Bienal de SP anuncia título de mostra de 2016, 'Incerteza Viva', e 54 artistas


Ecologia e cosmologia são alguns temas presentes na 32ª edição do evento, marcada para acontecer a partir de 10 de setembro

Por Camila Molina

Atualizdo às 20h Incerteza Viva é o título da 32.ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre 10 de setembro e 12 de dezembro de 2016. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, na Fundação Bienal de São Paulo, o curador da edição do evento, Jochen Volz, apresentou ainda uma lista de 54 artistas e coletivos de 30 países já confirmados para a mostra, cerca de "dois terços", afirmou, do total de participantes almejados. Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens - a maioria, nascida nas décadas de 70 e 80 -, destacam-se, dos anunciados, o francês Pierre Huygue, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o grupo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström (que viveu na Suécia), o belga Francis Alÿs, e a sul-africana Helen Sebidi.

Como afirmou Jochen Volz, a incerteza, "sobretudo, uma condição emocional", é acolhida pela arte contemporânea, e questões como ecologia, cosmologia, destruição, aquecimento global, extinção de espécimes e destruição de recursos e de propriedades foram exemplificadas entre as motivadoras do projeto curatorial da edição, que terá um total de, aproximadamente, 90 artistas (os outros participantes serão anunciados no início de 2016). "Mais de 80% deles estão trabalhando em obras inéditas", contou o curador. Para Volz, a mostra brasileira pode ser definida como um "ponto de vista" sobre o momento atual - e ele usou uma frase do escritor inglês Adam Thirlwell para explicar o conceito da 32.ª Bienal de São Paulo, Incerteza Viva: "Um dos prazeres da arte é ser mais exata em relação ao tempo do que o próprio relógio". "Arte é bem diferente da mídia", concluiu o historiador alemão, também curador, desde 2004, do Instituto Inhotim de Minas Gerais (do qual já foi diretor).

Além da exposição propriamente dita, outra iniciativa central do projeto da edição será a realização de uma programação pública nomeada Dias de Estudo. A equipe curatorial, formada por Jochen Volz e pela brasileira Júlia Rebouças, pela sul-africana Gabi Ngcobo, pelo dinamarquês Lars Bang Larsen e pela mexicana Sofía Olascoaga, escolheu quatro localidades - Santiago do Chile; Acra, em Gana; Amazônia Peruana; e Cuiabá, no Mato Grosso - como representativas de questões a serem tratadas na mostra. Conferências e visitas de campo de artistas e de pesquisadores serão promovidas nesses lugares entre março e maio de 2016. Em junho, seminário será apresentado em São Paulo.

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Segundo Júlia Rebouças, o encontro público no Chile, muitas vezes identificado como "o fim do mundo", vai despertar reflexões sobre cosmologias e sobre inícios e encerramentos, por exemplo. Já a cidade de Acra foi eleita pelo fato de Gana ter sido um dos primeiros países africanos a ter sua independência. "Foi um importante ponto de retorno dos escravos", explicou a cocuradora. A Amazônia Peruana, destacou, representa a reflexão sobre o patrimônio da floresta - e será também uma forma de expandir para fora do "senso comum" brasileiro sobre a região amazônica. E Cuiabá, enfim, "centro geodésico da América do Sul" no coração do cerrado do Brasil, torna-se um território emblemático para se falar de bioma e de conflitos (entre eles, indígenas).

O projeto da 32.ª edição do evento, incluindo o biênio de 2015-2016 e as itinerâncias da mostra em 2017, está orçado em torno de R$ 29 milhões, afirmou Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Outra aposta curatorial será "expandir a exposição", explicou Volz, seja articulando-a com o Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a casa da Bienal, ou com espaços fora do grande edifício projetado por Oscar Niemeyer. "Vamos apoiar projetos em qualquer lugar da cidade", completou o curador.

