Opinião|Uma soja amiga da biodiversidade


O resultado é que as plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas que utilizamos hoje

Por Fernando Reinach
Atualização:

Ensinar fotossíntese era um dos prazeres que tinha quando lecionava bioquímica. Nesse processo as plantas usam a energia solar para combinar o gás carbônico retirado da atmosfera com a água. O resultado são precursores dos açúcares. De quebra a fotossíntese libera oxigênio na atmosfera. Esse conjunto de reações químicas é responsável pela produção de praticamente toda a matéria viva que existe no planeta. A fotossíntese faz as plantas crescerem. Os animais devoram as plantas, e nós devoramos as plantas e os animais.

Por isso, todo o carbono que existe em nosso corpo veio de moléculas de gás carbônico que foram combinadas com moléculas de água nas folhas de alguma planta, em algum momento do passado. E quando um ser vivo morre, ou é queimado, todo esse carbono volta à atmosfera na forma de gás carbônico. E o ciclo recomeça.

As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas cultivadas de forma natural. Foto: Agustin Marcarian / Reuters
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A agricultura é a tecnologia que o ser humano desenvolveu para otimizar a produção de alimentos a partir da fotossíntese. As plantas foram melhoradas ao longo de milênios para executar esse processo. Hoje, no Cerrado brasileiro, bastam 100 dias para uma semente de soja brotar, crescer e produzir até 100 grãos prontos para serem colhidos. Em 100 dias um grão se transforma em 100 grãos: é impressionante. Isso apesar da fotossíntese converter, no máximo, 6% da energia presente na luz solar em açúcares. Não é à toa que os cientistas sonhavam com o dia em que pudessem melhorar a eficiência desse processo.

Em 2017 relatei aqui um experimento que logrou aumentar a eficiência da fotossíntese (Plantas que tiram os óculos rapidamente, 7/1/2017). As plantas de tabaco construídas na época produziam 20% mais massa de folhas que as plantas não modificadas. Terminei o artigo imaginando que mais cedo ou mais tarde essas mesmas modificações genéticas seriam inseridas em plantas de valor comercial, como a soja, o milho ou a cana-de-açúcar.

Cinco anos depois os cientistas publicaram os resultados obtidos com plantas de soja modificadas exatamente da mesma maneira. O resultado é surpreendente. As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas que utilizamos. Hoje a produtividade média da soja no Brasil é de ~3.500 quilogramas por hectare cultivado. Essa soja modificada produziria 4.655 quilogramas por hectare. Esses números foram obtidos em diversos plantios feitos ao longo de dois anos e são confiáveis. Logo mais estaremos plantando essas variedades de soja. E vai bastar substituir as variedades atuais pelas novas para aumentar a produção brasileira em 33% usando exatamente o mesmo número de hectares. Esse brutal aumento de produtividade tem o potencial de diminuir o custo da soja, mas não é o benefício mais importante.

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À medida que a necessidade de alimentos no mundo aumenta, o ser humano tem utilizado uma fração crescente da superfície do planeta para coletar energia solar e transformá-la em alimentos. São áreas enormes cobertas por folhas de soja, milho e cana de açúcar, cada folha captando luz solar e gás carbônico, recebendo água das raízes, e usando a fotossíntese para produzir oxigênio e alimentos. Cada um dos hectares que utilizamos para produzir alimento é um hectare que antes era Cerrado ou floresta e que foi convertido em área agrícola. Assim, para alimentar um número crescente de seres humanos, e os animais que os seres humanos criam para comer, uma fração crescente do planeta vem perdendo sua biodiversidade e sendo transformada em plantações.

Novas tecnologias como essa tem mérito de permitir que a produção de alimentos cresça sem o crescimento equivalente das áreas dedicadas à agricultura. E com isso maior fração do planeta pode ser mantida com sua vegetação nativa e sua alta biodiversidade. E quando a população deixar de crescer, por volta de 2050, e estiver alimentada, ainda teremos grandes extensões do planeta recobertas por florestas, campos e cerrados naturais. É por isso que sempre digo que a tecnologia agrícola é a melhor amiga dos ambientes naturais e da biodiversidade.

