Símios podem ser extintos em uma geração humana


ONU alerta para o risco de chimpanzés, gorilas e orangotangos desaparecerem por causa de doenças e desmatamento

Por Agencia Estado

Algumas das principais espécies de símios - chimpanzés, gorilas e orangotangos - podem ser extintas em uma geração humana, segundo um novo estudo publicado pelas agências de meio ambiente e biodiversidade da ONU. O World Atlas of Great Apes and their Conservation reúne dados de várias fontes diferentes para avaliar as perspectivas futuras para os grandes símios que restam: os gorilas, chimpanzés e bonobos da África e os orangotangos do sudeste asiático. ?Todos os grandes símios são classificados ou como ameaçados ou como seriamente ameaçados?, disse Lera Miles, da equipe que escreveu o relatório. ?Seriamente ameaçado significa que seus números caíram, ou cairão, 80% em três gerações?, diz Miles, do World Conservation Monitoring Centre. Sumatra Uma das espécies ameaçadas é o orangotango de Sumatra, na Indonésia, dos quais restam apenas 7,3 mil na natureza. A maioria deles vive na província de Aceh, ao norte de Sumatra, que enfrentou um conflito armado por décadas entre o governo indonésio e rebeldes separatistas e que sofreu duramente com o tusnami de dezembro de 2004. O estudo aponta urbanização, corte de madeira, mineração e doenças como principais ameaças para os orangotangos na Indonésia, que podem perder até metade de seu habitat em cinco anos. ?As projeções mostram que em 50 anos haverá somente uns 250 orangotangos na natureza, mas esse não é um tamanho viável para uma população?, diz Miles. A outra espécie de orangotango, em Borneo, tem ainda 45 mil animais na natureza, mas seu número caiu 90% desde meados do século passado. Gorila da montanha O gorila da montanha da República Democrática do Congo e o gorila encontrado na fronteira entre a Nigéria e os Camarões também são classificados como criticamente ameaçados, com números estimados em 700 e 250, respectivamente. Para os gorilas e os chimpanzés, a febre ebola aparece como uma ameaça significativa. Ainda não está claro por que o ebola está afetando tanto os símios, mas especialistas acreditam que isso pode ter relação com a eliminação das florestas. As doenças não são a única ameaça ao bem-estar dos chimpanzés, dos bonobos, seus parentes próximos, e dos gorilas. A caça e a eliminação de seu habitat natural pelo corte de madeira também são fatores importantes. Todos os países africanos nos quais vivem gorilas, chimpanzés e bonobos tiveram queda na cobertura florestal nos anos 1990. Preservação O prefácio do World Atlas, assinado pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, faz a defesa da preservação dos símios. ?Os grandes símios são próximos a nós?, diz ele. ?Como nós, eles têm consciência e culturas, ferramentas, políticas e remédios; eles podem aprender a usar a linguagem de sinais e manter conversações com pessoas e entre eles. Infelizmente, porém, não os tratamos com o respeito que eles merecem?, diz o prefácio.

