Opinião|Novo tipo de insulina promete melhorar a vida dos diabéticos


Ela é capaz de regular de maneira precisa o nível de glicose no sangue, evitando hipoglicemias

Por Fernando Reinach

Um novo tipo de insulina promete melhorar a vida dos diabéticos. A glicose é o alimento utilizado pelas células do nosso corpo. Ela circula no sangue e é capturada pelos diversos tipos de células. A glicose precisa ser mantida em uma faixa de concentração relativamente estreita. Se a concentração fica muito baixa, podemos desmaiar e morrer. Se fica muito alta, como ocorre em pessoas com diabetes, acaba destruindo os menores vasos sanguíneos, o que dificulta a circulação do sangue e causa a morte das células. Isso leva à cegueira, amputações e outras complicações. Quem regula o nível de glicose é a insulina.

A insulina é produzida no pâncreas e liberada na corrente sanguínea. Ela se liga nas células e as induz a bombar a glicose para seu interior. Numa pessoa normal, quando o nível de glicose sobe, o pâncreas libera mais insulina. A glicose é transportada para o interior das células e rapidamente o nível de glicose no sangue cai para níveis normais. Nos diabéticos, isso não ocorre e o nível de glicose fica alto por muito tempo. Aí, é preciso tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Para quem usa insulina, existe um cuidado extra: se você injetar uma dose maior, o nível de glicose pode cair muito, o que pode, em casos extremos, levar à morte. É a temida hipoglicemia.

Diabéticos precisam tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Foto: Goffkein/adobe.stock
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Para evitar a hipoglicemia, o ideal era possuirmos uma insulina que fosse capaz de perceber o nível de glicose no sangue e somente funcionar quando a glicose aumentasse. Quando ela estiver baixa, a insulina ficaria inativa, esperando o nível de glicose subir. Foi exatamente isso que foi desenvolvido por um grupo de cientistas. E o melhor é que o truque é fácil de entender.

A insulina parece um colar de pérolas enrolado sobre si mesmo. E seu funcionamento depende do enrolamento preciso desse colar. Se ela estiver mal dobrada, perde sua atividade. O truque foi fazer com que ela se dobrasse de maneira errada na presença de pouca glicose (ficando inativa) e da maneira correta (ativa) quando na presença de muita glicose. Ou seja, colocaram um interruptor liga/desliga na molécula de insulina. Mas como construíram esse interruptor?

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Imagine que você é uma molécula de insulina. Seus dois braços abertos, como se fosse abraçar uma pessoa, são as duas pontas do colar de pérolas. Imagine que, para a insulina funcionar, seu peito tem que encostar na célula. Enquanto seus braços estiverem estendidos isso é fácil, mas se você usar uma mão para segurar a outra, os braços cruzados impedem que a insulina encoste na célula. Em todas as insulinas os braços ficam sempre abertos e a insulina está sempre ativa, encostando seu peito na célula.

O que os cientistas fizeram foi prender de forma irreversível em uma das pontas (digamos a mão esquerda) uma molécula muito parecida com uma glicose. E na outra ponta (digamos a mão direita) uma estrutura química que parece um cesto em que essa molécula se encaixa.

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Feito isso, o que acontece é que uma das pontas se liga à outra pois o açúcar encaixa na cesta, como se uma mão do seu corpo agarrasse a outra. Pronto, com as mãos dadas, o peito fica encoberto, e a insulina inativa. Mas aí vem o truque: o cesto da mão direita gosta de se ligar ao açúcar da mão esquerda, mas o que ele prefere mesmo é se ligar a uma molécula de glicose. Quando a quantidade de glicose é alta, o cesto larga o açúcar da outra mão e agarra uma glicose. Aí, uma mão se solta da outra, o peito é exposto e a insulina fica ativa. À medida que a quantidade de glicose baixa no sangue, o cesto (mão direita) larga a glicose e se liga ao açúcar da mão esquerda, os braços se fecham, e a insulina fica inativa. E esse ciclo de ativação/desativação ocorre cada vez que a quantidade de glicose aumenta ou diminui no sangue. Ponto, construíram uma insulina que liga e desliga dependendo da quantidade de açúcar no sangue

Os cientistas testaram essa insulina em animais e ela é capaz de regular de maneira precisa o nível de glicose no sangue, evitando hipoglicemias. Nos próximos anos, ela vai ser testada em humanos, e se tudo correr bem, em alguns anos teremos uma insulina inteligente. Vai bastar uma injeção por dia e ela vai regular automaticamente a quantidade de glicose no sangue dos diabéticos.

