A semente da vida, a morte, o vazio e os acúmulos são os temas pelos quais gravita a nova montagem com onze atrizes e atores do Núcleo Experimental de Artes Cênicas do Sesi de São Paulo, que estreia quarta, 21, na sede da entidade na Avenida Paulista. A direção da dupla de encenadores Kenia Dias e Ricardo Garcia já mostra o caminho, comum às suas montagens: movimento e som embalam as narrativas do grupo na dramaturgia de Márcio Abreu. E como aponta o título da peça, arrastamos nossos acúmulos, quaisquer que sejam eles, excessos de informação, objetos, palavras e frases, relacionamentos, no cotidiano da vida. É experimental, ok. Mas lastreado na solidez dos fatos. "Tudo começou quando li uma reportagem sobre o Banco de Sementes da Noruega, onde armazenam milhares de sementes de muitos países do mundo para o caso de cataclismas e guerras", diz Kenia."A partir disso começamos a criar cenas e o grupo, com sua devolutiva artística, nos mostrou os caminhos possíveis".
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