SP quer ter geoparque para proteger um dos maiores reservatórios de água do planeta; veja onde


Projeto será apresentado na conferência da Unesco em setembro; Brasil tem outras cinco unidades já reconhecidas

Por Rariane Costa
Atualização:

São Paulo pode ter o primeiro geoparque do Estado com status conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na próxima Conferência Internacional da organização, em setembro, será apresentado o projeto do Geoparque Corumbataí. A aprovação nessa etapa é um importante marco para compor a lista de geoparques brasileiros junto a outras cinco unidades já reconhecidas.

Ainda que possam ser confundidos pelo público geral, os geoparques não têm relação com parques comuns. Enquanto os tradicionais parques são áreas dedicadas à recreação ou preservação natural apenas, os geoparques seguem definição específica.

São territórios reconhecidos pela Unesco como regiões mais amplas, que possuem importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica. Além de conseguirem combinar conservação com desenvolvimento sustentável.

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“A palavra geoparque traz em si uma estratégia de conservação tendo como mola propulsora o turismo”, explica Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, responsável por apresentar o projeto do Geoparque Corumbataí à Unesco.

A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí tem área de aproximadamente 1.700 km² e abriga uma população de cerca de 700 mil habitantes nos municípios de Analândia, Itirapina, Corumbataí, Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Ipeúna, Charqueada e Piracicaba, no interior paulista.

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Morro do Cuscuzeiro é a principal atração de Analândia, no interior paulista Foto: FELIPE RAU /ESTADÃO

A extensa área do Geoparque Corumbataí possui cachoeiras, mirantes, cavernas, pinturas rupestres e artefatos arqueológicos. Entre os atrativos turísticos está o Morro do Cuscuzeiro, em Analândia, uma elevação de aproximadamente 900 metros, dos quais cerca de 50 metros são de formação rochosa vertical. Destaque ainda para a Cachoeira Saltão, localizada em Itirapina, com a sua queda d’água e 75 metros.

Já em Rio Claro está a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). O local abriga o Museu do Eucalipto, a maior palmeira imperial do mundo, além de trilhas para caminhada e ciclismo.

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A parte norte da bacia do rio Corumbataí, que inclusive delimita o geoparque, é considerada área de recarga do Aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, que abrange os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Paraguai, Uruguai e Argentina.

Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), em Rio Claro, faz parte do projeto do Geoparque Corumbataí Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Além de todos esses atrativos e patrimônio geológico, um geoparque precisa unir os outros aspectos patrimoniais naturais, culturais e imateriais da área. Por isso, Perinotto destaca que um geoparque contribui em diversas frentes, movimentando a economia, educação e preservação ambiental. “Faz com que a região se desenvolva de uma maneira sustentável com ganhos econômicos como tem sido mostrado em todos os geoparques do mundo”, afirma.

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O Brasil já conta com cinco geoparques: Araripe (sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí), Caçapava do Sul (Rio Grande do Sul), Quarta Colônia (Rio Grande do Sul), Seridó (Rio Grande do Norte) e Caminhos dos Cânions (entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em todo o mundo, são 195 geoparques, em 48 países.

Processo seletivo

Antes da apresentação oficial para a Unesco em setembro no Marrocos, o comitê científico responsável pelo projeto precisou demonstrar interesse ao Ministério das Relações Internacionais, assim como preencher um checklist proposto pela entidade organizadora. Ao todo, 22 pessoas compõem o projeto, com representantes de universidades como Unesp, USP, Unicamp e UFSCar.

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Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, defenderá o projeto do Geoparque Corumbataí na conferência da Unesco Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Antes de receber a chancela oficial, o projeto passa, em caso de positiva na conferência, para o status de geoparque aspirante. Nesse momento é feita uma visita de delegados da organização que conferem a aderência aos critérios estabelecidos.

Aprovado o projeto em todas as etapas, finalmente é conferido o status de Geoparque Mundial da Unesco. A designação de geoparque, no entanto, é concedida por um período de apenas quatro anos. Após esse tempo, o funcionamento e a qualidade do geoparque são reexaminados em um processo de revalidação da chancela.

