Os mistérios sobre Cristóvão Colombo desvendados pelos cientistas


Restos mortais enterrados na Catedral de Sevilha são mesmo do navegador, mas ninguém sabe ainda quem está sepultado no Farol de Santo Domingo, na República Dominicana

Por Roberta Jansen

Depois de mais de cinco séculos, geneticistas espanhóis dizem ter resolvido - pelo menos em parte - um dos maiores mistérios da história ibero-americana. Os restos mortais sepultados na Catedral de Sevilha são mesmo de Cristóvão Colombo (1451-1506). As dúvidas sobre o verdadeiro túmulo do navegador foram alimentadas pelas inúmeras viagens póstumas do corpo.

Para solucionar de vez o mistério, pesquisadores do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada, na Espanha, resolveram exumar os restos mortais sepultados em Sevilha, bem como os do irmão do navegador Diego e de seu filho Fernando, enterrados na mesma igreja. A comparação genética revelou que os ossos são mesmo de Colombo. No entanto, o corpo não está completo. Parte dele pode estar enterrado na República Dominicana.

Estátua de Cristóvão Colombo na Ilha da Madeira; navegador não teria nascido na Itália, e sim na Espanha. Foto: Adobe Stock
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A confusão sobre o local de sepultamento de Cristóvão Colombo começou logo após a sua morte, em 1506, em Valladolid. Inicialmente, o corpo foi enterrado no mesmo local da morte. Em 1509, no entanto, seu filho Fernando conseguiu uma autorização para trasladar os restos mortais do pai para Sevilha, onde morava.

Em 1537 ou 1544 (há controvérsias sobre essa data), seguindo o desejo expresso por Colombo em seu testamento, os ossos seguiram para a Ilha Hispaniola (atualmente compartilhada por República Dominicana e Haiti), então colônia da Espanha.

“Colombo viajou mais depois de morto do que em vida”, brincou o geneticista José Lorente Acosta, diretor do laboratório responsável pelo estudo, quando começou a pesquisa. “Hispaniola era um dos locais preferidos de Colombo; e ele passou por lá em suas quatro viagens à América.”

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Em disputa com os franceses pela soberania de Hispaniola, os espanhóis acabaram tendo de deixar a ilha em 1795 e levaram os restos de Cristóvão Colombo para Cuba que, na época, era a maior colônia da Espanha. Finalmente, em 1898, quando Cuba se tornou um país independente, os ossos do navegador voltaram para a Espanha, onde foram enterrados definitivamente na Catedral de Sevilha. Ou, pelo menos, essa é a história oficial contada pelos espanhóis.

Ocorre que, em 1877, quando os restos mortais do navegador deveriam estar em Cuba, a República Dominicana, que já era um país independente, anunciou ter encontrado durante uma escavação na Catedral de Santo Domingo uma caixa de ferro cheia de ossos e com o nome de Colombo inscrito.

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Os dominicanos alegaram que os espanhóis tinham levado a caixa errada para a ilha vizinha e se declararam os possuidores dos verdadeiros restos mortais, atualmente enterrados no Farol Colombo. O trabalho dos geneticistas comprovou que os espanhóis não levaram a caixa errada. Mas, então, quem está enterrado em Santo Domingo?

“Na verdade, Colombo pode estar nos dois lugares”, afirmou Acosta, complicando ainda mais a história. “Não existe um esqueleto completo nem em Santo Domingo nem em Sevilha; ou seja, os ossos podem ter sido divididos.”

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Cristóvão Colombo chegou à América em 1492. Foto: Mattia Zito/Adobe Stock

Está nos planos do pesquisador exumar também os ossos enterrados em Santo Domingo, mas ele ainda não conseguiu autorização do governo dominicano.

O trabalho genético tentou resolver também um segundo mistério envolvendo Cristóvão Colombo: sua origem. Os livros de história sempre falaram em um “navegador genovês” que contou com o apoio do governo espanhol para se lançar ao mar. Há muito tempo, no entanto, essa origem italiana é questionada por historiadores.

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A análise do DNA contradiz a teoria convencional de que o navegador era um italiano. Na verdade, Colombo teria nascido na própria Espanha e seria de origem judaica. Estudiosos sugerem que ele ocultou sua origem para escapar da perseguição aos judeus.

Estátua de Cristóvão Colombo em Barcelona, na Espanha. Foto: Stephan Stockinger/Adobe Stock

Em 1492, ano em que Colombo chegou à América, cerca de 300 mil judeus praticantes que viviam na Espanha foram forçados a se converter ao catolicismo ou deixar o país. Ao anunciar os resultados de seu trabalho, no último dia 12, Acosta afirmou que eles eram “compatíveis com uma origem judaica”

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“Temos DNA suficiente de Colombo”, disse. “E também temos DNA de seu filho Fernando; em ambos o cromossomo Y e o DNA mitocondrial (passado pela mãe) têm traços compatíveis com uma origem judaica.”

