35ª Bienal de São Paulo divulga lista prévia com 92% de participantes não-brancos


Evento que ocorre em setembro tem o tema de ‘Coreografias do impossível’

Por Matheus Lopes Quirino
Atualização:

Coreografias do Impossível é o tema da 35.ª edição da Bienal de São Paulo, que será aberta em 6 de setembro no Pavilhão no Parque Ibirapuera. O evento é organizao por quatro curadores – os brasileiros Hélio Menezes, ex-curador do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e a pesquisadora Diane Lima, mais a artista portuguesa Grada Kilomba e o espanhol Manuel Borja-Villel, que esteve até janeiro à frente do Museu Reina Sofia, em Madri, no qual atuou durante anos para oxigenar o acervo da instituição, apostando em arte latino-americana.

Com grupo de trabalho criado há um ano, o quarteto busca fomentar manifestações criativas em diversas frentes, como performance, dança, arte conceitual, pintura etc. Para firmar esse compromisso com a pluralidade e a multidisciplinaridade, é lançado neste sábado Dançar É Inscrever no Tempo, um caderno que traz os processos e pesquisa sobre artistas e obras presentes na Bienal, como a dupla Pauline Boudry e Renate Lorenz, que montaram uma coreografia chamada Les Gayrillères, um dos destaques do caderno.

Hélio Menezes, Grada Kilomba, Diane Lima e Manuel Borja-Villel, os curadores da 35ª Bienal  Foto: Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo
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“Esta edição da Bienal nasce já a partir da ideia do aprendizado, estamos cá para aprender um com o outro, em busca de perguntas, não respostas. E, desde o início do grupo, temos a educação como prioridade na curadoria, essas publicações mesmo são uma parte dessa ação, que vai envolver professores, curadores e o público em geral”, ressaltou Grada Kilomba em entrevista ao Estadão.

“A ideia do grupo é trabalhar em conjunto para complementar o olhar”, pondera Menezes. Esse caráter reflete na composição dos artistas, divulgada em uma lista prévia na quinta, 27, com 43 nomes, entre 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos, que somam 92% de pessoas declaradas negras, indígenas ou não brancas. Uma delas é a designer gráfica Nontsikelelo Mutiti, responsável pela identidade visual da Bienal, que também dá aulas na prestigiosa Universidade de Yale (EUA).

Cartaz Bienal pela designer gráfica Nontsikelelo Mutiti Foto: Fundação Bienal de São Paulo
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Além de pintores e escultores, a Bienal traz também as obras em vídeo, caso da artista brasileira Aline Motta, que expôs na sala de vídeo do Masp em 2022, e também da cineasta francesa Sarah Maldoror, pioneira em registrar a luta do Movimento Pela Libertação da Angola, vítima da covid-19 em 2020. “Há nomes, inclusive, que não estão mais aqui, mas sua obra fica, atravessa o tempo e traz o debate”, ressaltou Borja-Villel, como é o caso do pintor cubano Wilfredo Lam, morto em 1982.

“A coreografia também é uma ideia que pode ser levada a outros suportes, como a instalação por exemplo”, Diane Lima, que pretende explorar o termo ‘coreografia’ a partir das “realidades do cotidiano”. “Nesse sentido, é importante olhar para a arte que tenciona, reinventa, elabora e questiona o saber, tornando este saber um saber impossível”, completou Lima.

Uma das propostas do coletivo é aproximar o público da arte contemporânea, inclusive para que ele possa questioná-la. “É urgente o exercício de trabalhar com aquilo que não sabemos e questionar o desconhecido, criar uma coreografia onde novas questões possam surgir. Kilomba ressalta que, diferente de vários países da Europa, a Bienal de São Paulo é gratuita, então há muitas mais possibilidades para explorar a partir de um público diverso (e curioso) e fazer um convite mais direto a esse espectador, inclusive, que frequenta o parque. “É importante pensar um espaço para acolher o visitante e, para isso, queremos reescrever a arquitetura com a própria arquitetura já a partir da expografia”, adiantou Kilomba, que pretende aproveitar melhor o espaço do Pavilhão.