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“A expectativa é muito positiva. A gente espera que outros se engajem, o terceiro setor, essa parceria público-privada junto com prefeituras e universidades, todo mundo colaborando para fazer com que a comunidade toda se beneficie”, afirma Perinotto.

São Paulo pode ter o primeiro geoparque do Estado com status conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na próxima Conferência Internacional da organização, em setembro, será apresentado o projeto do Geoparque Corumbataí. A aprovação nessa etapa é um importante marco para compor a lista de geoparques brasileiros junto a outras cinco unidades já reconhecidas.

Ainda que possam ser confundidos pelo público geral, os geoparques não têm relação com parques comuns. Enquanto os tradicionais parques são áreas dedicadas à recreação ou preservação natural apenas, os geoparques seguem definição específica.

São territórios reconhecidos pela Unesco como regiões mais amplas, que possuem importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica. Além de conseguirem combinar conservação com desenvolvimento sustentável.

“A palavra geoparque traz em si uma estratégia de conservação tendo como mola propulsora o turismo”, explica Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, responsável por apresentar o projeto do Geoparque Corumbataí à Unesco.

A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí tem área de aproximadamente 1.700 km² e abriga uma população de cerca de 700 mil habitantes nos municípios de Analândia, Itirapina, Corumbataí, Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Ipeúna, Charqueada e Piracicaba, no interior paulista.

Morro do Cuscuzeiro é a principal atração de Analândia, no interior paulista Foto: FELIPE RAU /ESTADÃO

A extensa área do Geoparque Corumbataí possui cachoeiras, mirantes, cavernas, pinturas rupestres e artefatos arqueológicos. Entre os atrativos turísticos está o Morro do Cuscuzeiro, em Analândia, uma elevação de aproximadamente 900 metros, dos quais cerca de 50 metros são de formação rochosa vertical. Destaque ainda para a Cachoeira Saltão, localizada em Itirapina, com a sua queda d’água e 75 metros.

Já em Rio Claro está a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). O local abriga o Museu do Eucalipto, a maior palmeira imperial do mundo, além de trilhas para caminhada e ciclismo.

A parte norte da bacia do rio Corumbataí, que inclusive delimita o geoparque, é considerada área de recarga do Aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, que abrange os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Paraguai, Uruguai e Argentina.

Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), em Rio Claro, faz parte do projeto do Geoparque Corumbataí Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Além de todos esses atrativos e patrimônio geológico, um geoparque precisa unir os outros aspectos patrimoniais naturais, culturais e imateriais da área. Por isso, Perinotto destaca que um geoparque contribui em diversas frentes, movimentando a economia, educação e preservação ambiental. “Faz com que a região se desenvolva de uma maneira sustentável com ganhos econômicos como tem sido mostrado em todos os geoparques do mundo”, afirma.

O Brasil já conta com cinco geoparques: Araripe (sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí), Caçapava do Sul (Rio Grande do Sul), Quarta Colônia (Rio Grande do Sul), Seridó (Rio Grande do Norte) e Caminhos dos Cânions (entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em todo o mundo, são 195 geoparques, em 48 países.

Processo seletivo

Antes da apresentação oficial para a Unesco em setembro no Marrocos, o comitê científico responsável pelo projeto precisou demonstrar interesse ao Ministério das Relações Internacionais, assim como preencher um checklist proposto pela entidade organizadora. Ao todo, 22 pessoas compõem o projeto, com representantes de universidades como Unesp, USP, Unicamp e UFSCar.

Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, defenderá o projeto do Geoparque Corumbataí na conferência da Unesco Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Antes de receber a chancela oficial, o projeto passa, em caso de positiva na conferência, para o status de geoparque aspirante. Nesse momento é feita uma visita de delegados da organização que conferem a aderência aos critérios estabelecidos.

Aprovado o projeto em todas as etapas, finalmente é conferido o status de Geoparque Mundial da Unesco. A designação de geoparque, no entanto, é concedida por um período de apenas quatro anos. Após esse tempo, o funcionamento e a qualidade do geoparque são reexaminados em um processo de revalidação da chancela.

