Projeto capacita pesquisadores negros e indígenas com foco na economia verde; veja como se inscrever


Iniciativa do Instituto Mancala, com apoio do Instituto Serrapilheira, prevê ações nas próprias comunidades dos participantes, com ênfase na região Nordeste

Por Gonçalo Junior
Atualização:

Capacitar cientistas e pesquisadores negros e indígenas na busca de soluções para suas próprias comunidades é um dos principais objetivos do Projeto Mukengi, iniciativa do Instituto Mancala, com apoio do Instituto Serrapilheira. As inscrições vão até 20 de setembro neste link com vagas exclusivas para candidatos autodeclarados negros ou indígenas de todo o País.

O edital vai selecionar 20 pesquisadores, com cursos de mestrado ou doutorado em andamento ou concluído, nas áreas de exatas, ciências da vida ou da saúde. Neste ano, o tema é a economia verde, modelo que busca melhoria de indicadores sociais, eficiência no uso de recursos naturais com práticas de consumo consciente e baixa emissão de carbono.

Projeto do Instituto Mancala na comunidade quilombola Ilha da Maré, em Salvador (BA). Foto: Natiele Queiroz
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Mukengi (lê-se: muquêngui) se refere à palavra “pesquisador” em Kimbundu, língua falada na região noroeste da Angola. O programa está dividido em duas etapas. A primeira envolve encontros virtuais entre outubro e novembro sobre ciência, energias renováveis e inovação social. A segunda parte abrange atividades de pesquisa e visitas a campo durante dois meses.

Os selecionados receberão uma bolsa mensal de R$ 700. Uma proposta de pesquisa na área de transição energética, a ser desenvolvida em equipe, na região Nordeste, será escolhida pelos curadores após os encontros da fase inicial. O edital vai oferecer R$ 10 mil para esta fase.

O Nordeste foi escolhido em função do processo histórico de exclusão social, econômica e científica a que foi submetida, de acordo com os pesquisadores. “Formar pessoas negras e indígenas é fundamental para resolver os problemas que elas próprias enfrentam”, afirma Leonardo Souza, coordenador do projeto.

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A transição para uma economia de baixo carbono no Nordeste enfrenta desafios devido à falta de oportunidades para a formação de profissionais especializados. Esse desafio é ainda mais acentuado nas comunidades negras, quilombolas, indígenas e periféricas, que têm dificuldade de acesso aos benefícios da energia limpa e à participação nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.

O horizonte é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, prevista para ocorrer em novembro do ano que vem, em Belém (PA). “Queremos aproveitar a COP30 para que a voz dos cientistas negros e negras, indígenas e quilombolas, fale por si”, diz Souza.

Entidades buscam mais diversidade na ciência

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Rosani Matoso, presidente do Instituto Mancala, explica que a entidade atua na formação de pesquisadores e pesquisadoras negros e indígenas, oferecendo conteúdo científico e discussões raciais e sociais, além de realizar a pesquisa aplicada em si nas próprias comunidades dos pesquisadores. “Nosso foco é a formação e a pesquisa aplicada nas comunidades, dando protagonismo aos pesquisadores e à comunidade. Pensamos juntos sobre soluções tecnológicas que resolvam problemas e demandas do nosso povo”, diz.

É uma ação em prol da diversidade na ciência, como explica Michel Chagas, gestor de Ciência do Instituto Serrapilheira, instituição privada sem fins lucrativos que promove a ciência no Brasil.

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“A diversidade traz novos olhares para o ambiente de pesquisa, ajuda na formulação de novas perguntas e, como alguns estudos têm demonstrado, conduz a maior criatividade e inovações científicas”, afirma.

“A população brasileira é composta por 56% de pessoas pretas e pardas, e não podemos naturalizar que mais da metade da população permaneça sub-representada na comunidade científica”, completa.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Instituto Mancala, instituição que realiza pesquisa, desenvolvimento e divulgação de iniciativas em Ciência e Tecnologia que promovam a redução das desigualdades sociais e raciais

Capacitar cientistas e pesquisadores negros e indígenas na busca de soluções para suas próprias comunidades é um dos principais objetivos do Projeto Mukengi, iniciativa do Instituto Mancala, com apoio do Instituto Serrapilheira. As inscrições vão até 20 de setembro neste link com vagas exclusivas para candidatos autodeclarados negros ou indígenas de todo o País.

O edital vai selecionar 20 pesquisadores, com cursos de mestrado ou doutorado em andamento ou concluído, nas áreas de exatas, ciências da vida ou da saúde. Neste ano, o tema é a economia verde, modelo que busca melhoria de indicadores sociais, eficiência no uso de recursos naturais com práticas de consumo consciente e baixa emissão de carbono.

Projeto do Instituto Mancala na comunidade quilombola Ilha da Maré, em Salvador (BA). Foto: Natiele Queiroz

Mukengi (lê-se: muquêngui) se refere à palavra “pesquisador” em Kimbundu, língua falada na região noroeste da Angola. O programa está dividido em duas etapas. A primeira envolve encontros virtuais entre outubro e novembro sobre ciência, energias renováveis e inovação social. A segunda parte abrange atividades de pesquisa e visitas a campo durante dois meses.

Os selecionados receberão uma bolsa mensal de R$ 700. Uma proposta de pesquisa na área de transição energética, a ser desenvolvida em equipe, na região Nordeste, será escolhida pelos curadores após os encontros da fase inicial. O edital vai oferecer R$ 10 mil para esta fase.

O Nordeste foi escolhido em função do processo histórico de exclusão social, econômica e científica a que foi submetida, de acordo com os pesquisadores. “Formar pessoas negras e indígenas é fundamental para resolver os problemas que elas próprias enfrentam”, afirma Leonardo Souza, coordenador do projeto.

