Por que material recolhido por sonda chinesa pode ajudar a entender a formação da Lua?


Estudo identificou a presença de um mineral inédito encontrado na superfície do satélite natural da Terra

Por Caio Possati
Atualização:

Novas descobertas feitas por cientistas da Academia Chinesa de Ciências sobre a composição do solo lunar podem dar pistas sobre a história da formação da Lua. Um experimento chinês, cujos resultados foram divulgados na revista científica Matter and Radiation at Extremes, na última terça, 6, indicou a presença do Changesite (Y), mineral inédito encontrado na superfície do satélite natural da Terra, e também uma composição de tipos de sílica, até então desconhecida.

O experimento começou em 2020, quando a China enviou para a Lua a espaçonave Chang’e-5, que coletou amostras de 1,73 kg de regolito (materiais da superfície lunar) diretamente de crateras do hemisfério norte do satélite.

As crateras da Lua são formadas historicamente pelos impactos dos asteroides e cometas que se chocam, em alta velocidade e em temperaturas elevadas, contra a superfície lunar. Como os impactos deixam marcas e provocam mudanças na consistência do solo da Lua, uma forma de se investigar o passado do satélite natural da Terra é a partir da análise da composição e das origens deste regolito.

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Cientistas chineses fazem descobertas que são pistas sobre o passado de formação da Lua. Foto: Alex Silva/Estadão

A análise mostrou que os impactos desses asteroides provocaram mudanças de temperatura e pressão nas rochas lunares, compostas por diferentes tipos de polimorfos sílica, como stishovita e a seifertita. Porém, o que surpreendeu os pesquisadores chineses foi a presença desses dois minerais em coexistência na amostra coletada pela Chang’e-5. E, segundo os cientistas, essa composição é mais comum de ser encontrada em pressões muito mais altas do que aquela onde a amostra foi colhida.

“Embora a superfície lunar seja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”, disse um dos autores do estudo, Wei Du. “Uma das possíveis explicações para isso é que a maioria dos minerais de alta pressão são instáveis em altas temperaturas. Portanto, aqueles formados durante o impacto poderiam ter experimentado um processo retrógrado.”

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Para os pesquisadores, a seifertita existe como uma fase intermediária entre a stishovita, e um terceiro polimorfo de sílica, a-cristobalita, que também foi encontrada na amostra de regolito e pode ter sido fundamental para essa composição incomum dos mineiros. “Em outras palavras, a seifertita poderia se formar a partir de a-cristobalita durante o processo de compressão, e parte da amostra se transforma em estishovita durante o processo subsequente de aumento da temperatura”, sugere Du.

Além disso, a equipe também identificou na amostra um mineral inédito em terreno lunar: a hangesita-(Y), que pertence ao grupo dos fosfatos, e que foi batizado com este nome em homenagem à divindade chinesa ligada à Lua. Os pesquisadores descreveram o material como uma espécie de “cristal colunar transparente e incolor”, e resultado de “uma combinação desconcertante de minerais de sílica”.

Os pesquisadores estimam que a colisão que resultou na amostra teve um impacto de pressão de 40 GPa, uma duração de 0,1 a 1,0 segundo, e pode provocou uma cratera cujo tamanho pode variar de 3 a 32 quilômetros, a depender do ângulo do choque.

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Novas descobertas feitas por cientistas da Academia Chinesa de Ciências sobre a composição do solo lunar podem dar pistas sobre a história da formação da Lua. Um experimento chinês, cujos resultados foram divulgados na revista científica Matter and Radiation at Extremes, na última terça, 6, indicou a presença do Changesite (Y), mineral inédito encontrado na superfície do satélite natural da Terra, e também uma composição de tipos de sílica, até então desconhecida.

O experimento começou em 2020, quando a China enviou para a Lua a espaçonave Chang’e-5, que coletou amostras de 1,73 kg de regolito (materiais da superfície lunar) diretamente de crateras do hemisfério norte do satélite.