“A expectativa é muito positiva. A gente espera que outros se engajem, o terceiro setor, essa parceria público-privada junto com prefeituras e universidades, todo mundo colaborando para fazer com que a comunidade toda se beneficie”, afirma Perinotto.

São Paulo pode ter o primeiro geoparque do Estado com status conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na próxima Conferência Internacional da organização, em setembro, será apresentado o projeto do Geoparque Corumbataí. A aprovação nessa etapa é um importante marco para compor a lista de geoparques brasileiros junto a outras cinco unidades já reconhecidas.

Ainda que possam ser confundidos pelo público geral, os geoparques não têm relação com parques comuns. Enquanto os tradicionais parques são áreas dedicadas à recreação ou preservação natural apenas, os geoparques seguem definição específica.

São territórios reconhecidos pela Unesco como regiões mais amplas, que possuem importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica. Além de conseguirem combinar conservação com desenvolvimento sustentável.

“A palavra geoparque traz em si uma estratégia de conservação tendo como mola propulsora o turismo”, explica Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, responsável por apresentar o projeto do Geoparque Corumbataí à Unesco.

A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí tem área de aproximadamente 1.700 km² e abriga uma população de cerca de 700 mil habitantes nos municípios de Analândia, Itirapina, Corumbataí, Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Ipeúna, Charqueada e Piracicaba, no interior paulista.

Morro do Cuscuzeiro é a principal atração de Analândia, no interior paulista Foto: FELIPE RAU /ESTADÃO

A extensa área do Geoparque Corumbataí possui cachoeiras, mirantes, cavernas, pinturas rupestres e artefatos arqueológicos. Entre os atrativos turísticos está o Morro do Cuscuzeiro, em Analândia, uma elevação de aproximadamente 900 metros, dos quais cerca de 50 metros são de formação rochosa vertical. Destaque ainda para a Cachoeira Saltão, localizada em Itirapina, com a sua queda d’água e 75 metros.

Já em Rio Claro está a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). O local abriga o Museu do Eucalipto, a maior palmeira imperial do mundo, além de trilhas para caminhada e ciclismo.

A parte norte da bacia do rio Corumbataí, que inclusive delimita o geoparque, é considerada área de recarga do Aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, que abrange os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Paraguai, Uruguai e Argentina.

Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), em Rio Claro, faz parte do projeto do Geoparque Corumbataí Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Além de todos esses atrativos e patrimônio geológico, um geoparque precisa unir os outros aspectos patrimoniais naturais, culturais e imateriais da área. Por isso, Perinotto destaca que um geoparque contribui em diversas frentes, movimentando a economia, educação e preservação ambiental. “Faz com que a região se desenvolva de uma maneira sustentável com ganhos econômicos como tem sido mostrado em todos os geoparques do mundo”, afirma.

O Brasil já conta com cinco geoparques: Araripe (sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí), Caçapava do Sul (Rio Grande do Sul), Quarta Colônia (Rio Grande do Sul), Seridó (Rio Grande do Norte) e Caminhos dos Cânions (entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em todo o mundo, são 195 geoparques, em 48 países.

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Antes da apresentação oficial para a Unesco em setembro no Marrocos, o comitê científico responsável pelo projeto precisou demonstrar interesse ao Ministério das Relações Internacionais, assim como preencher um checklist proposto pela entidade organizadora. Ao todo, 22 pessoas compõem o projeto, com representantes de universidades como Unesp, USP, Unicamp e UFSCar.

Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, defenderá o projeto do Geoparque Corumbataí na conferência da Unesco Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Antes de receber a chancela oficial, o projeto passa, em caso de positiva na conferência, para o status de geoparque aspirante. Nesse momento é feita uma visita de delegados da organização que conferem a aderência aos critérios estabelecidos.

Aprovado o projeto em todas as etapas, finalmente é conferido o status de Geoparque Mundial da Unesco. A designação de geoparque, no entanto, é concedida por um período de apenas quatro anos. Após esse tempo, o funcionamento e a qualidade do geoparque são reexaminados em um processo de revalidação da chancela.

“A expectativa é muito positiva. A gente espera que outros se engajem, o terceiro setor, essa parceria público-privada junto com prefeituras e universidades, todo mundo colaborando para fazer com que a comunidade toda se beneficie”, afirma Perinotto.

