Nobel de Química premia desenvolvedores de pontos quânticos, que alavancaram nanotecnologia


Vencedores levarão para casa uma medalha, um diploma e cerca de R$ 5 milhões; prêmio é entregue desde 1901

Por Roberta Jansen
Atualização:

Os vencedores do Prêmio Nobel de Química foram anunciados na manhã desta quarta-feira, 4, pela Real Academia Sueca de Ciências: os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio foi reconhecido pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

“É uma grande honra”, afirmou Bawendi para os membros da academia sueca que telefonaram para ele ainda de madrugada para informar sobre o prêmio. Ele disse ainda que “estava sonolento, surpreso, chocado e muito honrado”.

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O francês Bawendi é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) e o americano Brus atua na Universidade de Columbia, ambas instituições americanas. Já o russo Ekimov foi cientista-chefe da Nanocrystals Technology, em Nova York.

No início dos anos 1980, Ekimov criou efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. A cor veio de nanopartículas de cloreto de cobre e Ekimov demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos, segundo a Academia.

Brus, alguns anos depois, foi o primeiro cientista a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas que flutuam livremente num fluido. E, três décadas atrás, Bawendi revolucionou a produção química de pontos quânticos, resultando em partículas quase perfeitas. Essa alta qualidade era necessária para que pudessem ser utilizados nas aplicações práticas.

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No futuro, os especialista acreditam que essa tecnologia será adotada em eletrônicos mais flexíveis, placas solares mais finas, sensores mais finos, sistemas de comunicação mais sofisticados, dentre outros usos.

Os nomes dos vencedores foram enviados antecipadamente para veículos da imprensa local, o que motivou especulações nas horas que antecederam a cerimônia. Os organizadores do prêmio lamentaram o problema e disseram que ainda não sabem quem repassou o material antes do prazo.

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Além da medalha e do diploma, os laureados leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões).

Nesta segunda-feira, 2, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi para os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman. As descobertas da dupla, fruto da pesquisa em ciência básica, levaram ao desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, menos de um ano após a identificação do novo coronavírus.

Na terça, 3, três pesquisadores levaram o Nobel de Física. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram homenageados pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o “estudo da dinâmica eletrônica na matéria”.

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O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), cuja formação acadêmica era em Química. Ao todo, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados.

Prêmio Nobel de Química de 2023 será anunciado nesta quarta-feira, em Estocolmo, na Suécia Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No ano passado, o prêmio de Química foi dividido por três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi, da Universidade de Stanford, nos EUA; Morten Meldal, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca; e K. Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA. Eles dividiram o prêmio pelo “desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal”, com a criação de uma nova abordagem para a construção de moléculas.

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Um dos grandes desafios da química moderna tem sido desenvolver técnicas eficazes para construir artificialmente estruturas moleculares complexas, como as encontradas na natureza. A evolução desse conhecimento teve um impacto significativo na produção de novos materiais e também de remédios

Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos. A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie, em 1911. Ela já tinha um Nobel de Física, concedido em 1903. A segunda mulher a levar o prêmio de Química foi a filha de Marie Curie, Irene Juliot-Curie, em 1935.

Em 2021, Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, levaram o prêmio pelo “desenvolvimento da organocatálise”, que auxiliou a pesquisa farmacêutica e possibilitou a construção de moléculas de forma mais sustentável. No ano anterior, o prêmio de química foi, pela primeira vez, para uma dupla de mulheres: Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA, que desenvolveram uma técnica que tornou possível a edição do genoma.

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Em 2019, o reconhecimento foi para o trio Akira Yoshino, do Japão, John Goodenough, dos EUA, e Stanley Whittingham, do Reino Unido, que desenvolveram as baterias de lítio, utilizadas em celulares, carros elétricos e outras tecnologias do dia-a-dia. Por fim, em 2018, o prêmio foi para Frances H. Arnold e George Smith, dos EUA, e Gregory Winter, do Reino Unido, por seus trabalhos com proteínas.

Os vencedores do Prêmio Nobel de Química foram anunciados na manhã desta quarta-feira, 4, pela Real Academia Sueca de Ciências: os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio foi reconhecido pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

“É uma grande honra”, afirmou Bawendi para os membros da academia sueca que telefonaram para ele ainda de madrugada para informar sobre o prêmio. Ele disse ainda que “estava sonolento, surpreso, chocado e muito honrado”.

O francês Bawendi é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) e o americano Brus atua na Universidade de Columbia, ambas instituições americanas. Já o russo Ekimov foi cientista-chefe da Nanocrystals Technology, em Nova York.

No início dos anos 1980, Ekimov criou efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. A cor veio de nanopartículas de cloreto de cobre e Ekimov demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos, segundo a Academia.

