E o raio cai de novo em São Paulo


Iron Maiden volta em março para mais seis apresentações no País... com extras

Por Marco Bezzi

Esqueça o velho ditado de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Quando se trata do heavy metal, o raio cai duas, três, quatro... quantas vezes forem necessárias. Indo na contramão do dito popular, o mês de março reserva para os famintos do som pesado mais seis apresentações da histórica turnê Somewhere Back In Time Tour, do Iron Maiden. Veja o serviço de todos os shows Antes que os agressores atirem suas interjeições ao retorno precoce (menos de um ano) de uma das maiores bandas da história do rock, o vocalista Bruce Dickinson explica o motivo: "Teremos o palco inteiro da turnê europeia. O Brasil merece isso. Queremos fazer em São Paulo o maior show da história do Iron Maiden na América do Sul", comentou o simpático Dickinson, por telefone, na quinta. A referida turnê europeia, dos clássicos da época de ouro do grupo, carregou toneladas a mais de equipamentos. Fogos, pirotecnia, bombas e um Eddie - o mascote gigante do grupo - extra ganharão os palcos de São Paulo e Rio. "Traremos o Eddie vestido de múmia desta vez, o mesmo da turnê do álbum Powerslave. Se levarmos 65 mil pessoas para Interlagos, teremos o maior show da história da banda", afirma o vocalista. Dickinson não se esqueceu do Rock in Rio, em 1985, quando mais de 200 mil pessoas se acotovelaram na Cidade do Rock. O vocalista apenas lembrou à reportagem que aquele era um festival com diversas outras bandas. "Talvez até transformemos o show de São Paulo em um DVD. Filmamos tudo, mas não posso afirmar nada ainda." A epopeia do Maiden no País terá início em Manaus, dia 12 de março, e entregará sua apoteose no dia 31, quando o grupo finaliza suas apresentações por aqui, no Recife. "Tudo o que sei sobre Manaus até agora é que fica no centro da Amazônia. Parece que vai ser algo muito louco e acho que ficarei fascinado quando chegar lá. Nunca temos muito tempo para visitar os locais dos shows, mas espero poder conhecer um pouco mais da Floresta Tropical." Para demonstrar sua ligação com o País, o cantor prometeu alterar o set list em relação aos shows que fez no ano passado. "Os fãs não perderão músicas longas como The Rime of the Ancient Mariner, mas vão se surpreender com clássicos dos três primeiros álbuns (Iron Maiden, Killers e The Number of the Beast)." Phantom of the Opera, canção épica do début do Iron Maiden, deve ser uma delas. Como em 2008, Aces High, The Trooper, Wasted Years e Hallowed be thy Name deverão levantar os headbangers que comparecerão ao autódromo. Além disso, o grupo quer fazer a première mundial do documentário Iron Maiden: Flight 666 no Rio, um dia antes da apresentação na Praça da Apoteose. "Devemos chamar a imprensa de todo o mundo para o evento. Ainda não tenho certeza de que isso acontecerá, mas estamos fazendo força nesse sentido." O longa mostra, justamente, a última passagem da trupe pela América do Sul e Austrália, em 2008, quando Bruce também fazia o papel de comandante da aeronave batizada de Ed Force One. "Ainda piloto em alguns trechos da turnê, mas por motivo das leis internacionais de aviação, sou obrigado a ter determinadas horas de descanso por dia. Queria pilotar mais", reclama Dickinson. No documentário, que já tem sua prévia na internet, será possível acompanhar a intimidade do grupo e passagens como a partida de futebol seguida por churrasco que Steve Harris e seus amigos fizeram em São Paulo. Já Bruce, diante das folgas que tem entre entrevistas e shows prefere exercitar a cabeça: "Eu estudo religião e medito o dia todo. (risos). Estou mentindo. Não somos pecadores, mas também não somos santos. Podemos até beber, sim, mas nada que ultrapasse o limite." Conhecido por seu bom humor, o vocalista, que completará 50 anos em agosto, mostra que segue à risca as características dos nascidos no signo de Leão. Além de dar as caras para milhares de pessoas