Paralisação lunar: o que é lunistício, evento que ‘congela’ a Lua no céu e que começa nesta sexta


O fenômeno, que tem previsão para se estender até 2025, poderá ser apreciado de todos os cantos da Terra; última vez que houve registro do fato foi em 2006

Por Redação
Atualização:

O lunistício, fenômeno astronômico que faz parecer que a Lua fica parada no céu, começa a partir da noite desta sexta-feira, 21. O evento não é raro, mas também não acontece com frequência. A última vez que as pessoas puderam observar uma “paralisação lunar”, como o acontecimento passou a ser apelidado, foi há 18 anos, em 2006.

O fenômeno, que tem previsão para se estender até 2025, poderá ser apreciado de todos os cantos da Terra. Mas, a forma de visualização vai diferir entre quem está no hemisfério sul, caso de quem mora do Brasil, para quem se encontra no hemisfério norte. Isso porque a posição da Lua também não será a mesma para as duas partes do planeta.

Lua terá uma trajetória na qual ficará acima do horizonte por mais tempo e atingirá pontos bem altos no céu. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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O fenômeno acontece porque a Lua vai ficar a 28,5º graus ao sul da Linha do Equador. Na prática, o satélite natural vai alcançar os pontos mais extremos em relação à Terra, o que o leva a fazer uma trajetória maior no deslocamento ao redor do nosso planeta. Por esse motivo, ela fica mais visível aos olhos das pessoas e provoca a sensação de que ficou “congelada” no horizonte.

A palavra “istício” - de Lunistício e Solstício - significa “estático” ou “parado”. Mas, não significa que a Lua esteja, de fato, parada no céu.

Rodolfo Langhi, professor e coordenador do Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica o que leva o satélite natural parecer que está “congelado” no céu.

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“Vamos supor que nós acompanhamos todos os dias a lua no horizonte. Vamos perceber que, a cada dia que passa, ela vai nascendo em pontos diferentes. Se a gente acompanhar dia por dia, vamos ver que nasce no leste e vai indo, aos poucos, cada vez mais para direita”, diz o professor.

“Mas, chega um dia que ela vai parar de ir para a direita e, no dia seguinte, ela vai nascer mais para a esquerda. Essa ‘parada’ que ela dá é chamada de lunistício. Mas essa ‘lua parada’ é em relação aos diferentes pontos do horizonte. Não significa que ela esteja, de fato, parada no céu”, completa Langhi.

Hemisférios visualizam o fenômeno astronômico de forma diferente

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Pelo fato da Lua estar mais inclinada ao sul do Equador, a visualização dela será diferente para quem estiver em cada um dos hemisférios.

Os que observarem a partir de países do sul, vão ver a Lua nascer mais cedo e se pôr mais tarde, apresentando uma trajetória na qual ficará acima do horizonte por mais tempo e atingirá pontos bem altos no céu. Já para as pessoas que estiveram na parte norte da Terra, elas verão o satélite natural do nosso planeta ter uma apresentação oposta: atingirá no céu as menores alturas do ano.

“Isso significa que aqui no hemisfério sul, a Lua fica mais tempo acima do horizonte, na qual nasce mais cedo e se põe mais tarde do que no hemisfério norte, onde a Lua nasce mais tarde e se põe mais cedo”, explica Rodolfo Langhi.

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O evento acontece no mesmo momento em que ocorrem os solstícios de Inverno (no hemisfério sul) e de verão (hemisfério norte).

“Acontece que durante os solstícios (entrada do inverno e do verão), no instante do nascer e pôr-do-sol, a linha da eclíptica, no horizonte, aparece o mais afastada possível do ponto cardeal leste e oeste, cerca de 23 graus. Então, quando tivermos uma Lua Cheia por volta desta época, ela nascerá o mais afastada possível destes pontos cardeais”, diz o professor.

A linha eclíptica citado por Langhi é uma linha imaginária “percorrida pelo sol” sob o ponto de vista de quem está na Terra (ou seja, nascendo no leste e se ponto no oeste).

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A Lua, de acordo com o coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp, sempre está bem próxima dessa linha, se afastando apenas 5 graus, por duas vezes durante o mês, uma ao norte e outro ao sul da linha eclíptica.

“Os dois cruzamentos entre o plano da órbita lunar e o plano da órbita terrestre, a eclíptica, se chamam nodos, ou nós. Mas, estes nodos não ficam parados, eles rotacionam lentamente ao longo dos anos”, diz o professor.

