Vidros em Hiroshima dão pistas de formação primeiros sólidos do sistema solar


Materiais encontrados na praia da cidade japonesa após explosão da bomba atômica são ricos em isótopos de Oxigênio-16, também encontrados em meteoritos primitivos

Por Ramana Rech

Pesquisadores de universidades da Europa descobriram que a formação de vidros na baía de Hiroshima após o lançamento da bomba atômica pode ser considerada uma analogia das primeiras condensações do sistema solar.

Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançou a primeira bomba atômica do mundo na cidade Hiroshima, no Japão. O evento deixou a cidade destruída, 140 mil mortos e problemas de saúde aos sobreviventes. Ficaram também detritos como esferas de vidro nas praias da cidade.

Os autores analisaram 94 dessas amostras e publicaram os achados na revista Earth and Planetary Science Letters. Os vidros foram encontrados pelo cientista Mario Wannier em uma pesquisa sedimentológica nas praias de Hiroshima. Os pesquisadores observaram as composições químicas e dos isótopos triplos de oxigênio e silício.

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Imagem dos vidros encontrados em Hiroshima analisados em microscópio Foto: Reprodução/Asset et al., EPSL, 2024

Eles identificaram que os vidros continham inclusões ricas em cálcio e alumínio (ou, pela sigla, CAI). As composições indicam que os vidros se formaram por meio da condensação rápida (entre 1,5 e 5,5 segundos) dentro do calor provocado pela bomba.

Esses compostos compartilham semelhanças com as CAIs de meteoritos primitivos. Por exemplo, ambos são ricos em isótopos de oxigênio-16. A formação dos CAIs ricos em O-16 é descrita com frequência como resultado do atravessamento de raios ultravioleta em uma nuvem molecular ou da nebulosa solar. Mas os pesquisadores também consideram que essa formação pode vir de mecanismos específicos de condensação.

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O impacto de meteoritos e de explosões nucleares são eventos semelhantes que envolvem alta energia e resultam em produtos feitos de vidro.

A formação dos primeiros sólidos do sistema solar é descrita como consequente de um estágio de altas temperaturas em que a poeira interestelar se misturou com gás de nebulosa e, em seguida, as substâncias evaporaram.

Durante o resfriamento, surgiram os primeiros minerais refratários, ricos em alumínio e cálcio. Essas composições estão presentes em condritos, considerados meteoritos mais primitivos.

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Os ambientes de formação dos primeiros meteoritos se diferenciam em termos de temperatura e pressão. No caso de Hiroshima, as temperaturas e a pressão foram mais altas. Além disso, na cidade japonesa, os eventos ocorreram em alguns minutos, enquanto no sistema solar o processo durou vários anos. Ainda assim, a pesquisa pode ajudar a compreender a origem do sistema solar.

  • Ao reconstruir a formação dos vidros em Hiroshima, a equipe de pesquisadores calculou que a explosão da bomba ocorreu a 580 metros acima da cidade, de forma que não houve formação de cratera.
  • A temperatura sofreu uma queda brusca em 10 segundos e interrompeu a vaporização que ocorria. Já a alta pressão provocada pela bomba também cessou e voltou a se igualar a da atmosfera em 35 segundos.

Entre meio e dois segundos depois da explosão, os materiais da cidade, como concreto, ferro e alumínio foram vaporizados e misturados a areia, água do rio e atmosfera. O resultado desse processo foram os vidros encontrados na praia.

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Pesquisadores de universidades da Europa descobriram que a formação de vidros na baía de Hiroshima após o lançamento da bomba atômica pode ser considerada uma analogia das primeiras condensações do sistema solar.

Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançou a primeira bomba atômica do mundo na cidade Hiroshima, no Japão. O evento deixou a cidade destruída, 140 mil mortos e problemas de saúde aos sobreviventes. Ficaram também detritos como esferas de vidro nas praias da cidade.

