Universidade em SP terá laboratório do futuro com residência em inteligência artificial


Ideia é usar IAs avançadas para projetos de extensão dos alunos com a comunidade e firmar parcerias com empresas. Estrutura teve financiamento de emendas parlamentares.

Por Isabela Moya
Atualização:

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) prevê inaugurar, no segundo semestre de 2025, o Laboratório do Futuro, espaço dedicado ao uso de inteligência artificial como ferramenta para resolução de problemas de diferentes áreas do conhecimento. Junto com o laboratório, a universidade estadual, uma das líderes em inovação no País, criará também um programa de residência, semelhante aos da área médica, com foco em capacitar profissionais para os diferentes usos de IA.

O laboratório funcionará em uma sala de 400 m² no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) e contará com um computador de alta capacidade. A construção ainda não foi iniciada, mas o espaço já foi alugado pela universidade e as obras devem ter início no primeiro trimestre do ano que vem, ficando prontas em cerca de três meses, segundo os coordenadores do projeto.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO
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A residência em inteligência artificial tem como objetivo atrair talentos e especializar profissionais em inteligência artificial - e não apenas da própria Unesp, mas também graduados em outras instituições.

Enquanto os residentes realizam um curso de especialização na Unesp sobre o tema, também trabalham no laboratório recebendo bolsas acadêmicas. O programa será em tempo integral, unindo estudo teórico e prática, mas detalhes de duração e forma de ingresso ainda não foram definidos.

“O plano é que o residente atue, na maior parte do tempo, em atividades práticas, propondo soluções baseadas em IA para as demandas que surgirem. Similar ao funcionamento de uma residência médica”, define o professor Denis Salvadeo, coordenador do laboratório.

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“A residência, a princípio, seria para quem é da área de TI (tecnologia da informação), especialmente, mas talvez sejam aceitos de áreas relacionadas, como engenharias, física, matemática e estatística. Para a residência, tem de saber programação de computadores e ter uma base matemática e de probabilidade e estatística de nível superior”, explica Salvadeo.

Diferentemente de muitos projetos de IA, que focam exclusivamente nas aplicações em áreas da tecnologia, a ideia do Laboratório do Futuro é servir a todas as áreas em que a universidade atua. Um exemplo é a aplicação no âmbito institucional da universidade, cita o professor Ney Lemke, que coordena o laboratório junto a Salvadeo.

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“Estamos trabalhando em um projeto para ajudar na consulta à legislação da Unesp, que é muito complexa, e temos um sistema que armazena todas as informações e a comunidade pode consultar de forma direta, fazendo perguntas à IA sobre ‘qual a norma da universidade para fazer tal coisa’ e a resposta vem em linguagem natural”, acrescenta Lemke.

Outra aplicação possível é na pedagogia, facilitando o ensino de idiomas nas escolas. “É possível testar a capacidade de os alunos lerem textos em outras línguas. Você pode gravar o que os alunos estão falando e, a partir de processamento de linguagem natural, detectar o nível de fluência que eles têm, solicitar exercícios para melhorarem, apoiar o ensino”, continua o professor.

“A inteligência artificial tem um monte de possibilidades, mas ainda restritas a um nicho pequeno. A ideia do laboratório é disseminar esses usos de forma mais simplificada e ágil possível”, resume.

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Já foram investidos R$ 8,167 milhões provenientes de convênio resultante de emenda parlamentar da Bancada de São Paulo, viabilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para bancar equipamentos e infraestrutura para o laboratório. Do total, R$ 8 milhões foram de repasse do governo federal, e R$ 167,8 mil corresponde à contrapartida da Unesp. Os coordenadores preveem mais repasses da Unesp na ordem de R$ 7 milhões a 12 milhões.

Diálogo com a comunidade

A ideia do Laboratório do Futuro é expandir o uso para fora dos muros da universidade não apenas por meio dos próprios alunos da Unesp, que podem usar ferramentas de IA em projetos de extensão, como também em diálogo direto do laboratório com empresas, órgãos governamentais e terceiro setor.

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Os coordenadores pensam em fechar parcerias com empresas, o que também serviria como forma de financiar a ampliação do projeto. “O laboratório está no Parque Tecnológico de São José dos Campos, porque tem foco em inovação. A ideia é participar desse ecossistema e contribuir com as empresas que estão lá. Não só as empresas, mas qualquer tipo de organização que tenha interesse em aplicar essa solução”, diz o professor.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

Terão, ainda, equipes, incluindo os residentes, responsáveis por captar as demandas da sociedade e ajudá-los a implementar soluções que envolvam inteligência artificial generativa e também outras técnicas “mais clássicas” de machine learning (aprendizado de máquina).