Brus, alguns anos depois, foi o primeiro cientista a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas que flutuam livremente num fluido. E, três décadas atrás, Bawendi revolucionou a produção química de pontos quânticos, resultando em partículas quase perfeitas. Essa alta qualidade era necessária para que pudessem ser utilizados nas aplicações práticas.

No futuro, os especialista acreditam que essa tecnologia será adotada em eletrônicos mais flexíveis, placas solares mais finas, sensores mais finos, sistemas de comunicação mais sofisticados, dentre outros usos.

Os nomes dos vencedores foram enviados antecipadamente para veículos da imprensa local, o que motivou especulações nas horas que antecederam a cerimônia. Os organizadores do prêmio lamentaram o problema e disseram que ainda não sabem quem repassou o material antes do prazo.

Além da medalha e do diploma, os laureados leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões).

Nesta segunda-feira, 2, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi para os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman. As descobertas da dupla, fruto da pesquisa em ciência básica, levaram ao desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, menos de um ano após a identificação do novo coronavírus.

Na terça, 3, três pesquisadores levaram o Nobel de Física. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram homenageados pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o “estudo da dinâmica eletrônica na matéria”.

O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), cuja formação acadêmica era em Química. Ao todo, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados.

Prêmio Nobel de Química de 2023 será anunciado nesta quarta-feira, em Estocolmo, na Suécia Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No ano passado, o prêmio de Química foi dividido por três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi, da Universidade de Stanford, nos EUA; Morten Meldal, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca; e K. Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA. Eles dividiram o prêmio pelo “desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal”, com a criação de uma nova abordagem para a construção de moléculas.

Um dos grandes desafios da química moderna tem sido desenvolver técnicas eficazes para construir artificialmente estruturas moleculares complexas, como as encontradas na natureza. A evolução desse conhecimento teve um impacto significativo na produção de novos materiais e também de remédios

Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos. A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie, em 1911. Ela já tinha um Nobel de Física, concedido em 1903. A segunda mulher a levar o prêmio de Química foi a filha de Marie Curie, Irene Juliot-Curie, em 1935.

Em 2021, Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, levaram o prêmio pelo “desenvolvimento da organocatálise”, que auxiliou a pesquisa farmacêutica e possibilitou a construção de moléculas de forma mais sustentável. No ano anterior, o prêmio de química foi, pela primeira vez, para uma dupla de mulheres: Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA, que desenvolveram uma técnica que tornou possível a edição do genoma.

Em 2019, o reconhecimento foi para o trio Akira Yoshino, do Japão, John Goodenough, dos EUA, e Stanley Whittingham, do Reino Unido, que desenvolveram as baterias de lítio, utilizadas em celulares, carros elétricos e outras tecnologias do dia-a-dia. Por fim, em 2018, o prêmio foi para Frances H. Arnold e George Smith, dos EUA, e Gregory Winter, do Reino Unido, por seus trabalhos com proteínas.

Os vencedores do Prêmio Nobel de Química foram anunciados na manhã desta quarta-feira, 4, pela Real Academia Sueca de Ciências: os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio foi reconhecido pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

“É uma grande honra”, afirmou Bawendi para os membros da academia sueca que telefonaram para ele ainda de madrugada para informar sobre o prêmio. Ele disse ainda que “estava sonolento, surpreso, chocado e muito honrado”.

O francês Bawendi é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) e o americano Brus atua na Universidade de Columbia, ambas instituições americanas. Já o russo Ekimov foi cientista-chefe da Nanocrystals Technology, em Nova York.

No início dos anos 1980, Ekimov criou efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. A cor veio de nanopartículas de cloreto de cobre e Ekimov demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos, segundo a Academia.

Brus, alguns anos depois, foi o primeiro cientista a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas que flutuam livremente num fluido. E, três décadas atrás, Bawendi revolucionou a produção química de pontos quânticos, resultando em partículas quase perfeitas. Essa alta qualidade era necessária para que pudessem ser utilizados nas aplicações práticas.

No futuro, os especialista acreditam que essa tecnologia será adotada em eletrônicos mais flexíveis, placas solares mais finas, sensores mais finos, sistemas de comunicação mais sofisticados, dentre outros usos.

Os nomes dos vencedores foram enviados antecipadamente para veículos da imprensa local, o que motivou especulações nas horas que antecederam a cerimônia. Os organizadores do prêmio lamentaram o problema e disseram que ainda não sabem quem repassou o material antes do prazo.

Além da medalha e do diploma, os laureados leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões).

Nesta segunda-feira, 2, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi para os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman. As descobertas da dupla, fruto da pesquisa em ciência básica, levaram ao desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, menos de um ano após a identificação do novo coronavírus.

