Divulgar trabalhos científicos em rede social impulsiona engajamento, mas não aumenta citações


Estudo mensurou impacto de divulgação na internet. A quantidade de vezes que um trabalho acadêmico é referenciado pelos demais consiste em um dos parâmetros para medir a relevância de uma publicação científica

Por Ramana Rech
Atualização:

Um grupo de divulgadores científicos com uma quantidade de seguidores significativa no X (antigo Twitter) decidiu compartilhar artigos científicos escolhidos de forma aleatória na rede social para testar uma ideia difundida de que visibilidade na plataforma significa um maior número de citações.

Eles concluíram que não há correlação entre citações e o compartilhamento de artigos científicos no X. Mas os trabalhos divulgados na rede social foram em média 3,9 mais vezes mais baixados do que os não-compartilhados no dia do tuíte. Depois disso, os artigos também obtiveram uma pontuação Altmetric cerca de 81% maior. Esse sistema de pontos calculado pela empresa de tecnologia Digital Science leva em consideração quantas pessoas olharam o artigo e estão falando a respeito.

Existem muitas publicações científicas que obtiveram uma boa pontuação Altimetric e bastante citações. A quantidade de vezes que um trabalho acadêmico é referenciado pelos demais consiste em um dos parâmetros para medir a relevância de uma publicação científica.

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Mas, para os divulgadores científicos do estudo publicado na revista PLOS One na semana passada, correlação não significa causalidade. Uma explicação alternativa para essa relação diz que, como algumas descobertas científicas são empolgantes e de grande interesse público, elas irão receber a atenção nas redes sociais e também citações.

Os divulgadores científicos escolhiam cinco artigos publicados na mesma revista e mês e selecionavam um para compartilhar na rede social, enquanto o restante era mantido no grupo de controle Foto: bongkarn - stock.adobe.com
  • Os autores decidiram, então, criar um experimento controlado para comprovar se havia uma relação de causa e consequência entre esses dois fatores.
  • Onze pesquisadores participaram do experimento. Ao fim do teste, eles tinham cerca de 230 mil seguidores no X. No total, 110 estudos foram compartilhados para o experimento.
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Os divulgadores científicos escolhiam cinco artigos publicados na mesma revista e mês e selecionavam um para compartilhar na rede social, enquanto o restante era mantido no grupo de controle. Realizaram esse processo uma vez ao mês, por dez vezes.

Primeiro, eles analisaram 30 dias após a publicação e observaram que as métricas de atenção são mais altas logo após o compartilhamento e caem rapidamente. Em relação ao número de downloads, os resultados indicaram que, após alguns dias depois do tuíte, os estudos tinham em média 2,6 vezes mais downloads do que o grupo controle.

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Três anos depois, os pesquisadores voltaram a analisar o engajamento dos artigos selecionados e compararam os resultados daqueles que haviam sido tuitados com aqueles que não obtiveram o destaque na rede social.

Depois de 30 dias, a pontuação Altmetric era 68% maior para as publicações científicas que receberam tuítes. Nesse grupo, após três anos, a pontuação não mudou muito, já que a o número após 30 dias representou 78% da pontuação de três anos depois.

A citação entre os artigos tuitados depois de três anos foi maior do que o do grupo controle, mas, do ponto de vista estatístico, essa diferença não foi relevante. Os divulgadores reconhecem que é possível que o experimento não tenha sido suficiente para detectar a diferença na quantidade de citações.

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Leia o estudo completo na revista PLOS One.

Um grupo de divulgadores científicos com uma quantidade de seguidores significativa no X (antigo Twitter) decidiu compartilhar artigos científicos escolhidos de forma aleatória na rede social para testar uma ideia difundida de que visibilidade na plataforma significa um maior número de citações.

Eles concluíram que não há correlação entre citações e o compartilhamento de artigos científicos no X. Mas os trabalhos divulgados na rede social foram em média 3,9 mais vezes mais baixados do que os não-compartilhados no dia do tuíte. Depois disso, os artigos também obtiveram uma pontuação Altmetric cerca de 81% maior. Esse sistema de pontos calculado pela empresa de tecnologia Digital Science leva em consideração quantas pessoas olharam o artigo e estão falando a respeito.

Existem muitas publicações científicas que obtiveram uma boa pontuação Altimetric e bastante citações. A quantidade de vezes que um trabalho acadêmico é referenciado pelos demais consiste em um dos parâmetros para medir a relevância de uma publicação científica.

Mas, para os divulgadores científicos do estudo publicado na revista PLOS One na semana passada, correlação não significa causalidade. Uma explicação alternativa para essa relação diz que, como algumas descobertas científicas são empolgantes e de grande interesse público, elas irão receber a atenção nas redes sociais e também citações.

