Que alimentos você deve trocar para ajudar o planeta contra o aquecimento global?


Novo estudo mostra que reduzir consumo de carne e leite poderia cortar em 31% a emissão de gases na atmosfera - percentual expressivo para a luta contra as mudanças climáticas

Por Roberta Jansen
Atualização:

Se conseguirmos trocar pelo menos metade da carne e do leite consumidos por alimentos de origem vegetal até 2050 será possível reduzir o percentual de emissões de gases do efeito estufa em 31% - número expressivo na luta para reduzir impactos das mudanças climáticas. Um novo estudo, publicado este mês na revista Nature Communications, mostra que a medida ajudaria a frear a degradação das florestas.

Bife é um dos vilões na luta contra o aquecimento global Foto: Giuliana Nogueira

O trabalho mostra que seriam possíveis benefícios adicionais se, com a redução do consumo de carne e leite, parte da área usada para a criação de gado fosse reflorestada. Segundo os cientistas, a restauração dessas áreas poderia contribuir com até 25% das terras reflorestadas necessárias para o combate ao aquecimento global até 2030.

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“Precisamos mais do que ‘segundas-feiras sem carne’ para reduzir emissões de gases alimentam as mudanças climáticas. Nosso estudo mostra um caminho”, afirmou a co-autora do estudo, Eva Wollenberg, da Universidade de Vermont (EUA). “Carne de origem vegetal não é apenas um novo produto alimentício, mas uma oportunidade crucial para alcançarmos segurança alimentar e metas de redução dos gases-estufa em todo o mundo.”

O novo trabalho tem uma abordagem pioneira, ao analisar a segurança alimentar e os impactos do consumo de carne e leite de origem vegetal em larga escala.

“Entender os impactos das mudanças na dieta amplia nossas opções para reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou a principal autora do trabalho, Marta Kozicka, pesquisadora da Universidade de Vermont. “Mudanças na dieta podem proporcionar também avanços importantes na proteção da biodiversidade.”

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Segundo as cientistas, uma substituição de 50% da carne e do leite por alimentos de origem vegetal provocaria redução substancial do impacto dos sistemas de produção de alimentos no meio ambiente até 2050. A área global destinada à agricultura, por exemplo, seria reduzida em 12%. O desmatamento, defendem os pesquisadores, seria praticamente zerado. E o uso de água seria reduzido em 10%.

“O setor de alimentos é responsável por um terço das emissões globais de gases estufa”, afirmou Eva Wollenberg. “Dados os grandes benefícios que demonstramos na substituição de carne e leite por produtos de origem vegetal para a sustentabilidade global, as mudanças climáticas e a saúde humana, a pesquisa oferece dados importantes para consumidores, produtores e governos.”

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Gigantes do agro e governo preveem esforços para cortar emissões

No ano passado, 14 das maiores empresas de agronegócio do mundo apresentaram na Cúpula do Clima da ONU, a COP-27, no Egito, um plano para reduzir as emissões decorrentes de mudança do uso da terra em suas operações, o que inclui eliminar o desmatamento de suas cadeias direta e indiretamente até 2025.

Na Conferência do Clima anterior, em Glasgow, o governo brasileiro havia assinado acordo global que prevê reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, . Buscar um corte dessa escala exige adaptar a pecuária, com técnicas que permitam melhor manejo de rebanhos. Entre as estratégias que já funcionam em fazendas do Brasil, estão biodigestores e integração de sistemas produtivos.

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No País, aproximadamente 70% da produção de metano vêm da agropecuária. A “fermentação entérica” (arroto do boi) é responsável por quase dois terços dessas emissões.

Se conseguirmos trocar pelo menos metade da carne e do leite consumidos por alimentos de origem vegetal até 2050 será possível reduzir o percentual de emissões de gases do efeito estufa em 31% - número expressivo na luta para reduzir impactos das mudanças climáticas. Um novo estudo, publicado este mês na revista Nature Communications, mostra que a medida ajudaria a frear a degradação das florestas.

Bife é um dos vilões na luta contra o aquecimento global Foto: Giuliana Nogueira

O trabalho mostra que seriam possíveis benefícios adicionais se, com a redução do consumo de carne e leite, parte da área usada para a criação de gado fosse reflorestada. Segundo os cientistas, a restauração dessas áreas poderia contribuir com até 25% das terras reflorestadas necessárias para o combate ao aquecimento global até 2030.

“Precisamos mais do que ‘segundas-feiras sem carne’ para reduzir emissões de gases alimentam as mudanças climáticas. Nosso estudo mostra um caminho”, afirmou a co-autora do estudo, Eva Wollenberg, da Universidade de Vermont (EUA). “Carne de origem vegetal não é apenas um novo produto alimentício, mas uma oportunidade crucial para alcançarmos segurança alimentar e metas de redução dos gases-estufa em todo o mundo.”

O novo trabalho tem uma abordagem pioneira, ao analisar a segurança alimentar e os impactos do consumo de carne e leite de origem vegetal em larga escala.