Os autores analisaram 94 dessas amostras e publicaram os achados na revista Earth and Planetary Science Letters. Os vidros foram encontrados pelo cientista Mario Wannier em uma pesquisa sedimentológica nas praias de Hiroshima. Os pesquisadores observaram as composições químicas e dos isótopos triplos de oxigênio e silício.

Imagem dos vidros encontrados em Hiroshima analisados em microscópio Foto: Reprodução/Asset et al., EPSL, 2024

Eles identificaram que os vidros continham inclusões ricas em cálcio e alumínio (ou, pela sigla, CAI). As composições indicam que os vidros se formaram por meio da condensação rápida (entre 1,5 e 5,5 segundos) dentro do calor provocado pela bomba.

Esses compostos compartilham semelhanças com as CAIs de meteoritos primitivos. Por exemplo, ambos são ricos em isótopos de oxigênio-16. A formação dos CAIs ricos em O-16 é descrita com frequência como resultado do atravessamento de raios ultravioleta em uma nuvem molecular ou da nebulosa solar. Mas os pesquisadores também consideram que essa formação pode vir de mecanismos específicos de condensação.

O impacto de meteoritos e de explosões nucleares são eventos semelhantes que envolvem alta energia e resultam em produtos feitos de vidro.

A formação dos primeiros sólidos do sistema solar é descrita como consequente de um estágio de altas temperaturas em que a poeira interestelar se misturou com gás de nebulosa e, em seguida, as substâncias evaporaram.

Durante o resfriamento, surgiram os primeiros minerais refratários, ricos em alumínio e cálcio. Essas composições estão presentes em condritos, considerados meteoritos mais primitivos.

Os ambientes de formação dos primeiros meteoritos se diferenciam em termos de temperatura e pressão. No caso de Hiroshima, as temperaturas e a pressão foram mais altas. Além disso, na cidade japonesa, os eventos ocorreram em alguns minutos, enquanto no sistema solar o processo durou vários anos. Ainda assim, a pesquisa pode ajudar a compreender a origem do sistema solar.

  • Ao reconstruir a formação dos vidros em Hiroshima, a equipe de pesquisadores calculou que a explosão da bomba ocorreu a 580 metros acima da cidade, de forma que não houve formação de cratera.
  • A temperatura sofreu uma queda brusca em 10 segundos e interrompeu a vaporização que ocorria. Já a alta pressão provocada pela bomba também cessou e voltou a se igualar a da atmosfera em 35 segundos.

Entre meio e dois segundos depois da explosão, os materiais da cidade, como concreto, ferro e alumínio foram vaporizados e misturados a areia, água do rio e atmosfera. O resultado desse processo foram os vidros encontrados na praia.

Pesquisadores de universidades da Europa descobriram que a formação de vidros na baía de Hiroshima após o lançamento da bomba atômica pode ser considerada uma analogia das primeiras condensações do sistema solar.

Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançou a primeira bomba atômica do mundo na cidade Hiroshima, no Japão. O evento deixou a cidade destruída, 140 mil mortos e problemas de saúde aos sobreviventes. Ficaram também detritos como esferas de vidro nas praias da cidade.

Os autores analisaram 94 dessas amostras e publicaram os achados na revista Earth and Planetary Science Letters. Os vidros foram encontrados pelo cientista Mario Wannier em uma pesquisa sedimentológica nas praias de Hiroshima. Os pesquisadores observaram as composições químicas e dos isótopos triplos de oxigênio e silício.

Imagem dos vidros encontrados em Hiroshima analisados em microscópio Foto: Reprodução/Asset et al., EPSL, 2024

Eles identificaram que os vidros continham inclusões ricas em cálcio e alumínio (ou, pela sigla, CAI). As composições indicam que os vidros se formaram por meio da condensação rápida (entre 1,5 e 5,5 segundos) dentro do calor provocado pela bomba.

Esses compostos compartilham semelhanças com as CAIs de meteoritos primitivos. Por exemplo, ambos são ricos em isótopos de oxigênio-16. A formação dos CAIs ricos em O-16 é descrita com frequência como resultado do atravessamento de raios ultravioleta em uma nuvem molecular ou da nebulosa solar. Mas os pesquisadores também consideram que essa formação pode vir de mecanismos específicos de condensação.