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“Como o nodo já está quase atingindo este cruzamento, a Lua Cheia de inverno está bem mais afastada ao sul da eclíptica e, consequentemente, do equador celeste, uns 28,5 graus. Isto se repete a cada 18,6 anos”.

O lunistício, fenômeno astronômico que faz parecer que a Lua fica parada no céu, começa a partir da noite desta sexta-feira, 21. O evento não é raro, mas também não acontece com frequência. A última vez que as pessoas puderam observar uma “paralisação lunar”, como o acontecimento passou a ser apelidado, foi há 18 anos, em 2006.

O fenômeno, que tem previsão para se estender até 2025, poderá ser apreciado de todos os cantos da Terra. Mas, a forma de visualização vai diferir entre quem está no hemisfério sul, caso de quem mora do Brasil, para quem se encontra no hemisfério norte. Isso porque a posição da Lua também não será a mesma para as duas partes do planeta.

Lua terá uma trajetória na qual ficará acima do horizonte por mais tempo e atingirá pontos bem altos no céu. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O fenômeno acontece porque a Lua vai ficar a 28,5º graus ao sul da Linha do Equador. Na prática, o satélite natural vai alcançar os pontos mais extremos em relação à Terra, o que o leva a fazer uma trajetória maior no deslocamento ao redor do nosso planeta. Por esse motivo, ela fica mais visível aos olhos das pessoas e provoca a sensação de que ficou “congelada” no horizonte.

A palavra “istício” - de Lunistício e Solstício - significa “estático” ou “parado”. Mas, não significa que a Lua esteja, de fato, parada no céu.

Rodolfo Langhi, professor e coordenador do Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica o que leva o satélite natural parecer que está “congelado” no céu.

“Vamos supor que nós acompanhamos todos os dias a lua no horizonte. Vamos perceber que, a cada dia que passa, ela vai nascendo em pontos diferentes. Se a gente acompanhar dia por dia, vamos ver que nasce no leste e vai indo, aos poucos, cada vez mais para direita”, diz o professor.

“Mas, chega um dia que ela vai parar de ir para a direita e, no dia seguinte, ela vai nascer mais para a esquerda. Essa ‘parada’ que ela dá é chamada de lunistício. Mas essa ‘lua parada’ é em relação aos diferentes pontos do horizonte. Não significa que ela esteja, de fato, parada no céu”, completa Langhi.

Hemisférios visualizam o fenômeno astronômico de forma diferente

Pelo fato da Lua estar mais inclinada ao sul do Equador, a visualização dela será diferente para quem estiver em cada um dos hemisférios.

Os que observarem a partir de países do sul, vão ver a Lua nascer mais cedo e se pôr mais tarde, apresentando uma trajetória na qual ficará acima do horizonte por mais tempo e atingirá pontos bem altos no céu. Já para as pessoas que estiveram na parte norte da Terra, elas verão o satélite natural do nosso planeta ter uma apresentação oposta: atingirá no céu as menores alturas do ano.

“Isso significa que aqui no hemisfério sul, a Lua fica mais tempo acima do horizonte, na qual nasce mais cedo e se põe mais tarde do que no hemisfério norte, onde a Lua nasce mais tarde e se põe mais cedo”, explica Rodolfo Langhi.

O evento acontece no mesmo momento em que ocorrem os solstícios de Inverno (no hemisfério sul) e de verão (hemisfério norte).

“Acontece que durante os solstícios (entrada do inverno e do verão), no instante do nascer e pôr-do-sol, a linha da eclíptica, no horizonte, aparece o mais afastada possível do ponto cardeal leste e oeste, cerca de 23 graus. Então, quando tivermos uma Lua Cheia por volta desta época, ela nascerá o mais afastada possível destes pontos cardeais”, diz o professor.

A linha eclíptica citado por Langhi é uma linha imaginária “percorrida pelo sol” sob o ponto de vista de quem está na Terra (ou seja, nascendo no leste e se ponto no oeste).

A Lua, de acordo com o coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp, sempre está bem próxima dessa linha, se afastando apenas 5 graus, por duas vezes durante o mês, uma ao norte e outro ao sul da linha eclíptica.

“Os dois cruzamentos entre o plano da órbita lunar e o plano da órbita terrestre, a eclíptica, se chamam nodos, ou nós. Mas, estes nodos não ficam parados, eles rotacionam lentamente ao longo dos anos”, diz o professor.

“Como o nodo já está quase atingindo este cruzamento, a Lua Cheia de inverno está bem mais afastada ao sul da eclíptica e, consequentemente, do equador celeste, uns 28,5 graus. Isto se repete a cada 18,6 anos”.

