Não é só carbono: qual outro gás tem aumentado e preocupado cientistas?


A redução de metano na atmosfera é capaz de mitigar efeitos do aquecimento global ainda nessa geração, porém, poucos esforços estão sendo empregados nisso

Por Milena Félix

A emissão de metano (CH₄) na atmosfera tem sido a maior em décadas, alerta estudo publicado na Revista Frontiers esta semana. Segundo o artigo, a maioria dos esforços para conter o aquecimento global tem sido direcionada para a redução de gás carbônico (CO₂), mas o metano é o segundo maior responsável pela crise climática.

O metano é causador de cerca de 0,5ºC no aquecimento já observado de 1,07ºC no planeta. Assim, os autores do artigo chamam a atenção para a urgência de frear a emissão do poluente.

Nos cenários em que é possível limitar o aquecimento da Terra entre 1,5ºC e 2ºC, a redução drástica do despejo de metano na atmosfera é necessária. Mas, o que tem acontecido é o inverso.

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Desde 2006, o metano atmosférico tem aumentado rapidamente. Em 2021, o pico foi registrado, e, até o ano passado, a emissão global de metano foi 30 milhões de toneladas maior a cada ano.

Uma das fontes de produção do metano é a pecuária, uma vez que o gado libera os gases durante a sua criação. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O CH₄ é, principalmente, associado à pecuária e aos gases que o gado solta enquanto é criado. Uma vez que essa prática tem aumentado ao longo dos anos, a emissão de metano também acompanha a curva de crescimento.

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O metano é liberado também nos processos de perfuração e processamento de petróleo, carvão e gás natural. Nos últimos anos, apesar dos apelos, essas atividades têm crescido. O artigo levanta a possibilidade de subnotificação de emissão de gases na Ásia Central, Golfo Pérsico, Canadá e Estados Unidos.

O estudo alerta ainda para outra possível fonte de emissão do gás: com o aquecimento do planeta, a decomposição de matéria orgânica fica mais rápida, o que também é responsável por lançar CH₄ na atmosfera. Além disso, as chamadas “áreas úmidas” do planeta aumentam, onde há maior emissão do poluente.

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Propostas de solução

Para diminuir a quantidade de metano no planeta, em 2021, Estados Unidos e União Europeia lideraram o acordo Global Methane Pledge, que propõe redução em 30% nas emissões até 2030.

Hoje, 155 países fazem parte do acordo, mas até agora só 13% das emissões de metano são cobertas pelas políticas atuais. E apenas 2% do orçamento para mitigação do aquecimento global é direcionado para o metano.

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Conforme o estudo, esse cenário deve ser revertido, uma vez que o metano é capaz de apresentar resultados significativos na mitigação do aquecimento global de forma rápida. Nos primeiros 20 anos após ser liberado, o metano tem 80 vezes mais poder de aquecimento que o CO₂.

Da mesma forma, caso a emissão de CH₄ diminua drasticamente, os efeitos no clima seriam percebidos ainda nessa geração, uma vez que o metano não permanece muito tempo na atmosfera da mesma forma que o gás carbônico.

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Como proposta para reverter o problema, o artigo sugere três prioridades:

  • reduzir a emissão de metano por meio de políticas visando todas as principais fontes do gás;
  • conciliar a mitigação de CH₄ e CO₂;
  • otimizar opções de redução do metano.

O Brasil é visto como o país mais favorável para a diminuição de emissão de metano nos aterros sanitários, por meio do tratamento e da reciclagem.

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A emissão de metano (CH₄) na atmosfera tem sido a maior em décadas, alerta estudo publicado na Revista Frontiers esta semana. Segundo o artigo, a maioria dos esforços para conter o aquecimento global tem sido direcionada para a redução de gás carbônico (CO₂), mas o metano é o segundo maior responsável pela crise climática.

O metano é causador de cerca de 0,5ºC no aquecimento já observado de 1,07ºC no planeta. Assim, os autores do artigo chamam a atenção para a urgência de frear a emissão do poluente.

Nos cenários em que é possível limitar o aquecimento da Terra entre 1,5ºC e 2ºC, a redução drástica do despejo de metano na atmosfera é necessária. Mas, o que tem acontecido é o inverso.

Desde 2006, o metano atmosférico tem aumentado rapidamente. Em 2021, o pico foi registrado, e, até o ano passado, a emissão global de metano foi 30 milhões de toneladas maior a cada ano.