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A Universidade Estadual Paulista (Unesp) prevê inaugurar, no segundo semestre de 2025, o Laboratório do Futuro, espaço dedicado ao uso de inteligência artificial como ferramenta para resolução de problemas de diferentes áreas do conhecimento. Junto com o laboratório, a universidade estadual, uma das líderes em inovação no País, criará também um programa de residência, semelhante aos da área médica, com foco em capacitar profissionais para os diferentes usos de IA.

O laboratório funcionará em uma sala de 400 m² no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) e contará com um computador de alta capacidade. A construção ainda não foi iniciada, mas o espaço já foi alugado pela universidade e as obras devem ter início no primeiro trimestre do ano que vem, ficando prontas em cerca de três meses, segundo os coordenadores do projeto.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

A residência em inteligência artificial tem como objetivo atrair talentos e especializar profissionais em inteligência artificial - e não apenas da própria Unesp, mas também graduados em outras instituições.

Enquanto os residentes realizam um curso de especialização na Unesp sobre o tema, também trabalham no laboratório recebendo bolsas acadêmicas. O programa será em tempo integral, unindo estudo teórico e prática, mas detalhes de duração e forma de ingresso ainda não foram definidos.

“O plano é que o residente atue, na maior parte do tempo, em atividades práticas, propondo soluções baseadas em IA para as demandas que surgirem. Similar ao funcionamento de uma residência médica”, define o professor Denis Salvadeo, coordenador do laboratório.

“A residência, a princípio, seria para quem é da área de TI (tecnologia da informação), especialmente, mas talvez sejam aceitos de áreas relacionadas, como engenharias, física, matemática e estatística. Para a residência, tem de saber programação de computadores e ter uma base matemática e de probabilidade e estatística de nível superior”, explica Salvadeo.

Diferentemente de muitos projetos de IA, que focam exclusivamente nas aplicações em áreas da tecnologia, a ideia do Laboratório do Futuro é servir a todas as áreas em que a universidade atua. Um exemplo é a aplicação no âmbito institucional da universidade, cita o professor Ney Lemke, que coordena o laboratório junto a Salvadeo.

“Estamos trabalhando em um projeto para ajudar na consulta à legislação da Unesp, que é muito complexa, e temos um sistema que armazena todas as informações e a comunidade pode consultar de forma direta, fazendo perguntas à IA sobre ‘qual a norma da universidade para fazer tal coisa’ e a resposta vem em linguagem natural”, acrescenta Lemke.

Outra aplicação possível é na pedagogia, facilitando o ensino de idiomas nas escolas. “É possível testar a capacidade de os alunos lerem textos em outras línguas. Você pode gravar o que os alunos estão falando e, a partir de processamento de linguagem natural, detectar o nível de fluência que eles têm, solicitar exercícios para melhorarem, apoiar o ensino”, continua o professor.

“A inteligência artificial tem um monte de possibilidades, mas ainda restritas a um nicho pequeno. A ideia do laboratório é disseminar esses usos de forma mais simplificada e ágil possível”, resume.

Já foram investidos R$ 8,167 milhões provenientes de convênio resultante de emenda parlamentar da Bancada de São Paulo, viabilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para bancar equipamentos e infraestrutura para o laboratório. Do total, R$ 8 milhões foram de repasse do governo federal, e R$ 167,8 mil corresponde à contrapartida da Unesp. Os coordenadores preveem mais repasses da Unesp na ordem de R$ 7 milhões a 12 milhões.

Diálogo com a comunidade

A ideia do Laboratório do Futuro é expandir o uso para fora dos muros da universidade não apenas por meio dos próprios alunos da Unesp, que podem usar ferramentas de IA em projetos de extensão, como também em diálogo direto do laboratório com empresas, órgãos governamentais e terceiro setor.

Os coordenadores pensam em fechar parcerias com empresas, o que também serviria como forma de financiar a ampliação do projeto. “O laboratório está no Parque Tecnológico de São José dos Campos, porque tem foco em inovação. A ideia é participar desse ecossistema e contribuir com as empresas que estão lá. Não só as empresas, mas qualquer tipo de organização que tenha interesse em aplicar essa solução”, diz o professor.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

Terão, ainda, equipes, incluindo os residentes, responsáveis por captar as demandas da sociedade e ajudá-los a implementar soluções que envolvam inteligência artificial generativa e também outras técnicas “mais clássicas” de machine learning (aprendizado de máquina).

