Como um rio do antigo Egito pode ter ajudado na construção das grandes pirâmides?


Pesquisa revelou ramificação de rio que passava pela região durante a construção das estruturas de Gizé, dois mil anos antes de Cristo

Por Ramana Rech

O maior campo de pirâmides do Egito fica localizado em uma faixa de deserto. Pela lógica, essas estruturas monumentais deveriam ser construídas perto de corpos d’água capazes de contribuir no transporte de materiais e mão de obra. Entretanto, não há fluxos de água perto das pirâmides egípcias e o Rio Nilo fica a quilômetros de distância.

Recentemente, pesquisadores de instituições dos Estados Unidos, Austrália e Egito parecem ter achado a solução para esse mistério. Eles revelaram a existência de uma ramificação de rio que passava na região durante o período de construção das três pirâmides de Gizé. Ele margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC).

Rio margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC) Foto: Iryna Denysova/ADOBE STOCK
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O Ramo Ahramat (Ahramat vem do árabe e quer dizer pirâmide) pode ter sido a extensão de um canal egípcio chamado Bahr Yussef. A ramificação media 64 km de extensão e tinha entre 2 metros e 8 metros de profundidade. A largura, entre 200 metros e 700 metros, é similar ao seu vizinho do curso do Nilo de hoje.

Para chegar as conclusões, os cientistas utilizaram dados de imagem de satélite e antigos mapas. Também estudaram dados geofísicos do solo profundo com o intuito de investigar a estrutura e sedimentos abaixo da superfície do Vale do Nilo próximo às pirâmides. Os resultados foram publicados neste mês na revista communications earth & environment, da prestigiada Nature.

Antes do estudo recém-publicado, outras pesquisas já haviam tentado reconstruir o curso d’água do antigo Nilo. Mas eles estavam confinados a pequenos lugares de estudo, o que resultou no mapeamento de apenas fragmentos de canais do Nilo.

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A expectativa é de que o trabalho ajude a entender a configuração hidrológica da região e, assim, obter mais informações sobre os parâmetros ambientais que influenciaram a decisão de onde construir as pirâmides. Descobrir a localização desses antigos assentamentos ajuda a prevenir a destruição deles por conta da urbanização e a preservar a herança egípcia.

Além do tamanho do rio e sua proximidade com o complexo de pirâmides, outro fator que indica a importância do Ramo Ahramat é a existência de estradas elevadas que saíam dos monumentos e seguiam em direção às margens do corpo d’água.

O estudo sugere que o Ramo Ahramat conectou importante localizações, como cidades. Por isso, pode ter influenciado a cena cultural da região.

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Por que o Ramo Ahramat desapareceu?

O fim do Ramo Ahramat pode ser atribuído a um movimento gradual do rio para regiões de menor altitude ou mudança em direção ao nordeste como resultado de atividade tectônica.

A ramificação também passava por um aumento na deposição de areia transportada pelo vento. Segundo o estudo, isso, provavelmente, está relacionado aos períodos de desertificação do Deserto do Saara, no norte do continente africano.

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Havia, na época, uma redução das chuvas e aumento da aridez na região, o que resultou na redução do fluxo e na capacidade de transporte da ramificação.

O nível do Ramo Ahramat diminuiu de forma significativa ainda no Antigo Império, durante o período conhecido como 5ª Dinastia, que durou de 2465 até 2323 AC.

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Leia o estudo completo em communications earth & environment.

O maior campo de pirâmides do Egito fica localizado em uma faixa de deserto. Pela lógica, essas estruturas monumentais deveriam ser construídas perto de corpos d’água capazes de contribuir no transporte de materiais e mão de obra. Entretanto, não há fluxos de água perto das pirâmides egípcias e o Rio Nilo fica a quilômetros de distância.

Recentemente, pesquisadores de instituições dos Estados Unidos, Austrália e Egito parecem ter achado a solução para esse mistério. Eles revelaram a existência de uma ramificação de rio que passava na região durante o período de construção das três pirâmides de Gizé. Ele margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC).