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Confira os participantes:

  • Aline Motta
  • Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
  • Anna Boghiguian
  • Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
  • Bouchra Ouizguen
  • Castiel Vitorino Brasileiro
  • Daniel Lie
  • Dayanita Singh
  • Deborah Anzinger
  • Manuel Chavajay
  • Marilyn Boror Bor
  • Mounira Al-Solh
  • Nadal Walcott
  • Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
  • Niño de Elche
  • Nontsikelelo Mutiti
  • Pauline Boudry e Renate Lorenz
  • Philip Rizk
  • Denilson Baniwa
  • Duane Linklater
  • Elda Cerrato
  • Elizabeth Catlett
  • Ellen Gallagher
  • Frente 3 de Fevereiro
  • Gabriel Gentil Tukano
  • Geraldine Javier
  • Igshaan Adams
  • Inaicyra Falcão
  • Julien Creuzet
  • Leilah Weinraub
  • Luiz de Abreu
  • Rolando Castellón
  • Rosana Paulino
  • Sammy Baloji
  • Santu Mofokeng
  • Sarah Maldoror
  • Stanley Brouwn
  • Tadáskía
  • Tejal Shah
  • The Living and the Dead Ensemble
  • Torkwase Dyson
  • Trinh T. Minh-ha
  • Wifredo Lam

Coreografias do Impossível é o tema da 35.ª edição da Bienal de São Paulo, que será aberta em 6 de setembro no Pavilhão no Parque Ibirapuera. O evento é organizao por quatro curadores – os brasileiros Hélio Menezes, ex-curador do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e a pesquisadora Diane Lima, mais a artista portuguesa Grada Kilomba e o espanhol Manuel Borja-Villel, que esteve até janeiro à frente do Museu Reina Sofia, em Madri, no qual atuou durante anos para oxigenar o acervo da instituição, apostando em arte latino-americana.

Com grupo de trabalho criado há um ano, o quarteto busca fomentar manifestações criativas em diversas frentes, como performance, dança, arte conceitual, pintura etc. Para firmar esse compromisso com a pluralidade e a multidisciplinaridade, é lançado neste sábado Dançar É Inscrever no Tempo, um caderno que traz os processos e pesquisa sobre artistas e obras presentes na Bienal, como a dupla Pauline Boudry e Renate Lorenz, que montaram uma coreografia chamada Les Gayrillères, um dos destaques do caderno.

Hélio Menezes, Grada Kilomba, Diane Lima e Manuel Borja-Villel, os curadores da 35ª Bienal  Foto: Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo

“Esta edição da Bienal nasce já a partir da ideia do aprendizado, estamos cá para aprender um com o outro, em busca de perguntas, não respostas. E, desde o início do grupo, temos a educação como prioridade na curadoria, essas publicações mesmo são uma parte dessa ação, que vai envolver professores, curadores e o público em geral”, ressaltou Grada Kilomba em entrevista ao Estadão.

“A ideia do grupo é trabalhar em conjunto para complementar o olhar”, pondera Menezes. Esse caráter reflete na composição dos artistas, divulgada em uma lista prévia na quinta, 27, com 43 nomes, entre 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos, que somam 92% de pessoas declaradas negras, indígenas ou não brancas. Uma delas é a designer gráfica Nontsikelelo Mutiti, responsável pela identidade visual da Bienal, que também dá aulas na prestigiosa Universidade de Yale (EUA).

Cartaz Bienal pela designer gráfica Nontsikelelo Mutiti Foto: Fundação Bienal de São Paulo

Além de pintores e escultores, a Bienal traz também as obras em vídeo, caso da artista brasileira Aline Motta, que expôs na sala de vídeo do Masp em 2022, e também da cineasta francesa Sarah Maldoror, pioneira em registrar a luta do Movimento Pela Libertação da Angola, vítima da covid-19 em 2020. “Há nomes, inclusive, que não estão mais aqui, mas sua obra fica, atravessa o tempo e traz o debate”, ressaltou Borja-Villel, como é o caso do pintor cubano Wilfredo Lam, morto em 1982.

“A coreografia também é uma ideia que pode ser levada a outros suportes, como a instalação por exemplo”, Diane Lima, que pretende explorar o termo ‘coreografia’ a partir das “realidades do cotidiano”. “Nesse sentido, é importante olhar para a arte que tenciona, reinventa, elabora e questiona o saber, tornando este saber um saber impossível”, completou Lima.