Acosta não conseguiu apontar sem sombra de dúvidas o local de nascimento do navegador, mas afirmou que o mais provável é que ele tenha nascido na região mediterrânea da Espanha.

Depois de mais de cinco séculos, geneticistas espanhóis dizem ter resolvido - pelo menos em parte - um dos maiores mistérios da história ibero-americana. Os restos mortais sepultados na Catedral de Sevilha são mesmo de Cristóvão Colombo (1451-1506). As dúvidas sobre o verdadeiro túmulo do navegador foram alimentadas pelas inúmeras viagens póstumas do corpo.

Para solucionar de vez o mistério, pesquisadores do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada, na Espanha, resolveram exumar os restos mortais sepultados em Sevilha, bem como os do irmão do navegador Diego e de seu filho Fernando, enterrados na mesma igreja. A comparação genética revelou que os ossos são mesmo de Colombo. No entanto, o corpo não está completo. Parte dele pode estar enterrado na República Dominicana.

Estátua de Cristóvão Colombo na Ilha da Madeira; navegador não teria nascido na Itália, e sim na Espanha. Foto: Adobe Stock

A confusão sobre o local de sepultamento de Cristóvão Colombo começou logo após a sua morte, em 1506, em Valladolid. Inicialmente, o corpo foi enterrado no mesmo local da morte. Em 1509, no entanto, seu filho Fernando conseguiu uma autorização para trasladar os restos mortais do pai para Sevilha, onde morava.

Em 1537 ou 1544 (há controvérsias sobre essa data), seguindo o desejo expresso por Colombo em seu testamento, os ossos seguiram para a Ilha Hispaniola (atualmente compartilhada por República Dominicana e Haiti), então colônia da Espanha.

“Colombo viajou mais depois de morto do que em vida”, brincou o geneticista José Lorente Acosta, diretor do laboratório responsável pelo estudo, quando começou a pesquisa. “Hispaniola era um dos locais preferidos de Colombo; e ele passou por lá em suas quatro viagens à América.”

Em disputa com os franceses pela soberania de Hispaniola, os espanhóis acabaram tendo de deixar a ilha em 1795 e levaram os restos de Cristóvão Colombo para Cuba que, na época, era a maior colônia da Espanha. Finalmente, em 1898, quando Cuba se tornou um país independente, os ossos do navegador voltaram para a Espanha, onde foram enterrados definitivamente na Catedral de Sevilha. Ou, pelo menos, essa é a história oficial contada pelos espanhóis.

Ocorre que, em 1877, quando os restos mortais do navegador deveriam estar em Cuba, a República Dominicana, que já era um país independente, anunciou ter encontrado durante uma escavação na Catedral de Santo Domingo uma caixa de ferro cheia de ossos e com o nome de Colombo inscrito.

Os dominicanos alegaram que os espanhóis tinham levado a caixa errada para a ilha vizinha e se declararam os possuidores dos verdadeiros restos mortais, atualmente enterrados no Farol Colombo. O trabalho dos geneticistas comprovou que os espanhóis não levaram a caixa errada. Mas, então, quem está enterrado em Santo Domingo?

“Na verdade, Colombo pode estar nos dois lugares”, afirmou Acosta, complicando ainda mais a história. “Não existe um esqueleto completo nem em Santo Domingo nem em Sevilha; ou seja, os ossos podem ter sido divididos.”

Cristóvão Colombo chegou à América em 1492. Foto: Mattia Zito/Adobe Stock

Está nos planos do pesquisador exumar também os ossos enterrados em Santo Domingo, mas ele ainda não conseguiu autorização do governo dominicano.

O trabalho genético tentou resolver também um segundo mistério envolvendo Cristóvão Colombo: sua origem. Os livros de história sempre falaram em um “navegador genovês” que contou com o apoio do governo espanhol para se lançar ao mar. Há muito tempo, no entanto, essa origem italiana é questionada por historiadores.

A análise do DNA contradiz a teoria convencional de que o navegador era um italiano. Na verdade, Colombo teria nascido na própria Espanha e seria de origem judaica. Estudiosos sugerem que ele ocultou sua origem para escapar da perseguição aos judeus.

Estátua de Cristóvão Colombo em Barcelona, na Espanha. Foto: Stephan Stockinger/Adobe Stock

Em 1492, ano em que Colombo chegou à América, cerca de 300 mil judeus praticantes que viviam na Espanha foram forçados a se converter ao catolicismo ou deixar o país. Ao anunciar os resultados de seu trabalho, no último dia 12, Acosta afirmou que eles eram “compatíveis com uma origem judaica”

“Temos DNA suficiente de Colombo”, disse. “E também temos DNA de seu filho Fernando; em ambos o cromossomo Y e o DNA mitocondrial (passado pela mãe) têm traços compatíveis com uma origem judaica.”

