Dengue: como os mosquitos ‘Aedes’ decidem onde colocar seus ovos


Apesar de não gostar de colocar ovos sozinho, o inseto também evita criadouros muito lotados, que podem favorecer a competição entre larvas, mostra novo estudo

Por Ramana Rech
Atualização:

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature mostra que fêmeas do Aedes aegypti, o famoso mosquito transmissor da dengue, se agregam em pequenos grupos para encontrar o melhor espaço para depositar seus ovos e, assim, aumentar as chances de reprodução da espécie.

  • Ao mesmo tempo em que esses mosquitos não gostam de colocar ovos sozinhos, eles evitam criadouros lotados. Por meio de testes, os pesquisadores descobriram que os animais utilizam comunicação olfativa para detectar quais os locais com presença excessiva de outras fêmeas, ou seja, mais densos;
  • Os achados dos experimentos podem fornecer análises para desenvolver métodos de controle da população de Aedes aegypti, aponta o artigo dos pesquisadores da Universidade Internacional da Flórida (EUA).

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar. Eles notaram que o Aedes aegypti se agregava apenas quando havia até 30 fêmeas presentes no teste.

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Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Nos experimentos que envolviam quantidades de 60 ou 90 mosquitos, a dispersão entre eles foi maior. De acordo com o artigo, uma quantidade excessiva de ovos no criadouro aumenta a competição entre as larvas e, por isso, prejudica a proliferação da espécie.

Outro achado do estudo indica que o gás carbônico (CO2) atua como uma espécie de repelente enquanto os mosquitos depositam seus ovos. O Aedes aegypti tem sensores bastante sensíveis para mudanças de CO2. As fêmeas usavam o gás para detectar criadouros que já estavam bastante cheios, já que os mosquitos exalam CO2.

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nas 11 primeiras semanas de 2024, o Brasil atingiu a marca dos 2 milhões de casos prováveis de dengue. O número foi registrado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 21. Foram confirmadas ainda 682 mortes em decorrência da doença e mais de mil seguem em investigação.

O coeficiente de incidência da doença em 2024 é de 990.3 a cada 100 mil habitantes. Trata-se de um número impressionante quando se compara com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

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Na segunda-feira, 18, o País já havia ultrapassado o maior número de casos de dengue registrados na sua história, com 1.899.206 casos prováveis da doença. Até então, o recorde histórico era do ano de 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos da doença.

“É provável que a agregação em (criadouros de) baixa densidade esteja relacionada com a qualidade atestada de criadouros por outras fêmeas”, afirma o artigo. Os mosquitos cumprem algumas etapas antes de depositar seus ovos.

Eles usam estruturas sensoriais nas suas pernas e a boca para se certificar da qualidade da água. A presença de larvas e ovos também é outro fator importante para esses animais na hora de depositar ovos.

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Em alguns testes, os pesquisadores tamparam água de modo que o animal não podia verificar a presença de outros ovos ou a qualidade do líquido e notaram que o comportamento de agregação entre os mosquitos continuava.

Veja o estudo completo na Nature. /COLABOROU LARA CASTELO

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature mostra que fêmeas do Aedes aegypti, o famoso mosquito transmissor da dengue, se agregam em pequenos grupos para encontrar o melhor espaço para depositar seus ovos e, assim, aumentar as chances de reprodução da espécie.

  • Ao mesmo tempo em que esses mosquitos não gostam de colocar ovos sozinhos, eles evitam criadouros lotados. Por meio de testes, os pesquisadores descobriram que os animais utilizam comunicação olfativa para detectar quais os locais com presença excessiva de outras fêmeas, ou seja, mais densos;
  • Os achados dos experimentos podem fornecer análises para desenvolver métodos de controle da população de Aedes aegypti, aponta o artigo dos pesquisadores da Universidade Internacional da Flórida (EUA).

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar. Eles notaram que o Aedes aegypti se agregava apenas quando havia até 30 fêmeas presentes no teste.

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Nos experimentos que envolviam quantidades de 60 ou 90 mosquitos, a dispersão entre eles foi maior. De acordo com o artigo, uma quantidade excessiva de ovos no criadouro aumenta a competição entre as larvas e, por isso, prejudica a proliferação da espécie.

Outro achado do estudo indica que o gás carbônico (CO2) atua como uma espécie de repelente enquanto os mosquitos depositam seus ovos. O Aedes aegypti tem sensores bastante sensíveis para mudanças de CO2. As fêmeas usavam o gás para detectar criadouros que já estavam bastante cheios, já que os mosquitos exalam CO2.

nas 11 primeiras semanas de 2024, o Brasil atingiu a marca dos 2 milhões de casos prováveis de dengue. O número foi registrado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 21. Foram confirmadas ainda 682 mortes em decorrência da doença e mais de mil seguem em investigação.