O impacto de meteoritos e de explosões nucleares são eventos semelhantes que envolvem alta energia e resultam em produtos feitos de vidro.

A formação dos primeiros sólidos do sistema solar é descrita como consequente de um estágio de altas temperaturas em que a poeira interestelar se misturou com gás de nebulosa e, em seguida, as substâncias evaporaram.

Durante o resfriamento, surgiram os primeiros minerais refratários, ricos em alumínio e cálcio. Essas composições estão presentes em condritos, considerados meteoritos mais primitivos.

Os ambientes de formação dos primeiros meteoritos se diferenciam em termos de temperatura e pressão. No caso de Hiroshima, as temperaturas e a pressão foram mais altas. Além disso, na cidade japonesa, os eventos ocorreram em alguns minutos, enquanto no sistema solar o processo durou vários anos. Ainda assim, a pesquisa pode ajudar a compreender a origem do sistema solar.

  • Ao reconstruir a formação dos vidros em Hiroshima, a equipe de pesquisadores calculou que a explosão da bomba ocorreu a 580 metros acima da cidade, de forma que não houve formação de cratera.
  • A temperatura sofreu uma queda brusca em 10 segundos e interrompeu a vaporização que ocorria. Já a alta pressão provocada pela bomba também cessou e voltou a se igualar a da atmosfera em 35 segundos.

Entre meio e dois segundos depois da explosão, os materiais da cidade, como concreto, ferro e alumínio foram vaporizados e misturados a areia, água do rio e atmosfera. O resultado desse processo foram os vidros encontrados na praia.

Pesquisadores de universidades da Europa descobriram que a formação de vidros na baía de Hiroshima após o lançamento da bomba atômica pode ser considerada uma analogia das primeiras condensações do sistema solar.

Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançou a primeira bomba atômica do mundo na cidade Hiroshima, no Japão. O evento deixou a cidade destruída, 140 mil mortos e problemas de saúde aos sobreviventes. Ficaram também detritos como esferas de vidro nas praias da cidade.

Os autores analisaram 94 dessas amostras e publicaram os achados na revista Earth and Planetary Science Letters. Os vidros foram encontrados pelo cientista Mario Wannier em uma pesquisa sedimentológica nas praias de Hiroshima. Os pesquisadores observaram as composições químicas e dos isótopos triplos de oxigênio e silício.

Imagem dos vidros encontrados em Hiroshima analisados em microscópio Foto: Reprodução/Asset et al., EPSL, 2024

Eles identificaram que os vidros continham inclusões ricas em cálcio e alumínio (ou, pela sigla, CAI). As composições indicam que os vidros se formaram por meio da condensação rápida (entre 1,5 e 5,5 segundos) dentro do calor provocado pela bomba.

Esses compostos compartilham semelhanças com as CAIs de meteoritos primitivos. Por exemplo, ambos são ricos em isótopos de oxigênio-16. A formação dos CAIs ricos em O-16 é descrita com frequência como resultado do atravessamento de raios ultravioleta em uma nuvem molecular ou da nebulosa solar. Mas os pesquisadores também consideram que essa formação pode vir de mecanismos específicos de condensação.

O impacto de meteoritos e de explosões nucleares são eventos semelhantes que envolvem alta energia e resultam em produtos feitos de vidro.

A formação dos primeiros sólidos do sistema solar é descrita como consequente de um estágio de altas temperaturas em que a poeira interestelar se misturou com gás de nebulosa e, em seguida, as substâncias evaporaram.

Durante o resfriamento, surgiram os primeiros minerais refratários, ricos em alumínio e cálcio. Essas composições estão presentes em condritos, considerados meteoritos mais primitivos.