Na terça, 3, três pesquisadores levaram o Nobel de Física. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram homenageados pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o “estudo da dinâmica eletrônica na matéria”.

O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), cuja formação acadêmica era em Química. Ao todo, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados.

Prêmio Nobel de Química de 2023 será anunciado nesta quarta-feira, em Estocolmo, na Suécia Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No ano passado, o prêmio de Química foi dividido por três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi, da Universidade de Stanford, nos EUA; Morten Meldal, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca; e K. Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA. Eles dividiram o prêmio pelo “desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal”, com a criação de uma nova abordagem para a construção de moléculas.

Um dos grandes desafios da química moderna tem sido desenvolver técnicas eficazes para construir artificialmente estruturas moleculares complexas, como as encontradas na natureza. A evolução desse conhecimento teve um impacto significativo na produção de novos materiais e também de remédios

Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos. A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie, em 1911. Ela já tinha um Nobel de Física, concedido em 1903. A segunda mulher a levar o prêmio de Química foi a filha de Marie Curie, Irene Juliot-Curie, em 1935.

Em 2021, Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, levaram o prêmio pelo “desenvolvimento da organocatálise”, que auxiliou a pesquisa farmacêutica e possibilitou a construção de moléculas de forma mais sustentável. No ano anterior, o prêmio de química foi, pela primeira vez, para uma dupla de mulheres: Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA, que desenvolveram uma técnica que tornou possível a edição do genoma.

Em 2019, o reconhecimento foi para o trio Akira Yoshino, do Japão, John Goodenough, dos EUA, e Stanley Whittingham, do Reino Unido, que desenvolveram as baterias de lítio, utilizadas em celulares, carros elétricos e outras tecnologias do dia-a-dia. Por fim, em 2018, o prêmio foi para Frances H. Arnold e George Smith, dos EUA, e Gregory Winter, do Reino Unido, por seus trabalhos com proteínas.

Os vencedores do Prêmio Nobel de Química foram anunciados na manhã desta quarta-feira, 4, pela Real Academia Sueca de Ciências: os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio foi reconhecido pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

“É uma grande honra”, afirmou Bawendi para os membros da academia sueca que telefonaram para ele ainda de madrugada para informar sobre o prêmio. Ele disse ainda que “estava sonolento, surpreso, chocado e muito honrado”.

O francês Bawendi é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) e o americano Brus atua na Universidade de Columbia, ambas instituições americanas. Já o russo Ekimov foi cientista-chefe da Nanocrystals Technology, em Nova York.

No início dos anos 1980, Ekimov criou efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. A cor veio de nanopartículas de cloreto de cobre e Ekimov demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos, segundo a Academia.

Brus, alguns anos depois, foi o primeiro cientista a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas que flutuam livremente num fluido. E, três décadas atrás, Bawendi revolucionou a produção química de pontos quânticos, resultando em partículas quase perfeitas. Essa alta qualidade era necessária para que pudessem ser utilizados nas aplicações práticas.

No futuro, os especialista acreditam que essa tecnologia será adotada em eletrônicos mais flexíveis, placas solares mais finas, sensores mais finos, sistemas de comunicação mais sofisticados, dentre outros usos.

Os nomes dos vencedores foram enviados antecipadamente para veículos da imprensa local, o que motivou especulações nas horas que antecederam a cerimônia. Os organizadores do prêmio lamentaram o problema e disseram que ainda não sabem quem repassou o material antes do prazo.

Além da medalha e do diploma, os laureados leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões).

Nesta segunda-feira, 2, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi para os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman. As descobertas da dupla, fruto da pesquisa em ciência básica, levaram ao desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, menos de um ano após a identificação do novo coronavírus.

Na terça, 3, três pesquisadores levaram o Nobel de Física. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram homenageados pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o “estudo da dinâmica eletrônica na matéria”.

O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), cuja formação acadêmica era em Química. Ao todo, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados.

Prêmio Nobel de Química de 2023 será anunciado nesta quarta-feira, em Estocolmo, na Suécia Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No ano passado, o prêmio de Química foi dividido por três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi, da Universidade de Stanford, nos EUA; Morten Meldal, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca; e K. Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA. Eles dividiram o prêmio pelo “desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal”, com a criação de uma nova abordagem para a construção de moléculas.

Um dos grandes desafios da química moderna tem sido desenvolver técnicas eficazes para construir artificialmente estruturas moleculares complexas, como as encontradas na natureza. A evolução desse conhecimento teve um impacto significativo na produção de novos materiais e também de remédios

Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos. A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie, em 1911. Ela já tinha um Nobel de Física, concedido em 1903. A segunda mulher a levar o prêmio de Química foi a filha de Marie Curie, Irene Juliot-Curie, em 1935.