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Jochen Volz e Julia Rebouças, curadores da 32ª Bienal, e Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal Foto: CLAYTON DE SOUZA|ESTADAO

NOMES CONFIRMADOS PARA 32ª BIENAL DE SP

Alia Farid (Kuwait, 1985) Anawana Haloba(Zâmbia, 1978) Bárbara Wagner (Brasil, 1980) Bené Fonteles (Brasil, 1953)  Carla Filipe (Portugal, 1973) Carolina Caycedo(Reino Unido, 1978) Cecilia Bengolea(Argentina, 1984)  Charlotte Johannesson(Suécia, 1943) Cristiano Lenhardt(Brasil, 1975) Dineo Seshee Bopape(África do Sul, 1981) Ebony G. Patterson (Jamaica, 1981) Eduardo Navarro (Argentina, 1979) Em'kal Eyongakpa(Camarões, 1981) Erika Verzutti (Brasil, 1971) Felipe Mujica (Chile, 1974) Francis Alÿs (Bélgica, 1959) Gabriel Abrantes (EUA, 1984) Gilvan Samico(Brasil, 1928-2013) Günes Terkol (Turquia, 1981) Heather Phillipson(Reino Unido, 1978) Helen Sebidi (África do Sul, 1943) Henrik Olesen (Dinamarca, 1967) Hito Steyerl (Alemanha, 1966) Iza Tarasewicz (Polônia, 1981) Jorge Mena Barreto (Brasil, 1970) José Antonio Suárez Londoño (Colômbia, 1955) José Bento (Brasil, 1962) Kathy Barry (Nova Zelândia, 1967) Koo Jeong A (Coreia do Sul, 1967) Lais Myrrha (Brasil, 1974) Lourdes Castro(Portugal, 1930)  Luke Willis Thompson (Nova Zelândia, 1988) Mariana Castillo Deball (México, 1975) Michal Helfman (Israel, 1973) Misheck Masamvu (Zimbabwe, 1980)  Nomeda & Gediminas Urbonas (Lituânia, 1968/1966) OPAVIVARÁ! (Brasil, 2005) Öyvind Fahlström (Brasil, 1928-1976) Park McArthur (EUA, 1984) Pia Lindman (Finlândia, 1965) Pierre Huyghe (França, 1962) Pilar Quinteros (Chile, 1988) Priscila Fernandes(Portugal, 1981) Rachel Rose (EUA, 1986) Rikke Luther (Dinamarca, 1970) Rita Ponce de León (Peru, 1982) Ruth Ewan (Reino Unido, 1980) Sandra Kranich (Alemanha, 1971) Ursula Biemann (Suíça, 1955) Víctor Grippo (Argentina, 1936-2002) Vídeo nas Aldeias (Brasil, 1986) Vivian Caccuri (Brasil, 1986) Wilma Martins (Brasil, 1934) William Pope.L (EUA, 1955)

Atualizdo às 20h Incerteza Viva é o título da 32.ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre 10 de setembro e 12 de dezembro de 2016. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, na Fundação Bienal de São Paulo, o curador da edição do evento, Jochen Volz, apresentou ainda uma lista de 54 artistas e coletivos de 30 países já confirmados para a mostra, cerca de "dois terços", afirmou, do total de participantes almejados. Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens - a maioria, nascida nas décadas de 70 e 80 -, destacam-se, dos anunciados, o francês Pierre Huygue, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o grupo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström (que viveu na Suécia), o belga Francis Alÿs, e a sul-africana Helen Sebidi.

Como afirmou Jochen Volz, a incerteza, "sobretudo, uma condição emocional", é acolhida pela arte contemporânea, e questões como ecologia, cosmologia, destruição, aquecimento global, extinção de espécimes e destruição de recursos e de propriedades foram exemplificadas entre as motivadoras do projeto curatorial da edição, que terá um total de, aproximadamente, 90 artistas (os outros participantes serão anunciados no início de 2016). "Mais de 80% deles estão trabalhando em obras inéditas", contou o curador. Para Volz, a mostra brasileira pode ser definida como um "ponto de vista" sobre o momento atual - e ele usou uma frase do escritor inglês Adam Thirlwell para explicar o conceito da 32.ª Bienal de São Paulo, Incerteza Viva: "Um dos prazeres da arte é ser mais exata em relação ao tempo do que o próprio relógio". "Arte é bem diferente da mídia", concluiu o historiador alemão, também curador, desde 2004, do Instituto Inhotim de Minas Gerais (do qual já foi diretor).