As crateras da Lua são formadas historicamente pelos impactos dos asteroides e cometas que se chocam, em alta velocidade e em temperaturas elevadas, contra a superfície lunar. Como os impactos deixam marcas e provocam mudanças na consistência do solo da Lua, uma forma de se investigar o passado do satélite natural da Terra é a partir da análise da composição e das origens deste regolito.

Cientistas chineses fazem descobertas que são pistas sobre o passado de formação da Lua. Foto: Alex Silva/Estadão

A análise mostrou que os impactos desses asteroides provocaram mudanças de temperatura e pressão nas rochas lunares, compostas por diferentes tipos de polimorfos sílica, como stishovita e a seifertita. Porém, o que surpreendeu os pesquisadores chineses foi a presença desses dois minerais em coexistência na amostra coletada pela Chang’e-5. E, segundo os cientistas, essa composição é mais comum de ser encontrada em pressões muito mais altas do que aquela onde a amostra foi colhida.

“Embora a superfície lunar seja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”, disse um dos autores do estudo, Wei Du. “Uma das possíveis explicações para isso é que a maioria dos minerais de alta pressão são instáveis em altas temperaturas. Portanto, aqueles formados durante o impacto poderiam ter experimentado um processo retrógrado.”

Para os pesquisadores, a seifertita existe como uma fase intermediária entre a stishovita, e um terceiro polimorfo de sílica, a-cristobalita, que também foi encontrada na amostra de regolito e pode ter sido fundamental para essa composição incomum dos mineiros. “Em outras palavras, a seifertita poderia se formar a partir de a-cristobalita durante o processo de compressão, e parte da amostra se transforma em estishovita durante o processo subsequente de aumento da temperatura”, sugere Du.

Além disso, a equipe também identificou na amostra um mineral inédito em terreno lunar: a hangesita-(Y), que pertence ao grupo dos fosfatos, e que foi batizado com este nome em homenagem à divindade chinesa ligada à Lua. Os pesquisadores descreveram o material como uma espécie de “cristal colunar transparente e incolor”, e resultado de “uma combinação desconcertante de minerais de sílica”.

Os pesquisadores estimam que a colisão que resultou na amostra teve um impacto de pressão de 40 GPa, uma duração de 0,1 a 1,0 segundo, e pode provocou uma cratera cujo tamanho pode variar de 3 a 32 quilômetros, a depender do ângulo do choque.

Novas descobertas feitas por cientistas da Academia Chinesa de Ciências sobre a composição do solo lunar podem dar pistas sobre a história da formação da Lua. Um experimento chinês, cujos resultados foram divulgados na revista científica Matter and Radiation at Extremes, na última terça, 6, indicou a presença do Changesite (Y), mineral inédito encontrado na superfície do satélite natural da Terra, e também uma composição de tipos de sílica, até então desconhecida.

O experimento começou em 2020, quando a China enviou para a Lua a espaçonave Chang’e-5, que coletou amostras de 1,73 kg de regolito (materiais da superfície lunar) diretamente de crateras do hemisfério norte do satélite.

As crateras da Lua são formadas historicamente pelos impactos dos asteroides e cometas que se chocam, em alta velocidade e em temperaturas elevadas, contra a superfície lunar. Como os impactos deixam marcas e provocam mudanças na consistência do solo da Lua, uma forma de se investigar o passado do satélite natural da Terra é a partir da análise da composição e das origens deste regolito.

Cientistas chineses fazem descobertas que são pistas sobre o passado de formação da Lua. Foto: Alex Silva/Estadão

A análise mostrou que os impactos desses asteroides provocaram mudanças de temperatura e pressão nas rochas lunares, compostas por diferentes tipos de polimorfos sílica, como stishovita e a seifertita. Porém, o que surpreendeu os pesquisadores chineses foi a presença desses dois minerais em coexistência na amostra coletada pela Chang’e-5. E, segundo os cientistas, essa composição é mais comum de ser encontrada em pressões muito mais altas do que aquela onde a amostra foi colhida.

