Centenário de Fayga Ostrower inspira mostra na Estação Pinacoteca


Intitulada 'Fayga Ostrower – Imaginação Tangível', a exposição tem curadoria de Carlos Martins, que ressalta como a artista era 'uma pessoa totalmente engajada na imagem impressa'

Por Júlia Corrêa

Imigrante de família judia vinda para o Brasil nos anos 1930, a polonesa Fayga Ostrower (1920-2001) foi uma das pioneiras da arte abstrata no País. Para celebrar o seu centenário, completado em setembro do ano passado, umamostra na Estação Pinacoteca apresenta, a partir desta segunda-feira, 130 obras de diferentes fases da artista.

'Frisos'.Trabalho de serigrafia sobre tecido de 1956. Foto: Acervo Fayga Ostrower

Intitulada Fayga Ostrower – Imaginação Tangível, a exposição tem curadoria de Carlos Martins, que ressalta como a artista era “uma pessoa totalmente engajada na imagem impressa”. A situação de sua família quando migrou para o Brasil era muito precária, mas, segundo Martins, Fayga encontrou aqui uma liberdade e um bem-estar inexistentes na Europa àquela época, o que lhe permitiu traçar uma formação autodidata. “Ela não se entregava; foi batalhando para conquistar cultura e conhecimento”. Não por acaso, Fayga “não desistiu de reivindicar um lugar para a gravura como linguagem no campo das artes plásticas”, complementa o curador.

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Suas primeiras incursões na criação de gravuras pautam o primeiro núcleo da mostra, Aprendizado e Experimentos, que revela como ela se inspirava em textos literários para desenvolver narrativas visuais –ilustrações utilizadas mais tarde por algumas editoras. Um exemplo é uma edição de 1948 de O Cortiço, com doze gravuras criadas pela artista quatro anos antes.

Livros.Ilustração da artista para a capa da primeira edição de'Invenção de Orfeu', de Jorge de Lima, em 1952. Foto: Acervo CEDOC

Não demoraria, no entanto, para Fayga passar a receber encomendas e, assim, ela acabou ilustrando obras como a primeira edição de Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, em 1952. Na falta de um mercado mais amplo, além das editoras, o respaldo para o seu tipo de trabalho vinha da imprensa, o que se reverteu na contribuição da artista para almanaques e suplementos literários da época.

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Acervo.'Composição Abstrata', obra de serigrafia sobre tecido produzida no início dos anos 1950. Foto: Acervo Fayga Ostrower

O segundo núcleo, Consciência artística/Capacidade Inventiva, gira em torno de umabandeira posterior da artista – a abstração, assumida de fato por ela a partir de 1953, em um momento de interesse pela produção de estamparias de tecidos. “Ela enfrenta aí um establishment que vinha de séculos no Brasil, que era a arte figurativa”, destaca o curador. Nesta seção da mostra, destacam-se, por exemplo, cinco gravuras raras (de uma série de dez) representativas desse novo rumo formal da artista.

Expressões Gráficas,último núcleo da mostra, evidencia a aproximação de Fayga, nos anos 1960, de técnicas como a serigrafia e a litografia. Ao percorrer a seção, o público poderá ver, por exemplo, criações como cartazes que ela fazia para suas próprias exposições.

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SERVIÇO

Estação Pinacoteca. Lgo. General Osório, 66, Santa Ifigênia, 3335-4990.  Inauguração: hoje (1º). 10h/18h (fecha 3ª). Grátis (agendamento obrigatório pelo site pinacoteca.org.br). Até 31/5.

Imigrante de família judia vinda para o Brasil nos anos 1930, a polonesa Fayga Ostrower (1920-2001) foi uma das pioneiras da arte abstrata no País. Para celebrar o seu centenário, completado em setembro do ano passado, umamostra na Estação Pinacoteca apresenta, a partir desta segunda-feira, 130 obras de diferentes fases da artista.