Além da exposição propriamente dita, outra iniciativa central do projeto da edição será a realização de uma programação pública nomeada Dias de Estudo. A equipe curatorial, formada por Jochen Volz e pela brasileira Júlia Rebouças, pela sul-africana Gabi Ngcobo, pelo dinamarquês Lars Bang Larsen e pela mexicana Sofía Olascoaga, escolheu quatro localidades - Santiago do Chile; Acra, em Gana; Amazônia Peruana; e Cuiabá, no Mato Grosso - como representativas de questões a serem tratadas na mostra. Conferências e visitas de campo de artistas e de pesquisadores serão promovidas nesses lugares entre março e maio de 2016. Em junho, seminário será apresentado em São Paulo.

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Segundo Júlia Rebouças, o encontro público no Chile, muitas vezes identificado como "o fim do mundo", vai despertar reflexões sobre cosmologias e sobre inícios e encerramentos, por exemplo. Já a cidade de Acra foi eleita pelo fato de Gana ter sido um dos primeiros países africanos a ter sua independência. "Foi um importante ponto de retorno dos escravos", explicou a cocuradora. A Amazônia Peruana, destacou, representa a reflexão sobre o patrimônio da floresta - e será também uma forma de expandir para fora do "senso comum" brasileiro sobre a região amazônica. E Cuiabá, enfim, "centro geodésico da América do Sul" no coração do cerrado do Brasil, torna-se um território emblemático para se falar de bioma e de conflitos (entre eles, indígenas).

O projeto da 32.ª edição do evento, incluindo o biênio de 2015-2016 e as itinerâncias da mostra em 2017, está orçado em torno de R$ 29 milhões, afirmou Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Outra aposta curatorial será "expandir a exposição", explicou Volz, seja articulando-a com o Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a casa da Bienal, ou com espaços fora do grande edifício projetado por Oscar Niemeyer. "Vamos apoiar projetos em qualquer lugar da cidade", completou o curador.

Jochen Volz e Julia Rebouças, curadores da 32ª Bienal, e Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal Foto: CLAYTON DE SOUZA|ESTADAO

NOMES CONFIRMADOS PARA 32ª BIENAL DE SP

Alia Farid (Kuwait, 1985) Anawana Haloba(Zâmbia, 1978) Bárbara Wagner (Brasil, 1980) Bené Fonteles (Brasil, 1953)  Carla Filipe (Portugal, 1973) Carolina Caycedo(Reino Unido, 1978) Cecilia Bengolea(Argentina, 1984)  Charlotte Johannesson(Suécia, 1943) Cristiano Lenhardt(Brasil, 1975) Dineo Seshee Bopape(África do Sul, 1981) Ebony G. Patterson (Jamaica, 1981) Eduardo Navarro (Argentina, 1979) Em'kal Eyongakpa(Camarões, 1981) Erika Verzutti (Brasil, 1971) Felipe Mujica (Chile, 1974) Francis Alÿs (Bélgica, 1959) Gabriel Abrantes (EUA, 1984) Gilvan Samico(Brasil, 1928-2013) Günes Terkol (Turquia, 1981) Heather Phillipson(Reino Unido, 1978) Helen Sebidi (África do Sul, 1943) Henrik Olesen (Dinamarca, 1967) Hito Steyerl (Alemanha, 1966) Iza Tarasewicz (Polônia, 1981) Jorge Mena Barreto (Brasil, 1970) José Antonio Suárez Londoño (Colômbia, 1955) José Bento (Brasil, 1962) Kathy Barry (Nova Zelândia, 1967) Koo Jeong A (Coreia do Sul, 1967) Lais Myrrha (Brasil, 1974) Lourdes Castro(Portugal, 1930)  Luke Willis Thompson (Nova Zelândia, 1988) Mariana Castillo Deball (México, 1975) Michal Helfman (Israel, 1973) Misheck Masamvu (Zimbabwe, 1980)  Nomeda & Gediminas Urbonas (Lituânia, 1968/1966) OPAVIVARÁ! (Brasil, 2005) Öyvind Fahlström (Brasil, 1928-1976) Park McArthur (EUA, 1984) Pia Lindman (Finlândia, 1965) Pierre Huyghe (França, 1962) Pilar Quinteros (Chile, 1988) Priscila Fernandes(Portugal, 1981) Rachel Rose (EUA, 1986) Rikke Luther (Dinamarca, 1970) Rita Ponce de León (Peru, 1982) Ruth Ewan (Reino Unido, 1980) Sandra Kranich (Alemanha, 1971) Ursula Biemann (Suíça, 1955) Víctor Grippo (Argentina, 1936-2002) Vídeo nas Aldeias (Brasil, 1986) Vivian Caccuri (Brasil, 1986) Wilma Martins (Brasil, 1934) William Pope.L (EUA, 1955)

