Polvo-véu: espécie rara é registrada pela primeira vez em Fernando de Noronha; veja vídeo


Imagens foram feitas por pescador na segunda, 4. Pesquisadora Universidade Federal de Santa Catarina aponta que presença do animal vivo é inédita no Brasil e aumenta diversidade da fauna

Por José Maria Tomazela
Atualização:

Um pescador de Fernando de Noronha, na costa de Pernambuco, flagrou uma aparição raríssima nas águas claras do arquipélago do Oceano Atlântico. Erivaldo Alves da Silva, o Nego Noronha, de 47 anos, registrou as evoluções de um polvo-véu, que leva esse nome devido à membrana quase transparente que conecta seus tentáculos.

Segundo pesquisadores, é a primeira vez que o animal, de nome científico Tremoctopus violaceus, é registrado em ilhas oceânicas do Brasil.

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Espécie rara tem membrana quase transparente conectada aos tentáculos

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Por ser de uma família de pescadores tradicionais, Nego Noronha tem autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a captura de polvos. O encontro com o espécime raro aconteceu na segunda-feira, 4.

“Eu mergulhava na Praia do Meio, aqui em Fernando de Noronha, quando vi aquilo. Achei uma coisa estranha de longe, até parecia que o véu dela era uma camisa. Mais perto achei que era uma lula, mas depois que pesquisei, vi que era um polvo raro. Uma fêmea, na verdade”, disse.

Não foi difícil constatar que se tratava de uma fêmea. O polvo-véu é um animal que apresenta um dos maiores dimorfismos de gênero na natureza: enquanto as fêmeas chegam perto de 2 metros de comprimento, os machos não vão muito além de 2,5 centímetros. Apenas as fêmeas têm os tentáculos dorsais e laterais conectados pela membrana transparente.

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Pescador há mais de 30 anos e neto de pescadores, ele já registrou e capturou muitos polvos, mas este foi especial. “Tive a sorte de topar com um animal tão lindo e raro. Ele estava em água rasa e, por sorte, eu estava com minha câmera. Este eu não levei para casa. Depois que fiz os registros, ele seguiu em paz”, disse.

Animal foi encontrado por pescador na segunda-feira, 4 Foto: Reprodução/Negonoronha10/Instagram

Registro faz polvo entrar na lista e aumenta diversidade da fauna

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De acordo com a pesquisadora Tatiana Silva Leite, do Departamento de Zoologia e Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil existem oito espécies de polvos que habitam águas rasas (até 40 metros de profundidade), sendo quatro espécies registradas em Fernando de Noronha: o polvo-de-areia, o polvo-de-dois-ocelos, o polvo-dos-recifes e o polvo-noturno. Ela pesquisa polvos em ilhas oceânicas há 25 anos e esse é o primeiro registro do polvo-véu vivo.

A espécie não estava na lista, justamente porque nunca tinha sido registrada. “Temos registros no Brasil, mas normalmente ele chega morto ou através de identificação em conteúdo estomacal de seus predadores”, explicou. Já houve também relato de outro polvo pelágico, da espécie Argonauta nodosa, mas não houve registro de vídeo para confirmar.

O registro do polvo-véu amplia a biodiversidade de Fernando de Noronha, segundo a pesquisadora. “O registro em vídeo é suficiente para incluir na lista e aumentar a biodiversidade da fauna. Esse é um polvo pelágico (de mar aberto) e provavelmente foi trazido pelas correntes. Pelo vídeo dá para ver que o animal está meio devagar, provavelmente em fim de vida. Esses animais se reproduzem apenas uma vez e morrem. Vida curta e toda energia para uma única reprodução”, disse.

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A reportagem entrou em contato com o ICMBio e aguarda retorno.

Um pescador de Fernando de Noronha, na costa de Pernambuco, flagrou uma aparição raríssima nas águas claras do arquipélago do Oceano Atlântico. Erivaldo Alves da Silva, o Nego Noronha, de 47 anos, registrou as evoluções de um polvo-véu, que leva esse nome devido à membrana quase transparente que conecta seus tentáculos.

Segundo pesquisadores, é a primeira vez que o animal, de nome científico Tremoctopus violaceus, é registrado em ilhas oceânicas do Brasil.

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Espécie rara tem membrana quase transparente conectada aos tentáculos

Por ser de uma família de pescadores tradicionais, Nego Noronha tem autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a captura de polvos. O encontro com o espécime raro aconteceu na segunda-feira, 4.