O coeficiente de incidência da doença em 2024 é de 990.3 a cada 100 mil habitantes. Trata-se de um número impressionante quando se compara com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Na segunda-feira, 18, o País já havia ultrapassado o maior número de casos de dengue registrados na sua história, com 1.899.206 casos prováveis da doença. Até então, o recorde histórico era do ano de 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos da doença.

“É provável que a agregação em (criadouros de) baixa densidade esteja relacionada com a qualidade atestada de criadouros por outras fêmeas”, afirma o artigo. Os mosquitos cumprem algumas etapas antes de depositar seus ovos.

Eles usam estruturas sensoriais nas suas pernas e a boca para se certificar da qualidade da água. A presença de larvas e ovos também é outro fator importante para esses animais na hora de depositar ovos.

Em alguns testes, os pesquisadores tamparam água de modo que o animal não podia verificar a presença de outros ovos ou a qualidade do líquido e notaram que o comportamento de agregação entre os mosquitos continuava.

Veja o estudo completo na Nature. /COLABOROU LARA CASTELO

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature mostra que fêmeas do Aedes aegypti, o famoso mosquito transmissor da dengue, se agregam em pequenos grupos para encontrar o melhor espaço para depositar seus ovos e, assim, aumentar as chances de reprodução da espécie.

  • Ao mesmo tempo em que esses mosquitos não gostam de colocar ovos sozinhos, eles evitam criadouros lotados. Por meio de testes, os pesquisadores descobriram que os animais utilizam comunicação olfativa para detectar quais os locais com presença excessiva de outras fêmeas, ou seja, mais densos;
  • Os achados dos experimentos podem fornecer análises para desenvolver métodos de controle da população de Aedes aegypti, aponta o artigo dos pesquisadores da Universidade Internacional da Flórida (EUA).

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar. Eles notaram que o Aedes aegypti se agregava apenas quando havia até 30 fêmeas presentes no teste.

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Nos experimentos que envolviam quantidades de 60 ou 90 mosquitos, a dispersão entre eles foi maior. De acordo com o artigo, uma quantidade excessiva de ovos no criadouro aumenta a competição entre as larvas e, por isso, prejudica a proliferação da espécie.

Outro achado do estudo indica que o gás carbônico (CO2) atua como uma espécie de repelente enquanto os mosquitos depositam seus ovos. O Aedes aegypti tem sensores bastante sensíveis para mudanças de CO2. As fêmeas usavam o gás para detectar criadouros que já estavam bastante cheios, já que os mosquitos exalam CO2.

nas 11 primeiras semanas de 2024, o Brasil atingiu a marca dos 2 milhões de casos prováveis de dengue. O número foi registrado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 21. Foram confirmadas ainda 682 mortes em decorrência da doença e mais de mil seguem em investigação.

O coeficiente de incidência da doença em 2024 é de 990.3 a cada 100 mil habitantes. Trata-se de um número impressionante quando se compara com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Na segunda-feira, 18, o País já havia ultrapassado o maior número de casos de dengue registrados na sua história, com 1.899.206 casos prováveis da doença. Até então, o recorde histórico era do ano de 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos da doença.

“É provável que a agregação em (criadouros de) baixa densidade esteja relacionada com a qualidade atestada de criadouros por outras fêmeas”, afirma o artigo. Os mosquitos cumprem algumas etapas antes de depositar seus ovos.

Eles usam estruturas sensoriais nas suas pernas e a boca para se certificar da qualidade da água. A presença de larvas e ovos também é outro fator importante para esses animais na hora de depositar ovos.

Em alguns testes, os pesquisadores tamparam água de modo que o animal não podia verificar a presença de outros ovos ou a qualidade do líquido e notaram que o comportamento de agregação entre os mosquitos continuava.

Veja o estudo completo na Nature. /COLABOROU LARA CASTELO

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature mostra que fêmeas do Aedes aegypti, o famoso mosquito transmissor da dengue, se agregam em pequenos grupos para encontrar o melhor espaço para depositar seus ovos e, assim, aumentar as chances de reprodução da espécie.

  • Ao mesmo tempo em que esses mosquitos não gostam de colocar ovos sozinhos, eles evitam criadouros lotados. Por meio de testes, os pesquisadores descobriram que os animais utilizam comunicação olfativa para detectar quais os locais com presença excessiva de outras fêmeas, ou seja, mais densos;
  • Os achados dos experimentos podem fornecer análises para desenvolver métodos de controle da população de Aedes aegypti, aponta o artigo dos pesquisadores da Universidade Internacional da Flórida (EUA).

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar. Eles notaram que o Aedes aegypti se agregava apenas quando havia até 30 fêmeas presentes no teste.