Uma das fontes de produção do metano é a pecuária, uma vez que o gado libera os gases durante a sua criação. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O CH₄ é, principalmente, associado à pecuária e aos gases que o gado solta enquanto é criado. Uma vez que essa prática tem aumentado ao longo dos anos, a emissão de metano também acompanha a curva de crescimento.

O metano é liberado também nos processos de perfuração e processamento de petróleo, carvão e gás natural. Nos últimos anos, apesar dos apelos, essas atividades têm crescido. O artigo levanta a possibilidade de subnotificação de emissão de gases na Ásia Central, Golfo Pérsico, Canadá e Estados Unidos.

O estudo alerta ainda para outra possível fonte de emissão do gás: com o aquecimento do planeta, a decomposição de matéria orgânica fica mais rápida, o que também é responsável por lançar CH₄ na atmosfera. Além disso, as chamadas “áreas úmidas” do planeta aumentam, onde há maior emissão do poluente.

Propostas de solução

Para diminuir a quantidade de metano no planeta, em 2021, Estados Unidos e União Europeia lideraram o acordo Global Methane Pledge, que propõe redução em 30% nas emissões até 2030.

Hoje, 155 países fazem parte do acordo, mas até agora só 13% das emissões de metano são cobertas pelas políticas atuais. E apenas 2% do orçamento para mitigação do aquecimento global é direcionado para o metano.

Conforme o estudo, esse cenário deve ser revertido, uma vez que o metano é capaz de apresentar resultados significativos na mitigação do aquecimento global de forma rápida. Nos primeiros 20 anos após ser liberado, o metano tem 80 vezes mais poder de aquecimento que o CO₂.

Da mesma forma, caso a emissão de CH₄ diminua drasticamente, os efeitos no clima seriam percebidos ainda nessa geração, uma vez que o metano não permanece muito tempo na atmosfera da mesma forma que o gás carbônico.

Como proposta para reverter o problema, o artigo sugere três prioridades:

  • reduzir a emissão de metano por meio de políticas visando todas as principais fontes do gás;
  • conciliar a mitigação de CH₄ e CO₂;
  • otimizar opções de redução do metano.

O Brasil é visto como o país mais favorável para a diminuição de emissão de metano nos aterros sanitários, por meio do tratamento e da reciclagem.

A emissão de metano (CH₄) na atmosfera tem sido a maior em décadas, alerta estudo publicado na Revista Frontiers esta semana. Segundo o artigo, a maioria dos esforços para conter o aquecimento global tem sido direcionada para a redução de gás carbônico (CO₂), mas o metano é o segundo maior responsável pela crise climática.

O metano é causador de cerca de 0,5ºC no aquecimento já observado de 1,07ºC no planeta. Assim, os autores do artigo chamam a atenção para a urgência de frear a emissão do poluente.

Nos cenários em que é possível limitar o aquecimento da Terra entre 1,5ºC e 2ºC, a redução drástica do despejo de metano na atmosfera é necessária. Mas, o que tem acontecido é o inverso.

Desde 2006, o metano atmosférico tem aumentado rapidamente. Em 2021, o pico foi registrado, e, até o ano passado, a emissão global de metano foi 30 milhões de toneladas maior a cada ano.

Uma das fontes de produção do metano é a pecuária, uma vez que o gado libera os gases durante a sua criação. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O CH₄ é, principalmente, associado à pecuária e aos gases que o gado solta enquanto é criado. Uma vez que essa prática tem aumentado ao longo dos anos, a emissão de metano também acompanha a curva de crescimento.

O metano é liberado também nos processos de perfuração e processamento de petróleo, carvão e gás natural. Nos últimos anos, apesar dos apelos, essas atividades têm crescido. O artigo levanta a possibilidade de subnotificação de emissão de gases na Ásia Central, Golfo Pérsico, Canadá e Estados Unidos.

O estudo alerta ainda para outra possível fonte de emissão do gás: com o aquecimento do planeta, a decomposição de matéria orgânica fica mais rápida, o que também é responsável por lançar CH₄ na atmosfera. Além disso, as chamadas “áreas úmidas” do planeta aumentam, onde há maior emissão do poluente.

Propostas de solução

Para diminuir a quantidade de metano no planeta, em 2021, Estados Unidos e União Europeia lideraram o acordo Global Methane Pledge, que propõe redução em 30% nas emissões até 2030.