Ensinar fotossíntese era um dos prazeres que tinha quando lecionava bioquímica. Nesse processo as plantas usam a energia solar para combinar o gás carbônico retirado da atmosfera com a água. O resultado são precursores dos açúcares. De quebra a fotossíntese libera oxigênio na atmosfera. Esse conjunto de reações químicas é responsável pela produção de praticamente toda a matéria viva que existe no planeta. A fotossíntese faz as plantas crescerem. Os animais devoram as plantas, e nós devoramos as plantas e os animais.

Por isso, todo o carbono que existe em nosso corpo veio de moléculas de gás carbônico que foram combinadas com moléculas de água nas folhas de alguma planta, em algum momento do passado. E quando um ser vivo morre, ou é queimado, todo esse carbono volta à atmosfera na forma de gás carbônico. E o ciclo recomeça.

As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas cultivadas de forma natural. Foto: Agustin Marcarian / Reuters

A agricultura é a tecnologia que o ser humano desenvolveu para otimizar a produção de alimentos a partir da fotossíntese. As plantas foram melhoradas ao longo de milênios para executar esse processo. Hoje, no Cerrado brasileiro, bastam 100 dias para uma semente de soja brotar, crescer e produzir até 100 grãos prontos para serem colhidos. Em 100 dias um grão se transforma em 100 grãos: é impressionante. Isso apesar da fotossíntese converter, no máximo, 6% da energia presente na luz solar em açúcares. Não é à toa que os cientistas sonhavam com o dia em que pudessem melhorar a eficiência desse processo.

Em 2017 relatei aqui um experimento que logrou aumentar a eficiência da fotossíntese (Plantas que tiram os óculos rapidamente, 7/1/2017). As plantas de tabaco construídas na época produziam 20% mais massa de folhas que as plantas não modificadas. Terminei o artigo imaginando que mais cedo ou mais tarde essas mesmas modificações genéticas seriam inseridas em plantas de valor comercial, como a soja, o milho ou a cana-de-açúcar.

Cinco anos depois os cientistas publicaram os resultados obtidos com plantas de soja modificadas exatamente da mesma maneira. O resultado é surpreendente. As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas que utilizamos. Hoje a produtividade média da soja no Brasil é de ~3.500 quilogramas por hectare cultivado. Essa soja modificada produziria 4.655 quilogramas por hectare. Esses números foram obtidos em diversos plantios feitos ao longo de dois anos e são confiáveis. Logo mais estaremos plantando essas variedades de soja. E vai bastar substituir as variedades atuais pelas novas para aumentar a produção brasileira em 33% usando exatamente o mesmo número de hectares. Esse brutal aumento de produtividade tem o potencial de diminuir o custo da soja, mas não é o benefício mais importante.

À medida que a necessidade de alimentos no mundo aumenta, o ser humano tem utilizado uma fração crescente da superfície do planeta para coletar energia solar e transformá-la em alimentos. São áreas enormes cobertas por folhas de soja, milho e cana de açúcar, cada folha captando luz solar e gás carbônico, recebendo água das raízes, e usando a fotossíntese para produzir oxigênio e alimentos. Cada um dos hectares que utilizamos para produzir alimento é um hectare que antes era Cerrado ou floresta e que foi convertido em área agrícola. Assim, para alimentar um número crescente de seres humanos, e os animais que os seres humanos criam para comer, uma fração crescente do planeta vem perdendo sua biodiversidade e sendo transformada em plantações.

Novas tecnologias como essa tem mérito de permitir que a produção de alimentos cresça sem o crescimento equivalente das áreas dedicadas à agricultura. E com isso maior fração do planeta pode ser mantida com sua vegetação nativa e sua alta biodiversidade. E quando a população deixar de crescer, por volta de 2050, e estiver alimentada, ainda teremos grandes extensões do planeta recobertas por florestas, campos e cerrados naturais. É por isso que sempre digo que a tecnologia agrícola é a melhor amiga dos ambientes naturais e da biodiversidade.

