Gato selvagem? Conheça o animal híbrido do rapper Oruam que tem chamado atenção nas redes


Artista publicou vídeos em que seu animal de estimação, um híbrido Savannah F1, pula em cima dele e o arranha; especialista diz que animal é mais enérgico do que gatos domésticos

Por Ramana Rech
Atualização:

Nem animal doméstico nem selvagem, o Savannah é um híbrido entre o gato (Felis catus) e o serval africano (Leptailurus serval). O próprio Savannah ainda não recebeu nome científico e não é reconhecido por todas as associações de gatos ao redor do mundo como uma raça dos felinos domésticos.

Recentemente, o rapper Oruam movimentou as redes sociais ao postar um vídeo com seu animal de estimação, um Savannah F1. Em vídeos publicados pelo musicista em suas redes sociais, o arranhão do gato chamado Malandrex no rosto do rapper e o pulo dele em direção ao tutor chamou a atenção de internautas.

Oruam gravou vídeos em que seu animal de estimação pulava em cima dele e outro em que o arranhava Foto: Instagram/Reprodução
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O médico-veterinário especialista em felinos Rodrigo Prazeres explica que quanto mais se afasta da primeira linhagem, mais o animal se parece com um gato comum. No caso os F1, como o Malandrex, ainda são a primeira linhagem, fruto do cruzamento entre o serval e o gato doméstico.

O resultado disso é um animal que pode ter até mais de 50% de afinidade com o animal selvagem. Sua aparência lembra muito mais a de um serval do que a de um gato. As orelhas são altas, as patas compridas e o pescoço longo e magro. Prazeres conta que esses animais costumam ser mais ativos e energéticos do que o típico Felis Catus.

Os integrantes da primeira linhagem costumam ser inférteis, assim como o restante dos outros híbridos. “Por isso que a raça é rara e os exemplares são tão caros”, explica.

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Gatos domésticos e servais têm número de cromossomos parecido, o que permite a sua reprodução. Mas estão distantes na árvore filogenética, que mostra a relação de parentesco entre espécies diferentes. Não fazem parte nem do mesmo gênero, grupo que separa os seres vivos e antecede a divisão por espécies.

Os Savannahs férteis se reproduzem e dão origem a outras linhagens. Um F2, por exemplo, é um neto de serval; um F3, bisneto e assim por diante. O médico-veterinário conta que a partir da linhagem F4 ou F5, os animais já se parecem muito mais com o gato doméstico.

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O primeiro registro do Savannah é de abril de 1986, quando uma gata fêmea deu luz a um híbrido gerado por um serval.

No Brasil, ter um dos exemplares não é proibido, mas eles ainda não são tão comuns. “A criação (no Brasil) está começando a engatinhar. Têm alguns criadores que, normalmente, costumam ter o F3 e o F4.” Já o F1 e F2 são mais raros no País por dependerem de uma maior presença do serval, que é um animal selvagem e exótico.

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Savannahs não são gatos de colo

A Associação Internacional de Gatos (TICA) reconhece os Savannah como uma raça em desenvolvimento de gatos, o que os torna aptos a participar de algumas competições. A associação os descreve como ativos, aventureiros e energéticos. O registro do Savannah foi aceito pelo TICA em 2001 e, para campeonatos, em 2012.

“Aquela imagem que a gente tem de uma pessoa velhinha, idosa, sentada no sofá, fazendo um carinho no seu gato, enquanto assiste TV, não é esse tipo de gato”, comenta Prazeres.

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Além de conseguir dar saltos altos, o Savannah é um caçador nato. Há algumas comparações do híbrido com cachorros, por exemplo, já que ambos gostam de brincar na água e de buscar objetos, segundo a TICA. A associação o recomenda para famílias que já têm crianças crescidas.

Questionado se um Savannah pode trazer riscos, Rodrigo Prazeres orienta que qualquer brincadeiras de caçar com felinos não utilize partes do próprio corpo como “objeto da caça”, já que isso pode resultar em ferimentos às pessoas.

Uma raça polêmica

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Embora o Savannah seja reconhecido como raça pelo TICA, ele não consta entre as raças reconhecidas pela Federação Internacional de Felinos (FIFe). Um outro híbrido resultado de cruzamento entre o gato e o gato-leopardo (Prionailurus bengalensis), o bengal, é classificado como raça tanto pela FIFe quanto pela TICA.

Segundo o médico-veterinário alguns fatores afastam o Savannah de ter o mesmo consenso que o bengal em termos de raça. O primeiro deles está relacionado à época em que os dois híbridos surgiram.

Os bengais representam o primeiro esforço em usar uma prole híbrida para criar uma raça de gatos domésticos, sendo que os primeiros do tipo nasceram em 1963. Já os Savannahs surgiram mais de 20 anos depois.

Além disso, no caso do Savannah, há grande preferência pelos animais da primeira geração, por manterem mais características dos servais, enquanto as próximas gerações se parecem mais como um gato comum.

