Sacrifício humano na pré-história usava mesma técnica que máfia italiana destinava aos traidores


Rituais com estrangulamento eram utilizados na Europa como forma de venerar o alimento e os ciclos da agricultura. Ossadas foram encontradas na França

Por Ramana Rech

Uma ossada de mulheres encontrada na França mostra que sociedades agrárias da Europa faziam rituais na pré-história com sacrifícios humanos no mesmo estilo atualmente associado à máfia italiana. Os rituais foram praticados antes mesmo do surgimento da escrita, entre 4,2 mil e 3,5 mil anos antes de Cristo.

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances neste mês, os rituais usavam uma forma dolorosa de estrangulamento que a máfia italiana reservava para os traidores.

Os corpos foram encontrados em uma posição inusitada em um buraco parecido com os utilizados para armazenamento de sementes. Mas lá os pesquisadores não encontraram vestígios de sementes ou de cremação – uma forma de higienizar o local. O buraco por sua vez estava dentro de um silo.

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Ossadas encontradas na França pertenciam a mulheres que foram sacrifícios humanos na pré-história Foto: Science Advances/Reprodução

Duas mulheres estavam de frente para uma terceira, que ocupava uma posição central. Um dos corpos estava de bruços deitado em cima do pescoço da segunda que, por sua vez, estava deitada sobre as costas com os joelhos dobrados. A terceira mulher mais afastada estava apoiada em seu lado esquerdo.

  • Os pesquisadores afirmam que os dois esqueletos encontrados juntos podem ter morrido por um método de estrangulamento em que a vítima de bruços tem seus tornozelos e pescoço ligados por uma corda.
  • A posição das pernas torna impossível que a vítima não acabe estrangulando a si própria. Essa forma de tortura, chamada de incaprettamento é hoje associada à máfia italiana.
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O arranjo dos corpos no buraco indica que foram deixados ali com uso da força e, por isso, os pesquisadores avaliam que as mulheres tiveram seu fim no próprio local. As ossadas foram encontradas na cidade de Saint-Paul-Trois-Châteaux, localizada no Vale do Rhône, conhecido por suas vinícolas.

As ossadas foram encontradas em buracos, que pareciam voltados para armazenamento de sementes, dentro de silos Foto: Reprodução/Science Advances

Como a causa da morte é violenta e a forma como os corpos estão enterrados foge do padrões típicos, provavelmente, eles foram usados em um ritual.

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A arquitetura também é um dos indicativos disso, já que o silo onde as mulheres foram enterrados estava inclinado em direção ao solstício. Os pesquisadores acreditam que as pessoas se reuniam para venerar a garantia de alimentos e os ciclos da agricultura. Algumas dessas formas de devoção envolviam sacrifícios humanos.

Uma cultura antiga

Essa prática pode ser ainda mais antiga do que os ossos encontrados no Vale do Rhône. Existem evidências de que os rituais de estrangulação começaram no Mesolítico, ou seja, entre 9 mil e 4,3 mil anos atrás.

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A visão arqueológica predominante interpreta que o sacrifício humano na pré-história era uma forma dos poderosos manterem seus servos, escravos, esposas e concubinas na vida após a morte. Mas uma visão alternativa sugere que os sacrifícios humanos fizeram parte de sociedades agrárias.

No artigo, os pesquisadores avaliaram 18 casos de incaprettamento ou asfixia por posição que se espalham em dois milênios na Europa. Os sítios mais antigos com corpos que fizeram parte do ritual estão localizados na Europa Central, o que indica que o hábito se espalhou a partir dessa região ao longo de dois mil anos.

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Leia o estudo completo na revista Science Advances.

Uma ossada de mulheres encontrada na França mostra que sociedades agrárias da Europa faziam rituais na pré-história com sacrifícios humanos no mesmo estilo atualmente associado à máfia italiana. Os rituais foram praticados antes mesmo do surgimento da escrita, entre 4,2 mil e 3,5 mil anos antes de Cristo.

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances neste mês, os rituais usavam uma forma dolorosa de estrangulamento que a máfia italiana reservava para os traidores.

Os corpos foram encontrados em uma posição inusitada em um buraco parecido com os utilizados para armazenamento de sementes. Mas lá os pesquisadores não encontraram vestígios de sementes ou de cremação – uma forma de higienizar o local. O buraco por sua vez estava dentro de um silo.

