Nasa disseram que tinham de analisar os dados para ver o que ainda precisam fazer antes de sentirem que estão prontos para lançar o foguete. O Sistema de Lançamento Espacial e a Orion, a cápsula onde ficarão os astronautas, são componentes essenciais para a Artemis, programa da Nasa que deve mandar astronautas de volta à Lua.

Ainda assim, os técnicos da Nasa estavam em êxtase com o progresso.

Thomas Whitmeyer, vice-administrador associado para o desenvolvimento de sistemas de exploração comum da Nasa, disse que o enchimento dos tanques e a contagem regressiva tão próxima a zero foram marcos importantes.

“Estamos olhando o quebra-cabeça para ver quais são as peças que ainda não conseguimos encaixar”, disse Whitmeyer. “Mas já encaixamos muitas peças e temos uma boa ideia de como está o quebra-cabeça neste momento”.

Em abril, três tentativas de realizar um ensaio molhado terminaram mais cedo por causa de vários problemas. O foguete foi levado para uma garagem gigante, chamada de Edifício de Montagem de Veículos, onde os técnicos podiam diagnosticar os problemas com mais facilidade e fazer reparos. O hiato também deu tempo para um fornecedor externo atualizar suas instalações que forneciam gás nitrogênio – usado para purgar gases perigosos – no Centro Espacial Kennedy. Durante duas das tentativas de ensaio, interrupções no fornecimento de nitrogênio atrasaram a contagem regressiva.

A Nasa pode decidir realizar mais um ensaio molhado, ou pode concluir que tem dados suficientes e levar o foguete de volta ao Edifício de Montagem de Veículos uma última vez para os preparativos finais para o lançamento, os quais incluem a instalação do mecanismo de autodestruição para destruir o foguete em caso algo dê errado durante o voo.

Para a Artemis 1, o foguete lançaria e enviaria a cápsula Orion em uma longa viagem ao redor da lua. A cápsula então circularia de volta para reentrar na atmosfera da Terra e mergulhar no oceano.

O segundo voo da Artemis, previsto para 2024, teria astronautas a bordo para uma viagem semelhante, sem pousar na Lua. Artemis 3 será o primeiro pouso lunar de astronautas desde 1972. A Nasa propôs a data de 2025 para essa viagem tripulada, mas pode enfrentar mais adiamentos. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Na segunda-feira, em sua quarta tentativa, o que a Nasa completou foi basicamente uma contagem regressiva de teste para o foguete que levará astronautas à Lua.

Mas técnicos da agência disseram que era muito cedo para saber se o ensaio seria suficiente para dar o aval para o foguete, o Sistema de Lançamento Espacial, lançar a cápsula Orion em um voo de teste ao redor da Lua, sem astronautas a bordo.

Mesmo se o ensaio de contagem regressiva tivesse corrido perfeitamente, essa missão, a Artemis 1, provavelmente não decolaria antes do final de agosto. Esse voo será o ponto de partida para os Estados Unidos levarem astronautas de volta à superfície lunar mais de meio século depois da missão Apollo 17.

Em cima de uma plataforma de lançamento no Kennedy Space Center, na Flórida, os tanques de propelente do foguete foram totalmente preenchidos pela primeira vez com 890 mil litros de oxigênio líquido e 2 milhões e 400 mil litros de hidrogênio líquido. Problemas que tinham ocorrido durante três tentativas anteriores em abril foram resolvidos.

Nasa completou contagem regressiva de teste para foguete que deverá levar astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972 Foto: Maxar Technologies via NYT - 18/06/22

“Acho que foi um dia de muito sucesso, que mais uma vez atingiu a maioria dos objetivos”, disse o diretor de lançamento Charlie Blackwell-Thompson durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

Mas surgiu um problema novo: vazamento de hidrogênio em um conector de combustível. Ao aquecer e resfriar o conector, os engenheiros esperavam que a vedação se deslocasse o suficiente para interromper o vazamento. Mas não funcionou.

Durante um lançamento de verdade, esse problema teria sido o fim da contagem regressiva para o foguete de 98 metros de altura.

Mas o exercício de segunda-feira foi o que a Nasa chama de ensaio molhado – molhado por causa do fluxo de combustível de verdade nos tanques – concebido para resolver falhas e procedimentos sem a agitação dos motores acesos e do foguete subindo para o espaço.

Com a contagem regressiva pausada em T-10 minutos, os engenheiros elaboraram um plano em que uma válvula seria fechada para interromper o vazamento e os erros seriam suprimidos para permitir que a contagem regressiva prosseguisse para testar outros componentes do foguete e procedimentos de lançamento.

Blackwell-Thompson aprovou os planos e a contagem regressiva continuou até que, como esperado, terminou restando 29 segundos. O oxigênio líquido e o hidrogênio líquido então foram drenados do foguete.

Na terça-feira, técnicos da Nasa disseram que tinham de analisar os dados para ver o que ainda precisam fazer antes de sentirem que estão prontos para lançar o foguete. O Sistema de Lançamento Espacial e a Orion, a cápsula onde ficarão os astronautas, são componentes essenciais para a Artemis, programa da Nasa que deve mandar astronautas de volta à Lua.

Ainda assim, os técnicos da Nasa estavam em êxtase com o progresso.

Thomas Whitmeyer, vice-administrador associado para o desenvolvimento de sistemas de exploração comum da Nasa, disse que o enchimento dos tanques e a contagem regressiva tão próxima a zero foram marcos importantes.

“Estamos olhando o quebra-cabeça para ver quais são as peças que ainda não conseguimos encaixar”, disse Whitmeyer. “Mas já encaixamos muitas peças e temos uma boa ideia de como está o quebra-cabeça neste momento”.

Em abril, três tentativas de realizar um ensaio molhado terminaram mais cedo por causa de vários problemas. O foguete foi levado para uma garagem gigante, chamada de Edifício de Montagem de Veículos, onde os técnicos podiam diagnosticar os problemas com mais facilidade e fazer reparos. O hiato também deu tempo para um fornecedor externo atualizar suas instalações que forneciam gás nitrogênio – usado para purgar gases perigosos – no Centro Espacial Kennedy. Durante duas das tentativas de ensaio, interrupções no fornecimento de nitrogênio atrasaram a contagem regressiva.

A Nasa pode decidir realizar mais um ensaio molhado, ou pode concluir que tem dados suficientes e levar o foguete de volta ao Edifício de Montagem de Veículos uma última vez para os preparativos finais para o lançamento, os quais incluem a instalação do mecanismo de autodestruição para destruir o foguete em caso algo dê errado durante o voo.

Para a Artemis 1, o foguete lançaria e enviaria a cápsula Orion em uma longa viagem ao redor da lua. A cápsula então circularia de volta para reentrar na atmosfera da Terra e mergulhar no oceano.

O segundo voo da Artemis, previsto para 2024, teria astronautas a bordo para uma viagem semelhante, sem pousar na Lua. Artemis 3 será o primeiro pouso lunar de astronautas desde 1972. A Nasa propôs a data de 2025 para essa viagem tripulada, mas pode enfrentar mais adiamentos. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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