Por que as mulheres têm um desejo intenso por doces durante a menstruação? Veja o que diz a ciência


Trabalho publicado na ‘Nature Metabolism’ por pesquisadores da Universidade de Tubingen, na Alemanha, revela mecanismos cerebrais que podem explicar a vontade de comer guloseimas

Por Roberta Jansen
Atualização:

Aquela vontade descontrolada de comer doces e carboidratos (ou ambos) que invariavelmente bate pouco antes e durante a menstruação já tem uma explicação científica. Estudo publicado na revista Nature Metabolism por pesquisadores da Universidade de Tubingen, na Alemanha, revela mecanismos cerebrais que podem explicar o desejo intenso por alimentos específicos em determinadas fases do ciclo menstrual.

Um pequeno estudo clínico publicado na semana passada revelou diferenças na sensibilidade à insulina nas diferentes fases do ciclo menstrual. A insulina é um hormônio que regula os níveis de glicose, o metabolismo e a ingestão de alimentos. Por isso, dizem os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado.

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“O cérebro contribui para as mudanças metabólicas e prováveis alterações nos hábitos alimentares ao longo do ciclo menstrual”, afirmou o endocrinologista Martin Heni, da Universidade de Tubingen, principal autor do estudo, em entrevista à Scientific American. “Isso não é algo ruim, é fisiológico. Mas pode explicar o que muitas mulheres nos reportam sobre como elas se sentem ao longo do ciclo menstrual. Esse pode ser o mecanismo responsável.”

A insulina é produzida no pâncreas, mas consegue transpor a barreira hemato-encefálica e alcançar determinadas áreas do cérebro para regular diferentes processos do organismo. Estudos anteriores já tinham revelado que a insulina no cérebro ajuda a suprimir a produção de glicose e estimular sua absorção pelo tecido muscular – indicadores do importante papel do hormônio em gerenciar o metabolismo.

Segundo os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado durante o ciclo menstrual. Foto: Marcos Mendes/Estadão
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Fases do ciclo menstrual

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Em um dos experimentos conduzidos por Heni, foram recrutadas 11 mulheres. Os pesquisadores estudaram as diferenças registradas ao longo do ciclo, na fase folicular, quando o óvulo começa a se preparar para a ovulação, e na fase lútea, que começa logo depois da ovulação e termina quando a menstruação chega.

Os cientistas detectaram grandes diferenças entre as duas fases. Na fase folicular, o cérebro se revelou sensível aos efeitos da insulina. Mas essa sensibilidade tende a desaparecer conforme a mulher entra na segunda fase do ciclo, a lútea, quando se instala uma resistência à insulina.

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A resistência à insulina torna mais difícil a regulação da produção de energia no resto do corpo. Também é possível que essa resistência interfira em outros mecanismos da insulina, como o controle do apetite. Em estudos anteriores, a resistência à insulina já foi relacionada ao aumento do desejo intenso por comida.

Num segundo experimento, dessa vez com 15 mulheres, os cientistas usaram neuroimagem para entender a atividade cerebral ao longo das diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados revelaram um padrão similar de sensibilidade à insulina, especificamente no hipotálamo, uma região do cérebro que atua como um centro de controle para a ingestão de alimentos e o metabolismo.

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Foto: Thaís Lucchetti
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Embora o estudo tenha sido feito com poucas mulheres, as alterações na sensibilidade à insulina registradas ao longo do ciclo menstrual são “impressionantes”, nas palavras do neurocientista Nils Kroemer, da Universidade de Bonn, na Alemanha, que não participou do trabalho, mas escreveu um editorial que acompanhou o estudo na publicação na Nature.

Segundo ele, as descobertas sugerem um mecanismo neuronal que pode explicar os desejos intensos em determinadas fases do ciclo menstrual e apontam para a necessidade da realização de um estudo maior no futuro.

Aquela vontade descontrolada de comer doces e carboidratos (ou ambos) que invariavelmente bate pouco antes e durante a menstruação já tem uma explicação científica. Estudo publicado na revista Nature Metabolism por pesquisadores da Universidade de Tubingen, na Alemanha, revela mecanismos cerebrais que podem explicar o desejo intenso por alimentos específicos em determinadas fases do ciclo menstrual.

Um pequeno estudo clínico publicado na semana passada revelou diferenças na sensibilidade à insulina nas diferentes fases do ciclo menstrual. A insulina é um hormônio que regula os níveis de glicose, o metabolismo e a ingestão de alimentos. Por isso, dizem os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado.

“O cérebro contribui para as mudanças metabólicas e prováveis alterações nos hábitos alimentares ao longo do ciclo menstrual”, afirmou o endocrinologista Martin Heni, da Universidade de Tubingen, principal autor do estudo, em entrevista à Scientific American. “Isso não é algo ruim, é fisiológico. Mas pode explicar o que muitas mulheres nos reportam sobre como elas se sentem ao longo do ciclo menstrual. Esse pode ser o mecanismo responsável.”