Uma das propostas do coletivo é aproximar o público da arte contemporânea, inclusive para que ele possa questioná-la. “É urgente o exercício de trabalhar com aquilo que não sabemos e questionar o desconhecido, criar uma coreografia onde novas questões possam surgir. Kilomba ressalta que, diferente de vários países da Europa, a Bienal de São Paulo é gratuita, então há muitas mais possibilidades para explorar a partir de um público diverso (e curioso) e fazer um convite mais direto a esse espectador, inclusive, que frequenta o parque. “É importante pensar um espaço para acolher o visitante e, para isso, queremos reescrever a arquitetura com a própria arquitetura já a partir da expografia”, adiantou Kilomba, que pretende aproveitar melhor o espaço do Pavilhão.

Confira os participantes:

  • Aline Motta
  • Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
  • Anna Boghiguian
  • Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
  • Bouchra Ouizguen
  • Castiel Vitorino Brasileiro
  • Daniel Lie
  • Dayanita Singh
  • Deborah Anzinger
  • Manuel Chavajay
  • Marilyn Boror Bor
  • Mounira Al-Solh
  • Nadal Walcott
  • Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
  • Niño de Elche
  • Nontsikelelo Mutiti
  • Pauline Boudry e Renate Lorenz
  • Philip Rizk
  • Denilson Baniwa
  • Duane Linklater
  • Elda Cerrato
  • Elizabeth Catlett
  • Ellen Gallagher
  • Frente 3 de Fevereiro
  • Gabriel Gentil Tukano
  • Geraldine Javier
  • Igshaan Adams
  • Inaicyra Falcão
  • Julien Creuzet
  • Leilah Weinraub
  • Luiz de Abreu
  • Rolando Castellón
  • Rosana Paulino
  • Sammy Baloji
  • Santu Mofokeng
  • Sarah Maldoror
  • Stanley Brouwn
  • Tadáskía
  • Tejal Shah
  • The Living and the Dead Ensemble
  • Torkwase Dyson
  • Trinh T. Minh-ha
  • Wifredo Lam

Coreografias do Impossível é o tema da 35.ª edição da Bienal de São Paulo, que será aberta em 6 de setembro no Pavilhão no Parque Ibirapuera. O evento é organizao por quatro curadores – os brasileiros Hélio Menezes, ex-curador do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e a pesquisadora Diane Lima, mais a artista portuguesa Grada Kilomba e o espanhol Manuel Borja-Villel, que esteve até janeiro à frente do Museu Reina Sofia, em Madri, no qual atuou durante anos para oxigenar o acervo da instituição, apostando em arte latino-americana.

Com grupo de trabalho criado há um ano, o quarteto busca fomentar manifestações criativas em diversas frentes, como performance, dança, arte conceitual, pintura etc. Para firmar esse compromisso com a pluralidade e a multidisciplinaridade, é lançado neste sábado Dançar É Inscrever no Tempo, um caderno que traz os processos e pesquisa sobre artistas e obras presentes na Bienal, como a dupla Pauline Boudry e Renate Lorenz, que montaram uma coreografia chamada Les Gayrillères, um dos destaques do caderno.

Hélio Menezes, Grada Kilomba, Diane Lima e Manuel Borja-Villel, os curadores da 35ª Bienal  Foto: Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo

“Esta edição da Bienal nasce já a partir da ideia do aprendizado, estamos cá para aprender um com o outro, em busca de perguntas, não respostas. E, desde o início do grupo, temos a educação como prioridade na curadoria, essas publicações mesmo são uma parte dessa ação, que vai envolver professores, curadores e o público em geral”, ressaltou Grada Kilomba em entrevista ao Estadão.

“A ideia do grupo é trabalhar em conjunto para complementar o olhar”, pondera Menezes. Esse caráter reflete na composição dos artistas, divulgada em uma lista prévia na quinta, 27, com 43 nomes, entre 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos, que somam 92% de pessoas declaradas negras, indígenas ou não brancas. Uma delas é a designer gráfica Nontsikelelo Mutiti, responsável pela identidade visual da Bienal, que também dá aulas na prestigiosa Universidade de Yale (EUA).