Atualizdo às 20h Incerteza Viva é o título da 32.ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre 10 de setembro e 12 de dezembro de 2016. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, na Fundação Bienal de São Paulo, o curador da edição do evento, Jochen Volz, apresentou ainda uma lista de 54 artistas e coletivos de 30 países já confirmados para a mostra, cerca de "dois terços", afirmou, do total de participantes almejados. Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens - a maioria, nascida nas décadas de 70 e 80 -, destacam-se, dos anunciados, o francês Pierre Huygue, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o grupo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström (que viveu na Suécia), o belga Francis Alÿs, e a sul-africana Helen Sebidi.

Como afirmou Jochen Volz, a incerteza, "sobretudo, uma condição emocional", é acolhida pela arte contemporânea, e questões como ecologia, cosmologia, destruição, aquecimento global, extinção de espécimes e destruição de recursos e de propriedades foram exemplificadas entre as motivadoras do projeto curatorial da edição, que terá um total de, aproximadamente, 90 artistas (os outros participantes serão anunciados no início de 2016). "Mais de 80% deles estão trabalhando em obras inéditas", contou o curador. Para Volz, a mostra brasileira pode ser definida como um "ponto de vista" sobre o momento atual - e ele usou uma frase do escritor inglês Adam Thirlwell para explicar o conceito da 32.ª Bienal de São Paulo, Incerteza Viva: "Um dos prazeres da arte é ser mais exata em relação ao tempo do que o próprio relógio". "Arte é bem diferente da mídia", concluiu o historiador alemão, também curador, desde 2004, do Instituto Inhotim de Minas Gerais (do qual já foi diretor).

Além da exposição propriamente dita, outra iniciativa central do projeto da edição será a realização de uma programação pública nomeada Dias de Estudo. A equipe curatorial, formada por Jochen Volz e pela brasileira Júlia Rebouças, pela sul-africana Gabi Ngcobo, pelo dinamarquês Lars Bang Larsen e pela mexicana Sofía Olascoaga, escolheu quatro localidades - Santiago do Chile; Acra, em Gana; Amazônia Peruana; e Cuiabá, no Mato Grosso - como representativas de questões a serem tratadas na mostra. Conferências e visitas de campo de artistas e de pesquisadores serão promovidas nesses lugares entre março e maio de 2016. Em junho, seminário será apresentado em São Paulo.

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Segundo Júlia Rebouças, o encontro público no Chile, muitas vezes identificado como "o fim do mundo", vai despertar reflexões sobre cosmologias e sobre inícios e encerramentos, por exemplo. Já a cidade de Acra foi eleita pelo fato de Gana ter sido um dos primeiros países africanos a ter sua independência. "Foi um importante ponto de retorno dos escravos", explicou a cocuradora. A Amazônia Peruana, destacou, representa a reflexão sobre o patrimônio da floresta - e será também uma forma de expandir para fora do "senso comum" brasileiro sobre a região amazônica. E Cuiabá, enfim, "centro geodésico da América do Sul" no coração do cerrado do Brasil, torna-se um território emblemático para se falar de bioma e de conflitos (entre eles, indígenas).