A insulina é produzida no pâncreas, mas consegue transpor a barreira hemato-encefálica e alcançar determinadas áreas do cérebro para regular diferentes processos do organismo. Estudos anteriores já tinham revelado que a insulina no cérebro ajuda a suprimir a produção de glicose e estimular sua absorção pelo tecido muscular – indicadores do importante papel do hormônio em gerenciar o metabolismo.

Segundo os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado durante o ciclo menstrual. Foto: Marcos Mendes/Estadão

Fases do ciclo menstrual

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Em um dos experimentos conduzidos por Heni, foram recrutadas 11 mulheres. Os pesquisadores estudaram as diferenças registradas ao longo do ciclo, na fase folicular, quando o óvulo começa a se preparar para a ovulação, e na fase lútea, que começa logo depois da ovulação e termina quando a menstruação chega.

Os cientistas detectaram grandes diferenças entre as duas fases. Na fase folicular, o cérebro se revelou sensível aos efeitos da insulina. Mas essa sensibilidade tende a desaparecer conforme a mulher entra na segunda fase do ciclo, a lútea, quando se instala uma resistência à insulina.

A resistência à insulina torna mais difícil a regulação da produção de energia no resto do corpo. Também é possível que essa resistência interfira em outros mecanismos da insulina, como o controle do apetite. Em estudos anteriores, a resistência à insulina já foi relacionada ao aumento do desejo intenso por comida.

Num segundo experimento, dessa vez com 15 mulheres, os cientistas usaram neuroimagem para entender a atividade cerebral ao longo das diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados revelaram um padrão similar de sensibilidade à insulina, especificamente no hipotálamo, uma região do cérebro que atua como um centro de controle para a ingestão de alimentos e o metabolismo.

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Foto: Thaís Lucchetti

Embora o estudo tenha sido feito com poucas mulheres, as alterações na sensibilidade à insulina registradas ao longo do ciclo menstrual são “impressionantes”, nas palavras do neurocientista Nils Kroemer, da Universidade de Bonn, na Alemanha, que não participou do trabalho, mas escreveu um editorial que acompanhou o estudo na publicação na Nature.

Segundo ele, as descobertas sugerem um mecanismo neuronal que pode explicar os desejos intensos em determinadas fases do ciclo menstrual e apontam para a necessidade da realização de um estudo maior no futuro.

Aquela vontade descontrolada de comer doces e carboidratos (ou ambos) que invariavelmente bate pouco antes e durante a menstruação já tem uma explicação científica. Estudo publicado na revista Nature Metabolism por pesquisadores da Universidade de Tubingen, na Alemanha, revela mecanismos cerebrais que podem explicar o desejo intenso por alimentos específicos em determinadas fases do ciclo menstrual.

Um pequeno estudo clínico publicado na semana passada revelou diferenças na sensibilidade à insulina nas diferentes fases do ciclo menstrual. A insulina é um hormônio que regula os níveis de glicose, o metabolismo e a ingestão de alimentos. Por isso, dizem os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado.

“O cérebro contribui para as mudanças metabólicas e prováveis alterações nos hábitos alimentares ao longo do ciclo menstrual”, afirmou o endocrinologista Martin Heni, da Universidade de Tubingen, principal autor do estudo, em entrevista à Scientific American. “Isso não é algo ruim, é fisiológico. Mas pode explicar o que muitas mulheres nos reportam sobre como elas se sentem ao longo do ciclo menstrual. Esse pode ser o mecanismo responsável.”

A insulina é produzida no pâncreas, mas consegue transpor a barreira hemato-encefálica e alcançar determinadas áreas do cérebro para regular diferentes processos do organismo. Estudos anteriores já tinham revelado que a insulina no cérebro ajuda a suprimir a produção de glicose e estimular sua absorção pelo tecido muscular – indicadores do importante papel do hormônio em gerenciar o metabolismo.

Segundo os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado durante o ciclo menstrual. Foto: Marcos Mendes/Estadão

Fases do ciclo menstrual

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Em um dos experimentos conduzidos por Heni, foram recrutadas 11 mulheres. Os pesquisadores estudaram as diferenças registradas ao longo do ciclo, na fase folicular, quando o óvulo começa a se preparar para a ovulação, e na fase lútea, que começa logo depois da ovulação e termina quando a menstruação chega.

Os cientistas detectaram grandes diferenças entre as duas fases. Na fase folicular, o cérebro se revelou sensível aos efeitos da insulina. Mas essa sensibilidade tende a desaparecer conforme a mulher entra na segunda fase do ciclo, a lútea, quando se instala uma resistência à insulina.