'Frisos'.Trabalho de serigrafia sobre tecido de 1956. Foto: Acervo Fayga Ostrower

Intitulada Fayga Ostrower – Imaginação Tangível, a exposição tem curadoria de Carlos Martins, que ressalta como a artista era “uma pessoa totalmente engajada na imagem impressa”. A situação de sua família quando migrou para o Brasil era muito precária, mas, segundo Martins, Fayga encontrou aqui uma liberdade e um bem-estar inexistentes na Europa àquela época, o que lhe permitiu traçar uma formação autodidata. “Ela não se entregava; foi batalhando para conquistar cultura e conhecimento”. Não por acaso, Fayga “não desistiu de reivindicar um lugar para a gravura como linguagem no campo das artes plásticas”, complementa o curador.

Suas primeiras incursões na criação de gravuras pautam o primeiro núcleo da mostra, Aprendizado e Experimentos, que revela como ela se inspirava em textos literários para desenvolver narrativas visuais –ilustrações utilizadas mais tarde por algumas editoras. Um exemplo é uma edição de 1948 de O Cortiço, com doze gravuras criadas pela artista quatro anos antes.

Livros.Ilustração da artista para a capa da primeira edição de'Invenção de Orfeu', de Jorge de Lima, em 1952. Foto: Acervo CEDOC

Não demoraria, no entanto, para Fayga passar a receber encomendas e, assim, ela acabou ilustrando obras como a primeira edição de Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, em 1952. Na falta de um mercado mais amplo, além das editoras, o respaldo para o seu tipo de trabalho vinha da imprensa, o que se reverteu na contribuição da artista para almanaques e suplementos literários da época.

Acervo.'Composição Abstrata', obra de serigrafia sobre tecido produzida no início dos anos 1950. Foto: Acervo Fayga Ostrower

O segundo núcleo, Consciência artística/Capacidade Inventiva, gira em torno de umabandeira posterior da artista – a abstração, assumida de fato por ela a partir de 1953, em um momento de interesse pela produção de estamparias de tecidos. “Ela enfrenta aí um establishment que vinha de séculos no Brasil, que era a arte figurativa”, destaca o curador. Nesta seção da mostra, destacam-se, por exemplo, cinco gravuras raras (de uma série de dez) representativas desse novo rumo formal da artista.

Expressões Gráficas,último núcleo da mostra, evidencia a aproximação de Fayga, nos anos 1960, de técnicas como a serigrafia e a litografia. Ao percorrer a seção, o público poderá ver, por exemplo, criações como cartazes que ela fazia para suas próprias exposições.

SERVIÇO

Estação Pinacoteca. Lgo. General Osório, 66, Santa Ifigênia, 3335-4990.  Inauguração: hoje (1º). 10h/18h (fecha 3ª). Grátis (agendamento obrigatório pelo site pinacoteca.org.br). Até 31/5.

Imigrante de família judia vinda para o Brasil nos anos 1930, a polonesa Fayga Ostrower (1920-2001) foi uma das pioneiras da arte abstrata no País. Para celebrar o seu centenário, completado em setembro do ano passado, umamostra na Estação Pinacoteca apresenta, a partir desta segunda-feira, 130 obras de diferentes fases da artista.

'Frisos'.Trabalho de serigrafia sobre tecido de 1956. Foto: Acervo Fayga Ostrower

Intitulada Fayga Ostrower – Imaginação Tangível, a exposição tem curadoria de Carlos Martins, que ressalta como a artista era “uma pessoa totalmente engajada na imagem impressa”. A situação de sua família quando migrou para o Brasil era muito precária, mas, segundo Martins, Fayga encontrou aqui uma liberdade e um bem-estar inexistentes na Europa àquela época, o que lhe permitiu traçar uma formação autodidata. “Ela não se entregava; foi batalhando para conquistar cultura e conhecimento”. Não por acaso, Fayga “não desistiu de reivindicar um lugar para a gravura como linguagem no campo das artes plásticas”, complementa o curador.

Suas primeiras incursões na criação de gravuras pautam o primeiro núcleo da mostra, Aprendizado e Experimentos, que revela como ela se inspirava em textos literários para desenvolver narrativas visuais –ilustrações utilizadas mais tarde por algumas editoras. Um exemplo é uma edição de 1948 de O Cortiço, com doze gravuras criadas pela artista quatro anos antes.

