Superlua e eclipse parcial ocorrem juntos nesta terça; entenda fenômenos


Especialistas afirmam que simultaneidade de eventos é rara, mas alertam que nebulosidade e fumaça de queimadas podem comprometer a visualização

Por Caio Possati
Atualização:

Um conjunto de eventos astronômicos poderá ser visto, a olho nu, nesta terça-feira, 17, à noite em todo o Brasil. Fãs e astronomia e interessados em observar o céu terão a oportunidade de ver uma superlua, um eclipse lunar parcial e também a uma conjunção planetária envolvendo Saturno. Especialistas afirmam que a simultaneidade dos fenômenos é rara.

A superlua se caracteriza pelo evento no qual a Lua, satélite natural da Terra, aparenta ter aumentado de tamanho, ficando maior e 30% mais brilhante. Isso ocorre quando Lua, que rotaciona em torno do nosso planeta em órbita elíptica (e não circular), se posiciona no ponto mais próximo da Terra, chamado de Perigeu. Além disso, ocorre também quando a Lua se encontra em sua fase cheia. O próximo evento do tipo é previsto para 17 de outubro deste ano.

Conjunto de eventos astronômicos poderá ser visto, a olho nu em todo o Brasil. Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
continua após a publicidade

O eclipse lunar parcial ocorre quando a sombra da Terra, gerada pela luz solar, cobre parte da Lua, deixando-a obscurecida por alguns momentos. No caso desta terça-feira, a Lua terá 3,5% da sua área de disco encoberta, e a previsão é de que o evento poderá ser visto entre as 23h12 de terça e a 0h16 de quarta-feira.

“Apenas 0,085% do diâmetro da Lua será encoberto pela sombra da Terra, mas o mais significativo é a fração da área do disco da Lua a ser encoberta, e nesse caso será de 3,5%”, diz o professor Roberto Dell-Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP). “A visualização será difícil por conta da pequena fração da Lua oculta pela sombra da Terra, mas poderá ser vista, sim, desde que as condições meteorológicas permitam.”

Etapas do Eclipse Lunar de 17-18 de setembro de 2024 (horários de Brasília), conforme observatório da Unesp:

continua após a publicidade
  • Entrada da Lua na penumbra da Terra: 21:41 (dificilmente perceptível a olho nu)
  • Entrada da Lua na umbra: 23:13
  • Meio do eclipse: 23:44
  • Saída da Lua da umbra: 00:16
  • Saída da Lua da penumbra: 01:47

Antes de o eclipse parcial lunar despontar, os interessados também poderão observar a olho nu, no início da noite, uma conjunção planetária entre a Lua e Saturno, na constelação de Aquário. O evento está previsto para acontecer entre as 17h08 e as 21h08 pelo horário de Brasília. “Durante toda a noite Saturno e a Lua estarão muito próximos”, explica o professor Roberto Dell-Aglio.

continua após a publicidade

A fumaça dos incêndios que se espalham pelo Brasil e a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e encobriu o céu em parte do País podem, no entanto, dificultar a visualização dos fenômenos. “Se o céu estiver coberto pela fumaça das queimadas, vai ficar mais difícil de ver Saturno ou notar um brilho mais modesto da Lua. É capaz que, nos lugares mais afetados pelas queimadas, nem se perceba que esteja ocorrendo o eclipse”, afirma Cássio Barbosa, professor do departamento de Física da FEI, a Fundação Educacional Inaciana.

Dell-Aglio também acredita que a névoa ou a fumaça atrapalhem a possibilidade de ver os fenômenos com nitidez. “Quanto pior for a visibilidade do céu, mais difícil será de observar. Mas, como Saturno e a Lua são bem brilhantes, se não houver nuvens será possível ver, sim. Ainda que com qualidade pior.”

“Astronomicamente falando, esses evento por si só são comuns, mas os três ao mesmo tempo tornam a noite desta terça um fenômeno relativamente raro”, afirma o o professor Rodolfo Langhi, do Departamento de Física e Meteorologia da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

continua após a publicidade

Um conjunto de eventos astronômicos poderá ser visto, a olho nu, nesta terça-feira, 17, à noite em todo o Brasil. Fãs e astronomia e interessados em observar o céu terão a oportunidade de ver uma superlua, um eclipse lunar parcial e também a uma conjunção planetária envolvendo Saturno. Especialistas afirmam que a simultaneidade dos fenômenos é rara.

A superlua se caracteriza pelo evento no qual a Lua, satélite natural da Terra, aparenta ter aumentado de tamanho, ficando maior e 30% mais brilhante. Isso ocorre quando Lua, que rotaciona em torno do nosso planeta em órbita elíptica (e não circular), se posiciona no ponto mais próximo da Terra, chamado de Perigeu. Além disso, ocorre também quando a Lua se encontra em sua fase cheia. O próximo evento do tipo é previsto para 17 de outubro deste ano.

Conjunto de eventos astronômicos poderá ser visto, a olho nu em todo o Brasil. Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

O eclipse lunar parcial ocorre quando a sombra da Terra, gerada pela luz solar, cobre parte da Lua, deixando-a obscurecida por alguns momentos. No caso desta terça-feira, a Lua terá 3,5% da sua área de disco encoberta, e a previsão é de que o evento poderá ser visto entre as 23h12 de terça e a 0h16 de quarta-feira.

“Apenas 0,085% do diâmetro da Lua será encoberto pela sombra da Terra, mas o mais significativo é a fração da área do disco da Lua a ser encoberta, e nesse caso será de 3,5%”, diz o professor Roberto Dell-Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP). “A visualização será difícil por conta da pequena fração da Lua oculta pela sombra da Terra, mas poderá ser vista, sim, desde que as condições meteorológicas permitam.”

