Por que é tão difícil estudar os pensamentos de chimpanzés e outros macacos?


Esse campo de investigação só vai progredir de modo significativo se um dia os cientistas conseguirem criar uma linguagem com a qual possamos nos comunicar com os primatas

Por Fernando Reinach
Atualização:

A complexa interação social entre seres humanos só existe porque somos capazes de reconhecer a face de outras pessoas. E associamos a cada face as experiências que vivenciamos com aquela pessoa. Reconhecemos amigos, inimigos, parentes, chefes e subordinados.

Sem essa capacidade, é difícil imaginar como nossas interações sociais seriam. Crianças desenvolvem essa capacidade muito cedo. Se mostrarmos a uma criança de poucos meses uma foto da mãe junto à foto de outra mulher, ela vai focar seu olhar na mãe por muito mais tempo.

Estudo da memória dos macacos foi feito com o uso de imagens de animais com os quais eles já haviam convivido Foto: Felipe Rau/Estadão
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Mas será que o reconhecimento facial também existe em nossos primos, os chimpanzés e bonobos, que apesar de não terem linguagem sofisticada possuem uma rica vida social? Enquanto em humanos basta perguntar à pessoa se ela reconhece uma fotografia, isso fica muito mais difícil em primatas. Mas um trabalho recém-publicado mostra que, de fato, eles reconhecem faces.

Foram estudados 26 animais de 2 a 46 anos de idade que vivem em três zoológicos: no de Edimburgo, no Santuário de Kumamoto no Japão, e no zoológico de Planckendael na Bélgica. Todos os animais haviam convivido no passado com outros animais da mesma espécie, dos quais haviam sido separados por diversos motivos.

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O tempo de separação variava de alguns meses até mais de 25 anos, como no caso de duas irmãs que haviam sido separadas na infância. Esse estudo só foi possível porque esses zoológicos possuem retratos padronizados das faces de todos os animais que passaram por lá.

Em cada zoológico, do lado de fora da grade que separava o animal dos cientistas, foi instalada uma tela de televisão. Exatamente na frente da tela, um pequeno tubo passava pela grade e os macacos podiam se aproximar e tomar suco de laranja chupando o tubo. Esse truque fazia com que o animal se posicionasse na frente da tela.

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Nessa tela eram mostradas, lado a lado, duas imagens de faces de macacos. Uma era da face de um macaco com o qual o animal já havia interagido no passado, e a outra de um macaco com o qual ele nunca havia convivido. Cada vez que o macaco se aproximava para tomar um gole de suco, as duas imagens eram mostradas simultaneamente por apenas 3 segundos.

Embaixo da tela foi instalada uma câmara capaz de detectar o movimento dos olhos do animal e, portanto, determinar para qual das duas fotografias o macaco dirigia seus olhos, e por quanto tempo ele olhava cada uma das fotos.

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Em cada caso, foi possível comparar o tempo que o macaco olhava para a face conhecida e para a face desconhecida. Como controle, foram mostrados pares de fotos em que as duas fotos eram de desconhecidos. Em todos pares as fotos eram de macacos do mesmo sexo e da mesma espécie.

Os 26 animais avaliaram mais de 150 pares de fotos. Nos casos em que as duas fotos eram de animais desconhecidos, os animais sempre olhavam para cada uma das fotos, mas o tempo que os macacos direcionavam sua visão para cada fato era o mesmo. Já quando uma das fotos era de um animal que haviam convivido no passado, olhavam por mais tempo para a foto do animal com o qual haviam convivido.

Esse tempo a mais chega a 100 milissegundos. Apesar do tempo a mais que o animal observa a foto de um conhecido ser pequeno, é estatisticamente significante. O interessante é que esse tempo a mais, dedicado a um conhecido, é o mesmo independentemente do tempo em que os animais ficaram separados desde que se conheceram. Ou seja, a memória de uma face conhecida é de longa duração.

