Ação em família 100 anos de Noel


Clã de Martinho da Vila e convidados homenageiam o poeta da Vila em CD

Por Roberta Pennafort

O Ano Noel Rosa (1910-1937), que festeja o centenário daquele que é considerado o primeiro poeta do samba, começou no carnaval, com o desfile-tributo da escola de seu bairro, Vila Isabel. Segue com o CD Poeta da Cidade (Biscoito Fino), gravado por Martinho da Vila, também autor do samba-enredo da Vila, que relê 14 faixas de seu repertório. Para cantar clássicos como Filosofia, Fita Amarela, Três Apitos e O X do Problema, e também músicas menos conhecidas, como E Não Brinca Não, Seja Breve e Cidade Mulher, Martinho convidou cinco cantoras, sendo três delas suas filhas: a consagrada Mart"nália, Analimar Ventapane, que faz backing vocal para o pai, a irmã e artistas como Diogo Nogueira e o grupo Fundo de Quintal, e Maira Freitas, pianista clássica de 24 anos que está estreando em disco e começa a se aventurar pela música popular. Maira gravou piano e voz em Último Desejo, uma das faixas mais bonitas do CD. "É um novo caminho que está se abrindo pra mim", acredita a jovem, a terceira na escadinha de oito filhos de Martinho (os mais jovens, Alegria e Preto, têm 10 e 15 anos).Patricia Hora, filha do produtor do projeto, Rildo Hora, além de Ana Costa e Aline Calixto, vozes do samba carioca, completam o time. A ideia nasceu quando Martinho, que em seus 40 anos de carreira já havia gravado músicas como Com Que Roupa? e Feitio de Oração, foi chamado a fazer um CD que viria encartado num livro em que analistas discorreriam sobre a obra de Noel, por conta da efeméride. O livro ainda não saiu, conta Martinho, mas o CD agradou à Biscoito Fino, que resolveu lançá-lo. Apesar do pouco tempo de vida - Noel morreu antes de completar 27 anos -, sua produção foi grande, de modo que ficou decidido que só entrariam músicas em que letra e melodia fossem de Noel (a exceção foi Filosofia, parceria com André Filho, que acabou escapando do recorte).Rildo e Mauricio Carrilho foram chamados para fazer os arranjos. As gravações, realizadas entre dezembro e janeiro, bem em meio ao burburinho pré-carnavalesco (todo o clã desfila na Vila Isabel, que teve Martinho à frente, abrindo o caminho na Passarela do Samba), viraram um encontro familiar. Além das três cantoras, juntou-se ao time Martinho Filho, irmão delas, que é gerente de produção da gravadora. "Eu disse pra Analimar: "Nossa, vai parecer que a família está querendo invadir." E ela respondeu: "Mas é essa a intenção mesmo!"", contou o produtor, que acompanhou tudo de perto."A gente está sempre junto... Só não encontramos quem não queremos encontrar, né? O ponto de encontro é Vila Isabel", diz o pai, todo contente de ver a prole reunida na Biscoito Fino - só Mart"nália faltou ao encontro, marcado para a entrevista ao Estado ("ela é a estrela", brinca Martinho). Nascido em Duas Barras, no interior do Rio, em 1938, ele chegou ao bairro da zona norte da capital lá pela metade dos anos 60, época em que também ingressou na escola de samba. Desde então, virou "Noel Rosa Futebol Clube". Admira não só as rimas ricas e as melodias, mas, para além das qualidades artísticas, ressalta a atitude de Noel, desprovida de qualquer preconceito, característica, aliás, que ele destacou no samba-enredo da Vila deste ano (o desfile relembrou passagens de sua vida, emocionando o público da Sapucaí, mas a escola acabou em 4.º lugar). "Noel sempre foi uma referência pra mim. Pela minha ligação com a Vila, viviam me perguntando sobre ele, e tive que estudar", conta. "Os compositores do morro não eram admirados, e Noel se aproximou deles, foi parceiro deles. Quem tocava violão era marginalizado, e Noel aparecia empunhando o dele. O samba era coisa de preto e ele mostrou que não era bem assim." Sobre a "ação em família", Martinho jura que nunca incentivou os filhos a seguir seus passos. Pelo menos não conscientemente. "Sempre disse que vida de artista é a pior que existe. Mas volta e meia botava um pra fazer uma brincadeira num show..."Áudio. Ouça trechos da música Fita Amarela

