A Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul anunciou hoje à tarde, em cerimônia virtual,sua nova presidente, Carmen Ferrão, e o curador da 13ª edição da mostra, Marcello Dantas, com larga experiência em bienaise museus. Fundador da produtora Magnetoscópio, Dantas foi reponsável pela curadoria da megaexposição Raiz, do artista chinês Ai Wei Wei, realizada entre o final de 2018 e o começo de 2019. Dantas também dirigiu a Japan House, em São Paulo, e vai assumir a curadoria de exposições da Cidade Matarazzo, além de ter sido curador da Bienal de Vancouver em duas ocasiões.
A 13ª. edição da Bienal do Mercosul será realizada em 2022, em vários pontos culturais e históricos de Porto Alegre, adotando como eixo curatorial três palavras: fuga, sonho e trauma. Juntas elas expressam, segundo o curador, uma situação extrema em que se busca uma saída de emergência que, ele espera, será apontada por novos artistas ainda não vinculados ao circuito comercial. A Bienal do Mercosul também terá a participação de veteranos, de acordo com Dantas.
A Bienal do Mercosul deste ano, a 12ª. edição, estava marcada para ter início em abril, mas foi transferida para a internet por causa da pandemia do novo coronavírus. A curadora argentina Andrea Giunta elegeu como tema a questão da sexualidade além da fronteira de gêneros, destacando a participação de artistas latinos e africanos. Já foram realizadas algumas ‘lives’ com a participação de curadores e artistas para discutir temas como as particularidades da prática de curadores e criadores afrodescendentes na arte brasileira.