Ossadas encontradas na França pertenciam a mulheres que foram sacrifícios humanos na pré-história Foto: Science Advances/Reprodução

Duas mulheres estavam de frente para uma terceira, que ocupava uma posição central. Um dos corpos estava de bruços deitado em cima do pescoço da segunda que, por sua vez, estava deitada sobre as costas com os joelhos dobrados. A terceira mulher mais afastada estava apoiada em seu lado esquerdo.

  • Os pesquisadores afirmam que os dois esqueletos encontrados juntos podem ter morrido por um método de estrangulamento em que a vítima de bruços tem seus tornozelos e pescoço ligados por uma corda.
  • A posição das pernas torna impossível que a vítima não acabe estrangulando a si própria. Essa forma de tortura, chamada de incaprettamento é hoje associada à máfia italiana.

O arranjo dos corpos no buraco indica que foram deixados ali com uso da força e, por isso, os pesquisadores avaliam que as mulheres tiveram seu fim no próprio local. As ossadas foram encontradas na cidade de Saint-Paul-Trois-Châteaux, localizada no Vale do Rhône, conhecido por suas vinícolas.

As ossadas foram encontradas em buracos, que pareciam voltados para armazenamento de sementes, dentro de silos Foto: Reprodução/Science Advances

Como a causa da morte é violenta e a forma como os corpos estão enterrados foge do padrões típicos, provavelmente, eles foram usados em um ritual.

A arquitetura também é um dos indicativos disso, já que o silo onde as mulheres foram enterrados estava inclinado em direção ao solstício. Os pesquisadores acreditam que as pessoas se reuniam para venerar a garantia de alimentos e os ciclos da agricultura. Algumas dessas formas de devoção envolviam sacrifícios humanos.

Uma cultura antiga

Essa prática pode ser ainda mais antiga do que os ossos encontrados no Vale do Rhône. Existem evidências de que os rituais de estrangulação começaram no Mesolítico, ou seja, entre 9 mil e 4,3 mil anos atrás.

A visão arqueológica predominante interpreta que o sacrifício humano na pré-história era uma forma dos poderosos manterem seus servos, escravos, esposas e concubinas na vida após a morte. Mas uma visão alternativa sugere que os sacrifícios humanos fizeram parte de sociedades agrárias.

No artigo, os pesquisadores avaliaram 18 casos de incaprettamento ou asfixia por posição que se espalham em dois milênios na Europa. Os sítios mais antigos com corpos que fizeram parte do ritual estão localizados na Europa Central, o que indica que o hábito se espalhou a partir dessa região ao longo de dois mil anos.

Leia o estudo completo na revista Science Advances.

Uma ossada de mulheres encontrada na França mostra que sociedades agrárias da Europa faziam rituais na pré-história com sacrifícios humanos no mesmo estilo atualmente associado à máfia italiana. Os rituais foram praticados antes mesmo do surgimento da escrita, entre 4,2 mil e 3,5 mil anos antes de Cristo.

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances neste mês, os rituais usavam uma forma dolorosa de estrangulamento que a máfia italiana reservava para os traidores.

Os corpos foram encontrados em uma posição inusitada em um buraco parecido com os utilizados para armazenamento de sementes. Mas lá os pesquisadores não encontraram vestígios de sementes ou de cremação – uma forma de higienizar o local. O buraco por sua vez estava dentro de um silo.

Ossadas encontradas na França pertenciam a mulheres que foram sacrifícios humanos na pré-história Foto: Science Advances/Reprodução

Duas mulheres estavam de frente para uma terceira, que ocupava uma posição central. Um dos corpos estava de bruços deitado em cima do pescoço da segunda que, por sua vez, estava deitada sobre as costas com os joelhos dobrados. A terceira mulher mais afastada estava apoiada em seu lado esquerdo.

  • Os pesquisadores afirmam que os dois esqueletos encontrados juntos podem ter morrido por um método de estrangulamento em que a vítima de bruços tem seus tornozelos e pescoço ligados por uma corda.
  • A posição das pernas torna impossível que a vítima não acabe estrangulando a si própria. Essa forma de tortura, chamada de incaprettamento é hoje associada à máfia italiana.