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) prevê inaugurar, no segundo semestre de 2025, o Laboratório do Futuro, espaço dedicado ao uso de inteligência artificial como ferramenta para resolução de problemas de diferentes áreas do conhecimento. Junto com o laboratório, a universidade estadual, uma das líderes em inovação no País, criará também um programa de residência, semelhante aos da área médica, com foco em capacitar profissionais para os diferentes usos de IA.

O laboratório funcionará em uma sala de 400 m² no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) e contará com um computador de alta capacidade. A construção ainda não foi iniciada, mas o espaço já foi alugado pela universidade e as obras devem ter início no primeiro trimestre do ano que vem, ficando prontas em cerca de três meses, segundo os coordenadores do projeto.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

A residência em inteligência artificial tem como objetivo atrair talentos e especializar profissionais em inteligência artificial - e não apenas da própria Unesp, mas também graduados em outras instituições.

Enquanto os residentes realizam um curso de especialização na Unesp sobre o tema, também trabalham no laboratório recebendo bolsas acadêmicas. O programa será em tempo integral, unindo estudo teórico e prática, mas detalhes de duração e forma de ingresso ainda não foram definidos.

“O plano é que o residente atue, na maior parte do tempo, em atividades práticas, propondo soluções baseadas em IA para as demandas que surgirem. Similar ao funcionamento de uma residência médica”, define o professor Denis Salvadeo, coordenador do laboratório.

“A residência, a princípio, seria para quem é da área de TI (tecnologia da informação), especialmente, mas talvez sejam aceitos de áreas relacionadas, como engenharias, física, matemática e estatística. Para a residência, tem de saber programação de computadores e ter uma base matemática e de probabilidade e estatística de nível superior”, explica Salvadeo.

Diferentemente de muitos projetos de IA, que focam exclusivamente nas aplicações em áreas da tecnologia, a ideia do Laboratório do Futuro é servir a todas as áreas em que a universidade atua. Um exemplo é a aplicação no âmbito institucional da universidade, cita o professor Ney Lemke, que coordena o laboratório junto a Salvadeo.

“Estamos trabalhando em um projeto para ajudar na consulta à legislação da Unesp, que é muito complexa, e temos um sistema que armazena todas as informações e a comunidade pode consultar de forma direta, fazendo perguntas à IA sobre ‘qual a norma da universidade para fazer tal coisa’ e a resposta vem em linguagem natural”, acrescenta Lemke.

Outra aplicação possível é na pedagogia, facilitando o ensino de idiomas nas escolas. “É possível testar a capacidade de os alunos lerem textos em outras línguas. Você pode gravar o que os alunos estão falando e, a partir de processamento de linguagem natural, detectar o nível de fluência que eles têm, solicitar exercícios para melhorarem, apoiar o ensino”, continua o professor.

“A inteligência artificial tem um monte de possibilidades, mas ainda restritas a um nicho pequeno. A ideia do laboratório é disseminar esses usos de forma mais simplificada e ágil possível”, resume.

Já foram investidos R$ 8,167 milhões provenientes de convênio resultante de emenda parlamentar da Bancada de São Paulo, viabilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para bancar equipamentos e infraestrutura para o laboratório. Do total, R$ 8 milhões foram de repasse do governo federal, e R$ 167,8 mil corresponde à contrapartida da Unesp. Os coordenadores preveem mais repasses da Unesp na ordem de R$ 7 milhões a 12 milhões.

Diálogo com a comunidade

A ideia do Laboratório do Futuro é expandir o uso para fora dos muros da universidade não apenas por meio dos próprios alunos da Unesp, que podem usar ferramentas de IA em projetos de extensão, como também em diálogo direto do laboratório com empresas, órgãos governamentais e terceiro setor.

Os coordenadores pensam em fechar parcerias com empresas, o que também serviria como forma de financiar a ampliação do projeto. “O laboratório está no Parque Tecnológico de São José dos Campos, porque tem foco em inovação. A ideia é participar desse ecossistema e contribuir com as empresas que estão lá. Não só as empresas, mas qualquer tipo de organização que tenha interesse em aplicar essa solução”, diz o professor.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

Terão, ainda, equipes, incluindo os residentes, responsáveis por captar as demandas da sociedade e ajudá-los a implementar soluções que envolvam inteligência artificial generativa e também outras técnicas “mais clássicas” de machine learning (aprendizado de máquina).