O Ano Noel Rosa (1910-1937), que festeja o centenário daquele que é considerado o primeiro poeta do samba, começou no carnaval, com o desfile-tributo da escola de seu bairro, Vila Isabel. Segue com o CD Poeta da Cidade (Biscoito Fino), gravado por Martinho da Vila, também autor do samba-enredo da Vila, que relê 14 faixas de seu repertório. Para cantar clássicos como Filosofia, Fita Amarela, Três Apitos e O X do Problema, e também músicas menos conhecidas, como E Não Brinca Não, Seja Breve e Cidade Mulher, Martinho convidou cinco cantoras, sendo três delas suas filhas: a consagrada Mart"nália, Analimar Ventapane, que faz backing vocal para o pai, a irmã e artistas como Diogo Nogueira e o grupo Fundo de Quintal, e Maira Freitas, pianista clássica de 24 anos que está estreando em disco e começa a se aventurar pela música popular. Maira gravou piano e voz em Último Desejo, uma das faixas mais bonitas do CD. "É um novo caminho que está se abrindo pra mim", acredita a jovem, a terceira na escadinha de oito filhos de Martinho (os mais jovens, Alegria e Preto, têm 10 e 15 anos).Patricia Hora, filha do produtor do projeto, Rildo Hora, além de Ana Costa e Aline Calixto, vozes do samba carioca, completam o time. A ideia nasceu quando Martinho, que em seus 40 anos de carreira já havia gravado músicas como Com Que Roupa? e Feitio de Oração, foi chamado a fazer um CD que viria encartado num livro em que analistas discorreriam sobre a obra de Noel, por conta da efeméride. O livro ainda não saiu, conta Martinho, mas o CD agradou à Biscoito Fino, que resolveu lançá-lo. Apesar do pouco tempo de vida - Noel morreu antes de completar 27 anos -, sua produção foi grande, de modo que ficou decidido que só entrariam músicas em que letra e melodia fossem de Noel (a exceção foi Filosofia, parceria com André Filho, que acabou escapando do recorte).Rildo e Mauricio Carrilho foram chamados para fazer os arranjos. As gravações, realizadas entre dezembro e janeiro, bem em meio ao burburinho pré-carnavalesco (todo o clã desfila na Vila Isabel, que teve Martinho à frente, abrindo o caminho na Passarela do Samba), viraram um encontro familiar. Além das três cantoras, juntou-se ao time Martinho Filho, irmão delas, que é gerente de produção da gravadora. "Eu disse pra Analimar: "Nossa, vai parecer que a família está querendo invadir." E ela respondeu: "Mas é essa a intenção mesmo!"", contou o produtor, que acompanhou tudo de perto."A gente está sempre junto... Só não encontramos quem não queremos encontrar, né? O ponto de encontro é Vila Isabel", diz o pai, todo contente de ver a prole reunida na Biscoito Fino - só Mart"nália faltou ao encontro, marcado para a entrevista ao Estado ("ela é a estrela", brinca Martinho). Nascido em Duas Barras, no interior do Rio, em 1938, ele chegou ao bairro da zona norte da capital lá pela metade dos anos 60, época em que também ingressou na escola de samba. Desde então, virou "Noel Rosa Futebol Clube". Admira não só as rimas ricas e as melodias, mas, para além das qualidades artísticas, ressalta a atitude de Noel, desprovida de qualquer preconceito, característica, aliás, que ele destacou no samba-enredo da Vila deste ano (o desfile relembrou passagens de sua vida, emocionando o público da Sapucaí, mas a escola acabou em 4.º lugar). "Noel sempre foi uma referência pra mim. Pela minha ligação com a Vila, viviam me perguntando sobre ele, e tive que estudar", conta. "Os compositores do morro não eram admirados, e Noel se aproximou deles, foi parceiro deles. Quem tocava violão era marginalizado, e Noel aparecia empunhando o dele. O samba era coisa de preto e ele mostrou que não era bem assim." Sobre a "ação em família", Martinho jura que nunca incentivou os filhos a seguir seus passos. Pelo menos não conscientemente. "Sempre disse que vida de artista é a pior que existe. Mas volta e meia botava um pra fazer uma brincadeira num show..."Áudio. Ouça trechos da música Fita Amarela