Rio margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC) Foto: Iryna Denysova/ADOBE STOCK

O Ramo Ahramat (Ahramat vem do árabe e quer dizer pirâmide) pode ter sido a extensão de um canal egípcio chamado Bahr Yussef. A ramificação media 64 km de extensão e tinha entre 2 metros e 8 metros de profundidade. A largura, entre 200 metros e 700 metros, é similar ao seu vizinho do curso do Nilo de hoje.

Para chegar as conclusões, os cientistas utilizaram dados de imagem de satélite e antigos mapas. Também estudaram dados geofísicos do solo profundo com o intuito de investigar a estrutura e sedimentos abaixo da superfície do Vale do Nilo próximo às pirâmides. Os resultados foram publicados neste mês na revista communications earth & environment, da prestigiada Nature.

Antes do estudo recém-publicado, outras pesquisas já haviam tentado reconstruir o curso d’água do antigo Nilo. Mas eles estavam confinados a pequenos lugares de estudo, o que resultou no mapeamento de apenas fragmentos de canais do Nilo.

A expectativa é de que o trabalho ajude a entender a configuração hidrológica da região e, assim, obter mais informações sobre os parâmetros ambientais que influenciaram a decisão de onde construir as pirâmides. Descobrir a localização desses antigos assentamentos ajuda a prevenir a destruição deles por conta da urbanização e a preservar a herança egípcia.

Além do tamanho do rio e sua proximidade com o complexo de pirâmides, outro fator que indica a importância do Ramo Ahramat é a existência de estradas elevadas que saíam dos monumentos e seguiam em direção às margens do corpo d’água.

O estudo sugere que o Ramo Ahramat conectou importante localizações, como cidades. Por isso, pode ter influenciado a cena cultural da região.

Por que o Ramo Ahramat desapareceu?

O fim do Ramo Ahramat pode ser atribuído a um movimento gradual do rio para regiões de menor altitude ou mudança em direção ao nordeste como resultado de atividade tectônica.

A ramificação também passava por um aumento na deposição de areia transportada pelo vento. Segundo o estudo, isso, provavelmente, está relacionado aos períodos de desertificação do Deserto do Saara, no norte do continente africano.

Havia, na época, uma redução das chuvas e aumento da aridez na região, o que resultou na redução do fluxo e na capacidade de transporte da ramificação.

O nível do Ramo Ahramat diminuiu de forma significativa ainda no Antigo Império, durante o período conhecido como 5ª Dinastia, que durou de 2465 até 2323 AC.

Leia o estudo completo em communications earth & environment.

O maior campo de pirâmides do Egito fica localizado em uma faixa de deserto. Pela lógica, essas estruturas monumentais deveriam ser construídas perto de corpos d’água capazes de contribuir no transporte de materiais e mão de obra. Entretanto, não há fluxos de água perto das pirâmides egípcias e o Rio Nilo fica a quilômetros de distância.

Recentemente, pesquisadores de instituições dos Estados Unidos, Austrália e Egito parecem ter achado a solução para esse mistério. Eles revelaram a existência de uma ramificação de rio que passava na região durante o período de construção das três pirâmides de Gizé. Ele margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC).

Rio margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC) Foto: Iryna Denysova/ADOBE STOCK

O Ramo Ahramat (Ahramat vem do árabe e quer dizer pirâmide) pode ter sido a extensão de um canal egípcio chamado Bahr Yussef. A ramificação media 64 km de extensão e tinha entre 2 metros e 8 metros de profundidade. A largura, entre 200 metros e 700 metros, é similar ao seu vizinho do curso do Nilo de hoje.

Para chegar as conclusões, os cientistas utilizaram dados de imagem de satélite e antigos mapas. Também estudaram dados geofísicos do solo profundo com o intuito de investigar a estrutura e sedimentos abaixo da superfície do Vale do Nilo próximo às pirâmides. Os resultados foram publicados neste mês na revista communications earth & environment, da prestigiada Nature.