Os divulgadores científicos escolhiam cinco artigos publicados na mesma revista e mês e selecionavam um para compartilhar na rede social, enquanto o restante era mantido no grupo de controle Foto: bongkarn - stock.adobe.com
  • Os autores decidiram, então, criar um experimento controlado para comprovar se havia uma relação de causa e consequência entre esses dois fatores.
  • Onze pesquisadores participaram do experimento. Ao fim do teste, eles tinham cerca de 230 mil seguidores no X. No total, 110 estudos foram compartilhados para o experimento.

Os divulgadores científicos escolhiam cinco artigos publicados na mesma revista e mês e selecionavam um para compartilhar na rede social, enquanto o restante era mantido no grupo de controle. Realizaram esse processo uma vez ao mês, por dez vezes.

Primeiro, eles analisaram 30 dias após a publicação e observaram que as métricas de atenção são mais altas logo após o compartilhamento e caem rapidamente. Em relação ao número de downloads, os resultados indicaram que, após alguns dias depois do tuíte, os estudos tinham em média 2,6 vezes mais downloads do que o grupo controle.

Três anos depois, os pesquisadores voltaram a analisar o engajamento dos artigos selecionados e compararam os resultados daqueles que haviam sido tuitados com aqueles que não obtiveram o destaque na rede social.

Depois de 30 dias, a pontuação Altmetric era 68% maior para as publicações científicas que receberam tuítes. Nesse grupo, após três anos, a pontuação não mudou muito, já que a o número após 30 dias representou 78% da pontuação de três anos depois.

A citação entre os artigos tuitados depois de três anos foi maior do que o do grupo controle, mas, do ponto de vista estatístico, essa diferença não foi relevante. Os divulgadores reconhecem que é possível que o experimento não tenha sido suficiente para detectar a diferença na quantidade de citações.

Leia o estudo completo na revista PLOS One.

Um grupo de divulgadores científicos com uma quantidade de seguidores significativa no X (antigo Twitter) decidiu compartilhar artigos científicos escolhidos de forma aleatória na rede social para testar uma ideia difundida de que visibilidade na plataforma significa um maior número de citações.

Eles concluíram que não há correlação entre citações e o compartilhamento de artigos científicos no X. Mas os trabalhos divulgados na rede social foram em média 3,9 mais vezes mais baixados do que os não-compartilhados no dia do tuíte. Depois disso, os artigos também obtiveram uma pontuação Altmetric cerca de 81% maior. Esse sistema de pontos calculado pela empresa de tecnologia Digital Science leva em consideração quantas pessoas olharam o artigo e estão falando a respeito.

Existem muitas publicações científicas que obtiveram uma boa pontuação Altimetric e bastante citações. A quantidade de vezes que um trabalho acadêmico é referenciado pelos demais consiste em um dos parâmetros para medir a relevância de uma publicação científica.

Mas, para os divulgadores científicos do estudo publicado na revista PLOS One na semana passada, correlação não significa causalidade. Uma explicação alternativa para essa relação diz que, como algumas descobertas científicas são empolgantes e de grande interesse público, elas irão receber a atenção nas redes sociais e também citações.

Os divulgadores científicos escolhiam cinco artigos publicados na mesma revista e mês e selecionavam um para compartilhar na rede social, enquanto o restante era mantido no grupo de controle Foto: bongkarn - stock.adobe.com
  • Os autores decidiram, então, criar um experimento controlado para comprovar se havia uma relação de causa e consequência entre esses dois fatores.
  • Onze pesquisadores participaram do experimento. Ao fim do teste, eles tinham cerca de 230 mil seguidores no X. No total, 110 estudos foram compartilhados para o experimento.

Os divulgadores científicos escolhiam cinco artigos publicados na mesma revista e mês e selecionavam um para compartilhar na rede social, enquanto o restante era mantido no grupo de controle. Realizaram esse processo uma vez ao mês, por dez vezes.

Primeiro, eles analisaram 30 dias após a publicação e observaram que as métricas de atenção são mais altas logo após o compartilhamento e caem rapidamente. Em relação ao número de downloads, os resultados indicaram que, após alguns dias depois do tuíte, os estudos tinham em média 2,6 vezes mais downloads do que o grupo controle.

Três anos depois, os pesquisadores voltaram a analisar o engajamento dos artigos selecionados e compararam os resultados daqueles que haviam sido tuitados com aqueles que não obtiveram o destaque na rede social.

Depois de 30 dias, a pontuação Altmetric era 68% maior para as publicações científicas que receberam tuítes. Nesse grupo, após três anos, a pontuação não mudou muito, já que a o número após 30 dias representou 78% da pontuação de três anos depois.

A citação entre os artigos tuitados depois de três anos foi maior do que o do grupo controle, mas, do ponto de vista estatístico, essa diferença não foi relevante. Os divulgadores reconhecem que é possível que o experimento não tenha sido suficiente para detectar a diferença na quantidade de citações.

Leia o estudo completo na revista PLOS One.

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