Mais informações: Glucose-sensitive insulin with attenuation of hypoglycaemia. Nature https://doi.org/10.1038/s41586-024-08042-3 2024

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Um novo tipo de insulina promete melhorar a vida dos diabéticos. A glicose é o alimento utilizado pelas células do nosso corpo. Ela circula no sangue e é capturada pelos diversos tipos de células. A glicose precisa ser mantida em uma faixa de concentração relativamente estreita. Se a concentração fica muito baixa, podemos desmaiar e morrer. Se fica muito alta, como ocorre em pessoas com diabetes, acaba destruindo os menores vasos sanguíneos, o que dificulta a circulação do sangue e causa a morte das células. Isso leva à cegueira, amputações e outras complicações. Quem regula o nível de glicose é a insulina.

A insulina é produzida no pâncreas e liberada na corrente sanguínea. Ela se liga nas células e as induz a bombar a glicose para seu interior. Numa pessoa normal, quando o nível de glicose sobe, o pâncreas libera mais insulina. A glicose é transportada para o interior das células e rapidamente o nível de glicose no sangue cai para níveis normais. Nos diabéticos, isso não ocorre e o nível de glicose fica alto por muito tempo. Aí, é preciso tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Para quem usa insulina, existe um cuidado extra: se você injetar uma dose maior, o nível de glicose pode cair muito, o que pode, em casos extremos, levar à morte. É a temida hipoglicemia.

Diabéticos precisam tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Foto: Goffkein/adobe.stock

Para evitar a hipoglicemia, o ideal era possuirmos uma insulina que fosse capaz de perceber o nível de glicose no sangue e somente funcionar quando a glicose aumentasse. Quando ela estiver baixa, a insulina ficaria inativa, esperando o nível de glicose subir. Foi exatamente isso que foi desenvolvido por um grupo de cientistas. E o melhor é que o truque é fácil de entender.

A insulina parece um colar de pérolas enrolado sobre si mesmo. E seu funcionamento depende do enrolamento preciso desse colar. Se ela estiver mal dobrada, perde sua atividade. O truque foi fazer com que ela se dobrasse de maneira errada na presença de pouca glicose (ficando inativa) e da maneira correta (ativa) quando na presença de muita glicose. Ou seja, colocaram um interruptor liga/desliga na molécula de insulina. Mas como construíram esse interruptor?

Imagine que você é uma molécula de insulina. Seus dois braços abertos, como se fosse abraçar uma pessoa, são as duas pontas do colar de pérolas. Imagine que, para a insulina funcionar, seu peito tem que encostar na célula. Enquanto seus braços estiverem estendidos isso é fácil, mas se você usar uma mão para segurar a outra, os braços cruzados impedem que a insulina encoste na célula. Em todas as insulinas os braços ficam sempre abertos e a insulina está sempre ativa, encostando seu peito na célula.

O que os cientistas fizeram foi prender de forma irreversível em uma das pontas (digamos a mão esquerda) uma molécula muito parecida com uma glicose. E na outra ponta (digamos a mão direita) uma estrutura química que parece um cesto em que essa molécula se encaixa.

Feito isso, o que acontece é que uma das pontas se liga à outra pois o açúcar encaixa na cesta, como se uma mão do seu corpo agarrasse a outra. Pronto, com as mãos dadas, o peito fica encoberto, e a insulina inativa. Mas aí vem o truque: o cesto da mão direita gosta de se ligar ao açúcar da mão esquerda, mas o que ele prefere mesmo é se ligar a uma molécula de glicose. Quando a quantidade de glicose é alta, o cesto larga o açúcar da outra mão e agarra uma glicose. Aí, uma mão se solta da outra, o peito é exposto e a insulina fica ativa. À medida que a quantidade de glicose baixa no sangue, o cesto (mão direita) larga a glicose e se liga ao açúcar da mão esquerda, os braços se fecham, e a insulina fica inativa. E esse ciclo de ativação/desativação ocorre cada vez que a quantidade de glicose aumenta ou diminui no sangue. Ponto, construíram uma insulina que liga e desliga dependendo da quantidade de açúcar no sangue

Os cientistas testaram essa insulina em animais e ela é capaz de regular de maneira precisa o nível de glicose no sangue, evitando hipoglicemias. Nos próximos anos, ela vai ser testada em humanos, e se tudo correr bem, em alguns anos teremos uma insulina inteligente. Vai bastar uma injeção por dia e ela vai regular automaticamente a quantidade de glicose no sangue dos diabéticos.