“Eu mergulhava na Praia do Meio, aqui em Fernando de Noronha, quando vi aquilo. Achei uma coisa estranha de longe, até parecia que o véu dela era uma camisa. Mais perto achei que era uma lula, mas depois que pesquisei, vi que era um polvo raro. Uma fêmea, na verdade”, disse.

Não foi difícil constatar que se tratava de uma fêmea. O polvo-véu é um animal que apresenta um dos maiores dimorfismos de gênero na natureza: enquanto as fêmeas chegam perto de 2 metros de comprimento, os machos não vão muito além de 2,5 centímetros. Apenas as fêmeas têm os tentáculos dorsais e laterais conectados pela membrana transparente.

Pescador há mais de 30 anos e neto de pescadores, ele já registrou e capturou muitos polvos, mas este foi especial. “Tive a sorte de topar com um animal tão lindo e raro. Ele estava em água rasa e, por sorte, eu estava com minha câmera. Este eu não levei para casa. Depois que fiz os registros, ele seguiu em paz”, disse.

Animal foi encontrado por pescador na segunda-feira, 4 Foto: Reprodução/Negonoronha10/Instagram

Registro faz polvo entrar na lista e aumenta diversidade da fauna

De acordo com a pesquisadora Tatiana Silva Leite, do Departamento de Zoologia e Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil existem oito espécies de polvos que habitam águas rasas (até 40 metros de profundidade), sendo quatro espécies registradas em Fernando de Noronha: o polvo-de-areia, o polvo-de-dois-ocelos, o polvo-dos-recifes e o polvo-noturno. Ela pesquisa polvos em ilhas oceânicas há 25 anos e esse é o primeiro registro do polvo-véu vivo.

A espécie não estava na lista, justamente porque nunca tinha sido registrada. “Temos registros no Brasil, mas normalmente ele chega morto ou através de identificação em conteúdo estomacal de seus predadores”, explicou. Já houve também relato de outro polvo pelágico, da espécie Argonauta nodosa, mas não houve registro de vídeo para confirmar.

O registro do polvo-véu amplia a biodiversidade de Fernando de Noronha, segundo a pesquisadora. “O registro em vídeo é suficiente para incluir na lista e aumentar a biodiversidade da fauna. Esse é um polvo pelágico (de mar aberto) e provavelmente foi trazido pelas correntes. Pelo vídeo dá para ver que o animal está meio devagar, provavelmente em fim de vida. Esses animais se reproduzem apenas uma vez e morrem. Vida curta e toda energia para uma única reprodução”, disse.

A reportagem entrou em contato com o ICMBio e aguarda retorno.

Um pescador de Fernando de Noronha, na costa de Pernambuco, flagrou uma aparição raríssima nas águas claras do arquipélago do Oceano Atlântico. Erivaldo Alves da Silva, o Nego Noronha, de 47 anos, registrou as evoluções de um polvo-véu, que leva esse nome devido à membrana quase transparente que conecta seus tentáculos.

Segundo pesquisadores, é a primeira vez que o animal, de nome científico Tremoctopus violaceus, é registrado em ilhas oceânicas do Brasil.

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Espécie rara tem membrana quase transparente conectada aos tentáculos

Por ser de uma família de pescadores tradicionais, Nego Noronha tem autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a captura de polvos. O encontro com o espécime raro aconteceu na segunda-feira, 4.

“Eu mergulhava na Praia do Meio, aqui em Fernando de Noronha, quando vi aquilo. Achei uma coisa estranha de longe, até parecia que o véu dela era uma camisa. Mais perto achei que era uma lula, mas depois que pesquisei, vi que era um polvo raro. Uma fêmea, na verdade”, disse.

Não foi difícil constatar que se tratava de uma fêmea. O polvo-véu é um animal que apresenta um dos maiores dimorfismos de gênero na natureza: enquanto as fêmeas chegam perto de 2 metros de comprimento, os machos não vão muito além de 2,5 centímetros. Apenas as fêmeas têm os tentáculos dorsais e laterais conectados pela membrana transparente.

Pescador há mais de 30 anos e neto de pescadores, ele já registrou e capturou muitos polvos, mas este foi especial. “Tive a sorte de topar com um animal tão lindo e raro. Ele estava em água rasa e, por sorte, eu estava com minha câmera. Este eu não levei para casa. Depois que fiz os registros, ele seguiu em paz”, disse.

