James Webb: Nasa ‘traduz’ imagens captadas pelo telescópio em som; ouça


Processo de sonificação converte outros tipos de dados para que possam ser representados e percebidos pela audição

Por Raisa Toledo
Atualização:

Além de observar as imagens coloridas das nebulosas fotografadas pelo telescópio espacial James Webb, que têm sido divulgadas pela Nasa, agência espacial americana, também é possível escutá-las. O responsável por isso é o processo de sonificação, capaz de converter diferentes tipos de dados em som. Neste caso, as nebulosas de Carina e do Anel Sul e o exoplaneta Wasp-96 b tiveram suas cores e características transformadas em áudio, como se as frequências de luz fossem “traduzidas” para frequências de som.

Ao contrário de outras faixas de áudio já divulgadas pela Nasa, como a do buraco negro do aglomerado de galáxias Perseu, essas não têm sons reais gravados no espaço. São algo novo, como uma música, composta para que os dados registrados possam ser representados e percebidos pela audição.

“Semelhante à forma como as descrições escritas são traduções únicas de imagens visuais, as sonificações também traduzem as imagens codificando como sons informações como cor, brilho, localizações de estrelas ou assinaturas de absorção de água”, disse Quyen Hart, cientista sênior do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial em Baltimore, Maryland. O processo foi realizado por uma equipe de cientistas, músicos e uma pessoa com deficiência, com o apoio da Nasa.

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A sonificação é feita considerando a imagem da esquerda para a direita, e técnicas diferentes foram empregadas para cada um dos três corpos celestes retratados. A imagem dos penhascos cósmicos da Nébula de Carina teve notas únicas atribuídas às regiões transparentes, semitransparentes e densas. O resultado final é uma sinfonia com sons de vento que representam o gás e a poeira presentes na parte de cima, melodias para os tons de vermelho e laranja e frequências sonoras que variam em função da posição e intensidade das luzes detectadas.

Para a Nebulosa do Anel Sul, as frequências do som seguem o comprimento das frequências de luz; notas mais altas para acompanhar a luz infravermelha mais curta, e mais baixas à medida que a luz infravermelha apresenta ondas mais longas.

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A Nebulosa do Anel Sul. Foto: NASA, ESA, CSA, e STScI via EFE

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Imagens mentais

Já para o exoplaneta Wasp-96 b, a imagem foi dividida em pontos que consideram quantidade e frequência de luz. Para ondas luminosas mais longas, as notas são mais baixas, como na Nebulosa Anel-Sul, e o volume indica a quantidade de luz detectada em cada ponto. Além disso, os sons de gotas de água caindo representam a intensidade dos sinais do líquido no gigante gasoso.

Além de auxiliar os ouvintes a criarem suas próprias imagens mentais do espaço, segundo os cientistas, as sonificações também são um recurso de acessibilidade. Pesquisas preliminares indicaram que pessoas com e sem deficiência visual relataram ter aprendido algo sobre astronomia ouvindo os áudios. Algumas também disseram que passaram a entender um pouco melhor como as pessoas cegas ou com baixa visão acessam as informações de forma diferente, com uma outra experiência.

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Christine Malec, consultora do projeto e pessoa com deficiência visual, disse que experimenta as faixas de áudio com vários sentidos. “Quando ouvi uma sonificação pela primeira vez, me atingiu de uma maneira visceral e emocional que imagino que as pessoas que enxergam experimentam quando olham para o céu noturno”, contou.

Além de observar as imagens coloridas das nebulosas fotografadas pelo telescópio espacial James Webb, que têm sido divulgadas pela Nasa, agência espacial americana, também é possível escutá-las. O responsável por isso é o processo de sonificação, capaz de converter diferentes tipos de dados em som. Neste caso, as nebulosas de Carina e do Anel Sul e o exoplaneta Wasp-96 b tiveram suas cores e características transformadas em áudio, como se as frequências de luz fossem “traduzidas” para frequências de som.

Ao contrário de outras faixas de áudio já divulgadas pela Nasa, como a do buraco negro do aglomerado de galáxias Perseu, essas não têm sons reais gravados no espaço. São algo novo, como uma música, composta para que os dados registrados possam ser representados e percebidos pela audição.

“Semelhante à forma como as descrições escritas são traduções únicas de imagens visuais, as sonificações também traduzem as imagens codificando como sons informações como cor, brilho, localizações de estrelas ou assinaturas de absorção de água”, disse Quyen Hart, cientista sênior do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial em Baltimore, Maryland. O processo foi realizado por uma equipe de cientistas, músicos e uma pessoa com deficiência, com o apoio da Nasa.

A sonificação é feita considerando a imagem da esquerda para a direita, e técnicas diferentes foram empregadas para cada um dos três corpos celestes retratados. A imagem dos penhascos cósmicos da Nébula de Carina teve notas únicas atribuídas às regiões transparentes, semitransparentes e densas. O resultado final é uma sinfonia com sons de vento que representam o gás e a poeira presentes na parte de cima, melodias para os tons de vermelho e laranja e frequências sonoras que variam em função da posição e intensidade das luzes detectadas.