durante a noite, Bruce é piloto profissional, professor de História, roteirista de cinema, apresentador da rádio e TV BBC na Inglaterra e esgrimista semiprofissional. Aparecido? "Pode até parecer, mas não fico procurando trabalho a todo momento. Os projetos aparecem em todos os lugares que vou. Para você ter uma ideia, nem agente eu tenho. " O filme que Dickinson lançou no ano passado se chama Chemical Wedding, homônimo a um de seus discos de carreira-solo, e conta a história do professor e mago Aleister Crowley. "Não é um filme de terror, como algumas pessoas podem imaginar. Ele funde diversos gêneros. É uma história de detetive com humor. Se podemos chamar o filme de alguma coisa é de cult, pois foi feito com muito pouco dinheiro." Se está nos planos de Dickinson continuar sua carreira no cinema, ele despista: "É incrível, mas muitas pessoas me chamaram para escrever roteiros depois da estreia de Chemical Wedding. O problema é que trabalhar em cima de um roteiro leva muito tempo." Segundo Bruce, a turnê do grupo será finalizada na Flórida, logo após os concertos no Brasil. "Já estamos há muito tempo viajando. Nosso próximo passo será gravar um álbum novo, mas não antes do Natal." No meio da entrevista, o vocalista convida os brasileiros a competirem com ele na esgrima. "Levarei todo o meu equipamento para a turnê da América Latina. Tenho um amigo na Argentina que é o técnico da seleção olímpica do país. Se a comunidade de esgrima no Brasil me convidar, estarei à disposição para jogar também." O FUTURO Em seu programa de rádio na BBC, ele teve privilégios como o de entrevistar os integrantes do Metallica assim que a banda lançou seu álbum Death Magnetic, no ano passado. Mas também não esquece de levar adiante o gênero que o acolheu tão bem. "Gosto de muitas bandas novas como Mastodon, The New Black, Trivium, Lamb of God e Rise To Remain. Aliás, vou assistir aos show deles amanhã." Quanto ao Brasil ser um país que idolatra o heavy metal, ele ri: " Imagine se isso acontecesse em um lugar como o Polo Norte? Ter de ir todo ano para lá ia ser dureza", brinca. Para finalizar, pedimos para que Dickinson fizesse um exercício de futurologia e nos dissesse de que forma explicaria a seu neto como foram esses quase dois anos de turnê: "Contarei que um dia pessoas de verdade viajaram pelo mundo em enormes máquinas que voavam pelos céus. Fomos a diversos lugares onde milhares de pessoas vinham nos ver. Fazíamos tanto barulho que, na época em que meu neto nascer, esse barulho não será mais permitido. As pessoas bebiam muito, faziam sexo - o que será ilegal na época dele também. Ele me perguntaria se elas não seria hologramas. E eu responderei que não." Serviço Iron Maiden. Autódromo de Interlagos. Av. Senador Teotônio Vilela, 261. Dia 15, 20 h. R$ 140 a R$ 350. Vendas: 4003 -01527 ou www.livepass.com.br

Esqueça o velho ditado de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Quando se trata do heavy metal, o raio cai duas, três, quatro... quantas vezes forem necessárias. Indo na contramão do dito popular, o mês de março reserva para os famintos do som pesado mais seis apresentações da histórica turnê Somewhere Back In Time Tour, do Iron Maiden. Veja o serviço de todos os shows Antes que os agressores atirem suas interjeições ao retorno precoce (menos de um ano) de uma das maiores bandas da história do rock, o vocalista Bruce Dickinson explica o motivo: "Teremos o palco inteiro da turnê europeia. O Brasil merece isso. Queremos fazer em São Paulo o maior show da história do Iron Maiden na América do Sul", comentou o simpático Dickinson, por telefone, na quinta. A referida turnê europeia, dos clássicos da época de ouro do grupo, carregou toneladas a mais de equipamentos. Fogos, pirotecnia, bombas e um Eddie - o mascote gigante do grupo - extra ganharão os palcos de São Paulo e Rio. "Traremos o Eddie vestido de múmia desta vez, o mesmo da turnê do álbum Powerslave. Se levarmos 65 mil pessoas