Cartaz Bienal pela designer gráfica Nontsikelelo Mutiti Foto: Fundação Bienal de São Paulo

Além de pintores e escultores, a Bienal traz também as obras em vídeo, caso da artista brasileira Aline Motta, que expôs na sala de vídeo do Masp em 2022, e também da cineasta francesa Sarah Maldoror, pioneira em registrar a luta do Movimento Pela Libertação da Angola, vítima da covid-19 em 2020. “Há nomes, inclusive, que não estão mais aqui, mas sua obra fica, atravessa o tempo e traz o debate”, ressaltou Borja-Villel, como é o caso do pintor cubano Wilfredo Lam, morto em 1982.

“A coreografia também é uma ideia que pode ser levada a outros suportes, como a instalação por exemplo”, Diane Lima, que pretende explorar o termo ‘coreografia’ a partir das “realidades do cotidiano”. “Nesse sentido, é importante olhar para a arte que tenciona, reinventa, elabora e questiona o saber, tornando este saber um saber impossível”, completou Lima.

Uma das propostas do coletivo é aproximar o público da arte contemporânea, inclusive para que ele possa questioná-la. “É urgente o exercício de trabalhar com aquilo que não sabemos e questionar o desconhecido, criar uma coreografia onde novas questões possam surgir. Kilomba ressalta que, diferente de vários países da Europa, a Bienal de São Paulo é gratuita, então há muitas mais possibilidades para explorar a partir de um público diverso (e curioso) e fazer um convite mais direto a esse espectador, inclusive, que frequenta o parque. “É importante pensar um espaço para acolher o visitante e, para isso, queremos reescrever a arquitetura com a própria arquitetura já a partir da expografia”, adiantou Kilomba, que pretende aproveitar melhor o espaço do Pavilhão.

Confira os participantes:

  • Aline Motta
  • Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
  • Anna Boghiguian
  • Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
  • Bouchra Ouizguen
  • Castiel Vitorino Brasileiro
  • Daniel Lie
  • Dayanita Singh
  • Deborah Anzinger
  • Manuel Chavajay
  • Marilyn Boror Bor
  • Mounira Al-Solh
  • Nadal Walcott
  • Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
  • Niño de Elche
  • Nontsikelelo Mutiti
  • Pauline Boudry e Renate Lorenz
  • Philip Rizk
  • Denilson Baniwa
  • Duane Linklater
  • Elda Cerrato
  • Elizabeth Catlett
  • Ellen Gallagher
  • Frente 3 de Fevereiro
  • Gabriel Gentil Tukano
  • Geraldine Javier
  • Igshaan Adams
  • Inaicyra Falcão
  • Julien Creuzet
  • Leilah Weinraub
  • Luiz de Abreu
  • Rolando Castellón
  • Rosana Paulino
  • Sammy Baloji
  • Santu Mofokeng
  • Sarah Maldoror
  • Stanley Brouwn
  • Tadáskía
  • Tejal Shah
  • The Living and the Dead Ensemble
  • Torkwase Dyson
  • Trinh T. Minh-ha
  • Wifredo Lam

Coreografias do Impossível é o tema da 35.ª edição da Bienal de São Paulo, que será aberta em 6 de setembro no Pavilhão no Parque Ibirapuera. O evento é organizao por quatro curadores – os brasileiros Hélio Menezes, ex-curador do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e a pesquisadora Diane Lima, mais a artista portuguesa Grada Kilomba e o espanhol Manuel Borja-Villel, que esteve até janeiro à frente do Museu Reina Sofia, em Madri, no qual atuou durante anos para oxigenar o acervo da instituição, apostando em arte latino-americana.

Com grupo de trabalho criado há um ano, o quarteto busca fomentar manifestações criativas em diversas frentes, como performance, dança, arte conceitual, pintura etc. Para firmar esse compromisso com a pluralidade e a multidisciplinaridade, é lançado neste sábado Dançar É Inscrever no Tempo, um caderno que traz os processos e pesquisa sobre artistas e obras presentes na Bienal, como a dupla Pauline Boudry e Renate Lorenz, que montaram uma coreografia chamada Les Gayrillères, um dos destaques do caderno.

Hélio Menezes, Grada Kilomba, Diane Lima e Manuel Borja-Villel, os curadores da 35ª Bienal  Foto: Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo

“Esta edição da Bienal nasce já a partir da ideia do aprendizado, estamos cá para aprender um com o outro, em busca de perguntas, não respostas. E, desde o início do grupo, temos a educação como prioridade na curadoria, essas publicações mesmo são uma parte dessa ação, que vai envolver professores, curadores e o público em geral”, ressaltou Grada Kilomba em entrevista ao Estadão.