Etapas do Eclipse Lunar de 17-18 de setembro de 2024 (horários de Brasília), conforme observatório da Unesp:

  • Entrada da Lua na penumbra da Terra: 21:41 (dificilmente perceptível a olho nu)
  • Entrada da Lua na umbra: 23:13
  • Meio do eclipse: 23:44
  • Saída da Lua da umbra: 00:16
  • Saída da Lua da penumbra: 01:47

Antes de o eclipse parcial lunar despontar, os interessados também poderão observar a olho nu, no início da noite, uma conjunção planetária entre a Lua e Saturno, na constelação de Aquário. O evento está previsto para acontecer entre as 17h08 e as 21h08 pelo horário de Brasília. “Durante toda a noite Saturno e a Lua estarão muito próximos”, explica o professor Roberto Dell-Aglio.

A fumaça dos incêndios que se espalham pelo Brasil e a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e encobriu o céu em parte do País podem, no entanto, dificultar a visualização dos fenômenos. “Se o céu estiver coberto pela fumaça das queimadas, vai ficar mais difícil de ver Saturno ou notar um brilho mais modesto da Lua. É capaz que, nos lugares mais afetados pelas queimadas, nem se perceba que esteja ocorrendo o eclipse”, afirma Cássio Barbosa, professor do departamento de Física da FEI, a Fundação Educacional Inaciana.

Dell-Aglio também acredita que a névoa ou a fumaça atrapalhem a possibilidade de ver os fenômenos com nitidez. “Quanto pior for a visibilidade do céu, mais difícil será de observar. Mas, como Saturno e a Lua são bem brilhantes, se não houver nuvens será possível ver, sim. Ainda que com qualidade pior.”

“Astronomicamente falando, esses evento por si só são comuns, mas os três ao mesmo tempo tornam a noite desta terça um fenômeno relativamente raro”, afirma o o professor Rodolfo Langhi, do Departamento de Física e Meteorologia da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Um conjunto de eventos astronômicos poderá ser visto, a olho nu, nesta terça-feira, 17, à noite em todo o Brasil. Fãs e astronomia e interessados em observar o céu terão a oportunidade de ver uma superlua, um eclipse lunar parcial e também a uma conjunção planetária envolvendo Saturno. Especialistas afirmam que a simultaneidade dos fenômenos é rara.

A superlua se caracteriza pelo evento no qual a Lua, satélite natural da Terra, aparenta ter aumentado de tamanho, ficando maior e 30% mais brilhante. Isso ocorre quando Lua, que rotaciona em torno do nosso planeta em órbita elíptica (e não circular), se posiciona no ponto mais próximo da Terra, chamado de Perigeu. Além disso, ocorre também quando a Lua se encontra em sua fase cheia. O próximo evento do tipo é previsto para 17 de outubro deste ano.

Conjunto de eventos astronômicos poderá ser visto, a olho nu em todo o Brasil. Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

O eclipse lunar parcial ocorre quando a sombra da Terra, gerada pela luz solar, cobre parte da Lua, deixando-a obscurecida por alguns momentos. No caso desta terça-feira, a Lua terá 3,5% da sua área de disco encoberta, e a previsão é de que o evento poderá ser visto entre as 23h12 de terça e a 0h16 de quarta-feira.

“Apenas 0,085% do diâmetro da Lua será encoberto pela sombra da Terra, mas o mais significativo é a fração da área do disco da Lua a ser encoberta, e nesse caso será de 3,5%”, diz o professor Roberto Dell-Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP). “A visualização será difícil por conta da pequena fração da Lua oculta pela sombra da Terra, mas poderá ser vista, sim, desde que as condições meteorológicas permitam.”

Etapas do Eclipse Lunar de 17-18 de setembro de 2024 (horários de Brasília), conforme observatório da Unesp:

  • Entrada da Lua na penumbra da Terra: 21:41 (dificilmente perceptível a olho nu)
  • Entrada da Lua na umbra: 23:13
  • Meio do eclipse: 23:44
  • Saída da Lua da umbra: 00:16
  • Saída da Lua da penumbra: 01:47

Antes de o eclipse parcial lunar despontar, os interessados também poderão observar a olho nu, no início da noite, uma conjunção planetária entre a Lua e Saturno, na constelação de Aquário. O evento está previsto para acontecer entre as 17h08 e as 21h08 pelo horário de Brasília. “Durante toda a noite Saturno e a Lua estarão muito próximos”, explica o professor Roberto Dell-Aglio.

A fumaça dos incêndios que se espalham pelo Brasil e a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e encobriu o céu em parte do País podem, no entanto, dificultar a visualização dos fenômenos. “Se o céu estiver coberto pela fumaça das queimadas, vai ficar mais difícil de ver Saturno ou notar um brilho mais modesto da Lua. É capaz que, nos lugares mais afetados pelas queimadas, nem se perceba que esteja ocorrendo o eclipse”, afirma Cássio Barbosa, professor do departamento de Física da FEI, a Fundação Educacional Inaciana.

Dell-Aglio também acredita que a névoa ou a fumaça atrapalhem a possibilidade de ver os fenômenos com nitidez. “Quanto pior for a visibilidade do céu, mais difícil será de observar. Mas, como Saturno e a Lua são bem brilhantes, se não houver nuvens será possível ver, sim. Ainda que com qualidade pior.”

“Astronomicamente falando, esses evento por si só são comuns, mas os três ao mesmo tempo tornam a noite desta terça um fenômeno relativamente raro”, afirma o o professor Rodolfo Langhi, do Departamento de Física e Meteorologia da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.