O arranjo dos corpos no buraco indica que foram deixados ali com uso da força e, por isso, os pesquisadores avaliam que as mulheres tiveram seu fim no próprio local. As ossadas foram encontradas na cidade de Saint-Paul-Trois-Châteaux, localizada no Vale do Rhône, conhecido por suas vinícolas.

As ossadas foram encontradas em buracos, que pareciam voltados para armazenamento de sementes, dentro de silos Foto: Reprodução/Science Advances

Como a causa da morte é violenta e a forma como os corpos estão enterrados foge do padrões típicos, provavelmente, eles foram usados em um ritual.

A arquitetura também é um dos indicativos disso, já que o silo onde as mulheres foram enterrados estava inclinado em direção ao solstício. Os pesquisadores acreditam que as pessoas se reuniam para venerar a garantia de alimentos e os ciclos da agricultura. Algumas dessas formas de devoção envolviam sacrifícios humanos.

Uma cultura antiga

Essa prática pode ser ainda mais antiga do que os ossos encontrados no Vale do Rhône. Existem evidências de que os rituais de estrangulação começaram no Mesolítico, ou seja, entre 9 mil e 4,3 mil anos atrás.

A visão arqueológica predominante interpreta que o sacrifício humano na pré-história era uma forma dos poderosos manterem seus servos, escravos, esposas e concubinas na vida após a morte. Mas uma visão alternativa sugere que os sacrifícios humanos fizeram parte de sociedades agrárias.

No artigo, os pesquisadores avaliaram 18 casos de incaprettamento ou asfixia por posição que se espalham em dois milênios na Europa. Os sítios mais antigos com corpos que fizeram parte do ritual estão localizados na Europa Central, o que indica que o hábito se espalhou a partir dessa região ao longo de dois mil anos.

Leia o estudo completo na revista Science Advances.

Uma ossada de mulheres encontrada na França mostra que sociedades agrárias da Europa faziam rituais na pré-história com sacrifícios humanos no mesmo estilo atualmente associado à máfia italiana. Os rituais foram praticados antes mesmo do surgimento da escrita, entre 4,2 mil e 3,5 mil anos antes de Cristo.

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances neste mês, os rituais usavam uma forma dolorosa de estrangulamento que a máfia italiana reservava para os traidores.

Os corpos foram encontrados em uma posição inusitada em um buraco parecido com os utilizados para armazenamento de sementes. Mas lá os pesquisadores não encontraram vestígios de sementes ou de cremação – uma forma de higienizar o local. O buraco por sua vez estava dentro de um silo.

Ossadas encontradas na França pertenciam a mulheres que foram sacrifícios humanos na pré-história Foto: Science Advances/Reprodução

Duas mulheres estavam de frente para uma terceira, que ocupava uma posição central. Um dos corpos estava de bruços deitado em cima do pescoço da segunda que, por sua vez, estava deitada sobre as costas com os joelhos dobrados. A terceira mulher mais afastada estava apoiada em seu lado esquerdo.

  • Os pesquisadores afirmam que os dois esqueletos encontrados juntos podem ter morrido por um método de estrangulamento em que a vítima de bruços tem seus tornozelos e pescoço ligados por uma corda.
  • A posição das pernas torna impossível que a vítima não acabe estrangulando a si própria. Essa forma de tortura, chamada de incaprettamento é hoje associada à máfia italiana.

O arranjo dos corpos no buraco indica que foram deixados ali com uso da força e, por isso, os pesquisadores avaliam que as mulheres tiveram seu fim no próprio local. As ossadas foram encontradas na cidade de Saint-Paul-Trois-Châteaux, localizada no Vale do Rhône, conhecido por suas vinícolas.

As ossadas foram encontradas em buracos, que pareciam voltados para armazenamento de sementes, dentro de silos Foto: Reprodução/Science Advances

Como a causa da morte é violenta e a forma como os corpos estão enterrados foge do padrões típicos, provavelmente, eles foram usados em um ritual.

A arquitetura também é um dos indicativos disso, já que o silo onde as mulheres foram enterrados estava inclinado em direção ao solstício. Os pesquisadores acreditam que as pessoas se reuniam para venerar a garantia de alimentos e os ciclos da agricultura. Algumas dessas formas de devoção envolviam sacrifícios humanos.