“A ideia do grupo é trabalhar em conjunto para complementar o olhar”, pondera Menezes. Esse caráter reflete na composição dos artistas, divulgada em uma lista prévia na quinta, 27, com 43 nomes, entre 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos, que somam 92% de pessoas declaradas negras, indígenas ou não brancas. Uma delas é a designer gráfica Nontsikelelo Mutiti, responsável pela identidade visual da Bienal, que também dá aulas na prestigiosa Universidade de Yale (EUA).

Cartaz Bienal pela designer gráfica Nontsikelelo Mutiti Foto: Fundação Bienal de São Paulo

Além de pintores e escultores, a Bienal traz também as obras em vídeo, caso da artista brasileira Aline Motta, que expôs na sala de vídeo do Masp em 2022, e também da cineasta francesa Sarah Maldoror, pioneira em registrar a luta do Movimento Pela Libertação da Angola, vítima da covid-19 em 2020. “Há nomes, inclusive, que não estão mais aqui, mas sua obra fica, atravessa o tempo e traz o debate”, ressaltou Borja-Villel, como é o caso do pintor cubano Wilfredo Lam, morto em 1982.

“A coreografia também é uma ideia que pode ser levada a outros suportes, como a instalação por exemplo”, Diane Lima, que pretende explorar o termo ‘coreografia’ a partir das “realidades do cotidiano”. “Nesse sentido, é importante olhar para a arte que tenciona, reinventa, elabora e questiona o saber, tornando este saber um saber impossível”, completou Lima.

Uma das propostas do coletivo é aproximar o público da arte contemporânea, inclusive para que ele possa questioná-la. “É urgente o exercício de trabalhar com aquilo que não sabemos e questionar o desconhecido, criar uma coreografia onde novas questões possam surgir. Kilomba ressalta que, diferente de vários países da Europa, a Bienal de São Paulo é gratuita, então há muitas mais possibilidades para explorar a partir de um público diverso (e curioso) e fazer um convite mais direto a esse espectador, inclusive, que frequenta o parque. “É importante pensar um espaço para acolher o visitante e, para isso, queremos reescrever a arquitetura com a própria arquitetura já a partir da expografia”, adiantou Kilomba, que pretende aproveitar melhor o espaço do Pavilhão.

Confira os participantes:

  • Aline Motta
  • Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
  • Anna Boghiguian
  • Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
  • Bouchra Ouizguen
  • Castiel Vitorino Brasileiro
  • Daniel Lie
  • Dayanita Singh
  • Deborah Anzinger
  • Manuel Chavajay
  • Marilyn Boror Bor
  • Mounira Al-Solh
  • Nadal Walcott
  • Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
  • Niño de Elche
  • Nontsikelelo Mutiti
  • Pauline Boudry e Renate Lorenz
  • Philip Rizk
  • Denilson Baniwa
  • Duane Linklater
  • Elda Cerrato
  • Elizabeth Catlett
  • Ellen Gallagher
  • Frente 3 de Fevereiro
  • Gabriel Gentil Tukano
  • Geraldine Javier
  • Igshaan Adams
  • Inaicyra Falcão
  • Julien Creuzet
  • Leilah Weinraub
  • Luiz de Abreu
  • Rolando Castellón
  • Rosana Paulino
  • Sammy Baloji
  • Santu Mofokeng
  • Sarah Maldoror
  • Stanley Brouwn
  • Tadáskía
  • Tejal Shah
  • The Living and the Dead Ensemble
  • Torkwase Dyson
  • Trinh T. Minh-ha
  • Wifredo Lam

Coreografias do Impossível é o tema da 35.ª edição da Bienal de São Paulo, que será aberta em 6 de setembro no Pavilhão no Parque Ibirapuera. O evento é organizao por quatro curadores – os brasileiros Hélio Menezes, ex-curador do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e a pesquisadora Diane Lima, mais a artista portuguesa Grada Kilomba e o espanhol Manuel Borja-Villel, que esteve até janeiro à frente do Museu Reina Sofia, em Madri, no qual atuou durante anos para oxigenar o acervo da instituição, apostando em arte latino-americana.