O lunistício, fenômeno astronômico que faz parecer que a Lua fica parada no céu, começa a partir da noite desta sexta-feira, 21. O evento não é raro, mas também não acontece com frequência. A última vez que as pessoas puderam observar uma “paralisação lunar”, como o acontecimento passou a ser apelidado, foi há 18 anos, em 2006.

O fenômeno, que tem previsão para se estender até 2025, poderá ser apreciado de todos os cantos da Terra. Mas, a forma de visualização vai diferir entre quem está no hemisfério sul, caso de quem mora do Brasil, para quem se encontra no hemisfério norte. Isso porque a posição da Lua também não será a mesma para as duas partes do planeta.

Lua terá uma trajetória na qual ficará acima do horizonte por mais tempo e atingirá pontos bem altos no céu. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O fenômeno acontece porque a Lua vai ficar a 28,5º graus ao sul da Linha do Equador. Na prática, o satélite natural vai alcançar os pontos mais extremos em relação à Terra, o que o leva a fazer uma trajetória maior no deslocamento ao redor do nosso planeta. Por esse motivo, ela fica mais visível aos olhos das pessoas e provoca a sensação de que ficou “congelada” no horizonte.

A palavra “istício” - de Lunistício e Solstício - significa “estático” ou “parado”. Mas, não significa que a Lua esteja, de fato, parada no céu.

Rodolfo Langhi, professor e coordenador do Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica o que leva o satélite natural parecer que está “congelado” no céu.

“Vamos supor que nós acompanhamos todos os dias a lua no horizonte. Vamos perceber que, a cada dia que passa, ela vai nascendo em pontos diferentes. Se a gente acompanhar dia por dia, vamos ver que nasce no leste e vai indo, aos poucos, cada vez mais para direita”, diz o professor.

“Mas, chega um dia que ela vai parar de ir para a direita e, no dia seguinte, ela vai nascer mais para a esquerda. Essa ‘parada’ que ela dá é chamada de lunistício. Mas essa ‘lua parada’ é em relação aos diferentes pontos do horizonte. Não significa que ela esteja, de fato, parada no céu”, completa Langhi.

Hemisférios visualizam o fenômeno astronômico de forma diferente

Pelo fato da Lua estar mais inclinada ao sul do Equador, a visualização dela será diferente para quem estiver em cada um dos hemisférios.

Os que observarem a partir de países do sul, vão ver a Lua nascer mais cedo e se pôr mais tarde, apresentando uma trajetória na qual ficará acima do horizonte por mais tempo e atingirá pontos bem altos no céu. Já para as pessoas que estiveram na parte norte da Terra, elas verão o satélite natural do nosso planeta ter uma apresentação oposta: atingirá no céu as menores alturas do ano.

“Isso significa que aqui no hemisfério sul, a Lua fica mais tempo acima do horizonte, na qual nasce mais cedo e se põe mais tarde do que no hemisfério norte, onde a Lua nasce mais tarde e se põe mais cedo”, explica Rodolfo Langhi.

O evento acontece no mesmo momento em que ocorrem os solstícios de Inverno (no hemisfério sul) e de verão (hemisfério norte).

“Acontece que durante os solstícios (entrada do inverno e do verão), no instante do nascer e pôr-do-sol, a linha da eclíptica, no horizonte, aparece o mais afastada possível do ponto cardeal leste e oeste, cerca de 23 graus. Então, quando tivermos uma Lua Cheia por volta desta época, ela nascerá o mais afastada possível destes pontos cardeais”, diz o professor.

A linha eclíptica citado por Langhi é uma linha imaginária “percorrida pelo sol” sob o ponto de vista de quem está na Terra (ou seja, nascendo no leste e se ponto no oeste).

A Lua, de acordo com o coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp, sempre está bem próxima dessa linha, se afastando apenas 5 graus, por duas vezes durante o mês, uma ao norte e outro ao sul da linha eclíptica.

“Os dois cruzamentos entre o plano da órbita lunar e o plano da órbita terrestre, a eclíptica, se chamam nodos, ou nós. Mas, estes nodos não ficam parados, eles rotacionam lentamente ao longo dos anos”, diz o professor.

“Como o nodo já está quase atingindo este cruzamento, a Lua Cheia de inverno está bem mais afastada ao sul da eclíptica e, consequentemente, do equador celeste, uns 28,5 graus. Isto se repete a cada 18,6 anos”.

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