Uma cultura antiga

Essa prática pode ser ainda mais antiga do que os ossos encontrados no Vale do Rhône. Existem evidências de que os rituais de estrangulação começaram no Mesolítico, ou seja, entre 9 mil e 4,3 mil anos atrás.

A visão arqueológica predominante interpreta que o sacrifício humano na pré-história era uma forma dos poderosos manterem seus servos, escravos, esposas e concubinas na vida após a morte. Mas uma visão alternativa sugere que os sacrifícios humanos fizeram parte de sociedades agrárias.

No artigo, os pesquisadores avaliaram 18 casos de incaprettamento ou asfixia por posição que se espalham em dois milênios na Europa. Os sítios mais antigos com corpos que fizeram parte do ritual estão localizados na Europa Central, o que indica que o hábito se espalhou a partir dessa região ao longo de dois mil anos.

Leia o estudo completo na revista Science Advances.

Uma ossada de mulheres encontrada na França mostra que sociedades agrárias da Europa faziam rituais na pré-história com sacrifícios humanos no mesmo estilo atualmente associado à máfia italiana. Os rituais foram praticados antes mesmo do surgimento da escrita, entre 4,2 mil e 3,5 mil anos antes de Cristo.

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances neste mês, os rituais usavam uma forma dolorosa de estrangulamento que a máfia italiana reservava para os traidores.

Os corpos foram encontrados em uma posição inusitada em um buraco parecido com os utilizados para armazenamento de sementes. Mas lá os pesquisadores não encontraram vestígios de sementes ou de cremação – uma forma de higienizar o local. O buraco por sua vez estava dentro de um silo.

Ossadas encontradas na França pertenciam a mulheres que foram sacrifícios humanos na pré-história Foto: Science Advances/Reprodução

Duas mulheres estavam de frente para uma terceira, que ocupava uma posição central. Um dos corpos estava de bruços deitado em cima do pescoço da segunda que, por sua vez, estava deitada sobre as costas com os joelhos dobrados. A terceira mulher mais afastada estava apoiada em seu lado esquerdo.

  • Os pesquisadores afirmam que os dois esqueletos encontrados juntos podem ter morrido por um método de estrangulamento em que a vítima de bruços tem seus tornozelos e pescoço ligados por uma corda.
  • A posição das pernas torna impossível que a vítima não acabe estrangulando a si própria. Essa forma de tortura, chamada de incaprettamento é hoje associada à máfia italiana.

O arranjo dos corpos no buraco indica que foram deixados ali com uso da força e, por isso, os pesquisadores avaliam que as mulheres tiveram seu fim no próprio local. As ossadas foram encontradas na cidade de Saint-Paul-Trois-Châteaux, localizada no Vale do Rhône, conhecido por suas vinícolas.

As ossadas foram encontradas em buracos, que pareciam voltados para armazenamento de sementes, dentro de silos Foto: Reprodução/Science Advances

Como a causa da morte é violenta e a forma como os corpos estão enterrados foge do padrões típicos, provavelmente, eles foram usados em um ritual.

A arquitetura também é um dos indicativos disso, já que o silo onde as mulheres foram enterrados estava inclinado em direção ao solstício. Os pesquisadores acreditam que as pessoas se reuniam para venerar a garantia de alimentos e os ciclos da agricultura. Algumas dessas formas de devoção envolviam sacrifícios humanos.

Uma cultura antiga

Essa prática pode ser ainda mais antiga do que os ossos encontrados no Vale do Rhône. Existem evidências de que os rituais de estrangulação começaram no Mesolítico, ou seja, entre 9 mil e 4,3 mil anos atrás.

A visão arqueológica predominante interpreta que o sacrifício humano na pré-história era uma forma dos poderosos manterem seus servos, escravos, esposas e concubinas na vida após a morte. Mas uma visão alternativa sugere que os sacrifícios humanos fizeram parte de sociedades agrárias.

No artigo, os pesquisadores avaliaram 18 casos de incaprettamento ou asfixia por posição que se espalham em dois milênios na Europa. Os sítios mais antigos com corpos que fizeram parte do ritual estão localizados na Europa Central, o que indica que o hábito se espalhou a partir dessa região ao longo de dois mil anos.

Leia o estudo completo na revista Science Advances.

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