para Interlagos, teremos o maior show da história da banda", afirma o vocalista. Dickinson não se esqueceu do Rock in Rio, em 1985, quando mais de 200 mil pessoas se acotovelaram na Cidade do Rock. O vocalista apenas lembrou à reportagem que aquele era um festival com diversas outras bandas. "Talvez até transformemos o show de São Paulo em um DVD. Filmamos tudo, mas não posso afirmar nada ainda." A epopeia do Maiden no País terá início em Manaus, dia 12 de março, e entregará sua apoteose no dia 31, quando o grupo finaliza suas apresentações por aqui, no Recife. "Tudo o que sei sobre Manaus até agora é que fica no centro da Amazônia. Parece que vai ser algo muito louco e acho que ficarei fascinado quando chegar lá. Nunca temos muito tempo para visitar os locais dos shows, mas espero poder conhecer um pouco mais da Floresta Tropical." Para demonstrar sua ligação com o País, o cantor prometeu alterar o set list em relação aos shows que fez no ano passado. "Os fãs não perderão músicas longas como The Rime of the Ancient Mariner, mas vão se surpreender com clássicos dos três primeiros álbuns (Iron Maiden, Killers e The Number of the Beast)." Phantom of the Opera, canção épica do début do Iron Maiden, deve ser uma delas. Como em 2008, Aces High, The Trooper, Wasted Years e Hallowed be thy Name deverão levantar os headbangers que comparecerão ao autódromo. Além disso, o grupo quer fazer a première mundial do documentário Iron Maiden: Flight 666 no Rio, um dia antes da apresentação na Praça da Apoteose. "Devemos chamar a imprensa de todo o mundo para o evento. Ainda não tenho certeza de que isso acontecerá, mas estamos fazendo força nesse sentido." O longa mostra, justamente, a última passagem da trupe pela América do Sul e Austrália, em 2008, quando Bruce também fazia o papel de comandante da aeronave batizada de Ed Force One. "Ainda piloto em alguns trechos da turnê, mas por motivo das leis internacionais de aviação, sou obrigado a ter determinadas horas de descanso por dia. Queria pilotar mais", reclama Dickinson. No documentário, que já tem sua prévia na internet, será possível acompanhar a intimidade do grupo e passagens como a partida de futebol seguida por churrasco que Steve Harris e seus amigos fizeram em São Paulo. Já Bruce, diante das folgas que tem entre entrevistas e shows prefere exercitar a cabeça: "Eu estudo religião e medito o dia todo. (risos). Estou mentindo. Não somos pecadores, mas também não somos santos. Podemos até beber, sim, mas nada que ultrapasse o limite." Conhecido por seu bom humor, o vocalista, que completará 50 anos em agosto, mostra que segue à risca as características dos nascidos no signo de Leão. Além de dar as caras para milhares de pessoas durante a noite, Bruce é piloto profissional, professor de História, roteirista de cinema, apresentador da rádio e TV BBC na Inglaterra e esgrimista semiprofissional. Aparecido? "Pode até parecer, mas não fico procurando trabalho a todo momento. Os projetos aparecem em todos os lugares que vou. Para você ter uma ideia, nem agente eu tenho. " O filme que Dickinson lançou no ano passado se chama Chemical Wedding, homônimo a um de seus discos de carreira-solo, e conta a história do professor e mago Aleister Crowley. "Não é um filme de terror, como algumas pessoas podem imaginar. Ele funde diversos gêneros. É uma história de detetive com humor. Se podemos chamar o filme de alguma coisa é de cult, pois foi feito com muito pouco dinheiro." Se está nos planos de Dickinson continuar sua carreira no cinema, ele despista: "É incrível, mas muitas pessoas me chamaram para escrever roteiros depois da estreia de Chemical Wedding. O problema é que trabalhar em cima de um roteiro leva muito tempo." Segundo Bruce, a turnê do grupo será finalizada na Flórida, logo após os concertos no Brasil. "Já estamos há muito tempo viajando. Nosso próximo passo será gravar um álbum novo, mas não antes do Natal." No meio da entrevista, o vocalista convida