Hoje, 155 países fazem parte do acordo, mas até agora só 13% das emissões de metano são cobertas pelas políticas atuais. E apenas 2% do orçamento para mitigação do aquecimento global é direcionado para o metano.

Conforme o estudo, esse cenário deve ser revertido, uma vez que o metano é capaz de apresentar resultados significativos na mitigação do aquecimento global de forma rápida. Nos primeiros 20 anos após ser liberado, o metano tem 80 vezes mais poder de aquecimento que o CO₂.

Da mesma forma, caso a emissão de CH₄ diminua drasticamente, os efeitos no clima seriam percebidos ainda nessa geração, uma vez que o metano não permanece muito tempo na atmosfera da mesma forma que o gás carbônico.

Como proposta para reverter o problema, o artigo sugere três prioridades:

  • reduzir a emissão de metano por meio de políticas visando todas as principais fontes do gás;
  • conciliar a mitigação de CH₄ e CO₂;
  • otimizar opções de redução do metano.

O Brasil é visto como o país mais favorável para a diminuição de emissão de metano nos aterros sanitários, por meio do tratamento e da reciclagem.

A emissão de metano (CH₄) na atmosfera tem sido a maior em décadas, alerta estudo publicado na Revista Frontiers esta semana. Segundo o artigo, a maioria dos esforços para conter o aquecimento global tem sido direcionada para a redução de gás carbônico (CO₂), mas o metano é o segundo maior responsável pela crise climática.

O metano é causador de cerca de 0,5ºC no aquecimento já observado de 1,07ºC no planeta. Assim, os autores do artigo chamam a atenção para a urgência de frear a emissão do poluente.

Nos cenários em que é possível limitar o aquecimento da Terra entre 1,5ºC e 2ºC, a redução drástica do despejo de metano na atmosfera é necessária. Mas, o que tem acontecido é o inverso.

Desde 2006, o metano atmosférico tem aumentado rapidamente. Em 2021, o pico foi registrado, e, até o ano passado, a emissão global de metano foi 30 milhões de toneladas maior a cada ano.

Uma das fontes de produção do metano é a pecuária, uma vez que o gado libera os gases durante a sua criação. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O CH₄ é, principalmente, associado à pecuária e aos gases que o gado solta enquanto é criado. Uma vez que essa prática tem aumentado ao longo dos anos, a emissão de metano também acompanha a curva de crescimento.

O metano é liberado também nos processos de perfuração e processamento de petróleo, carvão e gás natural. Nos últimos anos, apesar dos apelos, essas atividades têm crescido. O artigo levanta a possibilidade de subnotificação de emissão de gases na Ásia Central, Golfo Pérsico, Canadá e Estados Unidos.

O estudo alerta ainda para outra possível fonte de emissão do gás: com o aquecimento do planeta, a decomposição de matéria orgânica fica mais rápida, o que também é responsável por lançar CH₄ na atmosfera. Além disso, as chamadas “áreas úmidas” do planeta aumentam, onde há maior emissão do poluente.

Propostas de solução

Para diminuir a quantidade de metano no planeta, em 2021, Estados Unidos e União Europeia lideraram o acordo Global Methane Pledge, que propõe redução em 30% nas emissões até 2030.

Hoje, 155 países fazem parte do acordo, mas até agora só 13% das emissões de metano são cobertas pelas políticas atuais. E apenas 2% do orçamento para mitigação do aquecimento global é direcionado para o metano.

Conforme o estudo, esse cenário deve ser revertido, uma vez que o metano é capaz de apresentar resultados significativos na mitigação do aquecimento global de forma rápida. Nos primeiros 20 anos após ser liberado, o metano tem 80 vezes mais poder de aquecimento que o CO₂.

Da mesma forma, caso a emissão de CH₄ diminua drasticamente, os efeitos no clima seriam percebidos ainda nessa geração, uma vez que o metano não permanece muito tempo na atmosfera da mesma forma que o gás carbônico.

Como proposta para reverter o problema, o artigo sugere três prioridades:

  • reduzir a emissão de metano por meio de políticas visando todas as principais fontes do gás;
  • conciliar a mitigação de CH₄ e CO₂;
  • otimizar opções de redução do metano.

O Brasil é visto como o país mais favorável para a diminuição de emissão de metano nos aterros sanitários, por meio do tratamento e da reciclagem.

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