No entanto, Prazeres destaca que qualquer seleção de animais a partir de características julgadas como favoráveis oferece riscos de privilegiar genes que não propiciam a domesticação. “Então, a gente não sabe exatamente o que esperar”, completa.

Nem animal doméstico nem selvagem, o Savannah é um híbrido entre o gato (Felis catus) e o serval africano (Leptailurus serval). O próprio Savannah ainda não recebeu nome científico e não é reconhecido por todas as associações de gatos ao redor do mundo como uma raça dos felinos domésticos.

Recentemente, o rapper Oruam movimentou as redes sociais ao postar um vídeo com seu animal de estimação, um Savannah F1. Em vídeos publicados pelo musicista em suas redes sociais, o arranhão do gato chamado Malandrex no rosto do rapper e o pulo dele em direção ao tutor chamou a atenção de internautas.

Oruam gravou vídeos em que seu animal de estimação pulava em cima dele e outro em que o arranhava Foto: Instagram/Reprodução

O médico-veterinário especialista em felinos Rodrigo Prazeres explica que quanto mais se afasta da primeira linhagem, mais o animal se parece com um gato comum. No caso os F1, como o Malandrex, ainda são a primeira linhagem, fruto do cruzamento entre o serval e o gato doméstico.

O resultado disso é um animal que pode ter até mais de 50% de afinidade com o animal selvagem. Sua aparência lembra muito mais a de um serval do que a de um gato. As orelhas são altas, as patas compridas e o pescoço longo e magro. Prazeres conta que esses animais costumam ser mais ativos e energéticos do que o típico Felis Catus.

Os integrantes da primeira linhagem costumam ser inférteis, assim como o restante dos outros híbridos. “Por isso que a raça é rara e os exemplares são tão caros”, explica.

Gatos domésticos e servais têm número de cromossomos parecido, o que permite a sua reprodução. Mas estão distantes na árvore filogenética, que mostra a relação de parentesco entre espécies diferentes. Não fazem parte nem do mesmo gênero, grupo que separa os seres vivos e antecede a divisão por espécies.

Os Savannahs férteis se reproduzem e dão origem a outras linhagens. Um F2, por exemplo, é um neto de serval; um F3, bisneto e assim por diante. O médico-veterinário conta que a partir da linhagem F4 ou F5, os animais já se parecem muito mais com o gato doméstico.

O primeiro registro do Savannah é de abril de 1986, quando uma gata fêmea deu luz a um híbrido gerado por um serval.

No Brasil, ter um dos exemplares não é proibido, mas eles ainda não são tão comuns. “A criação (no Brasil) está começando a engatinhar. Têm alguns criadores que, normalmente, costumam ter o F3 e o F4.” Já o F1 e F2 são mais raros no País por dependerem de uma maior presença do serval, que é um animal selvagem e exótico.

Savannahs não são gatos de colo

A Associação Internacional de Gatos (TICA) reconhece os Savannah como uma raça em desenvolvimento de gatos, o que os torna aptos a participar de algumas competições. A associação os descreve como ativos, aventureiros e energéticos. O registro do Savannah foi aceito pelo TICA em 2001 e, para campeonatos, em 2012.

“Aquela imagem que a gente tem de uma pessoa velhinha, idosa, sentada no sofá, fazendo um carinho no seu gato, enquanto assiste TV, não é esse tipo de gato”, comenta Prazeres.

Além de conseguir dar saltos altos, o Savannah é um caçador nato. Há algumas comparações do híbrido com cachorros, por exemplo, já que ambos gostam de brincar na água e de buscar objetos, segundo a TICA. A associação o recomenda para famílias que já têm crianças crescidas.

Questionado se um Savannah pode trazer riscos, Rodrigo Prazeres orienta que qualquer brincadeiras de caçar com felinos não utilize partes do próprio corpo como “objeto da caça”, já que isso pode resultar em ferimentos às pessoas.

Uma raça polêmica

Embora o Savannah seja reconhecido como raça pelo TICA, ele não consta entre as raças reconhecidas pela Federação Internacional de Felinos (FIFe). Um outro híbrido resultado de cruzamento entre o gato e o gato-leopardo (Prionailurus bengalensis), o bengal, é classificado como raça tanto pela FIFe quanto pela TICA.

Segundo o médico-veterinário alguns fatores afastam o Savannah de ter o mesmo consenso que o bengal em termos de raça. O primeiro deles está relacionado à época em que os dois híbridos surgiram.

Os bengais representam o primeiro esforço em usar uma prole híbrida para criar uma raça de gatos domésticos, sendo que os primeiros do tipo nasceram em 1963. Já os Savannahs surgiram mais de 20 anos depois.

Além disso, no caso do Savannah, há grande preferência pelos animais da primeira geração, por manterem mais características dos servais, enquanto as próximas gerações se parecem mais como um gato comum.

No entanto, Prazeres destaca que qualquer seleção de animais a partir de características julgadas como favoráveis oferece riscos de privilegiar genes que não propiciam a domesticação. “Então, a gente não sabe exatamente o que esperar”, completa.

