O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu o papa Bento 16 nesta segunda-feira por seus esforços em apoiar as relações frequentemente complicadas entre a Igreja Católica Romana e os judeus, incluindo sua visita à Terra Santa em 2009. Aquela viagem, na qual o papa alemão prestou homenagem no principal memorial do Holocausto de Israel, foi vista por muitos judeus como expiatória por ele ter suspendido a excomunhão de um bispo que questionou a escala do genocídio nazista. Em outras ocasiões, ele visitou o campo de extermínio de Auschwitz e a sinagoga de Colônia. O pontífice, que vai abdicar em 28 de fevereiro, também mudou uma oração latina para as missas na Sexta-Feira Santa feita por católicos tradicionalistas em 2008, deletando uma referência aos judeus e a sua "cegueira", mas ainda pedindo que eles aceitassem Jesus. "Em nome do povo de Israel, gostaria de agradecê-lo por tudo o que fez em sua posição como papa em nome de reforçar os laços entre os cristãos e os judeus e entre a Santa Sé e o Estado Judeu", disse Netanyahu em uma carta a Bento 16, uma cópia da qual foi para a mídia. "Também lhe agradeço por ter defendido bravamente os valores do Judaísmo e do Cristianismo durante seu mandato papal", escreveu o primeiro-ministro conservador. "Não tenho dúvidas de que esses valores, que foram tão vitais para construir o mundo moderno, não são menos críticos para garantir um futuro de segurança, prosperidade e paz". (Reportagem de Dan Williams)
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