Em 2021, Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, levaram o prêmio pelo “desenvolvimento da organocatálise”, que auxiliou a pesquisa farmacêutica e possibilitou a construção de moléculas de forma mais sustentável. No ano anterior, o prêmio de química foi, pela primeira vez, para uma dupla de mulheres: Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA, que desenvolveram uma técnica que tornou possível a edição do genoma.

Em 2019, o reconhecimento foi para o trio Akira Yoshino, do Japão, John Goodenough, dos EUA, e Stanley Whittingham, do Reino Unido, que desenvolveram as baterias de lítio, utilizadas em celulares, carros elétricos e outras tecnologias do dia-a-dia. Por fim, em 2018, o prêmio foi para Frances H. Arnold e George Smith, dos EUA, e Gregory Winter, do Reino Unido, por seus trabalhos com proteínas.

Os vencedores do Prêmio Nobel de Química foram anunciados na manhã desta quarta-feira, 4, pela Real Academia Sueca de Ciências: os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio foi reconhecido pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

“É uma grande honra”, afirmou Bawendi para os membros da academia sueca que telefonaram para ele ainda de madrugada para informar sobre o prêmio. Ele disse ainda que “estava sonolento, surpreso, chocado e muito honrado”.

O francês Bawendi é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) e o americano Brus atua na Universidade de Columbia, ambas instituições americanas. Já o russo Ekimov foi cientista-chefe da Nanocrystals Technology, em Nova York.

No início dos anos 1980, Ekimov criou efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. A cor veio de nanopartículas de cloreto de cobre e Ekimov demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos, segundo a Academia.

Brus, alguns anos depois, foi o primeiro cientista a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas que flutuam livremente num fluido. E, três décadas atrás, Bawendi revolucionou a produção química de pontos quânticos, resultando em partículas quase perfeitas. Essa alta qualidade era necessária para que pudessem ser utilizados nas aplicações práticas.

No futuro, os especialista acreditam que essa tecnologia será adotada em eletrônicos mais flexíveis, placas solares mais finas, sensores mais finos, sistemas de comunicação mais sofisticados, dentre outros usos.

Os nomes dos vencedores foram enviados antecipadamente para veículos da imprensa local, o que motivou especulações nas horas que antecederam a cerimônia. Os organizadores do prêmio lamentaram o problema e disseram que ainda não sabem quem repassou o material antes do prazo.

Além da medalha e do diploma, os laureados leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões).

Nesta segunda-feira, 2, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi para os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman. As descobertas da dupla, fruto da pesquisa em ciência básica, levaram ao desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, menos de um ano após a identificação do novo coronavírus.

Na terça, 3, três pesquisadores levaram o Nobel de Física. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram homenageados pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o “estudo da dinâmica eletrônica na matéria”.

O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), cuja formação acadêmica era em Química. Ao todo, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados.

Prêmio Nobel de Química de 2023 será anunciado nesta quarta-feira, em Estocolmo, na Suécia Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No ano passado, o prêmio de Química foi dividido por três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi, da Universidade de Stanford, nos EUA; Morten Meldal, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca; e K. Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA. Eles dividiram o prêmio pelo “desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal”, com a criação de uma nova abordagem para a construção de moléculas.

Um dos grandes desafios da química moderna tem sido desenvolver técnicas eficazes para construir artificialmente estruturas moleculares complexas, como as encontradas na natureza. A evolução desse conhecimento teve um impacto significativo na produção de novos materiais e também de remédios

Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos. A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie, em 1911. Ela já tinha um Nobel de Física, concedido em 1903. A segunda mulher a levar o prêmio de Química foi a filha de Marie Curie, Irene Juliot-Curie, em 1935.

Em 2021, Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, levaram o prêmio pelo “desenvolvimento da organocatálise”, que auxiliou a pesquisa farmacêutica e possibilitou a construção de moléculas de forma mais sustentável. No ano anterior, o prêmio de química foi, pela primeira vez, para uma dupla de mulheres: Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA, que desenvolveram uma técnica que tornou possível a edição do genoma.

Em 2019, o reconhecimento foi para o trio Akira Yoshino, do Japão, John Goodenough, dos EUA, e Stanley Whittingham, do Reino Unido, que desenvolveram as baterias de lítio, utilizadas em celulares, carros elétricos e outras tecnologias do dia-a-dia. Por fim, em 2018, o prêmio foi para Frances H. Arnold e George Smith, dos EUA, e Gregory Winter, do Reino Unido, por seus trabalhos com proteínas.

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