Nem animal doméstico nem selvagem, o Savannah é um híbrido entre o gato (Felis catus) e o serval africano (Leptailurus serval). O próprio Savannah ainda não recebeu nome científico e não é reconhecido por todas as associações de gatos ao redor do mundo como uma raça dos felinos domésticos.

Recentemente, o rapper Oruam movimentou as redes sociais ao postar um vídeo com seu animal de estimação, um Savannah F1. Em vídeos publicados pelo musicista em suas redes sociais, o arranhão do gato chamado Malandrex no rosto do rapper e o pulo dele em direção ao tutor chamou a atenção de internautas.

Oruam gravou vídeos em que seu animal de estimação pulava em cima dele e outro em que o arranhava Foto: Instagram/Reprodução

O médico-veterinário especialista em felinos Rodrigo Prazeres explica que quanto mais se afasta da primeira linhagem, mais o animal se parece com um gato comum. No caso os F1, como o Malandrex, ainda são a primeira linhagem, fruto do cruzamento entre o serval e o gato doméstico.

O resultado disso é um animal que pode ter até mais de 50% de afinidade com o animal selvagem. Sua aparência lembra muito mais a de um serval do que a de um gato. As orelhas são altas, as patas compridas e o pescoço longo e magro. Prazeres conta que esses animais costumam ser mais ativos e energéticos do que o típico Felis Catus.

Os integrantes da primeira linhagem costumam ser inférteis, assim como o restante dos outros híbridos. “Por isso que a raça é rara e os exemplares são tão caros”, explica.

Gatos domésticos e servais têm número de cromossomos parecido, o que permite a sua reprodução. Mas estão distantes na árvore filogenética, que mostra a relação de parentesco entre espécies diferentes. Não fazem parte nem do mesmo gênero, grupo que separa os seres vivos e antecede a divisão por espécies.

Os Savannahs férteis se reproduzem e dão origem a outras linhagens. Um F2, por exemplo, é um neto de serval; um F3, bisneto e assim por diante. O médico-veterinário conta que a partir da linhagem F4 ou F5, os animais já se parecem muito mais com o gato doméstico.

O primeiro registro do Savannah é de abril de 1986, quando uma gata fêmea deu luz a um híbrido gerado por um serval.

No Brasil, ter um dos exemplares não é proibido, mas eles ainda não são tão comuns. “A criação (no Brasil) está começando a engatinhar. Têm alguns criadores que, normalmente, costumam ter o F3 e o F4.” Já o F1 e F2 são mais raros no País por dependerem de uma maior presença do serval, que é um animal selvagem e exótico.

Savannahs não são gatos de colo

A Associação Internacional de Gatos (TICA) reconhece os Savannah como uma raça em desenvolvimento de gatos, o que os torna aptos a participar de algumas competições. A associação os descreve como ativos, aventureiros e energéticos. O registro do Savannah foi aceito pelo TICA em 2001 e, para campeonatos, em 2012.

“Aquela imagem que a gente tem de uma pessoa velhinha, idosa, sentada no sofá, fazendo um carinho no seu gato, enquanto assiste TV, não é esse tipo de gato”, comenta Prazeres.

Além de conseguir dar saltos altos, o Savannah é um caçador nato. Há algumas comparações do híbrido com cachorros, por exemplo, já que ambos gostam de brincar na água e de buscar objetos, segundo a TICA. A associação o recomenda para famílias que já têm crianças crescidas.

Questionado se um Savannah pode trazer riscos, Rodrigo Prazeres orienta que qualquer brincadeiras de caçar com felinos não utilize partes do próprio corpo como “objeto da caça”, já que isso pode resultar em ferimentos às pessoas.

Uma raça polêmica

Embora o Savannah seja reconhecido como raça pelo TICA, ele não consta entre as raças reconhecidas pela Federação Internacional de Felinos (FIFe). Um outro híbrido resultado de cruzamento entre o gato e o gato-leopardo (Prionailurus bengalensis), o bengal, é classificado como raça tanto pela FIFe quanto pela TICA.

Segundo o médico-veterinário alguns fatores afastam o Savannah de ter o mesmo consenso que o bengal em termos de raça. O primeiro deles está relacionado à época em que os dois híbridos surgiram.

Os bengais representam o primeiro esforço em usar uma prole híbrida para criar uma raça de gatos domésticos, sendo que os primeiros do tipo nasceram em 1963. Já os Savannahs surgiram mais de 20 anos depois.

Além disso, no caso do Savannah, há grande preferência pelos animais da primeira geração, por manterem mais características dos servais, enquanto as próximas gerações se parecem mais como um gato comum.

No entanto, Prazeres destaca que qualquer seleção de animais a partir de características julgadas como favoráveis oferece riscos de privilegiar genes que não propiciam a domesticação. “Então, a gente não sabe exatamente o que esperar”, completa.

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