Algumas das principais espécies de símios - chimpanzés, gorilas e orangotangos - podem ser extintas em uma geração humana, segundo um novo estudo publicado pelas agências de meio ambiente e biodiversidade da ONU. O World Atlas of Great Apes and their Conservation reúne dados de várias fontes diferentes para avaliar as perspectivas futuras para os grandes símios que restam: os gorilas, chimpanzés e bonobos da África e os orangotangos do sudeste asiático. ?Todos os grandes símios são classificados ou como ameaçados ou como seriamente ameaçados?, disse Lera Miles, da equipe que escreveu o relatório. ?Seriamente ameaçado significa que seus números caíram, ou cairão, 80% em três gerações?, diz Miles, do World Conservation Monitoring Centre. Sumatra Uma das espécies ameaçadas é o orangotango de Sumatra, na Indonésia, dos quais restam apenas 7,3 mil na natureza. A maioria deles vive na província de Aceh, ao norte de Sumatra, que enfrentou um conflito armado por décadas entre o governo indonésio e rebeldes separatistas e que sofreu duramente com o tusnami de dezembro de 2004. O estudo aponta urbanização, corte de madeira, mineração e doenças como principais ameaças para os orangotangos na Indonésia, que podem perder até metade de seu habitat em cinco anos. ?As projeções mostram que em 50 anos haverá somente uns 250 orangotangos na natureza, mas esse não é um tamanho viável para uma população?, diz Miles. A outra espécie de orangotango, em Borneo, tem ainda 45 mil animais na natureza, mas seu número caiu 90% desde meados do século passado. Gorila da montanha O gorila da montanha da República Democrática do Congo e o gorila encontrado na fronteira entre a Nigéria e os Camarões também são classificados como criticamente ameaçados, com números estimados em 700 e 250, respectivamente. Para os gorilas e os chimpanzés, a febre ebola aparece como uma ameaça significativa. Ainda não está claro por que o ebola está afetando tanto os símios, mas especialistas acreditam que isso pode ter relação com a eliminação das florestas. As doenças não são a única ameaça ao bem-estar dos chimpanzés, dos bonobos, seus parentes próximos, e dos gorilas. A caça e a eliminação de seu habitat natural pelo corte de madeira também são fatores importantes. Todos os países africanos nos quais vivem gorilas, chimpanzés e bonobos tiveram queda na cobertura florestal nos anos 1990. Preservação O prefácio do World Atlas, assinado pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, faz a defesa da preservação dos símios. ?Os grandes símios são próximos a nós?, diz ele. ?Como nós, eles têm consciência e culturas, ferramentas, políticas e remédios; eles podem aprender a usar a linguagem de sinais e manter conversações com pessoas e entre eles. Infelizmente, porém, não os tratamos com o respeito que eles merecem?, diz o prefácio.

Algumas das principais espécies de símios - chimpanzés, gorilas e orangotangos - podem ser extintas em uma geração humana, segundo um novo estudo publicado pelas agências de meio ambiente e biodiversidade da ONU. O World Atlas of Great Apes and their Conservation reúne dados de várias fontes diferentes para avaliar as perspectivas futuras para os grandes símios que restam: os gorilas, chimpanzés e bonobos da África e os orangotangos do sudeste asiático. ?Todos os grandes símios são classificados ou como ameaçados ou como seriamente ameaçados?, disse Lera Miles, da equipe que escreveu o relatório. ?Seriamente ameaçado significa que seus números caíram, ou cairão, 80% em três gerações?, diz Miles, do World Conservation Monitoring Centre. Sumatra Uma das espécies ameaçadas é o orangotango de Sumatra, na Indonésia, dos quais restam apenas 7,3 mil na natureza. A maioria deles vive na província de Aceh, ao norte de Sumatra, que enfrentou um conflito armado por décadas entre o governo indonésio e rebeldes separatistas e que sofreu duramente com o tusnami de dezembro de 2004. O estudo aponta urbanização, corte de madeira, mineração e doenças como principais ameaças para os orangotangos na Indonésia, que podem perder até metade de seu habitat em cinco anos. ?As projeções mostram que em 50 anos haverá somente uns 250 orangotangos na natureza, mas esse não é um tamanho viável para uma população?, diz Miles. A outra espécie de orangotango, em Borneo, tem ainda 45 mil animais na natureza, mas seu número caiu 90% desde meados do século passado. Gorila da montanha O gorila da montanha da República Democrática do Congo e o gorila encontrado na fronteira entre a Nigéria e os Camarões também são classificados como criticamente ameaçados, com números estimados em 700 e 250, respectivamente. Para os gorilas e os chimpanzés, a febre ebola aparece como uma ameaça significativa. Ainda não está claro por que o ebola está afetando tanto os símios, mas especialistas acreditam que isso pode ter relação com a eliminação das florestas. As doenças não são a única ameaça ao bem-estar dos chimpanzés, dos bonobos, seus parentes próximos, e dos gorilas. A caça e a eliminação de seu habitat natural pelo corte de madeira também são fatores importantes. Todos os países africanos nos quais vivem gorilas, chimpanzés e bonobos tiveram queda na cobertura florestal nos anos 1990. Preservação O prefácio do World Atlas, assinado pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, faz a defesa da preservação dos símios. ?Os grandes símios são próximos a nós?, diz ele. ?Como nós, eles têm consciência e culturas, ferramentas, políticas e remédios; eles podem aprender a usar a linguagem de sinais e manter conversações com pessoas e entre eles. Infelizmente, porém, não os tratamos com o respeito que eles merecem?, diz o prefácio.

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