Antes do estudo recém-publicado, outras pesquisas já haviam tentado reconstruir o curso d’água do antigo Nilo. Mas eles estavam confinados a pequenos lugares de estudo, o que resultou no mapeamento de apenas fragmentos de canais do Nilo.

A expectativa é de que o trabalho ajude a entender a configuração hidrológica da região e, assim, obter mais informações sobre os parâmetros ambientais que influenciaram a decisão de onde construir as pirâmides. Descobrir a localização desses antigos assentamentos ajuda a prevenir a destruição deles por conta da urbanização e a preservar a herança egípcia.

Além do tamanho do rio e sua proximidade com o complexo de pirâmides, outro fator que indica a importância do Ramo Ahramat é a existência de estradas elevadas que saíam dos monumentos e seguiam em direção às margens do corpo d’água.

O estudo sugere que o Ramo Ahramat conectou importante localizações, como cidades. Por isso, pode ter influenciado a cena cultural da região.

Por que o Ramo Ahramat desapareceu?

O fim do Ramo Ahramat pode ser atribuído a um movimento gradual do rio para regiões de menor altitude ou mudança em direção ao nordeste como resultado de atividade tectônica.

A ramificação também passava por um aumento na deposição de areia transportada pelo vento. Segundo o estudo, isso, provavelmente, está relacionado aos períodos de desertificação do Deserto do Saara, no norte do continente africano.

Havia, na época, uma redução das chuvas e aumento da aridez na região, o que resultou na redução do fluxo e na capacidade de transporte da ramificação.

O nível do Ramo Ahramat diminuiu de forma significativa ainda no Antigo Império, durante o período conhecido como 5ª Dinastia, que durou de 2465 até 2323 AC.

Leia o estudo completo em communications earth & environment.

O maior campo de pirâmides do Egito fica localizado em uma faixa de deserto. Pela lógica, essas estruturas monumentais deveriam ser construídas perto de corpos d’água capazes de contribuir no transporte de materiais e mão de obra. Entretanto, não há fluxos de água perto das pirâmides egípcias e o Rio Nilo fica a quilômetros de distância.

Recentemente, pesquisadores de instituições dos Estados Unidos, Austrália e Egito parecem ter achado a solução para esse mistério. Eles revelaram a existência de uma ramificação de rio que passava na região durante o período de construção das três pirâmides de Gizé. Ele margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC).

Rio margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC) Foto: Iryna Denysova/ADOBE STOCK

O Ramo Ahramat (Ahramat vem do árabe e quer dizer pirâmide) pode ter sido a extensão de um canal egípcio chamado Bahr Yussef. A ramificação media 64 km de extensão e tinha entre 2 metros e 8 metros de profundidade. A largura, entre 200 metros e 700 metros, é similar ao seu vizinho do curso do Nilo de hoje.

Para chegar as conclusões, os cientistas utilizaram dados de imagem de satélite e antigos mapas. Também estudaram dados geofísicos do solo profundo com o intuito de investigar a estrutura e sedimentos abaixo da superfície do Vale do Nilo próximo às pirâmides. Os resultados foram publicados neste mês na revista communications earth & environment, da prestigiada Nature.

Antes do estudo recém-publicado, outras pesquisas já haviam tentado reconstruir o curso d’água do antigo Nilo. Mas eles estavam confinados a pequenos lugares de estudo, o que resultou no mapeamento de apenas fragmentos de canais do Nilo.

A expectativa é de que o trabalho ajude a entender a configuração hidrológica da região e, assim, obter mais informações sobre os parâmetros ambientais que influenciaram a decisão de onde construir as pirâmides. Descobrir a localização desses antigos assentamentos ajuda a prevenir a destruição deles por conta da urbanização e a preservar a herança egípcia.

Além do tamanho do rio e sua proximidade com o complexo de pirâmides, outro fator que indica a importância do Ramo Ahramat é a existência de estradas elevadas que saíam dos monumentos e seguiam em direção às margens do corpo d’água.

O estudo sugere que o Ramo Ahramat conectou importante localizações, como cidades. Por isso, pode ter influenciado a cena cultural da região.