“Entender os impactos das mudanças na dieta amplia nossas opções para reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou a principal autora do trabalho, Marta Kozicka, pesquisadora da Universidade de Vermont. “Mudanças na dieta podem proporcionar também avanços importantes na proteção da biodiversidade.”

Segundo as cientistas, uma substituição de 50% da carne e do leite por alimentos de origem vegetal provocaria redução substancial do impacto dos sistemas de produção de alimentos no meio ambiente até 2050. A área global destinada à agricultura, por exemplo, seria reduzida em 12%. O desmatamento, defendem os pesquisadores, seria praticamente zerado. E o uso de água seria reduzido em 10%.

“O setor de alimentos é responsável por um terço das emissões globais de gases estufa”, afirmou Eva Wollenberg. “Dados os grandes benefícios que demonstramos na substituição de carne e leite por produtos de origem vegetal para a sustentabilidade global, as mudanças climáticas e a saúde humana, a pesquisa oferece dados importantes para consumidores, produtores e governos.”

Gigantes do agro e governo preveem esforços para cortar emissões

No ano passado, 14 das maiores empresas de agronegócio do mundo apresentaram na Cúpula do Clima da ONU, a COP-27, no Egito, um plano para reduzir as emissões decorrentes de mudança do uso da terra em suas operações, o que inclui eliminar o desmatamento de suas cadeias direta e indiretamente até 2025.

Na Conferência do Clima anterior, em Glasgow, o governo brasileiro havia assinado acordo global que prevê reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, . Buscar um corte dessa escala exige adaptar a pecuária, com técnicas que permitam melhor manejo de rebanhos. Entre as estratégias que já funcionam em fazendas do Brasil, estão biodigestores e integração de sistemas produtivos.

No País, aproximadamente 70% da produção de metano vêm da agropecuária. A “fermentação entérica” (arroto do boi) é responsável por quase dois terços dessas emissões.

Se conseguirmos trocar pelo menos metade da carne e do leite consumidos por alimentos de origem vegetal até 2050 será possível reduzir o percentual de emissões de gases do efeito estufa em 31% - número expressivo na luta para reduzir impactos das mudanças climáticas. Um novo estudo, publicado este mês na revista Nature Communications, mostra que a medida ajudaria a frear a degradação das florestas.

Bife é um dos vilões na luta contra o aquecimento global Foto: Giuliana Nogueira

O trabalho mostra que seriam possíveis benefícios adicionais se, com a redução do consumo de carne e leite, parte da área usada para a criação de gado fosse reflorestada. Segundo os cientistas, a restauração dessas áreas poderia contribuir com até 25% das terras reflorestadas necessárias para o combate ao aquecimento global até 2030.

“Precisamos mais do que ‘segundas-feiras sem carne’ para reduzir emissões de gases alimentam as mudanças climáticas. Nosso estudo mostra um caminho”, afirmou a co-autora do estudo, Eva Wollenberg, da Universidade de Vermont (EUA). “Carne de origem vegetal não é apenas um novo produto alimentício, mas uma oportunidade crucial para alcançarmos segurança alimentar e metas de redução dos gases-estufa em todo o mundo.”

O novo trabalho tem uma abordagem pioneira, ao analisar a segurança alimentar e os impactos do consumo de carne e leite de origem vegetal em larga escala.

“Entender os impactos das mudanças na dieta amplia nossas opções para reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou a principal autora do trabalho, Marta Kozicka, pesquisadora da Universidade de Vermont. “Mudanças na dieta podem proporcionar também avanços importantes na proteção da biodiversidade.”

Segundo as cientistas, uma substituição de 50% da carne e do leite por alimentos de origem vegetal provocaria redução substancial do impacto dos sistemas de produção de alimentos no meio ambiente até 2050. A área global destinada à agricultura, por exemplo, seria reduzida em 12%. O desmatamento, defendem os pesquisadores, seria praticamente zerado. E o uso de água seria reduzido em 10%.

“O setor de alimentos é responsável por um terço das emissões globais de gases estufa”, afirmou Eva Wollenberg. “Dados os grandes benefícios que demonstramos na substituição de carne e leite por produtos de origem vegetal para a sustentabilidade global, as mudanças climáticas e a saúde humana, a pesquisa oferece dados importantes para consumidores, produtores e governos.”

Gigantes do agro e governo preveem esforços para cortar emissões

No ano passado, 14 das maiores empresas de agronegócio do mundo apresentaram na Cúpula do Clima da ONU, a COP-27, no Egito, um plano para reduzir as emissões decorrentes de mudança do uso da terra em suas operações, o que inclui eliminar o desmatamento de suas cadeias direta e indiretamente até 2025.

Na Conferência do Clima anterior, em Glasgow, o governo brasileiro havia assinado acordo global que prevê reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, . Buscar um corte dessa escala exige adaptar a pecuária, com técnicas que permitam melhor manejo de rebanhos. Entre as estratégias que já funcionam em fazendas do Brasil, estão biodigestores e integração de sistemas produtivos.

No País, aproximadamente 70% da produção de metano vêm da agropecuária. A “fermentação entérica” (arroto do boi) é responsável por quase dois terços dessas emissões.

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