os brasileiros a competirem com ele na esgrima. "Levarei todo o meu equipamento para a turnê da América Latina. Tenho um amigo na Argentina que é o técnico da seleção olímpica do país. Se a comunidade de esgrima no Brasil me convidar, estarei à disposição para jogar também." O FUTURO Em seu programa de rádio na BBC, ele teve privilégios como o de entrevistar os integrantes do Metallica assim que a banda lançou seu álbum Death Magnetic, no ano passado. Mas também não esquece de levar adiante o gênero que o acolheu tão bem. "Gosto de muitas bandas novas como Mastodon, The New Black, Trivium, Lamb of God e Rise To Remain. Aliás, vou assistir aos show deles amanhã." Quanto ao Brasil ser um país que idolatra o heavy metal, ele ri: " Imagine se isso acontecesse em um lugar como o Polo Norte? Ter de ir todo ano para lá ia ser dureza", brinca. Para finalizar, pedimos para que Dickinson fizesse um exercício de futurologia e nos dissesse de que forma explicaria a seu neto como foram esses quase dois anos de turnê: "Contarei que um dia pessoas de verdade viajaram pelo mundo em enormes máquinas que voavam pelos céus. Fomos a diversos lugares onde milhares de pessoas vinham nos ver. Fazíamos tanto barulho que, na época em que meu neto nascer, esse barulho não será mais permitido. As pessoas bebiam muito, faziam sexo - o que será ilegal na época dele também. Ele me perguntaria se elas não seria hologramas. E eu responderei que não." Serviço Iron Maiden. Autódromo de Interlagos. Av. Senador Teotônio Vilela, 261. Dia 15, 20 h. R$ 140 a R$ 350. Vendas: 4003 -01527 ou www.livepass.com.br

Esqueça o velho ditado de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Quando se trata do heavy metal, o raio cai duas, três, quatro... quantas vezes forem necessárias. Indo na contramão do dito popular, o mês de março reserva para os famintos do som pesado mais seis apresentações da histórica turnê Somewhere Back In Time Tour, do Iron Maiden. Veja o serviço de todos os shows Antes que os agressores atirem suas interjeições ao retorno precoce (menos de um ano) de uma das maiores bandas da história do rock, o vocalista Bruce Dickinson explica o motivo: "Teremos o palco inteiro da turnê europeia. O Brasil merece isso. Queremos fazer em São Paulo o maior show da história do Iron Maiden na América do Sul", comentou o simpático Dickinson, por telefone, na quinta. A referida turnê europeia, dos clássicos da época de ouro do grupo, carregou toneladas a mais de equipamentos. Fogos, pirotecnia, bombas e um Eddie - o mascote gigante do grupo - extra ganharão os palcos de São Paulo e Rio. "Traremos o Eddie vestido de múmia desta vez, o mesmo da turnê do álbum Powerslave. Se levarmos 65 mil pessoas para Interlagos, teremos o maior show da história da banda", afirma o vocalista. Dickinson não se esqueceu do Rock in Rio, em 1985, quando mais de 200 mil pessoas se acotovelaram na Cidade do Rock. O vocalista apenas lembrou à reportagem que aquele era um festival com diversas outras bandas. "Talvez até transformemos o show de São Paulo em um DVD. Filmamos tudo, mas não posso afirmar nada ainda." A epopeia do Maiden no País terá início em Manaus, dia 12 de março, e entregará sua apoteose no dia 31, quando o grupo finaliza suas apresentações por aqui, no Recife. "Tudo o que sei sobre Manaus até agora é que fica no centro da Amazônia. Parece que vai ser algo muito louco e acho que ficarei fascinado quando chegar lá. Nunca temos muito tempo para visitar os locais dos shows, mas espero poder conhecer um pouco mais da Floresta Tropical." Para demonstrar sua ligação com o País, o cantor prometeu alterar o set list em relação aos shows que fez no ano passado. "Os fãs não perderão músicas longas como The Rime of the Ancient Mariner, mas vão se surpreender com clássicos dos três primeiros álbuns (Iron Maiden, Killers e The Number of the Beast)." Phantom of the Opera, canção épica do début do Iron Maiden, deve ser uma delas. Como em 