Os tesouros da Galeria da Academia de Belas Artes de Florença, especialmente a obra-prima "David, do gênio Michelangelo, estão recebendo uma "vigilância especial" após o atentado terrorista ocorrido em Barcelona, no último dia 17.
A diretora do museu, Cecile Holberg, revelou à ANSA que há um novo plano de proteção às obras pelo temor do local virar um alvo de grupos extremistas.
"Após o ataque na Espanha, com o ministro dos Bens Culturais, nós nos colocamos em alerta. Nós já temos um ótimo sistema de medidas de segurança, mas pela situação, nós decidimos incrementá-lo", disse Holberg.
Por causa disso, ela emitiu uma ordem com uma série de novas disposições para aumentar o nível de segurança e que "contém indicações para que os funcionários, de maneira discreta, vigiem ainda mais tudo que acontece no museu e nas filas de ingresso".
"Nós estabelecemos controles mais exigentes nos detectores de metal. E restringimos a gama de objetos que as pessoas podem levar para a Galeria, por exemplo, agora não se pode mais carregar garrafas com capacidade superior a 500ml, nem as de plástico, e conteúdos diferentes de água", explica a diretora à ANSA.
Segundo a líder do museu, a Prefeitura de Florença também está ajudando no projeto, especialmente, no que tange ao famoso "David".
"Graças ao seu trabalho, a estrada onde fica a entrada da Galeria da Academia foi fechada firmemente com uma corrente.
Além disso, foram ativadas outras medidas, não visíveis a olho nu, das quais não falo, obviamente, por motivos de segurança", destacou.
Por diversas vezes, ao longo da história, o "David" foi danificado. O último dos atos de vandalismo desse tipo ocorreu em 1991, quando um homem com problemas mentais atacou a obra com marteladas.