A resistência à insulina torna mais difícil a regulação da produção de energia no resto do corpo. Também é possível que essa resistência interfira em outros mecanismos da insulina, como o controle do apetite. Em estudos anteriores, a resistência à insulina já foi relacionada ao aumento do desejo intenso por comida.

Num segundo experimento, dessa vez com 15 mulheres, os cientistas usaram neuroimagem para entender a atividade cerebral ao longo das diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados revelaram um padrão similar de sensibilidade à insulina, especificamente no hipotálamo, uma região do cérebro que atua como um centro de controle para a ingestão de alimentos e o metabolismo.

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Foto: Thaís Lucchetti

Embora o estudo tenha sido feito com poucas mulheres, as alterações na sensibilidade à insulina registradas ao longo do ciclo menstrual são “impressionantes”, nas palavras do neurocientista Nils Kroemer, da Universidade de Bonn, na Alemanha, que não participou do trabalho, mas escreveu um editorial que acompanhou o estudo na publicação na Nature.

Segundo ele, as descobertas sugerem um mecanismo neuronal que pode explicar os desejos intensos em determinadas fases do ciclo menstrual e apontam para a necessidade da realização de um estudo maior no futuro.

Aquela vontade descontrolada de comer doces e carboidratos (ou ambos) que invariavelmente bate pouco antes e durante a menstruação já tem uma explicação científica. Estudo publicado na revista Nature Metabolism por pesquisadores da Universidade de Tubingen, na Alemanha, revela mecanismos cerebrais que podem explicar o desejo intenso por alimentos específicos em determinadas fases do ciclo menstrual.

Um pequeno estudo clínico publicado na semana passada revelou diferenças na sensibilidade à insulina nas diferentes fases do ciclo menstrual. A insulina é um hormônio que regula os níveis de glicose, o metabolismo e a ingestão de alimentos. Por isso, dizem os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado.

“O cérebro contribui para as mudanças metabólicas e prováveis alterações nos hábitos alimentares ao longo do ciclo menstrual”, afirmou o endocrinologista Martin Heni, da Universidade de Tubingen, principal autor do estudo, em entrevista à Scientific American. “Isso não é algo ruim, é fisiológico. Mas pode explicar o que muitas mulheres nos reportam sobre como elas se sentem ao longo do ciclo menstrual. Esse pode ser o mecanismo responsável.”

A insulina é produzida no pâncreas, mas consegue transpor a barreira hemato-encefálica e alcançar determinadas áreas do cérebro para regular diferentes processos do organismo. Estudos anteriores já tinham revelado que a insulina no cérebro ajuda a suprimir a produção de glicose e estimular sua absorção pelo tecido muscular – indicadores do importante papel do hormônio em gerenciar o metabolismo.

Segundo os cientistas, um aumento da sensibilidade à insulina pode explicar o apetite descontrolado durante o ciclo menstrual. Foto: Marcos Mendes/Estadão

Fases do ciclo menstrual

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Em um dos experimentos conduzidos por Heni, foram recrutadas 11 mulheres. Os pesquisadores estudaram as diferenças registradas ao longo do ciclo, na fase folicular, quando o óvulo começa a se preparar para a ovulação, e na fase lútea, que começa logo depois da ovulação e termina quando a menstruação chega.

Os cientistas detectaram grandes diferenças entre as duas fases. Na fase folicular, o cérebro se revelou sensível aos efeitos da insulina. Mas essa sensibilidade tende a desaparecer conforme a mulher entra na segunda fase do ciclo, a lútea, quando se instala uma resistência à insulina.

A resistência à insulina torna mais difícil a regulação da produção de energia no resto do corpo. Também é possível que essa resistência interfira em outros mecanismos da insulina, como o controle do apetite. Em estudos anteriores, a resistência à insulina já foi relacionada ao aumento do desejo intenso por comida.

Num segundo experimento, dessa vez com 15 mulheres, os cientistas usaram neuroimagem para entender a atividade cerebral ao longo das diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados revelaram um padrão similar de sensibilidade à insulina, especificamente no hipotálamo, uma região do cérebro que atua como um centro de controle para a ingestão de alimentos e o metabolismo.

Como os hormônios sexuais flutuam ao longo do ciclo menstrual, há diferenças no metabolismo da glicose nas pessoas que menstruam. Foto: Thaís Lucchetti

Embora o estudo tenha sido feito com poucas mulheres, as alterações na sensibilidade à insulina registradas ao longo do ciclo menstrual são “impressionantes”, nas palavras do neurocientista Nils Kroemer, da Universidade de Bonn, na Alemanha, que não participou do trabalho, mas escreveu um editorial que acompanhou o estudo na publicação na Nature.

Segundo ele, as descobertas sugerem um mecanismo neuronal que pode explicar os desejos intensos em determinadas fases do ciclo menstrual e apontam para a necessidade da realização de um estudo maior no futuro.

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