Opinião|Por que o nível do mar está subindo cada vez mais rápido?


Aumento vem causando o desaparecimento de praias e a destruição de casas principalmente durante tempestades

Por Fernando Reinach

Em 2024 comemoramos 30 anos em que altímetros instalados em satélites medem continuamente o nível dos oceanos ao redor do planeta. Uma análise cuidadosa dos dados coletados nessas três décadas mostra que o nível do oceano está subindo e que o ritmo do aumento dobrou nos últimos anos.

Água invade a faixa de areia na Praia de Copacabana, no Rio; nível do mar está subindo cada vez mais rápido. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO - 14/06/2023

Qualquer pessoa olhando o mar pode imaginar quão difícil é medir seu nível. A cada segundo, ondas sobem e descem, a cada dia as marés sobem e descem e os grandes sistemas climáticos cíclicos como o El Niño provocam mudanças que duram anos. Além disso, a água dilata e contrai com mudanças da temperatura dos oceanos. Tudo isso combinado torna uma tarefa hercúlea medir o aumento do nível médio do mar com uma precisão de milímetros.

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Foi somente com a colocação de altímetros precisos em satélites 30 anos atrás, capazes de medir a distância entre a superfície do oceano e o satélite, que isso se tornou possível. A cada segundo a distância de milhares de pontos em todos os oceanos e o satélite são determinadas. E, depois de corrigir para todas as flutuações, os computadores calculam o nível médio global do oceano.

O gráfico obtido ao longo dos 30 anos e as projeções para o futuro podem ser vistos na figura abaixo.

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Nesses últimos 30 anos, o nível do mar subiu 111 milímetros, subindo em média 3,5 milímetros por ano. Esse é um número pequeno, mas o preocupante é que a velocidade da subida vem aumentando. No início do período de 30 anos, em 1993, o mar subia 2,5 milímetros por ano, mas em 2023 ele subiu 4,5 milímetros em um ano. Extrapolando esse aumento até o ano de 2050, é provável que o nível do mar subirá mais 169 milímetros.

Esse aumento se deve principalmente ao derretimento das geleiras e a dilatação da água devido ao aquecimento da atmosfera e a transferência desse calor para os oceanos. Esse número é relativamente pequeno, mas, por não ser distribuído igualmente ao longo das costas de todos os continentes, vem causando o desaparecimento de praias e a destruição de casas principalmente durante tempestades.

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Nas próximas décadas não vai ser o aumento do nível do mar que vai afetar a vida das cidades costeiras, mas o aumento da intensidade das tempestades causadas pelo aumento da temperatura. A importância desse resultado é que ele confirma uma das premissas mais importantes dos modelos climáticos: a velocidade da subida do nível dos oceanos. As outras duas medidas globais são a temperatura média da atmosfera e o nível de gás carbônico na atmosfera.

Essas medidas experimentais são extremamente importantes pois são elas que ancoram os modelos preditivos do IPCC.

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Mais informações: The rate of global sea level rise doubled during the past three decades. Communications Earth & Environmental. https://doi.org/10.1038/s43247-024-01761-5 2024

Em 2024 comemoramos 30 anos em que altímetros instalados em satélites medem continuamente o nível dos oceanos ao redor do planeta. Uma análise cuidadosa dos dados coletados nessas três décadas mostra que o nível do oceano está subindo e que o ritmo do aumento dobrou nos últimos anos.

Água invade a faixa de areia na Praia de Copacabana, no Rio; nível do mar está subindo cada vez mais rápido. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO - 14/06/2023

Qualquer pessoa olhando o mar pode imaginar quão difícil é medir seu nível. A cada segundo, ondas sobem e descem, a cada dia as marés sobem e descem e os grandes sistemas climáticos cíclicos como o El Niño provocam mudanças que duram anos. Além disso, a água dilata e contrai com mudanças da temperatura dos oceanos. Tudo isso combinado torna uma tarefa hercúlea medir o aumento do nível médio do mar com uma precisão de milímetros.

Foi somente com a colocação de altímetros precisos em satélites 30 anos atrás, capazes de medir a distância entre a superfície do oceano e o satélite, que isso se tornou possível. A cada segundo a distância de milhares de pontos em todos os oceanos e o satélite são determinadas. E, depois de corrigir para todas as flutuações, os computadores calculam o nível médio global do oceano.

O gráfico obtido ao longo dos 30 anos e as projeções para o futuro podem ser vistos na figura abaixo.

Nesses últimos 30 anos, o nível do mar subiu 111 milímetros, subindo em média 3,5 milímetros por ano. Esse é um número pequeno, mas o preocupante é que a velocidade da subida vem aumentando. No início do período de 30 anos, em 1993, o mar subia 2,5 milímetros por ano, mas em 2023 ele subiu 4,5 milímetros em um ano. Extrapolando esse aumento até o ano de 2050, é provável que o nível do mar subirá mais 169 milímetros.