Ensinar fotossíntese era um dos prazeres que tinha quando lecionava bioquímica. Nesse processo as plantas usam a energia solar para combinar o gás carbônico retirado da atmosfera com a água. O resultado são precursores dos açúcares. De quebra a fotossíntese libera oxigênio na atmosfera. Esse conjunto de reações químicas é responsável pela produção de praticamente toda a matéria viva que existe no planeta. A fotossíntese faz as plantas crescerem. Os animais devoram as plantas, e nós devoramos as plantas e os animais.

Por isso, todo o carbono que existe em nosso corpo veio de moléculas de gás carbônico que foram combinadas com moléculas de água nas folhas de alguma planta, em algum momento do passado. E quando um ser vivo morre, ou é queimado, todo esse carbono volta à atmosfera na forma de gás carbônico. E o ciclo recomeça.

As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas cultivadas de forma natural. Foto: Agustin Marcarian / Reuters

A agricultura é a tecnologia que o ser humano desenvolveu para otimizar a produção de alimentos a partir da fotossíntese. As plantas foram melhoradas ao longo de milênios para executar esse processo. Hoje, no Cerrado brasileiro, bastam 100 dias para uma semente de soja brotar, crescer e produzir até 100 grãos prontos para serem colhidos. Em 100 dias um grão se transforma em 100 grãos: é impressionante. Isso apesar da fotossíntese converter, no máximo, 6% da energia presente na luz solar em açúcares. Não é à toa que os cientistas sonhavam com o dia em que pudessem melhorar a eficiência desse processo.

Em 2017 relatei aqui um experimento que logrou aumentar a eficiência da fotossíntese (Plantas que tiram os óculos rapidamente, 7/1/2017). As plantas de tabaco construídas na época produziam 20% mais massa de folhas que as plantas não modificadas. Terminei o artigo imaginando que mais cedo ou mais tarde essas mesmas modificações genéticas seriam inseridas em plantas de valor comercial, como a soja, o milho ou a cana-de-açúcar.

Cinco anos depois os cientistas publicaram os resultados obtidos com plantas de soja modificadas exatamente da mesma maneira. O resultado é surpreendente. As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas que utilizamos. Hoje a produtividade média da soja no Brasil é de ~3.500 quilogramas por hectare cultivado. Essa soja modificada produziria 4.655 quilogramas por hectare. Esses números foram obtidos em diversos plantios feitos ao longo de dois anos e são confiáveis. Logo mais estaremos plantando essas variedades de soja. E vai bastar substituir as variedades atuais pelas novas para aumentar a produção brasileira em 33% usando exatamente o mesmo número de hectares. Esse brutal aumento de produtividade tem o potencial de diminuir o custo da soja, mas não é o benefício mais importante.

À medida que a necessidade de alimentos no mundo aumenta, o ser humano tem utilizado uma fração crescente da superfície do planeta para coletar energia solar e transformá-la em alimentos. São áreas enormes cobertas por folhas de soja, milho e cana de açúcar, cada folha captando luz solar e gás carbônico, recebendo água das raízes, e usando a fotossíntese para produzir oxigênio e alimentos. Cada um dos hectares que utilizamos para produzir alimento é um hectare que antes era Cerrado ou floresta e que foi convertido em área agrícola. Assim, para alimentar um número crescente de seres humanos, e os animais que os seres humanos criam para comer, uma fração crescente do planeta vem perdendo sua biodiversidade e sendo transformada em plantações.

Novas tecnologias como essa tem mérito de permitir que a produção de alimentos cresça sem o crescimento equivalente das áreas dedicadas à agricultura. E com isso maior fração do planeta pode ser mantida com sua vegetação nativa e sua alta biodiversidade. E quando a população deixar de crescer, por volta de 2050, e estiver alimentada, ainda teremos grandes extensões do planeta recobertas por florestas, campos e cerrados naturais. É por isso que sempre digo que a tecnologia agrícola é a melhor amiga dos ambientes naturais e da biodiversidade.