“Embora a superfície lunar seja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”, disse um dos autores do estudo, Wei Du. “Uma das possíveis explicações para isso é que a maioria dos minerais de alta pressão são instáveis em altas temperaturas. Portanto, aqueles formados durante o impacto poderiam ter experimentado um processo retrógrado.”

Para os pesquisadores, a seifertita existe como uma fase intermediária entre a stishovita, e um terceiro polimorfo de sílica, a-cristobalita, que também foi encontrada na amostra de regolito e pode ter sido fundamental para essa composição incomum dos mineiros. “Em outras palavras, a seifertita poderia se formar a partir de a-cristobalita durante o processo de compressão, e parte da amostra se transforma em estishovita durante o processo subsequente de aumento da temperatura”, sugere Du.

Além disso, a equipe também identificou na amostra um mineral inédito em terreno lunar: a hangesita-(Y), que pertence ao grupo dos fosfatos, e que foi batizado com este nome em homenagem à divindade chinesa ligada à Lua. Os pesquisadores descreveram o material como uma espécie de “cristal colunar transparente e incolor”, e resultado de “uma combinação desconcertante de minerais de sílica”.

Os pesquisadores estimam que a colisão que resultou na amostra teve um impacto de pressão de 40 GPa, uma duração de 0,1 a 1,0 segundo, e pode provocou uma cratera cujo tamanho pode variar de 3 a 32 quilômetros, a depender do ângulo do choque.

Novas descobertas feitas por cientistas da Academia Chinesa de Ciências sobre a composição do solo lunar podem dar pistas sobre a história da formação da Lua. Um experimento chinês, cujos resultados foram divulgados na revista científica Matter and Radiation at Extremes, na última terça, 6, indicou a presença do Changesite (Y), mineral inédito encontrado na superfície do satélite natural da Terra, e também uma composição de tipos de sílica, até então desconhecida.

O experimento começou em 2020, quando a China enviou para a Lua a espaçonave Chang’e-5, que coletou amostras de 1,73 kg de regolito (materiais da superfície lunar) diretamente de crateras do hemisfério norte do satélite.

As crateras da Lua são formadas historicamente pelos impactos dos asteroides e cometas que se chocam, em alta velocidade e em temperaturas elevadas, contra a superfície lunar. Como os impactos deixam marcas e provocam mudanças na consistência do solo da Lua, uma forma de se investigar o passado do satélite natural da Terra é a partir da análise da composição e das origens deste regolito.

Cientistas chineses fazem descobertas que são pistas sobre o passado de formação da Lua. Foto: Alex Silva/Estadão

A análise mostrou que os impactos desses asteroides provocaram mudanças de temperatura e pressão nas rochas lunares, compostas por diferentes tipos de polimorfos sílica, como stishovita e a seifertita. Porém, o que surpreendeu os pesquisadores chineses foi a presença desses dois minerais em coexistência na amostra coletada pela Chang’e-5. E, segundo os cientistas, essa composição é mais comum de ser encontrada em pressões muito mais altas do que aquela onde a amostra foi colhida.

“Embora a superfície lunar seja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”, disse um dos autores do estudo, Wei Du. “Uma das possíveis explicações para isso é que a maioria dos minerais de alta pressão são instáveis em altas temperaturas. Portanto, aqueles formados durante o impacto poderiam ter experimentado um processo retrógrado.”

Para os pesquisadores, a seifertita existe como uma fase intermediária entre a stishovita, e um terceiro polimorfo de sílica, a-cristobalita, que também foi encontrada na amostra de regolito e pode ter sido fundamental para essa composição incomum dos mineiros. “Em outras palavras, a seifertita poderia se formar a partir de a-cristobalita durante o processo de compressão, e parte da amostra se transforma em estishovita durante o processo subsequente de aumento da temperatura”, sugere Du.

