‘Trabalho revela o que nos faz humanos’, diz brasileira que trabalhou com ganhador do Prêmio Nobel


Marília Zaluar Guimarães foi colega do cientista David Julius nos EUA e destaca que descoberta identificou ‘alvos’ para novos medicamentos

Por Roberta Jansen

RIO - A neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa (Idor), trabalhou diretamente com o cientista David Julius, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2021, na Universidade da Califórnia por quatro anos. Descreveu o colega como “brilhante” e saudou a conquista do Nobel. A láurea foi, dividida entre o ex-colega e o libanês naturalizado americano Ardem Patapoutian.

“A notícia que esperávamos há muitos anos”, disse Marília. “(O trabalho de Julius) Foi revolucionário, porque não tínhamos ideia de como os estímulos dolorosos eram transformados em linguagem dos neurônios, e ele mostrou como isso acontecia.”

A neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D'Or de Pesquisa (Idor) Foto: Arquivo pessoal
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Segundo ela, o trabalho revela parte importante do que “nos faz humanos”. Identifica como transformamos estímulo de dor em sinal elétrico. “O toque é fundamental em muitos aspectos, não só na dor, como alerta, obviamente, mas em parte do que nos faz humanos”, afirmou. “O toque das pessoas, do qual sentimos tanta falta no isolamento desta pandemia, é fundamental para funcionarmos em todos os aspectos, afetivamente e fisiologicamente.”

Por essa compreensão da dor, explica Marília, é possível usar os receptores como alvos. Seriam focos para novos medicamentos contra dores. Sobretudo para aliviar as mais difíceis de tratar. Como a neuropática, causada por lesão em um nervo.

“Tem mais de 80 estudos nesse sentido acontecendo neste momento”, conta. “Atualmente, para a dor crônica, usamos muito opióides, antidepressivos e corticoides que têm muitos efeitos adversos e podem causar dependência. Acreditamos que, com esse novo caminho, teremos menos efeitos colaterais.”

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O próprio grupo de Marília trabalha nesse campo. Estuda o caso de pacientes que sofrem de uma síndrome de epilepsia e apresentam dificuldade de ajuste na temperatura corporal. O tratamento atual é com o canabidiol. Mas ninguém sabe exatamente por que funciona. A aposta de Marília é que a substância atua no receptor descoberto por Julius.

RIO - A neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa (Idor), trabalhou diretamente com o cientista David Julius, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2021, na Universidade da Califórnia por quatro anos. Descreveu o colega como “brilhante” e saudou a conquista do Nobel. A láurea foi, dividida entre o ex-colega e o libanês naturalizado americano Ardem Patapoutian.

“A notícia que esperávamos há muitos anos”, disse Marília. “(O trabalho de Julius) Foi revolucionário, porque não tínhamos ideia de como os estímulos dolorosos eram transformados em linguagem dos neurônios, e ele mostrou como isso acontecia.”

A neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D'Or de Pesquisa (Idor) Foto: Arquivo pessoal

Segundo ela, o trabalho revela parte importante do que “nos faz humanos”. Identifica como transformamos estímulo de dor em sinal elétrico. “O toque é fundamental em muitos aspectos, não só na dor, como alerta, obviamente, mas em parte do que nos faz humanos”, afirmou. “O toque das pessoas, do qual sentimos tanta falta no isolamento desta pandemia, é fundamental para funcionarmos em todos os aspectos, afetivamente e fisiologicamente.”

Por essa compreensão da dor, explica Marília, é possível usar os receptores como alvos. Seriam focos para novos medicamentos contra dores. Sobretudo para aliviar as mais difíceis de tratar. Como a neuropática, causada por lesão em um nervo.

“Tem mais de 80 estudos nesse sentido acontecendo neste momento”, conta. “Atualmente, para a dor crônica, usamos muito opióides, antidepressivos e corticoides que têm muitos efeitos adversos e podem causar dependência. Acreditamos que, com esse novo caminho, teremos menos efeitos colaterais.”

O próprio grupo de Marília trabalha nesse campo. Estuda o caso de pacientes que sofrem de uma síndrome de epilepsia e apresentam dificuldade de ajuste na temperatura corporal. O tratamento atual é com o canabidiol. Mas ninguém sabe exatamente por que funciona. A aposta de Marília é que a substância atua no receptor descoberto por Julius.

RIO - A neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa (Idor), trabalhou diretamente com o cientista David Julius, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2021, na Universidade da Califórnia por quatro anos. Descreveu o colega como “brilhante” e saudou a conquista do Nobel. A láurea foi, dividida entre o ex-colega e o libanês naturalizado americano Ardem Patapoutian.

“A notícia que esperávamos há muitos anos”, disse Marília. “(O trabalho de Julius) Foi revolucionário, porque não tínhamos ideia de como os estímulos dolorosos eram transformados em linguagem dos neurônios, e ele mostrou como isso acontecia.”

A neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D'Or de Pesquisa (Idor) Foto: Arquivo pessoal

Segundo ela, o trabalho revela parte importante do que “nos faz humanos”. Identifica como transformamos estímulo de dor em sinal elétrico. “O toque é fundamental em muitos aspectos, não só na dor, como alerta, obviamente, mas em parte do que nos faz humanos”, afirmou. “O toque das pessoas, do qual sentimos tanta falta no isolamento desta pandemia, é fundamental para funcionarmos em todos os aspectos, afetivamente e fisiologicamente.”

Por essa compreensão da dor, explica Marília, é possível usar os receptores como alvos. Seriam focos para novos medicamentos contra dores. Sobretudo para aliviar as mais difíceis de tratar. Como a neuropática, causada por lesão em um nervo.

“Tem mais de 80 estudos nesse sentido acontecendo neste momento”, conta. “Atualmente, para a dor crônica, usamos muito opióides, antidepressivos e corticoides que têm muitos efeitos adversos e podem causar dependência. Acreditamos que, com esse novo caminho, teremos menos efeitos colaterais.”

O próprio grupo de Marília trabalha nesse campo. Estuda o caso de pacientes que sofrem de uma síndrome de epilepsia e apresentam dificuldade de ajuste na temperatura corporal. O tratamento atual é com o canabidiol. Mas ninguém sabe exatamente por que funciona. A aposta de Marília é que a substância atua no receptor descoberto por Julius.

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