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) prevê inaugurar, no segundo semestre de 2025, o Laboratório do Futuro, espaço dedicado ao uso de inteligência artificial como ferramenta para resolução de problemas de diferentes áreas do conhecimento. Junto com o laboratório, a universidade estadual, uma das líderes em inovação no País, criará também um programa de residência, semelhante aos da área médica, com foco em capacitar profissionais para os diferentes usos de IA.

O laboratório funcionará em uma sala de 400 m² no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) e contará com um computador de alta capacidade. A construção ainda não foi iniciada, mas o espaço já foi alugado pela universidade e as obras devem ter início no primeiro trimestre do ano que vem, ficando prontas em cerca de três meses, segundo os coordenadores do projeto.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

A residência em inteligência artificial tem como objetivo atrair talentos e especializar profissionais em inteligência artificial - e não apenas da própria Unesp, mas também graduados em outras instituições.

Enquanto os residentes realizam um curso de especialização na Unesp sobre o tema, também trabalham no laboratório recebendo bolsas acadêmicas. O programa será em tempo integral, unindo estudo teórico e prática, mas detalhes de duração e forma de ingresso ainda não foram definidos.

“O plano é que o residente atue, na maior parte do tempo, em atividades práticas, propondo soluções baseadas em IA para as demandas que surgirem. Similar ao funcionamento de uma residência médica”, define o professor Denis Salvadeo, coordenador do laboratório.

“A residência, a princípio, seria para quem é da área de TI (tecnologia da informação), especialmente, mas talvez sejam aceitos de áreas relacionadas, como engenharias, física, matemática e estatística. Para a residência, tem de saber programação de computadores e ter uma base matemática e de probabilidade e estatística de nível superior”, explica Salvadeo.

Diferentemente de muitos projetos de IA, que focam exclusivamente nas aplicações em áreas da tecnologia, a ideia do Laboratório do Futuro é servir a todas as áreas em que a universidade atua. Um exemplo é a aplicação no âmbito institucional da universidade, cita o professor Ney Lemke, que coordena o laboratório junto a Salvadeo.

“Estamos trabalhando em um projeto para ajudar na consulta à legislação da Unesp, que é muito complexa, e temos um sistema que armazena todas as informações e a comunidade pode consultar de forma direta, fazendo perguntas à IA sobre ‘qual a norma da universidade para fazer tal coisa’ e a resposta vem em linguagem natural”, acrescenta Lemke.

Outra aplicação possível é na pedagogia, facilitando o ensino de idiomas nas escolas. “É possível testar a capacidade de os alunos lerem textos em outras línguas. Você pode gravar o que os alunos estão falando e, a partir de processamento de linguagem natural, detectar o nível de fluência que eles têm, solicitar exercícios para melhorarem, apoiar o ensino”, continua o professor.

“A inteligência artificial tem um monte de possibilidades, mas ainda restritas a um nicho pequeno. A ideia do laboratório é disseminar esses usos de forma mais simplificada e ágil possível”, resume.

Já foram investidos R$ 8,167 milhões provenientes de convênio resultante de emenda parlamentar da Bancada de São Paulo, viabilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para bancar equipamentos e infraestrutura para o laboratório. Do total, R$ 8 milhões foram de repasse do governo federal, e R$ 167,8 mil corresponde à contrapartida da Unesp. Os coordenadores preveem mais repasses da Unesp na ordem de R$ 7 milhões a 12 milhões.

Diálogo com a comunidade

A ideia do Laboratório do Futuro é expandir o uso para fora dos muros da universidade não apenas por meio dos próprios alunos da Unesp, que podem usar ferramentas de IA em projetos de extensão, como também em diálogo direto do laboratório com empresas, órgãos governamentais e terceiro setor.

Os coordenadores pensam em fechar parcerias com empresas, o que também serviria como forma de financiar a ampliação do projeto. “O laboratório está no Parque Tecnológico de São José dos Campos, porque tem foco em inovação. A ideia é participar desse ecossistema e contribuir com as empresas que estão lá. Não só as empresas, mas qualquer tipo de organização que tenha interesse em aplicar essa solução”, diz o professor.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

Terão, ainda, equipes, incluindo os residentes, responsáveis por captar as demandas da sociedade e ajudá-los a implementar soluções que envolvam inteligência artificial generativa e também outras técnicas “mais clássicas” de machine learning (aprendizado de máquina).