Além disso, a equipe também identificou na amostra um mineral inédito em terreno lunar: a hangesita-(Y), que pertence ao grupo dos fosfatos, e que foi batizado com este nome em homenagem à divindade chinesa ligada à Lua. Os pesquisadores descreveram o material como uma espécie de “cristal colunar transparente e incolor”, e resultado de “uma combinação desconcertante de minerais de sílica”.

Os pesquisadores estimam que a colisão que resultou na amostra teve um impacto de pressão de 40 GPa, uma duração de 0,1 a 1,0 segundo, e pode provocou uma cratera cujo tamanho pode variar de 3 a 32 quilômetros, a depender do ângulo do choque.

Novas descobertas feitas por cientistas da Academia Chinesa de Ciências sobre a composição do solo lunar podem dar pistas sobre a história da formação da Lua. Um experimento chinês, cujos resultados foram divulgados na revista científica Matter and Radiation at Extremes, na última terça, 6, indicou a presença do Changesite (Y), mineral inédito encontrado na superfície do satélite natural da Terra, e também uma composição de tipos de sílica, até então desconhecida.

O experimento começou em 2020, quando a China enviou para a Lua a espaçonave Chang’e-5, que coletou amostras de 1,73 kg de regolito (materiais da superfície lunar) diretamente de crateras do hemisfério norte do satélite.

As crateras da Lua são formadas historicamente pelos impactos dos asteroides e cometas que se chocam, em alta velocidade e em temperaturas elevadas, contra a superfície lunar. Como os impactos deixam marcas e provocam mudanças na consistência do solo da Lua, uma forma de se investigar o passado do satélite natural da Terra é a partir da análise da composição e das origens deste regolito.

Cientistas chineses fazem descobertas que são pistas sobre o passado de formação da Lua. Foto: Alex Silva/Estadão

A análise mostrou que os impactos desses asteroides provocaram mudanças de temperatura e pressão nas rochas lunares, compostas por diferentes tipos de polimorfos sílica, como stishovita e a seifertita. Porém, o que surpreendeu os pesquisadores chineses foi a presença desses dois minerais em coexistência na amostra coletada pela Chang’e-5. E, segundo os cientistas, essa composição é mais comum de ser encontrada em pressões muito mais altas do que aquela onde a amostra foi colhida.

“Embora a superfície lunar seja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”, disse um dos autores do estudo, Wei Du. “Uma das possíveis explicações para isso é que a maioria dos minerais de alta pressão são instáveis em altas temperaturas. Portanto, aqueles formados durante o impacto poderiam ter experimentado um processo retrógrado.”

Para os pesquisadores, a seifertita existe como uma fase intermediária entre a stishovita, e um terceiro polimorfo de sílica, a-cristobalita, que também foi encontrada na amostra de regolito e pode ter sido fundamental para essa composição incomum dos mineiros. “Em outras palavras, a seifertita poderia se formar a partir de a-cristobalita durante o processo de compressão, e parte da amostra se transforma em estishovita durante o processo subsequente de aumento da temperatura”, sugere Du.

Além disso, a equipe também identificou na amostra um mineral inédito em terreno lunar: a hangesita-(Y), que pertence ao grupo dos fosfatos, e que foi batizado com este nome em homenagem à divindade chinesa ligada à Lua. Os pesquisadores descreveram o material como uma espécie de “cristal colunar transparente e incolor”, e resultado de “uma combinação desconcertante de minerais de sílica”.

Os pesquisadores estimam que a colisão que resultou na amostra teve um impacto de pressão de 40 GPa, uma duração de 0,1 a 1,0 segundo, e pode provocou uma cratera cujo tamanho pode variar de 3 a 32 quilômetros, a depender do ângulo do choque.

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