Quem é e o que esperar de Luciana Santos, nova ministra de Ciência e Tecnologia


Presidente do PCdoB, vice-governadora de Pernambuco e ex-deputada, Luciana é engenheira e já participou da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara

Por Giovanna Castro
Atualização:

A pernambucana Luciana Santos (PCdoB) foi anunciada nesta quinta-feira, 22, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como nova ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações. Presidente do seu partido e atual vice-governadora de Pernambuco, ela já foi deputada federal, participou da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e atuou como secretária estadual da pasta em 2009, durante o governo de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco. Agora, assume o ministério em meio à pressão da comunidade científica em relação aos cortes promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Lula e Luciana Santos, nova ministra da Ciência e Tecnologia Foto: Ricardo Stuckert

Logo após o anúncio, Luciana disse que pretende repor as perdas inflacionárias das bolsas públicas para pesquisas científicas, congeladas desde 2013, uma das pautas mais reivindicadas pela comunidade científica. “Temos como referência o reajuste inflacionário do período todo, mas são decisões que vão ser colocadas dentro do contexto global do orçamento”, disse.

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Segundo ela, o seu principal desafio no ministério será “restaurar a pujança do sistema nacional de ciência e tecnologia” porque ele foi “depredado e descontruído” nos últimos quatro anos.

A nova ministra assumirá no lugar de Marcos Pontes (PL), que agora é senador eleito de São Paulo, no dia 1º de janeiro.

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Quem é Luciana Santos?

Formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luciana tem 56 anos e uma longa trajetória na política. Já foi deputada estadual e federal e prefeita de Olinda por dois mandados, entre 2000 e 2008, antes de cuidar da Ciência e Tecnologia no governo de Eduardo Campos em Pernambuco.

Em 2018, Luciana foi eleita a primeira mulher vice-governadora de Pernambuco, cargo que ocupou nos últimos quatro anos. Seu partido, o PCdoB, integra a federação com o PT e o Partido Verde (PV). Ao longo desta semana, Lula já vinha dando sinais de que deveria convidá-la para assumir a pasta.

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Repercussão na comunidade científica

Para Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências, a nova ministra tem competência para assumir o cargo. “Trabalhei com ela por muitos anos em áreas políticas relacionadas a ciência e tecnologia. Ela foi uma grande parceira”, disse, ressaltando a participação de Luciana no Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mesmo assim, Helena ressalta que o posicionamento da academia é de colaboração e vigilância ao mesmo tempo. “Vamos apoiar no que for preciso, mas não vamos deixar de apontar quando ela cometer erros”, diz.

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Ela aponta como principal desafio de Luciana dialogar com os outros ministérios no sentido de fazer entender a ciência e tecnologia como um setor essencial para o desenvolvimento do País. Além disso, ressalta que será preciso rever o orçamento da pasta não só com o Executivo, mas também com o Legislativo.

“Ciência, tecnologia e inovação são fundamentais e transversais a todos os ministérios e a única maneira de tirar o Brasil da crise econômica”, diz. “É preciso um projeto para a pasta que seja de Estado e não de governo, transitório.”

Patricia Bianca Clissa, presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), diz que “Luciana Santos nos dá uma esperança que soprem ventos favoráveis da ciência para atender primeiro as demandas da sociedade e não de setores específicos em que predominam os interesses do capital financeiro”.

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“Espera-se que o novo governo tenha uma política de valorização dos pesquisadores e das instituições, muitas centenárias, que têm mantido o Brasil como um importante produtor de conhecimento no mundo. E isso somente será possível com a contratação, via concurso público, de novos cientistas, além de uma política salarial que estimule os jovens talentos para a pesquisa e o ensino”, complementa.

A pernambucana Luciana Santos (PCdoB) foi anunciada nesta quinta-feira, 22, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como nova ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações. Presidente do seu partido e atual vice-governadora de Pernambuco, ela já foi deputada federal, participou da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e atuou como secretária estadual da pasta em 2009, durante o governo de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco. Agora, assume o ministério em meio à pressão da comunidade científica em relação aos cortes promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Lula e Luciana Santos, nova ministra da Ciência e Tecnologia Foto: Ricardo Stuckert

Logo após o anúncio, Luciana disse que pretende repor as perdas inflacionárias das bolsas públicas para pesquisas científicas, congeladas desde 2013, uma das pautas mais reivindicadas pela comunidade científica. “Temos como referência o reajuste inflacionário do período todo, mas são decisões que vão ser colocadas dentro do contexto global do orçamento”, disse.

Segundo ela, o seu principal desafio no ministério será “restaurar a pujança do sistema nacional de ciência e tecnologia” porque ele foi “depredado e descontruído” nos últimos quatro anos.

A nova ministra assumirá no lugar de Marcos Pontes (PL), que agora é senador eleito de São Paulo, no dia 1º de janeiro.

Quem é Luciana Santos?

Formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luciana tem 56 anos e uma longa trajetória na política. Já foi deputada estadual e federal e prefeita de Olinda por dois mandados, entre 2000 e 2008, antes de cuidar da Ciência e Tecnologia no governo de Eduardo Campos em Pernambuco.