Esse aumento se deve principalmente ao derretimento das geleiras e a dilatação da água devido ao aquecimento da atmosfera e a transferência desse calor para os oceanos. Esse número é relativamente pequeno, mas, por não ser distribuído igualmente ao longo das costas de todos os continentes, vem causando o desaparecimento de praias e a destruição de casas principalmente durante tempestades.

Nas próximas décadas não vai ser o aumento do nível do mar que vai afetar a vida das cidades costeiras, mas o aumento da intensidade das tempestades causadas pelo aumento da temperatura. A importância desse resultado é que ele confirma uma das premissas mais importantes dos modelos climáticos: a velocidade da subida do nível dos oceanos. As outras duas medidas globais são a temperatura média da atmosfera e o nível de gás carbônico na atmosfera.

Essas medidas experimentais são extremamente importantes pois são elas que ancoram os modelos preditivos do IPCC.

Mais informações: The rate of global sea level rise doubled during the past three decades. Communications Earth & Environmental. https://doi.org/10.1038/s43247-024-01761-5 2024

Em 2024 comemoramos 30 anos em que altímetros instalados em satélites medem continuamente o nível dos oceanos ao redor do planeta. Uma análise cuidadosa dos dados coletados nessas três décadas mostra que o nível do oceano está subindo e que o ritmo do aumento dobrou nos últimos anos.

Água invade a faixa de areia na Praia de Copacabana, no Rio; nível do mar está subindo cada vez mais rápido. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO - 14/06/2023

Qualquer pessoa olhando o mar pode imaginar quão difícil é medir seu nível. A cada segundo, ondas sobem e descem, a cada dia as marés sobem e descem e os grandes sistemas climáticos cíclicos como o El Niño provocam mudanças que duram anos. Além disso, a água dilata e contrai com mudanças da temperatura dos oceanos. Tudo isso combinado torna uma tarefa hercúlea medir o aumento do nível médio do mar com uma precisão de milímetros.

Foi somente com a colocação de altímetros precisos em satélites 30 anos atrás, capazes de medir a distância entre a superfície do oceano e o satélite, que isso se tornou possível. A cada segundo a distância de milhares de pontos em todos os oceanos e o satélite são determinadas. E, depois de corrigir para todas as flutuações, os computadores calculam o nível médio global do oceano.

O gráfico obtido ao longo dos 30 anos e as projeções para o futuro podem ser vistos na figura abaixo.

Nesses últimos 30 anos, o nível do mar subiu 111 milímetros, subindo em média 3,5 milímetros por ano. Esse é um número pequeno, mas o preocupante é que a velocidade da subida vem aumentando. No início do período de 30 anos, em 1993, o mar subia 2,5 milímetros por ano, mas em 2023 ele subiu 4,5 milímetros em um ano. Extrapolando esse aumento até o ano de 2050, é provável que o nível do mar subirá mais 169 milímetros.

Esse aumento se deve principalmente ao derretimento das geleiras e a dilatação da água devido ao aquecimento da atmosfera e a transferência desse calor para os oceanos. Esse número é relativamente pequeno, mas, por não ser distribuído igualmente ao longo das costas de todos os continentes, vem causando o desaparecimento de praias e a destruição de casas principalmente durante tempestades.

Nas próximas décadas não vai ser o aumento do nível do mar que vai afetar a vida das cidades costeiras, mas o aumento da intensidade das tempestades causadas pelo aumento da temperatura. A importância desse resultado é que ele confirma uma das premissas mais importantes dos modelos climáticos: a velocidade da subida do nível dos oceanos. As outras duas medidas globais são a temperatura média da atmosfera e o nível de gás carbônico na atmosfera.

Essas medidas experimentais são extremamente importantes pois são elas que ancoram os modelos preditivos do IPCC.

Mais informações: The rate of global sea level rise doubled during the past three decades. Communications Earth & Environmental. https://doi.org/10.1038/s43247-024-01761-5 2024

Em 2024 comemoramos 30 anos em que altímetros instalados em satélites medem continuamente o nível dos oceanos ao redor do planeta. Uma análise cuidadosa dos dados coletados nessas três décadas mostra que o nível do oceano está subindo e que o ritmo do aumento dobrou nos últimos anos.

Água invade a faixa de areia na Praia de Copacabana, no Rio; nível do mar está subindo cada vez mais rápido. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO - 14/06/2023

Qualquer pessoa olhando o mar pode imaginar quão difícil é medir seu nível. A cada segundo, ondas sobem e descem, a cada dia as marés sobem e descem e os grandes sistemas climáticos cíclicos como o El Niño provocam mudanças que duram anos. Além disso, a água dilata e contrai com mudanças da temperatura dos oceanos. Tudo isso combinado torna uma tarefa hercúlea medir o aumento do nível médio do mar com uma precisão de milímetros.

Foi somente com a colocação de altímetros precisos em satélites 30 anos atrás, capazes de medir a distância entre a superfície do oceano e o satélite, que isso se tornou possível. A cada segundo a distância de milhares de pontos em todos os oceanos e o satélite são determinadas. E, depois de corrigir para todas as flutuações, os computadores calculam o nível médio global do oceano.