O projeto da 32.ª edição do evento, incluindo o biênio de 2015-2016 e as itinerâncias da mostra em 2017, está orçado em torno de R$ 29 milhões, afirmou Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Outra aposta curatorial será "expandir a exposição", explicou Volz, seja articulando-a com o Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a casa da Bienal, ou com espaços fora do grande edifício projetado por Oscar Niemeyer. "Vamos apoiar projetos em qualquer lugar da cidade", completou o curador.

Jochen Volz e Julia Rebouças, curadores da 32ª Bienal, e Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal Foto: CLAYTON DE SOUZA|ESTADAO

NOMES CONFIRMADOS PARA 32ª BIENAL DE SP

Alia Farid (Kuwait, 1985) Anawana Haloba(Zâmbia, 1978) Bárbara Wagner (Brasil, 1980) Bené Fonteles (Brasil, 1953)  Carla Filipe (Portugal, 1973) Carolina Caycedo(Reino Unido, 1978) Cecilia Bengolea(Argentina, 1984)  Charlotte Johannesson(Suécia, 1943) Cristiano Lenhardt(Brasil, 1975) Dineo Seshee Bopape(África do Sul, 1981) Ebony G. Patterson (Jamaica, 1981) Eduardo Navarro (Argentina, 1979) Em'kal Eyongakpa(Camarões, 1981) Erika Verzutti (Brasil, 1971) Felipe Mujica (Chile, 1974) Francis Alÿs (Bélgica, 1959) Gabriel Abrantes (EUA, 1984) Gilvan Samico(Brasil, 1928-2013) Günes Terkol (Turquia, 1981) Heather Phillipson(Reino Unido, 1978) Helen Sebidi (África do Sul, 1943) Henrik Olesen (Dinamarca, 1967) Hito Steyerl (Alemanha, 1966) Iza Tarasewicz (Polônia, 1981) Jorge Mena Barreto (Brasil, 1970) José Antonio Suárez Londoño (Colômbia, 1955) José Bento (Brasil, 1962) Kathy Barry (Nova Zelândia, 1967) Koo Jeong A (Coreia do Sul, 1967) Lais Myrrha (Brasil, 1974) Lourdes Castro(Portugal, 1930)  Luke Willis Thompson (Nova Zelândia, 1988) Mariana Castillo Deball (México, 1975) Michal Helfman (Israel, 1973) Misheck Masamvu (Zimbabwe, 1980)  Nomeda & Gediminas Urbonas (Lituânia, 1968/1966) OPAVIVARÁ! (Brasil, 2005) Öyvind Fahlström (Brasil, 1928-1976) Park McArthur (EUA, 1984) Pia Lindman (Finlândia, 1965) Pierre Huyghe (França, 1962) Pilar Quinteros (Chile, 1988) Priscila Fernandes(Portugal, 1981) Rachel Rose (EUA, 1986) Rikke Luther (Dinamarca, 1970) Rita Ponce de León (Peru, 1982) Ruth Ewan (Reino Unido, 1980) Sandra Kranich (Alemanha, 1971) Ursula Biemann (Suíça, 1955) Víctor Grippo (Argentina, 1936-2002) Vídeo nas Aldeias (Brasil, 1986) Vivian Caccuri (Brasil, 1986) Wilma Martins (Brasil, 1934) William Pope.L (EUA, 1955)

Atualizdo às 20h Incerteza Viva é o título da 32.ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre 10 de setembro e 12 de dezembro de 2016. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, na Fundação Bienal de São Paulo, o curador da edição do evento, Jochen Volz, apresentou ainda uma lista de 54 artistas e coletivos de 30 países já confirmados para a mostra, cerca de "dois terços", afirmou, do total de participantes almejados. Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens - a maioria, nascida nas décadas de 70 e 80 -, destacam-se, dos anunciados, o francês Pierre Huygue, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o grupo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström (que viveu na Suécia), o belga Francis Alÿs, e a sul-africana Helen Sebidi.