Acosta não conseguiu apontar sem sombra de dúvidas o local de nascimento do navegador, mas afirmou que o mais provável é que ele tenha nascido na região mediterrânea da Espanha.

Depois de mais de cinco séculos, geneticistas espanhóis dizem ter resolvido - pelo menos em parte - um dos maiores mistérios da história ibero-americana. Os restos mortais sepultados na Catedral de Sevilha são mesmo de Cristóvão Colombo (1451-1506). As dúvidas sobre o verdadeiro túmulo do navegador foram alimentadas pelas inúmeras viagens póstumas do corpo.

Para solucionar de vez o mistério, pesquisadores do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada, na Espanha, resolveram exumar os restos mortais sepultados em Sevilha, bem como os do irmão do navegador Diego e de seu filho Fernando, enterrados na mesma igreja. A comparação genética revelou que os ossos são mesmo de Colombo. No entanto, o corpo não está completo. Parte dele pode estar enterrado na República Dominicana.

Estátua de Cristóvão Colombo na Ilha da Madeira; navegador não teria nascido na Itália, e sim na Espanha. Foto: Adobe Stock

A confusão sobre o local de sepultamento de Cristóvão Colombo começou logo após a sua morte, em 1506, em Valladolid. Inicialmente, o corpo foi enterrado no mesmo local da morte. Em 1509, no entanto, seu filho Fernando conseguiu uma autorização para trasladar os restos mortais do pai para Sevilha, onde morava.

Em 1537 ou 1544 (há controvérsias sobre essa data), seguindo o desejo expresso por Colombo em seu testamento, os ossos seguiram para a Ilha Hispaniola (atualmente compartilhada por República Dominicana e Haiti), então colônia da Espanha.

“Colombo viajou mais depois de morto do que em vida”, brincou o geneticista José Lorente Acosta, diretor do laboratório responsável pelo estudo, quando começou a pesquisa. “Hispaniola era um dos locais preferidos de Colombo; e ele passou por lá em suas quatro viagens à América.”

Em disputa com os franceses pela soberania de Hispaniola, os espanhóis acabaram tendo de deixar a ilha em 1795 e levaram os restos de Cristóvão Colombo para Cuba que, na época, era a maior colônia da Espanha. Finalmente, em 1898, quando Cuba se tornou um país independente, os ossos do navegador voltaram para a Espanha, onde foram enterrados definitivamente na Catedral de Sevilha. Ou, pelo menos, essa é a história oficial contada pelos espanhóis.

Ocorre que, em 1877, quando os restos mortais do navegador deveriam estar em Cuba, a República Dominicana, que já era um país independente, anunciou ter encontrado durante uma escavação na Catedral de Santo Domingo uma caixa de ferro cheia de ossos e com o nome de Colombo inscrito.

Os dominicanos alegaram que os espanhóis tinham levado a caixa errada para a ilha vizinha e se declararam os possuidores dos verdadeiros restos mortais, atualmente enterrados no Farol Colombo. O trabalho dos geneticistas comprovou que os espanhóis não levaram a caixa errada. Mas, então, quem está enterrado em Santo Domingo?

“Na verdade, Colombo pode estar nos dois lugares”, afirmou Acosta, complicando ainda mais a história. “Não existe um esqueleto completo nem em Santo Domingo nem em Sevilha; ou seja, os ossos podem ter sido divididos.”

Cristóvão Colombo chegou à América em 1492. Foto: Mattia Zito/Adobe Stock

Está nos planos do pesquisador exumar também os ossos enterrados em Santo Domingo, mas ele ainda não conseguiu autorização do governo dominicano.

O trabalho genético tentou resolver também um segundo mistério envolvendo Cristóvão Colombo: sua origem. Os livros de história sempre falaram em um “navegador genovês” que contou com o apoio do governo espanhol para se lançar ao mar. Há muito tempo, no entanto, essa origem italiana é questionada por historiadores.

A análise do DNA contradiz a teoria convencional de que o navegador era um italiano. Na verdade, Colombo teria nascido na própria Espanha e seria de origem judaica. Estudiosos sugerem que ele ocultou sua origem para escapar da perseguição aos judeus.

Estátua de Cristóvão Colombo em Barcelona, na Espanha. Foto: Stephan Stockinger/Adobe Stock

Em 1492, ano em que Colombo chegou à América, cerca de 300 mil judeus praticantes que viviam na Espanha foram forçados a se converter ao catolicismo ou deixar o país. Ao anunciar os resultados de seu trabalho, no último dia 12, Acosta afirmou que eles eram “compatíveis com uma origem judaica”

“Temos DNA suficiente de Colombo”, disse. “E também temos DNA de seu filho Fernando; em ambos o cromossomo Y e o DNA mitocondrial (passado pela mãe) têm traços compatíveis com uma origem judaica.”

Acosta não conseguiu apontar sem sombra de dúvidas o local de nascimento do navegador, mas afirmou que o mais provável é que ele tenha nascido na região mediterrânea da Espanha.

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