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Nos experimentos que envolviam quantidades de 60 ou 90 mosquitos, a dispersão entre eles foi maior. De acordo com o artigo, uma quantidade excessiva de ovos no criadouro aumenta a competição entre as larvas e, por isso, prejudica a proliferação da espécie.

Outro achado do estudo indica que o gás carbônico (CO2) atua como uma espécie de repelente enquanto os mosquitos depositam seus ovos. O Aedes aegypti tem sensores bastante sensíveis para mudanças de CO2. As fêmeas usavam o gás para detectar criadouros que já estavam bastante cheios, já que os mosquitos exalam CO2.

nas 11 primeiras semanas de 2024, o Brasil atingiu a marca dos 2 milhões de casos prováveis de dengue. O número foi registrado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 21. Foram confirmadas ainda 682 mortes em decorrência da doença e mais de mil seguem em investigação.

O coeficiente de incidência da doença em 2024 é de 990.3 a cada 100 mil habitantes. Trata-se de um número impressionante quando se compara com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Na segunda-feira, 18, o País já havia ultrapassado o maior número de casos de dengue registrados na sua história, com 1.899.206 casos prováveis da doença. Até então, o recorde histórico era do ano de 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos da doença.

“É provável que a agregação em (criadouros de) baixa densidade esteja relacionada com a qualidade atestada de criadouros por outras fêmeas”, afirma o artigo. Os mosquitos cumprem algumas etapas antes de depositar seus ovos.

Eles usam estruturas sensoriais nas suas pernas e a boca para se certificar da qualidade da água. A presença de larvas e ovos também é outro fator importante para esses animais na hora de depositar ovos.

Em alguns testes, os pesquisadores tamparam água de modo que o animal não podia verificar a presença de outros ovos ou a qualidade do líquido e notaram que o comportamento de agregação entre os mosquitos continuava.

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Uma nova pesquisa publicada na revista Nature mostra que fêmeas do Aedes aegypti, o famoso mosquito transmissor da dengue, se agregam em pequenos grupos para encontrar o melhor espaço para depositar seus ovos e, assim, aumentar as chances de reprodução da espécie.

  • Ao mesmo tempo em que esses mosquitos não gostam de colocar ovos sozinhos, eles evitam criadouros lotados. Por meio de testes, os pesquisadores descobriram que os animais utilizam comunicação olfativa para detectar quais os locais com presença excessiva de outras fêmeas, ou seja, mais densos;
  • Os achados dos experimentos podem fornecer análises para desenvolver métodos de controle da população de Aedes aegypti, aponta o artigo dos pesquisadores da Universidade Internacional da Flórida (EUA).

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar. Eles notaram que o Aedes aegypti se agregava apenas quando havia até 30 fêmeas presentes no teste.

Os pesquisadores observaram que os mosquitos controlavam a densidade de ovos depositados em determinado lugar Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Nos experimentos que envolviam quantidades de 60 ou 90 mosquitos, a dispersão entre eles foi maior. De acordo com o artigo, uma quantidade excessiva de ovos no criadouro aumenta a competição entre as larvas e, por isso, prejudica a proliferação da espécie.

Outro achado do estudo indica que o gás carbônico (CO2) atua como uma espécie de repelente enquanto os mosquitos depositam seus ovos. O Aedes aegypti tem sensores bastante sensíveis para mudanças de CO2. As fêmeas usavam o gás para detectar criadouros que já estavam bastante cheios, já que os mosquitos exalam CO2.

nas 11 primeiras semanas de 2024, o Brasil atingiu a marca dos 2 milhões de casos prováveis de dengue. O número foi registrado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 21. Foram confirmadas ainda 682 mortes em decorrência da doença e mais de mil seguem em investigação.

O coeficiente de incidência da doença em 2024 é de 990.3 a cada 100 mil habitantes. Trata-se de um número impressionante quando se compara com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Na segunda-feira, 18, o País já havia ultrapassado o maior número de casos de dengue registrados na sua história, com 1.899.206 casos prováveis da doença. Até então, o recorde histórico era do ano de 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos da doença.

“É provável que a agregação em (criadouros de) baixa densidade esteja relacionada com a qualidade atestada de criadouros por outras fêmeas”, afirma o artigo. Os mosquitos cumprem algumas etapas antes de depositar seus ovos.

Eles usam estruturas sensoriais nas suas pernas e a boca para se certificar da qualidade da água. A presença de larvas e ovos também é outro fator importante para esses animais na hora de depositar ovos.

Em alguns testes, os pesquisadores tamparam água de modo que o animal não podia verificar a presença de outros ovos ou a qualidade do líquido e notaram que o comportamento de agregação entre os mosquitos continuava.

Veja o estudo completo na Nature. /COLABOROU LARA CASTELO

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