São Paulo pode ter o primeiro geoparque do Estado com status conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na próxima Conferência Internacional da organização, em setembro, será apresentado o projeto do Geoparque Corumbataí. A aprovação nessa etapa é um importante marco para compor a lista de geoparques brasileiros junto a outras cinco unidades já reconhecidas.

Ainda que possam ser confundidos pelo público geral, os geoparques não têm relação com parques comuns. Enquanto os tradicionais parques são áreas dedicadas à recreação ou preservação natural apenas, os geoparques seguem definição específica.

São territórios reconhecidos pela Unesco como regiões mais amplas, que possuem importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica. Além de conseguirem combinar conservação com desenvolvimento sustentável.

“A palavra geoparque traz em si uma estratégia de conservação tendo como mola propulsora o turismo”, explica Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, responsável por apresentar o projeto do Geoparque Corumbataí à Unesco.

A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí tem área de aproximadamente 1.700 km² e abriga uma população de cerca de 700 mil habitantes nos municípios de Analândia, Itirapina, Corumbataí, Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Ipeúna, Charqueada e Piracicaba, no interior paulista.

Morro do Cuscuzeiro é a principal atração de Analândia, no interior paulista Foto: FELIPE RAU /ESTADÃO

A extensa área do Geoparque Corumbataí possui cachoeiras, mirantes, cavernas, pinturas rupestres e artefatos arqueológicos. Entre os atrativos turísticos está o Morro do Cuscuzeiro, em Analândia, uma elevação de aproximadamente 900 metros, dos quais cerca de 50 metros são de formação rochosa vertical. Destaque ainda para a Cachoeira Saltão, localizada em Itirapina, com a sua queda d’água e 75 metros.

Já em Rio Claro está a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). O local abriga o Museu do Eucalipto, a maior palmeira imperial do mundo, além de trilhas para caminhada e ciclismo.

A parte norte da bacia do rio Corumbataí, que inclusive delimita o geoparque, é considerada área de recarga do Aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, que abrange os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Paraguai, Uruguai e Argentina.

Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), em Rio Claro, faz parte do projeto do Geoparque Corumbataí Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Além de todos esses atrativos e patrimônio geológico, um geoparque precisa unir os outros aspectos patrimoniais naturais, culturais e imateriais da área. Por isso, Perinotto destaca que um geoparque contribui em diversas frentes, movimentando a economia, educação e preservação ambiental. “Faz com que a região se desenvolva de uma maneira sustentável com ganhos econômicos como tem sido mostrado em todos os geoparques do mundo”, afirma.

O Brasil já conta com cinco geoparques: Araripe (sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí), Caçapava do Sul (Rio Grande do Sul), Quarta Colônia (Rio Grande do Sul), Seridó (Rio Grande do Norte) e Caminhos dos Cânions (entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em todo o mundo, são 195 geoparques, em 48 países.

Processo seletivo

Antes da apresentação oficial para a Unesco em setembro no Marrocos, o comitê científico responsável pelo projeto precisou demonstrar interesse ao Ministério das Relações Internacionais, assim como preencher um checklist proposto pela entidade organizadora. Ao todo, 22 pessoas compõem o projeto, com representantes de universidades como Unesp, USP, Unicamp e UFSCar.

Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, defenderá o projeto do Geoparque Corumbataí na conferência da Unesco Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Antes de receber a chancela oficial, o projeto passa, em caso de positiva na conferência, para o status de geoparque aspirante. Nesse momento é feita uma visita de delegados da organização que conferem a aderência aos critérios estabelecidos.

Aprovado o projeto em todas as etapas, finalmente é conferido o status de Geoparque Mundial da Unesco. A designação de geoparque, no entanto, é concedida por um período de apenas quatro anos. Após esse tempo, o funcionamento e a qualidade do geoparque são reexaminados em um processo de revalidação da chancela.

“A expectativa é muito positiva. A gente espera que outros se engajem, o terceiro setor, essa parceria público-privada junto com prefeituras e universidades, todo mundo colaborando para fazer com que a comunidade toda se beneficie”, afirma Perinotto.