Ensinar fotossíntese era um dos prazeres que tinha quando lecionava bioquímica. Nesse processo as plantas usam a energia solar para combinar o gás carbônico retirado da atmosfera com a água. O resultado são precursores dos açúcares. De quebra a fotossíntese libera oxigênio na atmosfera. Esse conjunto de reações químicas é responsável pela produção de praticamente toda a matéria viva que existe no planeta. A fotossíntese faz as plantas crescerem. Os animais devoram as plantas, e nós devoramos as plantas e os animais.

Por isso, todo o carbono que existe em nosso corpo veio de moléculas de gás carbônico que foram combinadas com moléculas de água nas folhas de alguma planta, em algum momento do passado. E quando um ser vivo morre, ou é queimado, todo esse carbono volta à atmosfera na forma de gás carbônico. E o ciclo recomeça.

As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas cultivadas de forma natural. Foto: Agustin Marcarian / Reuters

A agricultura é a tecnologia que o ser humano desenvolveu para otimizar a produção de alimentos a partir da fotossíntese. As plantas foram melhoradas ao longo de milênios para executar esse processo. Hoje, no Cerrado brasileiro, bastam 100 dias para uma semente de soja brotar, crescer e produzir até 100 grãos prontos para serem colhidos. Em 100 dias um grão se transforma em 100 grãos: é impressionante. Isso apesar da fotossíntese converter, no máximo, 6% da energia presente na luz solar em açúcares. Não é à toa que os cientistas sonhavam com o dia em que pudessem melhorar a eficiência desse processo.

Em 2017 relatei aqui um experimento que logrou aumentar a eficiência da fotossíntese (Plantas que tiram os óculos rapidamente, 7/1/2017). As plantas de tabaco construídas na época produziam 20% mais massa de folhas que as plantas não modificadas. Terminei o artigo imaginando que mais cedo ou mais tarde essas mesmas modificações genéticas seriam inseridas em plantas de valor comercial, como a soja, o milho ou a cana-de-açúcar.

Cinco anos depois os cientistas publicaram os resultados obtidos com plantas de soja modificadas exatamente da mesma maneira. O resultado é surpreendente. As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas que utilizamos. Hoje a produtividade média da soja no Brasil é de ~3.500 quilogramas por hectare cultivado. Essa soja modificada produziria 4.655 quilogramas por hectare. Esses números foram obtidos em diversos plantios feitos ao longo de dois anos e são confiáveis. Logo mais estaremos plantando essas variedades de soja. E vai bastar substituir as variedades atuais pelas novas para aumentar a produção brasileira em 33% usando exatamente o mesmo número de hectares. Esse brutal aumento de produtividade tem o potencial de diminuir o custo da soja, mas não é o benefício mais importante.

À medida que a necessidade de alimentos no mundo aumenta, o ser humano tem utilizado uma fração crescente da superfície do planeta para coletar energia solar e transformá-la em alimentos. São áreas enormes cobertas por folhas de soja, milho e cana de açúcar, cada folha captando luz solar e gás carbônico, recebendo água das raízes, e usando a fotossíntese para produzir oxigênio e alimentos. Cada um dos hectares que utilizamos para produzir alimento é um hectare que antes era Cerrado ou floresta e que foi convertido em área agrícola. Assim, para alimentar um número crescente de seres humanos, e os animais que os seres humanos criam para comer, uma fração crescente do planeta vem perdendo sua biodiversidade e sendo transformada em plantações.

Novas tecnologias como essa tem mérito de permitir que a produção de alimentos cresça sem o crescimento equivalente das áreas dedicadas à agricultura. E com isso maior fração do planeta pode ser mantida com sua vegetação nativa e sua alta biodiversidade. E quando a população deixar de crescer, por volta de 2050, e estiver alimentada, ainda teremos grandes extensões do planeta recobertas por florestas, campos e cerrados naturais. É por isso que sempre digo que a tecnologia agrícola é a melhor amiga dos ambientes naturais e da biodiversidade.