O Ano Noel Rosa (1910-1937), que festeja o centenário daquele que é considerado o primeiro poeta do samba, começou no carnaval, com o desfile-tributo da escola de seu bairro, Vila Isabel. Segue com o CD Poeta da Cidade (Biscoito Fino), gravado por Martinho da Vila, também autor do samba-enredo da Vila, que relê 14 faixas de seu repertório. Para cantar clássicos como Filosofia, Fita Amarela, Três Apitos e O X do Problema, e também músicas menos conhecidas, como E Não Brinca Não, Seja Breve e Cidade Mulher, Martinho convidou cinco cantoras, sendo três delas suas filhas: a consagrada Mart"nália, Analimar Ventapane, que faz backing vocal para o pai, a irmã e artistas como Diogo Nogueira e o grupo Fundo de Quintal, e Maira Freitas, pianista clássica de 24 anos que está estreando em disco e começa a se aventurar pela música popular. Maira gravou piano e voz em Último Desejo, uma das faixas mais bonitas do CD. "É um novo caminho que está se abrindo pra mim", acredita a jovem, a terceira na escadinha de oito filhos de Martinho (os mais jovens, Alegria e Preto, têm 10 e 15 anos).Patricia Hora, filha do produtor do projeto, Rildo Hora, além de Ana Costa e Aline Calixto, vozes do samba carioca, completam o time. A ideia nasceu quando Martinho, que em seus 40 anos de carreira já havia gravado músicas como Com Que Roupa? e Feitio de Oração, foi chamado a fazer um CD que viria encartado num livro em que analistas discorreriam sobre a obra de Noel, por conta da efeméride. O livro ainda não saiu, conta Martinho, mas o CD agradou à Biscoito Fino, que resolveu lançá-lo. Apesar do pouco tempo de vida - Noel morreu antes de completar 27 anos -, sua produção foi grande, de modo que ficou decidido que só entrariam músicas em que letra e melodia fossem de Noel (a exceção foi Filosofia, parceria com André Filho, que acabou escapando do recorte).Rildo e Mauricio Carrilho foram chamados para fazer os arranjos. As gravações, realizadas entre dezembro e janeiro, bem em meio ao burburinho pré-carnavalesco (todo o clã desfila na Vila Isabel, que teve Martinho à frente, abrindo o caminho na Passarela do Samba), viraram um encontro familiar. Além das três cantoras, juntou-se ao time Martinho Filho, irmão delas, que é gerente de produção da gravadora. "Eu disse pra Analimar: "Nossa, vai parecer que a família está querendo invadir." E ela respondeu: "Mas é essa a intenção mesmo!"", contou o produtor, que acompanhou tudo de perto."A gente está sempre junto... Só não encontramos quem não queremos encontrar, né? O ponto de encontro é Vila Isabel", diz o pai, todo contente de ver a prole reunida na Biscoito Fino - só Mart"nália faltou ao encontro, marcado para a entrevista ao Estado ("ela é a estrela", brinca Martinho). Nascido em Duas Barras, no interior do Rio, em 1938, ele chegou ao bairro da zona norte da capital lá pela metade dos anos 60, época em que também ingressou na escola de samba. Desde então, virou "Noel Rosa Futebol Clube". Admira não só as rimas ricas e as melodias, mas, para além das qualidades artísticas, ressalta a atitude de Noel, desprovida de qualquer preconceito, característica, aliás, que ele destacou no samba-enredo da Vila deste ano (o desfile relembrou passagens de sua vida, emocionando o público da Sapucaí, mas a escola acabou em 4.º lugar). "Noel sempre foi uma referência pra mim. Pela minha ligação com a Vila, viviam me perguntando sobre ele, e tive que estudar", conta. "Os compositores do morro não eram admirados, e Noel se aproximou deles, foi parceiro deles. Quem tocava violão era marginalizado, e Noel aparecia empunhando o dele. O samba era coisa de preto e ele mostrou que não era bem assim." Sobre a "ação em família", Martinho jura que nunca incentivou os filhos a seguir seus passos. Pelo menos não conscientemente. "Sempre disse que vida de artista é a pior que existe. Mas volta e meia botava um pra fazer uma brincadeira num show..."Áudio. Ouça trechos da música Fita Amarela