Os ambientes de formação dos primeiros meteoritos se diferenciam em termos de temperatura e pressão. No caso de Hiroshima, as temperaturas e a pressão foram mais altas. Além disso, na cidade japonesa, os eventos ocorreram em alguns minutos, enquanto no sistema solar o processo durou vários anos. Ainda assim, a pesquisa pode ajudar a compreender a origem do sistema solar.

  • Ao reconstruir a formação dos vidros em Hiroshima, a equipe de pesquisadores calculou que a explosão da bomba ocorreu a 580 metros acima da cidade, de forma que não houve formação de cratera.
  • A temperatura sofreu uma queda brusca em 10 segundos e interrompeu a vaporização que ocorria. Já a alta pressão provocada pela bomba também cessou e voltou a se igualar a da atmosfera em 35 segundos.

Entre meio e dois segundos depois da explosão, os materiais da cidade, como concreto, ferro e alumínio foram vaporizados e misturados a areia, água do rio e atmosfera. O resultado desse processo foram os vidros encontrados na praia.

Pesquisadores de universidades da Europa descobriram que a formação de vidros na baía de Hiroshima após o lançamento da bomba atômica pode ser considerada uma analogia das primeiras condensações do sistema solar.

Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançou a primeira bomba atômica do mundo na cidade Hiroshima, no Japão. O evento deixou a cidade destruída, 140 mil mortos e problemas de saúde aos sobreviventes. Ficaram também detritos como esferas de vidro nas praias da cidade.

Os autores analisaram 94 dessas amostras e publicaram os achados na revista Earth and Planetary Science Letters. Os vidros foram encontrados pelo cientista Mario Wannier em uma pesquisa sedimentológica nas praias de Hiroshima. Os pesquisadores observaram as composições químicas e dos isótopos triplos de oxigênio e silício.

Imagem dos vidros encontrados em Hiroshima analisados em microscópio Foto: Reprodução/Asset et al., EPSL, 2024

Eles identificaram que os vidros continham inclusões ricas em cálcio e alumínio (ou, pela sigla, CAI). As composições indicam que os vidros se formaram por meio da condensação rápida (entre 1,5 e 5,5 segundos) dentro do calor provocado pela bomba.

Esses compostos compartilham semelhanças com as CAIs de meteoritos primitivos. Por exemplo, ambos são ricos em isótopos de oxigênio-16. A formação dos CAIs ricos em O-16 é descrita com frequência como resultado do atravessamento de raios ultravioleta em uma nuvem molecular ou da nebulosa solar. Mas os pesquisadores também consideram que essa formação pode vir de mecanismos específicos de condensação.

O impacto de meteoritos e de explosões nucleares são eventos semelhantes que envolvem alta energia e resultam em produtos feitos de vidro.

A formação dos primeiros sólidos do sistema solar é descrita como consequente de um estágio de altas temperaturas em que a poeira interestelar se misturou com gás de nebulosa e, em seguida, as substâncias evaporaram.

Durante o resfriamento, surgiram os primeiros minerais refratários, ricos em alumínio e cálcio. Essas composições estão presentes em condritos, considerados meteoritos mais primitivos.

Os ambientes de formação dos primeiros meteoritos se diferenciam em termos de temperatura e pressão. No caso de Hiroshima, as temperaturas e a pressão foram mais altas. Além disso, na cidade japonesa, os eventos ocorreram em alguns minutos, enquanto no sistema solar o processo durou vários anos. Ainda assim, a pesquisa pode ajudar a compreender a origem do sistema solar.

  • Ao reconstruir a formação dos vidros em Hiroshima, a equipe de pesquisadores calculou que a explosão da bomba ocorreu a 580 metros acima da cidade, de forma que não houve formação de cratera.
  • A temperatura sofreu uma queda brusca em 10 segundos e interrompeu a vaporização que ocorria. Já a alta pressão provocada pela bomba também cessou e voltou a se igualar a da atmosfera em 35 segundos.

Entre meio e dois segundos depois da explosão, os materiais da cidade, como concreto, ferro e alumínio foram vaporizados e misturados a areia, água do rio e atmosfera. O resultado desse processo foram os vidros encontrados na praia.

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