Livros.Ilustração da artista para a capa da primeira edição de'Invenção de Orfeu', de Jorge de Lima, em 1952. Foto: Acervo CEDOC

Não demoraria, no entanto, para Fayga passar a receber encomendas e, assim, ela acabou ilustrando obras como a primeira edição de Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, em 1952. Na falta de um mercado mais amplo, além das editoras, o respaldo para o seu tipo de trabalho vinha da imprensa, o que se reverteu na contribuição da artista para almanaques e suplementos literários da época.

Acervo.'Composição Abstrata', obra de serigrafia sobre tecido produzida no início dos anos 1950. Foto: Acervo Fayga Ostrower

O segundo núcleo, Consciência artística/Capacidade Inventiva, gira em torno de umabandeira posterior da artista – a abstração, assumida de fato por ela a partir de 1953, em um momento de interesse pela produção de estamparias de tecidos. “Ela enfrenta aí um establishment que vinha de séculos no Brasil, que era a arte figurativa”, destaca o curador. Nesta seção da mostra, destacam-se, por exemplo, cinco gravuras raras (de uma série de dez) representativas desse novo rumo formal da artista.

Expressões Gráficas,último núcleo da mostra, evidencia a aproximação de Fayga, nos anos 1960, de técnicas como a serigrafia e a litografia. Ao percorrer a seção, o público poderá ver, por exemplo, criações como cartazes que ela fazia para suas próprias exposições.

SERVIÇO

Estação Pinacoteca. Lgo. General Osório, 66, Santa Ifigênia, 3335-4990.  Inauguração: hoje (1º). 10h/18h (fecha 3ª). Grátis (agendamento obrigatório pelo site pinacoteca.org.br). Até 31/5.

Imigrante de família judia vinda para o Brasil nos anos 1930, a polonesa Fayga Ostrower (1920-2001) foi uma das pioneiras da arte abstrata no País. Para celebrar o seu centenário, completado em setembro do ano passado, umamostra na Estação Pinacoteca apresenta, a partir desta segunda-feira, 130 obras de diferentes fases da artista.

'Frisos'.Trabalho de serigrafia sobre tecido de 1956. Foto: Acervo Fayga Ostrower

Intitulada Fayga Ostrower – Imaginação Tangível, a exposição tem curadoria de Carlos Martins, que ressalta como a artista era “uma pessoa totalmente engajada na imagem impressa”. A situação de sua família quando migrou para o Brasil era muito precária, mas, segundo Martins, Fayga encontrou aqui uma liberdade e um bem-estar inexistentes na Europa àquela época, o que lhe permitiu traçar uma formação autodidata. “Ela não se entregava; foi batalhando para conquistar cultura e conhecimento”. Não por acaso, Fayga “não desistiu de reivindicar um lugar para a gravura como linguagem no campo das artes plásticas”, complementa o curador.

Suas primeiras incursões na criação de gravuras pautam o primeiro núcleo da mostra, Aprendizado e Experimentos, que revela como ela se inspirava em textos literários para desenvolver narrativas visuais –ilustrações utilizadas mais tarde por algumas editoras. Um exemplo é uma edição de 1948 de O Cortiço, com doze gravuras criadas pela artista quatro anos antes.

Livros.Ilustração da artista para a capa da primeira edição de'Invenção de Orfeu', de Jorge de Lima, em 1952. Foto: Acervo CEDOC

Não demoraria, no entanto, para Fayga passar a receber encomendas e, assim, ela acabou ilustrando obras como a primeira edição de Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, em 1952. Na falta de um mercado mais amplo, além das editoras, o respaldo para o seu tipo de trabalho vinha da imprensa, o que se reverteu na contribuição da artista para almanaques e suplementos literários da época.

Acervo.'Composição Abstrata', obra de serigrafia sobre tecido produzida no início dos anos 1950. Foto: Acervo Fayga Ostrower

O segundo núcleo, Consciência artística/Capacidade Inventiva, gira em torno de umabandeira posterior da artista – a abstração, assumida de fato por ela a partir de 1953, em um momento de interesse pela produção de estamparias de tecidos. “Ela enfrenta aí um establishment que vinha de séculos no Brasil, que era a arte figurativa”, destaca o curador. Nesta seção da mostra, destacam-se, por exemplo, cinco gravuras raras (de uma série de dez) representativas desse novo rumo formal da artista.