Mais informações: Glucose-sensitive insulin with attenuation of hypoglycaemia. Nature https://doi.org/10.1038/s41586-024-08042-3 2024

Um novo tipo de insulina promete melhorar a vida dos diabéticos. A glicose é o alimento utilizado pelas células do nosso corpo. Ela circula no sangue e é capturada pelos diversos tipos de células. A glicose precisa ser mantida em uma faixa de concentração relativamente estreita. Se a concentração fica muito baixa, podemos desmaiar e morrer. Se fica muito alta, como ocorre em pessoas com diabetes, acaba destruindo os menores vasos sanguíneos, o que dificulta a circulação do sangue e causa a morte das células. Isso leva à cegueira, amputações e outras complicações. Quem regula o nível de glicose é a insulina.

A insulina é produzida no pâncreas e liberada na corrente sanguínea. Ela se liga nas células e as induz a bombar a glicose para seu interior. Numa pessoa normal, quando o nível de glicose sobe, o pâncreas libera mais insulina. A glicose é transportada para o interior das células e rapidamente o nível de glicose no sangue cai para níveis normais. Nos diabéticos, isso não ocorre e o nível de glicose fica alto por muito tempo. Aí, é preciso tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Para quem usa insulina, existe um cuidado extra: se você injetar uma dose maior, o nível de glicose pode cair muito, o que pode, em casos extremos, levar à morte. É a temida hipoglicemia.

Diabéticos precisam tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Foto: Goffkein/adobe.stock

Para evitar a hipoglicemia, o ideal era possuirmos uma insulina que fosse capaz de perceber o nível de glicose no sangue e somente funcionar quando a glicose aumentasse. Quando ela estiver baixa, a insulina ficaria inativa, esperando o nível de glicose subir. Foi exatamente isso que foi desenvolvido por um grupo de cientistas. E o melhor é que o truque é fácil de entender.

A insulina parece um colar de pérolas enrolado sobre si mesmo. E seu funcionamento depende do enrolamento preciso desse colar. Se ela estiver mal dobrada, perde sua atividade. O truque foi fazer com que ela se dobrasse de maneira errada na presença de pouca glicose (ficando inativa) e da maneira correta (ativa) quando na presença de muita glicose. Ou seja, colocaram um interruptor liga/desliga na molécula de insulina. Mas como construíram esse interruptor?

Imagine que você é uma molécula de insulina. Seus dois braços abertos, como se fosse abraçar uma pessoa, são as duas pontas do colar de pérolas. Imagine que, para a insulina funcionar, seu peito tem que encostar na célula. Enquanto seus braços estiverem estendidos isso é fácil, mas se você usar uma mão para segurar a outra, os braços cruzados impedem que a insulina encoste na célula. Em todas as insulinas os braços ficam sempre abertos e a insulina está sempre ativa, encostando seu peito na célula.

O que os cientistas fizeram foi prender de forma irreversível em uma das pontas (digamos a mão esquerda) uma molécula muito parecida com uma glicose. E na outra ponta (digamos a mão direita) uma estrutura química que parece um cesto em que essa molécula se encaixa.

Feito isso, o que acontece é que uma das pontas se liga à outra pois o açúcar encaixa na cesta, como se uma mão do seu corpo agarrasse a outra. Pronto, com as mãos dadas, o peito fica encoberto, e a insulina inativa. Mas aí vem o truque: o cesto da mão direita gosta de se ligar ao açúcar da mão esquerda, mas o que ele prefere mesmo é se ligar a uma molécula de glicose. Quando a quantidade de glicose é alta, o cesto larga o açúcar da outra mão e agarra uma glicose. Aí, uma mão se solta da outra, o peito é exposto e a insulina fica ativa. À medida que a quantidade de glicose baixa no sangue, o cesto (mão direita) larga a glicose e se liga ao açúcar da mão esquerda, os braços se fecham, e a insulina fica inativa. E esse ciclo de ativação/desativação ocorre cada vez que a quantidade de glicose aumenta ou diminui no sangue. Ponto, construíram uma insulina que liga e desliga dependendo da quantidade de açúcar no sangue

Os cientistas testaram essa insulina em animais e ela é capaz de regular de maneira precisa o nível de glicose no sangue, evitando hipoglicemias. Nos próximos anos, ela vai ser testada em humanos, e se tudo correr bem, em alguns anos teremos uma insulina inteligente. Vai bastar uma injeção por dia e ela vai regular automaticamente a quantidade de glicose no sangue dos diabéticos.