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Esse resultado indica que uma face já conhecida chama mais a atenção, o que implica que ela foi reconhecida. Infelizmente, por não podermos conversar com esses animais, não é possível saber que memórias esse reconhecimento desperta nos nossos primos.

Será que é somente uma lembrança vaga ou desperta memórias vívidas das interações de afeto, amor ou ódio? Os cientistas até tentaram medir se o tempo a mais dedicado a faces conhecidas era maior quanto mais próxima havia sido a relação entre o macaco testado e o da fotografia. Mas, se existe uma diferença, ela é muito pequena para ser detectada.

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Esse resultado demonstra pela primeira vez que chimpanzés e bonobos, os animais mais semelhantes a nós, são capazes de lembrar da face de animais com os quais conviveram. Mas, infelizmente, eles também demonstram quão difícil é investigar os pensamentos que passam pela cabeça desses nossos parentes.

Me parece que esse campo de investigação só vai progredir de maneira significativa se um dia conseguirmos criar uma linguagem com a qual possamos nos comunicar com os macacos. Aí sim a vida desses cientistas vai ficar divertida.

Mais informações: Bonobos and chimpanzees remember familiar conspecifics for decades. PNAS https://doi.org/10.1073/pnas.2304903120  2023

A complexa interação social entre seres humanos só existe porque somos capazes de reconhecer a face de outras pessoas. E associamos a cada face as experiências que vivenciamos com aquela pessoa. Reconhecemos amigos, inimigos, parentes, chefes e subordinados.

Sem essa capacidade, é difícil imaginar como nossas interações sociais seriam. Crianças desenvolvem essa capacidade muito cedo. Se mostrarmos a uma criança de poucos meses uma foto da mãe junto à foto de outra mulher, ela vai focar seu olhar na mãe por muito mais tempo.

Estudo da memória dos macacos foi feito com o uso de imagens de animais com os quais eles já haviam convivido Foto: Felipe Rau/Estadão

Mas será que o reconhecimento facial também existe em nossos primos, os chimpanzés e bonobos, que apesar de não terem linguagem sofisticada possuem uma rica vida social? Enquanto em humanos basta perguntar à pessoa se ela reconhece uma fotografia, isso fica muito mais difícil em primatas. Mas um trabalho recém-publicado mostra que, de fato, eles reconhecem faces.

Foram estudados 26 animais de 2 a 46 anos de idade que vivem em três zoológicos: no de Edimburgo, no Santuário de Kumamoto no Japão, e no zoológico de Planckendael na Bélgica. Todos os animais haviam convivido no passado com outros animais da mesma espécie, dos quais haviam sido separados por diversos motivos.

O tempo de separação variava de alguns meses até mais de 25 anos, como no caso de duas irmãs que haviam sido separadas na infância. Esse estudo só foi possível porque esses zoológicos possuem retratos padronizados das faces de todos os animais que passaram por lá.

Em cada zoológico, do lado de fora da grade que separava o animal dos cientistas, foi instalada uma tela de televisão. Exatamente na frente da tela, um pequeno tubo passava pela grade e os macacos podiam se aproximar e tomar suco de laranja chupando o tubo. Esse truque fazia com que o animal se posicionasse na frente da tela.

Nessa tela eram mostradas, lado a lado, duas imagens de faces de macacos. Uma era da face de um macaco com o qual o animal já havia interagido no passado, e a outra de um macaco com o qual ele nunca havia convivido. Cada vez que o macaco se aproximava para tomar um gole de suco, as duas imagens eram mostradas simultaneamente por apenas 3 segundos.

Embaixo da tela foi instalada uma câmara capaz de detectar o movimento dos olhos do animal e, portanto, determinar para qual das duas fotografias o macaco dirigia seus olhos, e por quanto tempo ele olhava cada uma das fotos.

Em cada caso, foi possível comparar o tempo que o macaco olhava para a face conhecida e para a face desconhecida. Como controle, foram mostrados pares de fotos em que as duas fotos eram de desconhecidos. Em todos pares as fotos eram de macacos do mesmo sexo e da mesma espécie.