São Paulo pode ter o primeiro geoparque do Estado com status conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na próxima Conferência Internacional da organização, em setembro, será apresentado o projeto do Geoparque Corumbataí. A aprovação nessa etapa é um importante marco para compor a lista de geoparques brasileiros junto a outras cinco unidades já reconhecidas.

Ainda que possam ser confundidos pelo público geral, os geoparques não têm relação com parques comuns. Enquanto os tradicionais parques são áreas dedicadas à recreação ou preservação natural apenas, os geoparques seguem definição específica.

São territórios reconhecidos pela Unesco como regiões mais amplas, que possuem importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica. Além de conseguirem combinar conservação com desenvolvimento sustentável.

“A palavra geoparque traz em si uma estratégia de conservação tendo como mola propulsora o turismo”, explica Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, responsável por apresentar o projeto do Geoparque Corumbataí à Unesco.

A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí tem área de aproximadamente 1.700 km² e abriga uma população de cerca de 700 mil habitantes nos municípios de Analândia, Itirapina, Corumbataí, Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Ipeúna, Charqueada e Piracicaba, no interior paulista.

Morro do Cuscuzeiro é a principal atração de Analândia, no interior paulista Foto: FELIPE RAU /ESTADÃO

A extensa área do Geoparque Corumbataí possui cachoeiras, mirantes, cavernas, pinturas rupestres e artefatos arqueológicos. Entre os atrativos turísticos está o Morro do Cuscuzeiro, em Analândia, uma elevação de aproximadamente 900 metros, dos quais cerca de 50 metros são de formação rochosa vertical. Destaque ainda para a Cachoeira Saltão, localizada em Itirapina, com a sua queda d’água e 75 metros.

Já em Rio Claro está a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). O local abriga o Museu do Eucalipto, a maior palmeira imperial do mundo, além de trilhas para caminhada e ciclismo.

A parte norte da bacia do rio Corumbataí, que inclusive delimita o geoparque, é considerada área de recarga do Aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, que abrange os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Paraguai, Uruguai e Argentina.

Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), em Rio Claro, faz parte do projeto do Geoparque Corumbataí Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Além de todos esses atrativos e patrimônio geológico, um geoparque precisa unir os outros aspectos patrimoniais naturais, culturais e imateriais da área. Por isso, Perinotto destaca que um geoparque contribui em diversas frentes, movimentando a economia, educação e preservação ambiental. “Faz com que a região se desenvolva de uma maneira sustentável com ganhos econômicos como tem sido mostrado em todos os geoparques do mundo”, afirma.

O Brasil já conta com cinco geoparques: Araripe (sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí), Caçapava do Sul (Rio Grande do Sul), Quarta Colônia (Rio Grande do Sul), Seridó (Rio Grande do Norte) e Caminhos dos Cânions (entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em todo o mundo, são 195 geoparques, em 48 países.

Processo seletivo

Antes da apresentação oficial para a Unesco em setembro no Marrocos, o comitê científico responsável pelo projeto precisou demonstrar interesse ao Ministério das Relações Internacionais, assim como preencher um checklist proposto pela entidade organizadora. Ao todo, 22 pessoas compõem o projeto, com representantes de universidades como Unesp, USP, Unicamp e UFSCar.

Alexandre Perinotto, geólogo e professor da Unesp, defenderá o projeto do Geoparque Corumbataí na conferência da Unesco Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Antes de receber a chancela oficial, o projeto passa, em caso de positiva na conferência, para o status de geoparque aspirante. Nesse momento é feita uma visita de delegados da organização que conferem a aderência aos critérios estabelecidos.

Aprovado o projeto em todas as etapas, finalmente é conferido o status de Geoparque Mundial da Unesco. A designação de geoparque, no entanto, é concedida por um período de apenas quatro anos. Após esse tempo, o funcionamento e a qualidade do geoparque são reexaminados em um processo de revalidação da chancela.

“A expectativa é muito positiva. A gente espera que outros se engajem, o terceiro setor, essa parceria público-privada junto com prefeituras e universidades, todo mundo colaborando para fazer com que a comunidade toda se beneficie”, afirma Perinotto.

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