Mais informações: Glucose-sensitive insulin with attenuation of hypoglycaemia. Nature https://doi.org/10.1038/s41586-024-08042-3 2024

Um novo tipo de insulina promete melhorar a vida dos diabéticos. A glicose é o alimento utilizado pelas células do nosso corpo. Ela circula no sangue e é capturada pelos diversos tipos de células. A glicose precisa ser mantida em uma faixa de concentração relativamente estreita. Se a concentração fica muito baixa, podemos desmaiar e morrer. Se fica muito alta, como ocorre em pessoas com diabetes, acaba destruindo os menores vasos sanguíneos, o que dificulta a circulação do sangue e causa a morte das células. Isso leva à cegueira, amputações e outras complicações. Quem regula o nível de glicose é a insulina.

A insulina é produzida no pâncreas e liberada na corrente sanguínea. Ela se liga nas células e as induz a bombar a glicose para seu interior. Numa pessoa normal, quando o nível de glicose sobe, o pâncreas libera mais insulina. A glicose é transportada para o interior das células e rapidamente o nível de glicose no sangue cai para níveis normais. Nos diabéticos, isso não ocorre e o nível de glicose fica alto por muito tempo. Aí, é preciso tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Para quem usa insulina, existe um cuidado extra: se você injetar uma dose maior, o nível de glicose pode cair muito, o que pode, em casos extremos, levar à morte. É a temida hipoglicemia.

Diabéticos precisam tomar remédios que ajudem a baixar o nível de glicose ou mesmo injetar insulina. Foto: Goffkein/adobe.stock

Para evitar a hipoglicemia, o ideal era possuirmos uma insulina que fosse capaz de perceber o nível de glicose no sangue e somente funcionar quando a glicose aumentasse. Quando ela estiver baixa, a insulina ficaria inativa, esperando o nível de glicose subir. Foi exatamente isso que foi desenvolvido por um grupo de cientistas. E o melhor é que o truque é fácil de entender.

A insulina parece um colar de pérolas enrolado sobre si mesmo. E seu funcionamento depende do enrolamento preciso desse colar. Se ela estiver mal dobrada, perde sua atividade. O truque foi fazer com que ela se dobrasse de maneira errada na presença de pouca glicose (ficando inativa) e da maneira correta (ativa) quando na presença de muita glicose. Ou seja, colocaram um interruptor liga/desliga na molécula de insulina. Mas como construíram esse interruptor?

Imagine que você é uma molécula de insulina. Seus dois braços abertos, como se fosse abraçar uma pessoa, são as duas pontas do colar de pérolas. Imagine que, para a insulina funcionar, seu peito tem que encostar na célula. Enquanto seus braços estiverem estendidos isso é fácil, mas se você usar uma mão para segurar a outra, os braços cruzados impedem que a insulina encoste na célula. Em todas as insulinas os braços ficam sempre abertos e a insulina está sempre ativa, encostando seu peito na célula.

O que os cientistas fizeram foi prender de forma irreversível em uma das pontas (digamos a mão esquerda) uma molécula muito parecida com uma glicose. E na outra ponta (digamos a mão direita) uma estrutura química que parece um cesto em que essa molécula se encaixa.

Feito isso, o que acontece é que uma das pontas se liga à outra pois o açúcar encaixa na cesta, como se uma mão do seu corpo agarrasse a outra. Pronto, com as mãos dadas, o peito fica encoberto, e a insulina inativa. Mas aí vem o truque: o cesto da mão direita gosta de se ligar ao açúcar da mão esquerda, mas o que ele prefere mesmo é se ligar a uma molécula de glicose. Quando a quantidade de glicose é alta, o cesto larga o açúcar da outra mão e agarra uma glicose. Aí, uma mão se solta da outra, o peito é exposto e a insulina fica ativa. À medida que a quantidade de glicose baixa no sangue, o cesto (mão direita) larga a glicose e se liga ao açúcar da mão esquerda, os braços se fecham, e a insulina fica inativa. E esse ciclo de ativação/desativação ocorre cada vez que a quantidade de glicose aumenta ou diminui no sangue. Ponto, construíram uma insulina que liga e desliga dependendo da quantidade de açúcar no sangue

Os cientistas testaram essa insulina em animais e ela é capaz de regular de maneira precisa o nível de glicose no sangue, evitando hipoglicemias. Nos próximos anos, ela vai ser testada em humanos, e se tudo correr bem, em alguns anos teremos uma insulina inteligente. Vai bastar uma injeção por dia e ela vai regular automaticamente a quantidade de glicose no sangue dos diabéticos.

Mais informações: Glucose-sensitive insulin with attenuation of hypoglycaemia. Nature https://doi.org/10.1038/s41586-024-08042-3 2024

Opinião por Fernando Reinach

Biólogo, PHD em Biologia Celular e Molecular pela Cornell University e autor de "A Chegada do Novo Coronavírus no Brasil"; "Folha de Lótus, Escorregador de Mosquito"; e "A Longa Marcha dos Grilos Canibais"

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