Como afirmou Jochen Volz, a incerteza, "sobretudo, uma condição emocional", é acolhida pela arte contemporânea, e questões como ecologia, cosmologia, destruição, aquecimento global, extinção de espécimes e destruição de recursos e de propriedades foram exemplificadas entre as motivadoras do projeto curatorial da edição, que terá um total de, aproximadamente, 90 artistas (os outros participantes serão anunciados no início de 2016). "Mais de 80% deles estão trabalhando em obras inéditas", contou o curador. Para Volz, a mostra brasileira pode ser definida como um "ponto de vista" sobre o momento atual - e ele usou uma frase do escritor inglês Adam Thirlwell para explicar o conceito da 32.ª Bienal de São Paulo, Incerteza Viva: "Um dos prazeres da arte é ser mais exata em relação ao tempo do que o próprio relógio". "Arte é bem diferente da mídia", concluiu o historiador alemão, também curador, desde 2004, do Instituto Inhotim de Minas Gerais (do qual já foi diretor).

Além da exposição propriamente dita, outra iniciativa central do projeto da edição será a realização de uma programação pública nomeada Dias de Estudo. A equipe curatorial, formada por Jochen Volz e pela brasileira Júlia Rebouças, pela sul-africana Gabi Ngcobo, pelo dinamarquês Lars Bang Larsen e pela mexicana Sofía Olascoaga, escolheu quatro localidades - Santiago do Chile; Acra, em Gana; Amazônia Peruana; e Cuiabá, no Mato Grosso - como representativas de questões a serem tratadas na mostra. Conferências e visitas de campo de artistas e de pesquisadores serão promovidas nesses lugares entre março e maio de 2016. Em junho, seminário será apresentado em São Paulo.

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Segundo Júlia Rebouças, o encontro público no Chile, muitas vezes identificado como "o fim do mundo", vai despertar reflexões sobre cosmologias e sobre inícios e encerramentos, por exemplo. Já a cidade de Acra foi eleita pelo fato de Gana ter sido um dos primeiros países africanos a ter sua independência. "Foi um importante ponto de retorno dos escravos", explicou a cocuradora. A Amazônia Peruana, destacou, representa a reflexão sobre o patrimônio da floresta - e será também uma forma de expandir para fora do "senso comum" brasileiro sobre a região amazônica. E Cuiabá, enfim, "centro geodésico da América do Sul" no coração do cerrado do Brasil, torna-se um território emblemático para se falar de bioma e de conflitos (entre eles, indígenas).

O projeto da 32.ª edição do evento, incluindo o biênio de 2015-2016 e as itinerâncias da mostra em 2017, está orçado em torno de R$ 29 milhões, afirmou Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Outra aposta curatorial será "expandir a exposição", explicou Volz, seja articulando-a com o Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a casa da Bienal, ou com espaços fora do grande edifício projetado por Oscar Niemeyer. "Vamos apoiar projetos em qualquer lugar da cidade", completou o curador.

Jochen Volz e Julia Rebouças, curadores da 32ª Bienal, e Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal Foto: CLAYTON DE SOUZA|ESTADAO