O Ano Noel Rosa (1910-1937), que festeja o centenário daquele que é considerado o primeiro poeta do samba, começou no carnaval, com o desfile-tributo da escola de seu bairro, Vila Isabel. Segue com o CD Poeta da Cidade (Biscoito Fino), gravado por Martinho da Vila, também autor do samba-enredo da Vila, que relê 14 faixas de seu repertório. Para cantar clássicos como Filosofia, Fita Amarela, Três Apitos e O X do Problema, e também músicas menos conhecidas, como E Não Brinca Não, Seja Breve e Cidade Mulher, Martinho convidou cinco cantoras, sendo três delas suas filhas: a consagrada Mart"nália, Analimar Ventapane, que faz backing vocal para o pai, a irmã e artistas como Diogo Nogueira e o grupo Fundo de Quintal, e Maira Freitas, pianista clássica de 24 anos que está estreando em disco e começa a se aventurar pela música popular. Maira gravou piano e voz em Último Desejo, uma das faixas mais bonitas do CD. "É um novo caminho que está se abrindo pra mim", acredita a jovem, a terceira na escadinha de oito filhos de Martinho (os mais jovens, Alegria e Preto, têm 10 e 15 anos).Patricia Hora, filha do produtor do projeto, Rildo Hora, além de Ana Costa e Aline Calixto, vozes do samba carioca, completam o time. A ideia nasceu quando Martinho, que em seus 40 anos de carreira já havia gravado músicas como Com Que Roupa? e Feitio de Oração, foi chamado a fazer um CD que viria encartado num livro em que analistas discorreriam sobre a obra de Noel, por conta da efeméride. O livro ainda não saiu, conta Martinho, mas o CD agradou à Biscoito Fino, que resolveu lançá-lo. Apesar do pouco tempo de vida - Noel morreu antes de completar 27 anos -, sua produção foi grande, de modo que ficou decidido que só entrariam músicas em que letra e melodia fossem de Noel (a exceção foi Filosofia, parceria com André Filho, que acabou escapando do recorte).Rildo e Mauricio Carrilho foram chamados para fazer os arranjos. As gravações, realizadas entre dezembro e janeiro, bem em meio ao burburinho pré-carnavalesco (todo o clã desfila na Vila Isabel, que teve Martinho à frente, abrindo o caminho na Passarela do Samba), viraram um encontro familiar. Além das três cantoras, juntou-se ao time Martinho Filho, irmão delas, que é gerente de produção da gravadora. "Eu disse pra Analimar: "Nossa, vai parecer que a família está querendo invadir." E ela respondeu: "Mas é essa a intenção mesmo!"", contou o produtor, que acompanhou tudo de perto."A gente está sempre junto... Só não encontramos quem não queremos encontrar, né? O ponto de encontro é Vila Isabel", diz o pai, todo contente de ver a prole reunida na Biscoito Fino - só Mart"nália faltou ao encontro, marcado para a entrevista ao Estado ("ela é a estrela", brinca Martinho). Nascido em Duas Barras, no interior do Rio, em 1938, ele chegou ao bairro da zona norte da capital lá pela metade dos anos 60, época em que também ingressou na escola de samba. Desde então, virou "Noel Rosa Futebol Clube". Admira não só as rimas ricas e as melodias, mas, para além das qualidades artísticas, ressalta a atitude de Noel, desprovida de qualquer preconceito, característica, aliás, que ele destacou no samba-enredo da Vila deste ano (o desfile relembrou passagens de sua vida, emocionando o público da Sapucaí, mas a escola acabou em 4.º lugar). "Noel sempre foi uma referência pra mim. Pela minha ligação com a Vila, viviam me perguntando sobre ele, e tive que estudar", conta. "Os compositores do morro não eram admirados, e Noel se aproximou deles, foi parceiro deles. Quem tocava violão era marginalizado, e Noel aparecia empunhando o dele. O samba era coisa de preto e ele mostrou que não era bem assim." Sobre a "ação em família", Martinho jura que nunca incentivou os filhos a seguir seus passos. Pelo menos não conscientemente. "Sempre disse que vida de artista é a pior que existe. Mas volta e meia botava um pra fazer uma brincadeira num show..."Áudio. Ouça trechos da música Fita Amarela

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