Expressões Gráficas,último núcleo da mostra, evidencia a aproximação de Fayga, nos anos 1960, de técnicas como a serigrafia e a litografia. Ao percorrer a seção, o público poderá ver, por exemplo, criações como cartazes que ela fazia para suas próprias exposições.

SERVIÇO

Estação Pinacoteca. Lgo. General Osório, 66, Santa Ifigênia, 3335-4990.  Inauguração: hoje (1º). 10h/18h (fecha 3ª). Grátis (agendamento obrigatório pelo site pinacoteca.org.br). Até 31/5.

Imigrante de família judia vinda para o Brasil nos anos 1930, a polonesa Fayga Ostrower (1920-2001) foi uma das pioneiras da arte abstrata no País. Para celebrar o seu centenário, completado em setembro do ano passado, umamostra na Estação Pinacoteca apresenta, a partir desta segunda-feira, 130 obras de diferentes fases da artista.

'Frisos'.Trabalho de serigrafia sobre tecido de 1956. Foto: Acervo Fayga Ostrower

Intitulada Fayga Ostrower – Imaginação Tangível, a exposição tem curadoria de Carlos Martins, que ressalta como a artista era “uma pessoa totalmente engajada na imagem impressa”. A situação de sua família quando migrou para o Brasil era muito precária, mas, segundo Martins, Fayga encontrou aqui uma liberdade e um bem-estar inexistentes na Europa àquela época, o que lhe permitiu traçar uma formação autodidata. “Ela não se entregava; foi batalhando para conquistar cultura e conhecimento”. Não por acaso, Fayga “não desistiu de reivindicar um lugar para a gravura como linguagem no campo das artes plásticas”, complementa o curador.

Suas primeiras incursões na criação de gravuras pautam o primeiro núcleo da mostra, Aprendizado e Experimentos, que revela como ela se inspirava em textos literários para desenvolver narrativas visuais –ilustrações utilizadas mais tarde por algumas editoras. Um exemplo é uma edição de 1948 de O Cortiço, com doze gravuras criadas pela artista quatro anos antes.

Livros.Ilustração da artista para a capa da primeira edição de'Invenção de Orfeu', de Jorge de Lima, em 1952. Foto: Acervo CEDOC

Não demoraria, no entanto, para Fayga passar a receber encomendas e, assim, ela acabou ilustrando obras como a primeira edição de Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, em 1952. Na falta de um mercado mais amplo, além das editoras, o respaldo para o seu tipo de trabalho vinha da imprensa, o que se reverteu na contribuição da artista para almanaques e suplementos literários da época.

Acervo.'Composição Abstrata', obra de serigrafia sobre tecido produzida no início dos anos 1950. Foto: Acervo Fayga Ostrower

O segundo núcleo, Consciência artística/Capacidade Inventiva, gira em torno de umabandeira posterior da artista – a abstração, assumida de fato por ela a partir de 1953, em um momento de interesse pela produção de estamparias de tecidos. “Ela enfrenta aí um establishment que vinha de séculos no Brasil, que era a arte figurativa”, destaca o curador. Nesta seção da mostra, destacam-se, por exemplo, cinco gravuras raras (de uma série de dez) representativas desse novo rumo formal da artista.

Expressões Gráficas,último núcleo da mostra, evidencia a aproximação de Fayga, nos anos 1960, de técnicas como a serigrafia e a litografia. Ao percorrer a seção, o público poderá ver, por exemplo, criações como cartazes que ela fazia para suas próprias exposições.

SERVIÇO

Estação Pinacoteca. Lgo. General Osório, 66, Santa Ifigênia, 3335-4990.  Inauguração: hoje (1º). 10h/18h (fecha 3ª). Grátis (agendamento obrigatório pelo site pinacoteca.org.br). Até 31/5.

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