Por que o Ramo Ahramat desapareceu?

O fim do Ramo Ahramat pode ser atribuído a um movimento gradual do rio para regiões de menor altitude ou mudança em direção ao nordeste como resultado de atividade tectônica.

A ramificação também passava por um aumento na deposição de areia transportada pelo vento. Segundo o estudo, isso, provavelmente, está relacionado aos períodos de desertificação do Deserto do Saara, no norte do continente africano.

Havia, na época, uma redução das chuvas e aumento da aridez na região, o que resultou na redução do fluxo e na capacidade de transporte da ramificação.

O nível do Ramo Ahramat diminuiu de forma significativa ainda no Antigo Império, durante o período conhecido como 5ª Dinastia, que durou de 2465 até 2323 AC.

Leia o estudo completo em communications earth & environment.

O maior campo de pirâmides do Egito fica localizado em uma faixa de deserto. Pela lógica, essas estruturas monumentais deveriam ser construídas perto de corpos d’água capazes de contribuir no transporte de materiais e mão de obra. Entretanto, não há fluxos de água perto das pirâmides egípcias e o Rio Nilo fica a quilômetros de distância.

Recentemente, pesquisadores de instituições dos Estados Unidos, Austrália e Egito parecem ter achado a solução para esse mistério. Eles revelaram a existência de uma ramificação de rio que passava na região durante o período de construção das três pirâmides de Gizé. Ele margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC).

Rio margeava 31 pirâmides construídas durante o Antigo Império egípcio, que durou do ano 2649 até 2130 antes de Cristo (AC) Foto: Iryna Denysova/ADOBE STOCK

O Ramo Ahramat (Ahramat vem do árabe e quer dizer pirâmide) pode ter sido a extensão de um canal egípcio chamado Bahr Yussef. A ramificação media 64 km de extensão e tinha entre 2 metros e 8 metros de profundidade. A largura, entre 200 metros e 700 metros, é similar ao seu vizinho do curso do Nilo de hoje.

Para chegar as conclusões, os cientistas utilizaram dados de imagem de satélite e antigos mapas. Também estudaram dados geofísicos do solo profundo com o intuito de investigar a estrutura e sedimentos abaixo da superfície do Vale do Nilo próximo às pirâmides. Os resultados foram publicados neste mês na revista communications earth & environment, da prestigiada Nature.

Antes do estudo recém-publicado, outras pesquisas já haviam tentado reconstruir o curso d’água do antigo Nilo. Mas eles estavam confinados a pequenos lugares de estudo, o que resultou no mapeamento de apenas fragmentos de canais do Nilo.

A expectativa é de que o trabalho ajude a entender a configuração hidrológica da região e, assim, obter mais informações sobre os parâmetros ambientais que influenciaram a decisão de onde construir as pirâmides. Descobrir a localização desses antigos assentamentos ajuda a prevenir a destruição deles por conta da urbanização e a preservar a herança egípcia.

Além do tamanho do rio e sua proximidade com o complexo de pirâmides, outro fator que indica a importância do Ramo Ahramat é a existência de estradas elevadas que saíam dos monumentos e seguiam em direção às margens do corpo d’água.

O estudo sugere que o Ramo Ahramat conectou importante localizações, como cidades. Por isso, pode ter influenciado a cena cultural da região.

Por que o Ramo Ahramat desapareceu?

O fim do Ramo Ahramat pode ser atribuído a um movimento gradual do rio para regiões de menor altitude ou mudança em direção ao nordeste como resultado de atividade tectônica.

A ramificação também passava por um aumento na deposição de areia transportada pelo vento. Segundo o estudo, isso, provavelmente, está relacionado aos períodos de desertificação do Deserto do Saara, no norte do continente africano.

Havia, na época, uma redução das chuvas e aumento da aridez na região, o que resultou na redução do fluxo e na capacidade de transporte da ramificação.

O nível do Ramo Ahramat diminuiu de forma significativa ainda no Antigo Império, durante o período conhecido como 5ª Dinastia, que durou de 2465 até 2323 AC.

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