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) prevê inaugurar, no segundo semestre de 2025, o Laboratório do Futuro, espaço dedicado ao uso de inteligência artificial como ferramenta para resolução de problemas de diferentes áreas do conhecimento. Junto com o laboratório, a universidade estadual, uma das líderes em inovação no País, criará também um programa de residência, semelhante aos da área médica, com foco em capacitar profissionais para os diferentes usos de IA.

O laboratório funcionará em uma sala de 400 m² no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) e contará com um computador de alta capacidade. A construção ainda não foi iniciada, mas o espaço já foi alugado pela universidade e as obras devem ter início no primeiro trimestre do ano que vem, ficando prontas em cerca de três meses, segundo os coordenadores do projeto.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

A residência em inteligência artificial tem como objetivo atrair talentos e especializar profissionais em inteligência artificial - e não apenas da própria Unesp, mas também graduados em outras instituições.

Enquanto os residentes realizam um curso de especialização na Unesp sobre o tema, também trabalham no laboratório recebendo bolsas acadêmicas. O programa será em tempo integral, unindo estudo teórico e prática, mas detalhes de duração e forma de ingresso ainda não foram definidos.

“O plano é que o residente atue, na maior parte do tempo, em atividades práticas, propondo soluções baseadas em IA para as demandas que surgirem. Similar ao funcionamento de uma residência médica”, define o professor Denis Salvadeo, coordenador do laboratório.

“A residência, a princípio, seria para quem é da área de TI (tecnologia da informação), especialmente, mas talvez sejam aceitos de áreas relacionadas, como engenharias, física, matemática e estatística. Para a residência, tem de saber programação de computadores e ter uma base matemática e de probabilidade e estatística de nível superior”, explica Salvadeo.

Diferentemente de muitos projetos de IA, que focam exclusivamente nas aplicações em áreas da tecnologia, a ideia do Laboratório do Futuro é servir a todas as áreas em que a universidade atua. Um exemplo é a aplicação no âmbito institucional da universidade, cita o professor Ney Lemke, que coordena o laboratório junto a Salvadeo.

“Estamos trabalhando em um projeto para ajudar na consulta à legislação da Unesp, que é muito complexa, e temos um sistema que armazena todas as informações e a comunidade pode consultar de forma direta, fazendo perguntas à IA sobre ‘qual a norma da universidade para fazer tal coisa’ e a resposta vem em linguagem natural”, acrescenta Lemke.

Outra aplicação possível é na pedagogia, facilitando o ensino de idiomas nas escolas. “É possível testar a capacidade de os alunos lerem textos em outras línguas. Você pode gravar o que os alunos estão falando e, a partir de processamento de linguagem natural, detectar o nível de fluência que eles têm, solicitar exercícios para melhorarem, apoiar o ensino”, continua o professor.

“A inteligência artificial tem um monte de possibilidades, mas ainda restritas a um nicho pequeno. A ideia do laboratório é disseminar esses usos de forma mais simplificada e ágil possível”, resume.

Já foram investidos R$ 8,167 milhões provenientes de convênio resultante de emenda parlamentar da Bancada de São Paulo, viabilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para bancar equipamentos e infraestrutura para o laboratório. Do total, R$ 8 milhões foram de repasse do governo federal, e R$ 167,8 mil corresponde à contrapartida da Unesp. Os coordenadores preveem mais repasses da Unesp na ordem de R$ 7 milhões a 12 milhões.

Diálogo com a comunidade

A ideia do Laboratório do Futuro é expandir o uso para fora dos muros da universidade não apenas por meio dos próprios alunos da Unesp, que podem usar ferramentas de IA em projetos de extensão, como também em diálogo direto do laboratório com empresas, órgãos governamentais e terceiro setor.

Os coordenadores pensam em fechar parcerias com empresas, o que também serviria como forma de financiar a ampliação do projeto. “O laboratório está no Parque Tecnológico de São José dos Campos, porque tem foco em inovação. A ideia é participar desse ecossistema e contribuir com as empresas que estão lá. Não só as empresas, mas qualquer tipo de organização que tenha interesse em aplicar essa solução”, diz o professor.

Projeto do Laboratório do Futuro da Unesp, que ficará no Parque Tecnológico de São José dos Campos Foto: 3FSTUDIO CRIATIVO

Terão, ainda, equipes, incluindo os residentes, responsáveis por captar as demandas da sociedade e ajudá-los a implementar soluções que envolvam inteligência artificial generativa e também outras técnicas “mais clássicas” de machine learning (aprendizado de máquina).

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