Os 26 animais avaliaram mais de 150 pares de fotos. Nos casos em que as duas fotos eram de animais desconhecidos, os animais sempre olhavam para cada uma das fotos, mas o tempo que os macacos direcionavam sua visão para cada fato era o mesmo. Já quando uma das fotos era de um animal que haviam convivido no passado, olhavam por mais tempo para a foto do animal com o qual haviam convivido.

Esse tempo a mais chega a 100 milissegundos. Apesar do tempo a mais que o animal observa a foto de um conhecido ser pequeno, é estatisticamente significante. O interessante é que esse tempo a mais, dedicado a um conhecido, é o mesmo independentemente do tempo em que os animais ficaram separados desde que se conheceram. Ou seja, a memória de uma face conhecida é de longa duração.

Esse resultado indica que uma face já conhecida chama mais a atenção, o que implica que ela foi reconhecida. Infelizmente, por não podermos conversar com esses animais, não é possível saber que memórias esse reconhecimento desperta nos nossos primos.

Será que é somente uma lembrança vaga ou desperta memórias vívidas das interações de afeto, amor ou ódio? Os cientistas até tentaram medir se o tempo a mais dedicado a faces conhecidas era maior quanto mais próxima havia sido a relação entre o macaco testado e o da fotografia. Mas, se existe uma diferença, ela é muito pequena para ser detectada.

Esse resultado demonstra pela primeira vez que chimpanzés e bonobos, os animais mais semelhantes a nós, são capazes de lembrar da face de animais com os quais conviveram. Mas, infelizmente, eles também demonstram quão difícil é investigar os pensamentos que passam pela cabeça desses nossos parentes.

Me parece que esse campo de investigação só vai progredir de maneira significativa se um dia conseguirmos criar uma linguagem com a qual possamos nos comunicar com os macacos. Aí sim a vida desses cientistas vai ficar divertida.

Mais informações: Bonobos and chimpanzees remember familiar conspecifics for decades. PNAS https://doi.org/10.1073/pnas.2304903120  2023

A complexa interação social entre seres humanos só existe porque somos capazes de reconhecer a face de outras pessoas. E associamos a cada face as experiências que vivenciamos com aquela pessoa. Reconhecemos amigos, inimigos, parentes, chefes e subordinados.

Sem essa capacidade, é difícil imaginar como nossas interações sociais seriam. Crianças desenvolvem essa capacidade muito cedo. Se mostrarmos a uma criança de poucos meses uma foto da mãe junto à foto de outra mulher, ela vai focar seu olhar na mãe por muito mais tempo.

Estudo da memória dos macacos foi feito com o uso de imagens de animais com os quais eles já haviam convivido Foto: Felipe Rau/Estadão

Mas será que o reconhecimento facial também existe em nossos primos, os chimpanzés e bonobos, que apesar de não terem linguagem sofisticada possuem uma rica vida social? Enquanto em humanos basta perguntar à pessoa se ela reconhece uma fotografia, isso fica muito mais difícil em primatas. Mas um trabalho recém-publicado mostra que, de fato, eles reconhecem faces.

Foram estudados 26 animais de 2 a 46 anos de idade que vivem em três zoológicos: no de Edimburgo, no Santuário de Kumamoto no Japão, e no zoológico de Planckendael na Bélgica. Todos os animais haviam convivido no passado com outros animais da mesma espécie, dos quais haviam sido separados por diversos motivos.

O tempo de separação variava de alguns meses até mais de 25 anos, como no caso de duas irmãs que haviam sido separadas na infância. Esse estudo só foi possível porque esses zoológicos possuem retratos padronizados das faces de todos os animais que passaram por lá.

Em cada zoológico, do lado de fora da grade que separava o animal dos cientistas, foi instalada uma tela de televisão. Exatamente na frente da tela, um pequeno tubo passava pela grade e os macacos podiam se aproximar e tomar suco de laranja chupando o tubo. Esse truque fazia com que o animal se posicionasse na frente da tela.