Para a Nebulosa do Anel Sul, as frequências do som seguem o comprimento das frequências de luz; notas mais altas para acompanhar a luz infravermelha mais curta, e mais baixas à medida que a luz infravermelha apresenta ondas mais longas.

A Nebulosa do Anel Sul. Foto: NASA, ESA, CSA, e STScI via EFE

Imagens mentais

Já para o exoplaneta Wasp-96 b, a imagem foi dividida em pontos que consideram quantidade e frequência de luz. Para ondas luminosas mais longas, as notas são mais baixas, como na Nebulosa Anel-Sul, e o volume indica a quantidade de luz detectada em cada ponto. Além disso, os sons de gotas de água caindo representam a intensidade dos sinais do líquido no gigante gasoso.

Além de auxiliar os ouvintes a criarem suas próprias imagens mentais do espaço, segundo os cientistas, as sonificações também são um recurso de acessibilidade. Pesquisas preliminares indicaram que pessoas com e sem deficiência visual relataram ter aprendido algo sobre astronomia ouvindo os áudios. Algumas também disseram que passaram a entender um pouco melhor como as pessoas cegas ou com baixa visão acessam as informações de forma diferente, com uma outra experiência.

Christine Malec, consultora do projeto e pessoa com deficiência visual, disse que experimenta as faixas de áudio com vários sentidos. “Quando ouvi uma sonificação pela primeira vez, me atingiu de uma maneira visceral e emocional que imagino que as pessoas que enxergam experimentam quando olham para o céu noturno”, contou.

Além de observar as imagens coloridas das nebulosas fotografadas pelo telescópio espacial James Webb, que têm sido divulgadas pela Nasa, agência espacial americana, também é possível escutá-las. O responsável por isso é o processo de sonificação, capaz de converter diferentes tipos de dados em som. Neste caso, as nebulosas de Carina e do Anel Sul e o exoplaneta Wasp-96 b tiveram suas cores e características transformadas em áudio, como se as frequências de luz fossem “traduzidas” para frequências de som.

Ao contrário de outras faixas de áudio já divulgadas pela Nasa, como a do buraco negro do aglomerado de galáxias Perseu, essas não têm sons reais gravados no espaço. São algo novo, como uma música, composta para que os dados registrados possam ser representados e percebidos pela audição.

“Semelhante à forma como as descrições escritas são traduções únicas de imagens visuais, as sonificações também traduzem as imagens codificando como sons informações como cor, brilho, localizações de estrelas ou assinaturas de absorção de água”, disse Quyen Hart, cientista sênior do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial em Baltimore, Maryland. O processo foi realizado por uma equipe de cientistas, músicos e uma pessoa com deficiência, com o apoio da Nasa.

A sonificação é feita considerando a imagem da esquerda para a direita, e técnicas diferentes foram empregadas para cada um dos três corpos celestes retratados. A imagem dos penhascos cósmicos da Nébula de Carina teve notas únicas atribuídas às regiões transparentes, semitransparentes e densas. O resultado final é uma sinfonia com sons de vento que representam o gás e a poeira presentes na parte de cima, melodias para os tons de vermelho e laranja e frequências sonoras que variam em função da posição e intensidade das luzes detectadas.

Para a Nebulosa do Anel Sul, as frequências do som seguem o comprimento das frequências de luz; notas mais altas para acompanhar a luz infravermelha mais curta, e mais baixas à medida que a luz infravermelha apresenta ondas mais longas.

A Nebulosa do Anel Sul. Foto: NASA, ESA, CSA, e STScI via EFE

Imagens mentais

Já para o exoplaneta Wasp-96 b, a imagem foi dividida em pontos que consideram quantidade e frequência de luz. Para ondas luminosas mais longas, as notas são mais baixas, como na Nebulosa Anel-Sul, e o volume indica a quantidade de luz detectada em cada ponto. Além disso, os sons de gotas de água caindo representam a intensidade dos sinais do líquido no gigante gasoso.

Além de auxiliar os ouvintes a criarem suas próprias imagens mentais do espaço, segundo os cientistas, as sonificações também são um recurso de acessibilidade. Pesquisas preliminares indicaram que pessoas com e sem deficiência visual relataram ter aprendido algo sobre astronomia ouvindo os áudios. Algumas também disseram que passaram a entender um pouco melhor como as pessoas cegas ou com baixa visão acessam as informações de forma diferente, com uma outra experiência.

Christine Malec, consultora do projeto e pessoa com deficiência visual, disse que experimenta as faixas de áudio com vários sentidos. “Quando ouvi uma sonificação pela primeira vez, me atingiu de uma maneira visceral e emocional que imagino que as pessoas que enxergam experimentam quando olham para o céu noturno”, contou.

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