NOMES CONFIRMADOS PARA 32ª BIENAL DE SP

Alia Farid (Kuwait, 1985) Anawana Haloba(Zâmbia, 1978) Bárbara Wagner (Brasil, 1980) Bené Fonteles (Brasil, 1953)  Carla Filipe (Portugal, 1973) Carolina Caycedo(Reino Unido, 1978) Cecilia Bengolea(Argentina, 1984)  Charlotte Johannesson(Suécia, 1943) Cristiano Lenhardt(Brasil, 1975) Dineo Seshee Bopape(África do Sul, 1981) Ebony G. Patterson (Jamaica, 1981) Eduardo Navarro (Argentina, 1979) Em'kal Eyongakpa(Camarões, 1981) Erika Verzutti (Brasil, 1971) Felipe Mujica (Chile, 1974) Francis Alÿs (Bélgica, 1959) Gabriel Abrantes (EUA, 1984) Gilvan Samico(Brasil, 1928-2013) Günes Terkol (Turquia, 1981) Heather Phillipson(Reino Unido, 1978) Helen Sebidi (África do Sul, 1943) Henrik Olesen (Dinamarca, 1967) Hito Steyerl (Alemanha, 1966) Iza Tarasewicz (Polônia, 1981) Jorge Mena Barreto (Brasil, 1970) José Antonio Suárez Londoño (Colômbia, 1955) José Bento (Brasil, 1962) Kathy Barry (Nova Zelândia, 1967) Koo Jeong A (Coreia do Sul, 1967) Lais Myrrha (Brasil, 1974) Lourdes Castro(Portugal, 1930)  Luke Willis Thompson (Nova Zelândia, 1988) Mariana Castillo Deball (México, 1975) Michal Helfman (Israel, 1973) Misheck Masamvu (Zimbabwe, 1980)  Nomeda & Gediminas Urbonas (Lituânia, 1968/1966) OPAVIVARÁ! (Brasil, 2005) Öyvind Fahlström (Brasil, 1928-1976) Park McArthur (EUA, 1984) Pia Lindman (Finlândia, 1965) Pierre Huyghe (França, 1962) Pilar Quinteros (Chile, 1988) Priscila Fernandes(Portugal, 1981) Rachel Rose (EUA, 1986) Rikke Luther (Dinamarca, 1970) Rita Ponce de León (Peru, 1982) Ruth Ewan (Reino Unido, 1980) Sandra Kranich (Alemanha, 1971) Ursula Biemann (Suíça, 1955) Víctor Grippo (Argentina, 1936-2002) Vídeo nas Aldeias (Brasil, 1986) Vivian Caccuri (Brasil, 1986) Wilma Martins (Brasil, 1934) William Pope.L (EUA, 1955)

Atualizdo às 20h Incerteza Viva é o título da 32.ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre 10 de setembro e 12 de dezembro de 2016. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, na Fundação Bienal de São Paulo, o curador da edição do evento, Jochen Volz, apresentou ainda uma lista de 54 artistas e coletivos de 30 países já confirmados para a mostra, cerca de "dois terços", afirmou, do total de participantes almejados. Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens - a maioria, nascida nas décadas de 70 e 80 -, destacam-se, dos anunciados, o francês Pierre Huygue, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o grupo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström (que viveu na Suécia), o belga Francis Alÿs, e a sul-africana Helen Sebidi.

Como afirmou Jochen Volz, a incerteza, "sobretudo, uma condição emocional", é acolhida pela arte contemporânea, e questões como ecologia, cosmologia, destruição, aquecimento global, extinção de espécimes e destruição de recursos e de propriedades foram exemplificadas entre as motivadoras do projeto curatorial da edição, que terá um total de, aproximadamente, 90 artistas (os outros participantes serão anunciados no início de 2016). "Mais de 80% deles estão trabalhando em obras inéditas", contou o curador. Para Volz, a mostra brasileira pode ser definida como um "ponto de vista" sobre o momento atual - e ele usou uma frase do escritor inglês Adam Thirlwell para explicar o conceito da 32.ª Bienal de São Paulo, Incerteza Viva: "Um dos prazeres da arte é ser mais exata em relação ao tempo do que o próprio relógio". "Arte é bem diferente da mídia", concluiu o historiador alemão, também curador, desde 2004, do Instituto Inhotim de Minas Gerais (do qual já foi diretor).

Além da exposição propriamente dita, outra iniciativa central do projeto da edição será a realização de uma programação pública nomeada Dias de Estudo. A equipe curatorial, formada por Jochen Volz e pela brasileira Júlia Rebouças, pela sul-africana Gabi Ngcobo, pelo dinamarquês Lars Bang Larsen e pela mexicana Sofía Olascoaga, escolheu quatro localidades - Santiago do Chile; Acra, em Gana; Amazônia Peruana; e Cuiabá, no Mato Grosso - como representativas de questões a serem tratadas na mostra. Conferências e visitas de campo de artistas e de pesquisadores serão promovidas nesses lugares entre março e maio de 2016. Em junho, seminário será apresentado em São Paulo.