O gráfico obtido ao longo dos 30 anos e as projeções para o futuro podem ser vistos na figura abaixo.

Nesses últimos 30 anos, o nível do mar subiu 111 milímetros, subindo em média 3,5 milímetros por ano. Esse é um número pequeno, mas o preocupante é que a velocidade da subida vem aumentando. No início do período de 30 anos, em 1993, o mar subia 2,5 milímetros por ano, mas em 2023 ele subiu 4,5 milímetros em um ano. Extrapolando esse aumento até o ano de 2050, é provável que o nível do mar subirá mais 169 milímetros.

Esse aumento se deve principalmente ao derretimento das geleiras e a dilatação da água devido ao aquecimento da atmosfera e a transferência desse calor para os oceanos. Esse número é relativamente pequeno, mas, por não ser distribuído igualmente ao longo das costas de todos os continentes, vem causando o desaparecimento de praias e a destruição de casas principalmente durante tempestades.

Nas próximas décadas não vai ser o aumento do nível do mar que vai afetar a vida das cidades costeiras, mas o aumento da intensidade das tempestades causadas pelo aumento da temperatura. A importância desse resultado é que ele confirma uma das premissas mais importantes dos modelos climáticos: a velocidade da subida do nível dos oceanos. As outras duas medidas globais são a temperatura média da atmosfera e o nível de gás carbônico na atmosfera.

Essas medidas experimentais são extremamente importantes pois são elas que ancoram os modelos preditivos do IPCC.

Mais informações: The rate of global sea level rise doubled during the past three decades. Communications Earth & Environmental. https://doi.org/10.1038/s43247-024-01761-5 2024

Em 2024 comemoramos 30 anos em que altímetros instalados em satélites medem continuamente o nível dos oceanos ao redor do planeta. Uma análise cuidadosa dos dados coletados nessas três décadas mostra que o nível do oceano está subindo e que o ritmo do aumento dobrou nos últimos anos.

Água invade a faixa de areia na Praia de Copacabana, no Rio; nível do mar está subindo cada vez mais rápido. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO - 14/06/2023

Qualquer pessoa olhando o mar pode imaginar quão difícil é medir seu nível. A cada segundo, ondas sobem e descem, a cada dia as marés sobem e descem e os grandes sistemas climáticos cíclicos como o El Niño provocam mudanças que duram anos. Além disso, a água dilata e contrai com mudanças da temperatura dos oceanos. Tudo isso combinado torna uma tarefa hercúlea medir o aumento do nível médio do mar com uma precisão de milímetros.

Foi somente com a colocação de altímetros precisos em satélites 30 anos atrás, capazes de medir a distância entre a superfície do oceano e o satélite, que isso se tornou possível. A cada segundo a distância de milhares de pontos em todos os oceanos e o satélite são determinadas. E, depois de corrigir para todas as flutuações, os computadores calculam o nível médio global do oceano.

O gráfico obtido ao longo dos 30 anos e as projeções para o futuro podem ser vistos na figura abaixo.

Nesses últimos 30 anos, o nível do mar subiu 111 milímetros, subindo em média 3,5 milímetros por ano. Esse é um número pequeno, mas o preocupante é que a velocidade da subida vem aumentando. No início do período de 30 anos, em 1993, o mar subia 2,5 milímetros por ano, mas em 2023 ele subiu 4,5 milímetros em um ano. Extrapolando esse aumento até o ano de 2050, é provável que o nível do mar subirá mais 169 milímetros.

Esse aumento se deve principalmente ao derretimento das geleiras e a dilatação da água devido ao aquecimento da atmosfera e a transferência desse calor para os oceanos. Esse número é relativamente pequeno, mas, por não ser distribuído igualmente ao longo das costas de todos os continentes, vem causando o desaparecimento de praias e a destruição de casas principalmente durante tempestades.

Nas próximas décadas não vai ser o aumento do nível do mar que vai afetar a vida das cidades costeiras, mas o aumento da intensidade das tempestades causadas pelo aumento da temperatura. A importância desse resultado é que ele confirma uma das premissas mais importantes dos modelos climáticos: a velocidade da subida do nível dos oceanos. As outras duas medidas globais são a temperatura média da atmosfera e o nível de gás carbônico na atmosfera.

Essas medidas experimentais são extremamente importantes pois são elas que ancoram os modelos preditivos do IPCC.

Mais informações: The rate of global sea level rise doubled during the past three decades. Communications Earth & Environmental. https://doi.org/10.1038/s43247-024-01761-5 2024

Opinião por Fernando Reinach

Biólogo, PHD em Biologia Celular e Molecular pela Cornell University e autor de "A Chegada do Novo Coronavírus no Brasil"; "Folha de Lótus, Escorregador de Mosquito"; e "A Longa Marcha dos Grilos Canibais"

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