Nessa tela eram mostradas, lado a lado, duas imagens de faces de macacos. Uma era da face de um macaco com o qual o animal já havia interagido no passado, e a outra de um macaco com o qual ele nunca havia convivido. Cada vez que o macaco se aproximava para tomar um gole de suco, as duas imagens eram mostradas simultaneamente por apenas 3 segundos.

Embaixo da tela foi instalada uma câmara capaz de detectar o movimento dos olhos do animal e, portanto, determinar para qual das duas fotografias o macaco dirigia seus olhos, e por quanto tempo ele olhava cada uma das fotos.

Em cada caso, foi possível comparar o tempo que o macaco olhava para a face conhecida e para a face desconhecida. Como controle, foram mostrados pares de fotos em que as duas fotos eram de desconhecidos. Em todos pares as fotos eram de macacos do mesmo sexo e da mesma espécie.

Os 26 animais avaliaram mais de 150 pares de fotos. Nos casos em que as duas fotos eram de animais desconhecidos, os animais sempre olhavam para cada uma das fotos, mas o tempo que os macacos direcionavam sua visão para cada fato era o mesmo. Já quando uma das fotos era de um animal que haviam convivido no passado, olhavam por mais tempo para a foto do animal com o qual haviam convivido.

Esse tempo a mais chega a 100 milissegundos. Apesar do tempo a mais que o animal observa a foto de um conhecido ser pequeno, é estatisticamente significante. O interessante é que esse tempo a mais, dedicado a um conhecido, é o mesmo independentemente do tempo em que os animais ficaram separados desde que se conheceram. Ou seja, a memória de uma face conhecida é de longa duração.

Esse resultado indica que uma face já conhecida chama mais a atenção, o que implica que ela foi reconhecida. Infelizmente, por não podermos conversar com esses animais, não é possível saber que memórias esse reconhecimento desperta nos nossos primos.

Será que é somente uma lembrança vaga ou desperta memórias vívidas das interações de afeto, amor ou ódio? Os cientistas até tentaram medir se o tempo a mais dedicado a faces conhecidas era maior quanto mais próxima havia sido a relação entre o macaco testado e o da fotografia. Mas, se existe uma diferença, ela é muito pequena para ser detectada.

Esse resultado demonstra pela primeira vez que chimpanzés e bonobos, os animais mais semelhantes a nós, são capazes de lembrar da face de animais com os quais conviveram. Mas, infelizmente, eles também demonstram quão difícil é investigar os pensamentos que passam pela cabeça desses nossos parentes.

Me parece que esse campo de investigação só vai progredir de maneira significativa se um dia conseguirmos criar uma linguagem com a qual possamos nos comunicar com os macacos. Aí sim a vida desses cientistas vai ficar divertida.

Mais informações: Bonobos and chimpanzees remember familiar conspecifics for decades. PNAS https://doi.org/10.1073/pnas.2304903120  2023

A complexa interação social entre seres humanos só existe porque somos capazes de reconhecer a face de outras pessoas. E associamos a cada face as experiências que vivenciamos com aquela pessoa. Reconhecemos amigos, inimigos, parentes, chefes e subordinados.

Sem essa capacidade, é difícil imaginar como nossas interações sociais seriam. Crianças desenvolvem essa capacidade muito cedo. Se mostrarmos a uma criança de poucos meses uma foto da mãe junto à foto de outra mulher, ela vai focar seu olhar na mãe por muito mais tempo.

Estudo da memória dos macacos foi feito com o uso de imagens de animais com os quais eles já haviam convivido Foto: Felipe Rau/Estadão

Mas será que o reconhecimento facial também existe em nossos primos, os chimpanzés e bonobos, que apesar de não terem linguagem sofisticada possuem uma rica vida social? Enquanto em humanos basta perguntar à pessoa se ela reconhece uma fotografia, isso fica muito mais difícil em primatas. Mas um trabalho recém-publicado mostra que, de fato, eles reconhecem faces.