Animal foi encontrado por pescador na segunda-feira, 4 Foto: Reprodução/Negonoronha10/Instagram

Registro faz polvo entrar na lista e aumenta diversidade da fauna

De acordo com a pesquisadora Tatiana Silva Leite, do Departamento de Zoologia e Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil existem oito espécies de polvos que habitam águas rasas (até 40 metros de profundidade), sendo quatro espécies registradas em Fernando de Noronha: o polvo-de-areia, o polvo-de-dois-ocelos, o polvo-dos-recifes e o polvo-noturno. Ela pesquisa polvos em ilhas oceânicas há 25 anos e esse é o primeiro registro do polvo-véu vivo.

A espécie não estava na lista, justamente porque nunca tinha sido registrada. “Temos registros no Brasil, mas normalmente ele chega morto ou através de identificação em conteúdo estomacal de seus predadores”, explicou. Já houve também relato de outro polvo pelágico, da espécie Argonauta nodosa, mas não houve registro de vídeo para confirmar.

O registro do polvo-véu amplia a biodiversidade de Fernando de Noronha, segundo a pesquisadora. “O registro em vídeo é suficiente para incluir na lista e aumentar a biodiversidade da fauna. Esse é um polvo pelágico (de mar aberto) e provavelmente foi trazido pelas correntes. Pelo vídeo dá para ver que o animal está meio devagar, provavelmente em fim de vida. Esses animais se reproduzem apenas uma vez e morrem. Vida curta e toda energia para uma única reprodução”, disse.

A reportagem entrou em contato com o ICMBio e aguarda retorno.

Um pescador de Fernando de Noronha, na costa de Pernambuco, flagrou uma aparição raríssima nas águas claras do arquipélago do Oceano Atlântico. Erivaldo Alves da Silva, o Nego Noronha, de 47 anos, registrou as evoluções de um polvo-véu, que leva esse nome devido à membrana quase transparente que conecta seus tentáculos.

Segundo pesquisadores, é a primeira vez que o animal, de nome científico Tremoctopus violaceus, é registrado em ilhas oceânicas do Brasil.

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Por ser de uma família de pescadores tradicionais, Nego Noronha tem autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a captura de polvos. O encontro com o espécime raro aconteceu na segunda-feira, 4.

“Eu mergulhava na Praia do Meio, aqui em Fernando de Noronha, quando vi aquilo. Achei uma coisa estranha de longe, até parecia que o véu dela era uma camisa. Mais perto achei que era uma lula, mas depois que pesquisei, vi que era um polvo raro. Uma fêmea, na verdade”, disse.

Não foi difícil constatar que se tratava de uma fêmea. O polvo-véu é um animal que apresenta um dos maiores dimorfismos de gênero na natureza: enquanto as fêmeas chegam perto de 2 metros de comprimento, os machos não vão muito além de 2,5 centímetros. Apenas as fêmeas têm os tentáculos dorsais e laterais conectados pela membrana transparente.

Pescador há mais de 30 anos e neto de pescadores, ele já registrou e capturou muitos polvos, mas este foi especial. “Tive a sorte de topar com um animal tão lindo e raro. Ele estava em água rasa e, por sorte, eu estava com minha câmera. Este eu não levei para casa. Depois que fiz os registros, ele seguiu em paz”, disse.

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De acordo com a pesquisadora Tatiana Silva Leite, do Departamento de Zoologia e Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil existem oito espécies de polvos que habitam águas rasas (até 40 metros de profundidade), sendo quatro espécies registradas em Fernando de Noronha: o polvo-de-areia, o polvo-de-dois-ocelos, o polvo-dos-recifes e o polvo-noturno. Ela pesquisa polvos em ilhas oceânicas há 25 anos e esse é o primeiro registro do polvo-véu vivo.

A espécie não estava na lista, justamente porque nunca tinha sido registrada. “Temos registros no Brasil, mas normalmente ele chega morto ou através de identificação em conteúdo estomacal de seus predadores”, explicou. Já houve também relato de outro polvo pelágico, da espécie Argonauta nodosa, mas não houve registro de vídeo para confirmar.

O registro do polvo-véu amplia a biodiversidade de Fernando de Noronha, segundo a pesquisadora. “O registro em vídeo é suficiente para incluir na lista e aumentar a biodiversidade da fauna. Esse é um polvo pelágico (de mar aberto) e provavelmente foi trazido pelas correntes. Pelo vídeo dá para ver que o animal está meio devagar, provavelmente em fim de vida. Esses animais se reproduzem apenas uma vez e morrem. Vida curta e toda energia para uma única reprodução”, disse.

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