Em 2018, Luciana foi eleita a primeira mulher vice-governadora de Pernambuco, cargo que ocupou nos últimos quatro anos. Seu partido, o PCdoB, integra a federação com o PT e o Partido Verde (PV). Ao longo desta semana, Lula já vinha dando sinais de que deveria convidá-la para assumir a pasta.

Repercussão na comunidade científica

Para Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências, a nova ministra tem competência para assumir o cargo. “Trabalhei com ela por muitos anos em áreas políticas relacionadas a ciência e tecnologia. Ela foi uma grande parceira”, disse, ressaltando a participação de Luciana no Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mesmo assim, Helena ressalta que o posicionamento da academia é de colaboração e vigilância ao mesmo tempo. “Vamos apoiar no que for preciso, mas não vamos deixar de apontar quando ela cometer erros”, diz.

Ela aponta como principal desafio de Luciana dialogar com os outros ministérios no sentido de fazer entender a ciência e tecnologia como um setor essencial para o desenvolvimento do País. Além disso, ressalta que será preciso rever o orçamento da pasta não só com o Executivo, mas também com o Legislativo.

“Ciência, tecnologia e inovação são fundamentais e transversais a todos os ministérios e a única maneira de tirar o Brasil da crise econômica”, diz. “É preciso um projeto para a pasta que seja de Estado e não de governo, transitório.”

Patricia Bianca Clissa, presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), diz que “Luciana Santos nos dá uma esperança que soprem ventos favoráveis da ciência para atender primeiro as demandas da sociedade e não de setores específicos em que predominam os interesses do capital financeiro”.

“Espera-se que o novo governo tenha uma política de valorização dos pesquisadores e das instituições, muitas centenárias, que têm mantido o Brasil como um importante produtor de conhecimento no mundo. E isso somente será possível com a contratação, via concurso público, de novos cientistas, além de uma política salarial que estimule os jovens talentos para a pesquisa e o ensino”, complementa.

A pernambucana Luciana Santos (PCdoB) foi anunciada nesta quinta-feira, 22, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como nova ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações. Presidente do seu partido e atual vice-governadora de Pernambuco, ela já foi deputada federal, participou da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e atuou como secretária estadual da pasta em 2009, durante o governo de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco. Agora, assume o ministério em meio à pressão da comunidade científica em relação aos cortes promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Lula e Luciana Santos, nova ministra da Ciência e Tecnologia Foto: Ricardo Stuckert

Logo após o anúncio, Luciana disse que pretende repor as perdas inflacionárias das bolsas públicas para pesquisas científicas, congeladas desde 2013, uma das pautas mais reivindicadas pela comunidade científica. “Temos como referência o reajuste inflacionário do período todo, mas são decisões que vão ser colocadas dentro do contexto global do orçamento”, disse.

Segundo ela, o seu principal desafio no ministério será “restaurar a pujança do sistema nacional de ciência e tecnologia” porque ele foi “depredado e descontruído” nos últimos quatro anos.

A nova ministra assumirá no lugar de Marcos Pontes (PL), que agora é senador eleito de São Paulo, no dia 1º de janeiro.

Quem é Luciana Santos?

Formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luciana tem 56 anos e uma longa trajetória na política. Já foi deputada estadual e federal e prefeita de Olinda por dois mandados, entre 2000 e 2008, antes de cuidar da Ciência e Tecnologia no governo de Eduardo Campos em Pernambuco.

Em 2018, Luciana foi eleita a primeira mulher vice-governadora de Pernambuco, cargo que ocupou nos últimos quatro anos. Seu partido, o PCdoB, integra a federação com o PT e o Partido Verde (PV). Ao longo desta semana, Lula já vinha dando sinais de que deveria convidá-la para assumir a pasta.

Repercussão na comunidade científica

Para Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências, a nova ministra tem competência para assumir o cargo. “Trabalhei com ela por muitos anos em áreas políticas relacionadas a ciência e tecnologia. Ela foi uma grande parceira”, disse, ressaltando a participação de Luciana no Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mesmo assim, Helena ressalta que o posicionamento da academia é de colaboração e vigilância ao mesmo tempo. “Vamos apoiar no que for preciso, mas não vamos deixar de apontar quando ela cometer erros”, diz.

Ela aponta como principal desafio de Luciana dialogar com os outros ministérios no sentido de fazer entender a ciência e tecnologia como um setor essencial para o desenvolvimento do País. Além disso, ressalta que será preciso rever o orçamento da pasta não só com o Executivo, mas também com o Legislativo.

“Ciência, tecnologia e inovação são fundamentais e transversais a todos os ministérios e a única maneira de tirar o Brasil da crise econômica”, diz. “É preciso um projeto para a pasta que seja de Estado e não de governo, transitório.”

Patricia Bianca Clissa, presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), diz que “Luciana Santos nos dá uma esperança que soprem ventos favoráveis da ciência para atender primeiro as demandas da sociedade e não de setores específicos em que predominam os interesses do capital financeiro”.

“Espera-se que o novo governo tenha uma política de valorização dos pesquisadores e das instituições, muitas centenárias, que têm mantido o Brasil como um importante produtor de conhecimento no mundo. E isso somente será possível com a contratação, via concurso público, de novos cientistas, além de uma política salarial que estimule os jovens talentos para a pesquisa e o ensino”, complementa.

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