Foram estudados 26 animais de 2 a 46 anos de idade que vivem em três zoológicos: no de Edimburgo, no Santuário de Kumamoto no Japão, e no zoológico de Planckendael na Bélgica. Todos os animais haviam convivido no passado com outros animais da mesma espécie, dos quais haviam sido separados por diversos motivos.

O tempo de separação variava de alguns meses até mais de 25 anos, como no caso de duas irmãs que haviam sido separadas na infância. Esse estudo só foi possível porque esses zoológicos possuem retratos padronizados das faces de todos os animais que passaram por lá.

Em cada zoológico, do lado de fora da grade que separava o animal dos cientistas, foi instalada uma tela de televisão. Exatamente na frente da tela, um pequeno tubo passava pela grade e os macacos podiam se aproximar e tomar suco de laranja chupando o tubo. Esse truque fazia com que o animal se posicionasse na frente da tela.

Nessa tela eram mostradas, lado a lado, duas imagens de faces de macacos. Uma era da face de um macaco com o qual o animal já havia interagido no passado, e a outra de um macaco com o qual ele nunca havia convivido. Cada vez que o macaco se aproximava para tomar um gole de suco, as duas imagens eram mostradas simultaneamente por apenas 3 segundos.

Embaixo da tela foi instalada uma câmara capaz de detectar o movimento dos olhos do animal e, portanto, determinar para qual das duas fotografias o macaco dirigia seus olhos, e por quanto tempo ele olhava cada uma das fotos.

Em cada caso, foi possível comparar o tempo que o macaco olhava para a face conhecida e para a face desconhecida. Como controle, foram mostrados pares de fotos em que as duas fotos eram de desconhecidos. Em todos pares as fotos eram de macacos do mesmo sexo e da mesma espécie.

Os 26 animais avaliaram mais de 150 pares de fotos. Nos casos em que as duas fotos eram de animais desconhecidos, os animais sempre olhavam para cada uma das fotos, mas o tempo que os macacos direcionavam sua visão para cada fato era o mesmo. Já quando uma das fotos era de um animal que haviam convivido no passado, olhavam por mais tempo para a foto do animal com o qual haviam convivido.

Esse tempo a mais chega a 100 milissegundos. Apesar do tempo a mais que o animal observa a foto de um conhecido ser pequeno, é estatisticamente significante. O interessante é que esse tempo a mais, dedicado a um conhecido, é o mesmo independentemente do tempo em que os animais ficaram separados desde que se conheceram. Ou seja, a memória de uma face conhecida é de longa duração.

Esse resultado indica que uma face já conhecida chama mais a atenção, o que implica que ela foi reconhecida. Infelizmente, por não podermos conversar com esses animais, não é possível saber que memórias esse reconhecimento desperta nos nossos primos.

Será que é somente uma lembrança vaga ou desperta memórias vívidas das interações de afeto, amor ou ódio? Os cientistas até tentaram medir se o tempo a mais dedicado a faces conhecidas era maior quanto mais próxima havia sido a relação entre o macaco testado e o da fotografia. Mas, se existe uma diferença, ela é muito pequena para ser detectada.

Esse resultado demonstra pela primeira vez que chimpanzés e bonobos, os animais mais semelhantes a nós, são capazes de lembrar da face de animais com os quais conviveram. Mas, infelizmente, eles também demonstram quão difícil é investigar os pensamentos que passam pela cabeça desses nossos parentes.

Me parece que esse campo de investigação só vai progredir de maneira significativa se um dia conseguirmos criar uma linguagem com a qual possamos nos comunicar com os macacos. Aí sim a vida desses cientistas vai ficar divertida.

Mais informações: Bonobos and chimpanzees remember familiar conspecifics for decades. PNAS https://doi.org/10.1073/pnas.2304903120  2023

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