Ensinar fotossíntese era um dos prazeres que tinha quando lecionava bioquímica. Nesse processo as plantas usam a energia solar para combinar o gás carbônico retirado da atmosfera com a água. O resultado são precursores dos açúcares. De quebra a fotossíntese libera oxigênio na atmosfera. Esse conjunto de reações químicas é responsável pela produção de praticamente toda a matéria viva que existe no planeta. A fotossíntese faz as plantas crescerem. Os animais devoram as plantas, e nós devoramos as plantas e os animais.

Por isso, todo o carbono que existe em nosso corpo veio de moléculas de gás carbônico que foram combinadas com moléculas de água nas folhas de alguma planta, em algum momento do passado. E quando um ser vivo morre, ou é queimado, todo esse carbono volta à atmosfera na forma de gás carbônico. E o ciclo recomeça.

As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas cultivadas de forma natural. Foto: Agustin Marcarian / Reuters

A agricultura é a tecnologia que o ser humano desenvolveu para otimizar a produção de alimentos a partir da fotossíntese. As plantas foram melhoradas ao longo de milênios para executar esse processo. Hoje, no Cerrado brasileiro, bastam 100 dias para uma semente de soja brotar, crescer e produzir até 100 grãos prontos para serem colhidos. Em 100 dias um grão se transforma em 100 grãos: é impressionante. Isso apesar da fotossíntese converter, no máximo, 6% da energia presente na luz solar em açúcares. Não é à toa que os cientistas sonhavam com o dia em que pudessem melhorar a eficiência desse processo.

Em 2017 relatei aqui um experimento que logrou aumentar a eficiência da fotossíntese (Plantas que tiram os óculos rapidamente, 7/1/2017). As plantas de tabaco construídas na época produziam 20% mais massa de folhas que as plantas não modificadas. Terminei o artigo imaginando que mais cedo ou mais tarde essas mesmas modificações genéticas seriam inseridas em plantas de valor comercial, como a soja, o milho ou a cana-de-açúcar.

Cinco anos depois os cientistas publicaram os resultados obtidos com plantas de soja modificadas exatamente da mesma maneira. O resultado é surpreendente. As plantas modificadas produzem 33% mais grãos que as plantas que utilizamos. Hoje a produtividade média da soja no Brasil é de ~3.500 quilogramas por hectare cultivado. Essa soja modificada produziria 4.655 quilogramas por hectare. Esses números foram obtidos em diversos plantios feitos ao longo de dois anos e são confiáveis. Logo mais estaremos plantando essas variedades de soja. E vai bastar substituir as variedades atuais pelas novas para aumentar a produção brasileira em 33% usando exatamente o mesmo número de hectares. Esse brutal aumento de produtividade tem o potencial de diminuir o custo da soja, mas não é o benefício mais importante.

À medida que a necessidade de alimentos no mundo aumenta, o ser humano tem utilizado uma fração crescente da superfície do planeta para coletar energia solar e transformá-la em alimentos. São áreas enormes cobertas por folhas de soja, milho e cana de açúcar, cada folha captando luz solar e gás carbônico, recebendo água das raízes, e usando a fotossíntese para produzir oxigênio e alimentos. Cada um dos hectares que utilizamos para produzir alimento é um hectare que antes era Cerrado ou floresta e que foi convertido em área agrícola. Assim, para alimentar um número crescente de seres humanos, e os animais que os seres humanos criam para comer, uma fração crescente do planeta vem perdendo sua biodiversidade e sendo transformada em plantações.

Novas tecnologias como essa tem mérito de permitir que a produção de alimentos cresça sem o crescimento equivalente das áreas dedicadas à agricultura. E com isso maior fração do planeta pode ser mantida com sua vegetação nativa e sua alta biodiversidade. E quando a população deixar de crescer, por volta de 2050, e estiver alimentada, ainda teremos grandes extensões do planeta recobertas por florestas, campos e cerrados naturais. É por isso que sempre digo que a tecnologia agrícola é a melhor amiga dos ambientes naturais e da biodiversidade.

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