Com grupo de trabalho criado há um ano, o quarteto busca fomentar manifestações criativas em diversas frentes, como performance, dança, arte conceitual, pintura etc. Para firmar esse compromisso com a pluralidade e a multidisciplinaridade, é lançado neste sábado Dançar É Inscrever no Tempo, um caderno que traz os processos e pesquisa sobre artistas e obras presentes na Bienal, como a dupla Pauline Boudry e Renate Lorenz, que montaram uma coreografia chamada Les Gayrillères, um dos destaques do caderno.

Hélio Menezes, Grada Kilomba, Diane Lima e Manuel Borja-Villel, os curadores da 35ª Bienal  Foto: Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo

“Esta edição da Bienal nasce já a partir da ideia do aprendizado, estamos cá para aprender um com o outro, em busca de perguntas, não respostas. E, desde o início do grupo, temos a educação como prioridade na curadoria, essas publicações mesmo são uma parte dessa ação, que vai envolver professores, curadores e o público em geral”, ressaltou Grada Kilomba em entrevista ao Estadão.

“A ideia do grupo é trabalhar em conjunto para complementar o olhar”, pondera Menezes. Esse caráter reflete na composição dos artistas, divulgada em uma lista prévia na quinta, 27, com 43 nomes, entre 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos, que somam 92% de pessoas declaradas negras, indígenas ou não brancas. Uma delas é a designer gráfica Nontsikelelo Mutiti, responsável pela identidade visual da Bienal, que também dá aulas na prestigiosa Universidade de Yale (EUA).

Cartaz Bienal pela designer gráfica Nontsikelelo Mutiti Foto: Fundação Bienal de São Paulo

Além de pintores e escultores, a Bienal traz também as obras em vídeo, caso da artista brasileira Aline Motta, que expôs na sala de vídeo do Masp em 2022, e também da cineasta francesa Sarah Maldoror, pioneira em registrar a luta do Movimento Pela Libertação da Angola, vítima da covid-19 em 2020. “Há nomes, inclusive, que não estão mais aqui, mas sua obra fica, atravessa o tempo e traz o debate”, ressaltou Borja-Villel, como é o caso do pintor cubano Wilfredo Lam, morto em 1982.

“A coreografia também é uma ideia que pode ser levada a outros suportes, como a instalação por exemplo”, Diane Lima, que pretende explorar o termo ‘coreografia’ a partir das “realidades do cotidiano”. “Nesse sentido, é importante olhar para a arte que tenciona, reinventa, elabora e questiona o saber, tornando este saber um saber impossível”, completou Lima.

Uma das propostas do coletivo é aproximar o público da arte contemporânea, inclusive para que ele possa questioná-la. “É urgente o exercício de trabalhar com aquilo que não sabemos e questionar o desconhecido, criar uma coreografia onde novas questões possam surgir. Kilomba ressalta que, diferente de vários países da Europa, a Bienal de São Paulo é gratuita, então há muitas mais possibilidades para explorar a partir de um público diverso (e curioso) e fazer um convite mais direto a esse espectador, inclusive, que frequenta o parque. “É importante pensar um espaço para acolher o visitante e, para isso, queremos reescrever a arquitetura com a própria arquitetura já a partir da expografia”, adiantou Kilomba, que pretende aproveitar melhor o espaço do Pavilhão.

Confira os participantes:

  • Aline Motta
  • Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
  • Anna Boghiguian
  • Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
  • Bouchra Ouizguen
  • Castiel Vitorino Brasileiro
  • Daniel Lie
  • Dayanita Singh
  • Deborah Anzinger
  • Manuel Chavajay
  • Marilyn Boror Bor
  • Mounira Al-Solh
  • Nadal Walcott
  • Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
  • Niño de Elche
  • Nontsikelelo Mutiti
  • Pauline Boudry e Renate Lorenz
  • Philip Rizk
  • Denilson Baniwa
  • Duane Linklater
  • Elda Cerrato
  • Elizabeth Catlett
  • Ellen Gallagher
  • Frente 3 de Fevereiro
  • Gabriel Gentil Tukano
  • Geraldine Javier
  • Igshaan Adams
  • Inaicyra Falcão
  • Julien Creuzet
  • Leilah Weinraub
  • Luiz de Abreu
  • Rolando Castellón
  • Rosana Paulino
  • Sammy Baloji
  • Santu Mofokeng
  • Sarah Maldoror
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