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Segundo Júlia Rebouças, o encontro público no Chile, muitas vezes identificado como "o fim do mundo", vai despertar reflexões sobre cosmologias e sobre inícios e encerramentos, por exemplo. Já a cidade de Acra foi eleita pelo fato de Gana ter sido um dos primeiros países africanos a ter sua independência. "Foi um importante ponto de retorno dos escravos", explicou a cocuradora. A Amazônia Peruana, destacou, representa a reflexão sobre o patrimônio da floresta - e será também uma forma de expandir para fora do "senso comum" brasileiro sobre a região amazônica. E Cuiabá, enfim, "centro geodésico da América do Sul" no coração do cerrado do Brasil, torna-se um território emblemático para se falar de bioma e de conflitos (entre eles, indígenas).

O projeto da 32.ª edição do evento, incluindo o biênio de 2015-2016 e as itinerâncias da mostra em 2017, está orçado em torno de R$ 29 milhões, afirmou Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Outra aposta curatorial será "expandir a exposição", explicou Volz, seja articulando-a com o Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a casa da Bienal, ou com espaços fora do grande edifício projetado por Oscar Niemeyer. "Vamos apoiar projetos em qualquer lugar da cidade", completou o curador.

Jochen Volz e Julia Rebouças, curadores da 32ª Bienal, e Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal Foto: CLAYTON DE SOUZA|ESTADAO

NOMES CONFIRMADOS PARA 32ª BIENAL DE SP

Alia Farid (Kuwait, 1985) Anawana Haloba(Zâmbia, 1978) Bárbara Wagner (Brasil, 1980) Bené Fonteles (Brasil, 1953)  Carla Filipe (Portugal, 1973) Carolina Caycedo(Reino Unido, 1978) Cecilia Bengolea(Argentina, 1984)  Charlotte Johannesson(Suécia, 1943) Cristiano Lenhardt(Brasil, 1975) Dineo Seshee Bopape(África do Sul, 1981) Ebony G. Patterson (Jamaica, 1981) Eduardo Navarro (Argentina, 1979) Em'kal Eyongakpa(Camarões, 1981) Erika Verzutti (Brasil, 1971) Felipe Mujica (Chile, 1974) Francis Alÿs (Bélgica, 1959) Gabriel Abrantes (EUA, 1984) Gilvan Samico(Brasil, 1928-2013) Günes Terkol (Turquia, 1981) Heather Phillipson(Reino Unido, 1978) Helen Sebidi (África do Sul, 1943) Henrik Olesen (Dinamarca, 1967) Hito Steyerl (Alemanha, 1966) Iza Tarasewicz (Polônia, 1981) Jorge Mena Barreto (Brasil, 1970) José Antonio Suárez Londoño (Colômbia, 1955) José Bento (Brasil, 1962) Kathy Barry (Nova Zelândia, 1967) Koo Jeong A (Coreia do Sul, 1967) Lais Myrrha (Brasil, 1974) Lourdes Castro(Portugal, 1930)  Luke Willis Thompson (Nova Zelândia, 1988) Mariana Castillo Deball (México, 1975) Michal Helfman (Israel, 1973) Misheck Masamvu (Zimbabwe, 1980)  Nomeda & Gediminas Urbonas (Lituânia, 1968/1966) OPAVIVARÁ! (Brasil, 2005) Öyvind Fahlström (Brasil, 1928-1976) Park McArthur (EUA, 1984) Pia Lindman (Finlândia, 1965) Pierre Huyghe (França, 1962) Pilar Quinteros (Chile, 1988) Priscila Fernandes(Portugal, 1981) Rachel Rose (EUA, 1986) Rikke Luther (Dinamarca, 1970) Rita Ponce de León (Peru, 1982) Ruth Ewan (Reino Unido, 1980) Sandra Kranich (Alemanha, 1971) Ursula Biemann (Suíça, 1955) Víctor Grippo (Argentina, 1936-2002) Vídeo nas Aldeias (Brasil, 1986) Vivian Caccuri (Brasil, 1986) Wilma Martins (Brasil, 1934) William Pope.L (EUA, 1955)

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