A transição para uma economia de baixo carbono no Nordeste enfrenta desafios devido à falta de oportunidades para a formação de profissionais especializados. Esse desafio é ainda mais acentuado nas comunidades negras, quilombolas, indígenas e periféricas, que têm dificuldade de acesso aos benefícios da energia limpa e à participação nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.

O horizonte é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, prevista para ocorrer em novembro do ano que vem, em Belém (PA). “Queremos aproveitar a COP30 para que a voz dos cientistas negros e negras, indígenas e quilombolas, fale por si”, diz Souza.

Entidades buscam mais diversidade na ciência

Rosani Matoso, presidente do Instituto Mancala, explica que a entidade atua na formação de pesquisadores e pesquisadoras negros e indígenas, oferecendo conteúdo científico e discussões raciais e sociais, além de realizar a pesquisa aplicada em si nas próprias comunidades dos pesquisadores. “Nosso foco é a formação e a pesquisa aplicada nas comunidades, dando protagonismo aos pesquisadores e à comunidade. Pensamos juntos sobre soluções tecnológicas que resolvam problemas e demandas do nosso povo”, diz.

É uma ação em prol da diversidade na ciência, como explica Michel Chagas, gestor de Ciência do Instituto Serrapilheira, instituição privada sem fins lucrativos que promove a ciência no Brasil.

“A diversidade traz novos olhares para o ambiente de pesquisa, ajuda na formulação de novas perguntas e, como alguns estudos têm demonstrado, conduz a maior criatividade e inovações científicas”, afirma.

“A população brasileira é composta por 56% de pessoas pretas e pardas, e não podemos naturalizar que mais da metade da população permaneça sub-representada na comunidade científica”, completa.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Instituto Mancala, instituição que realiza pesquisa, desenvolvimento e divulgação de iniciativas em Ciência e Tecnologia que promovam a redução das desigualdades sociais e raciais

Capacitar cientistas e pesquisadores negros e indígenas na busca de soluções para suas próprias comunidades é um dos principais objetivos do Projeto Mukengi, iniciativa do Instituto Mancala, com apoio do Instituto Serrapilheira. As inscrições vão até 20 de setembro neste link com vagas exclusivas para candidatos autodeclarados negros ou indígenas de todo o País.

O edital vai selecionar 20 pesquisadores, com cursos de mestrado ou doutorado em andamento ou concluído, nas áreas de exatas, ciências da vida ou da saúde. Neste ano, o tema é a economia verde, modelo que busca melhoria de indicadores sociais, eficiência no uso de recursos naturais com práticas de consumo consciente e baixa emissão de carbono.

Projeto do Instituto Mancala na comunidade quilombola Ilha da Maré, em Salvador (BA). Foto: Natiele Queiroz

Mukengi (lê-se: muquêngui) se refere à palavra “pesquisador” em Kimbundu, língua falada na região noroeste da Angola. O programa está dividido em duas etapas. A primeira envolve encontros virtuais entre outubro e novembro sobre ciência, energias renováveis e inovação social. A segunda parte abrange atividades de pesquisa e visitas a campo durante dois meses.

Os selecionados receberão uma bolsa mensal de R$ 700. Uma proposta de pesquisa na área de transição energética, a ser desenvolvida em equipe, na região Nordeste, será escolhida pelos curadores após os encontros da fase inicial. O edital vai oferecer R$ 10 mil para esta fase.

O Nordeste foi escolhido em função do processo histórico de exclusão social, econômica e científica a que foi submetida, de acordo com os pesquisadores. “Formar pessoas negras e indígenas é fundamental para resolver os problemas que elas próprias enfrentam”, afirma Leonardo Souza, coordenador do projeto.

A transição para uma economia de baixo carbono no Nordeste enfrenta desafios devido à falta de oportunidades para a formação de profissionais especializados. Esse desafio é ainda mais acentuado nas comunidades negras, quilombolas, indígenas e periféricas, que têm dificuldade de acesso aos benefícios da energia limpa e à participação nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.

O horizonte é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, prevista para ocorrer em novembro do ano que vem, em Belém (PA). “Queremos aproveitar a COP30 para que a voz dos cientistas negros e negras, indígenas e quilombolas, fale por si”, diz Souza.

Entidades buscam mais diversidade na ciência

Rosani Matoso, presidente do Instituto Mancala, explica que a entidade atua na formação de pesquisadores e pesquisadoras negros e indígenas, oferecendo conteúdo científico e discussões raciais e sociais, além de realizar a pesquisa aplicada em si nas próprias comunidades dos pesquisadores. “Nosso foco é a formação e a pesquisa aplicada nas comunidades, dando protagonismo aos pesquisadores e à comunidade. Pensamos juntos sobre soluções tecnológicas que resolvam problemas e demandas do nosso povo”, diz.

É uma ação em prol da diversidade na ciência, como explica Michel Chagas, gestor de Ciência do Instituto Serrapilheira, instituição privada sem fins lucrativos que promove a ciência no Brasil.

“A diversidade traz novos olhares para o ambiente de pesquisa, ajuda na formulação de novas perguntas e, como alguns estudos têm demonstrado, conduz a maior criatividade e inovações científicas”, afirma.

“A população brasileira é composta por 56% de pessoas pretas e pardas, e não podemos naturalizar que mais da metade da população permaneça sub-representada na comunidade científica”, completa.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Instituto Mancala, instituição que realiza pesquisa, desenvolvimento e divulgação de iniciativas em Ciência e Tecnologia que promovam a redução das desigualdades sociais e raciais

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