2008, Aces High, The Trooper, Wasted Years e Hallowed be thy Name deverão levantar os headbangers que comparecerão ao autódromo. Além disso, o grupo quer fazer a première mundial do documentário Iron Maiden: Flight 666 no Rio, um dia antes da apresentação na Praça da Apoteose. "Devemos chamar a imprensa de todo o mundo para o evento. Ainda não tenho certeza de que isso acontecerá, mas estamos fazendo força nesse sentido." O longa mostra, justamente, a última passagem da trupe pela América do Sul e Austrália, em 2008, quando Bruce também fazia o papel de comandante da aeronave batizada de Ed Force One. "Ainda piloto em alguns trechos da turnê, mas por motivo das leis internacionais de aviação, sou obrigado a ter determinadas horas de descanso por dia. Queria pilotar mais", reclama Dickinson. No documentário, que já tem sua prévia na internet, será possível acompanhar a intimidade do grupo e passagens como a partida de futebol seguida por churrasco que Steve Harris e seus amigos fizeram em São Paulo. Já Bruce, diante das folgas que tem entre entrevistas e shows prefere exercitar a cabeça: "Eu estudo religião e medito o dia todo. (risos). Estou mentindo. Não somos pecadores, mas também não somos santos. Podemos até beber, sim, mas nada que ultrapasse o limite." Conhecido por seu bom humor, o vocalista, que completará 50 anos em agosto, mostra que segue à risca as características dos nascidos no signo de Leão. Além de dar as caras para milhares de pessoas durante a noite, Bruce é piloto profissional, professor de História, roteirista de cinema, apresentador da rádio e TV BBC na Inglaterra e esgrimista semiprofissional. Aparecido? "Pode até parecer, mas não fico procurando trabalho a todo momento. Os projetos aparecem em todos os lugares que vou. Para você ter uma ideia, nem agente eu tenho. " O filme que Dickinson lançou no ano passado se chama Chemical Wedding, homônimo a um de seus discos de carreira-solo, e conta a história do professor e mago Aleister Crowley. "Não é um filme de terror, como algumas pessoas podem imaginar. Ele funde diversos gêneros. É uma história de detetive com humor. Se podemos chamar o filme de alguma coisa é de cult, pois foi feito com muito pouco dinheiro." Se está nos planos de Dickinson continuar sua carreira no cinema, ele despista: "É incrível, mas muitas pessoas me chamaram para escrever roteiros depois da estreia de Chemical Wedding. O problema é que trabalhar em cima de um roteiro leva muito tempo." Segundo Bruce, a turnê do grupo será finalizada na Flórida, logo após os concertos no Brasil. "Já estamos há muito tempo viajando. Nosso próximo passo será gravar um álbum novo, mas não antes do Natal." No meio da entrevista, o vocalista convida os brasileiros a competirem com ele na esgrima. "Levarei todo o meu equipamento para a turnê da América Latina. Tenho um amigo na Argentina que é o técnico da seleção olímpica do país. Se a comunidade de esgrima no Brasil me convidar, estarei à disposição para jogar também." O FUTURO Em seu programa de rádio na BBC, ele teve privilégios como o de entrevistar os integrantes do Metallica assim que a banda lançou seu álbum Death Magnetic, no ano passado. Mas também não esquece de levar adiante o gênero que o acolheu tão bem. "Gosto de muitas bandas novas como Mastodon, The New Black, Trivium, Lamb of God e Rise To Remain. Aliás, vou assistir aos show deles amanhã." Quanto ao Brasil ser um país que idolatra o heavy metal, ele ri: " Imagine se isso acontecesse em um lugar como o Polo Norte? Ter de ir todo ano para lá ia ser dureza", brinca. Para finalizar, pedimos para que Dickinson fizesse um exercício de futurologia e nos dissesse de que forma explicaria a seu neto como foram esses quase dois anos de turnê: "Contarei que um dia pessoas de verdade viajaram pelo mundo em enormes máquinas que voavam pelos céus. Fomos a diversos lugares onde milhares de pessoas vinham nos ver. Fazíamos tanto barulho que, na época em que meu neto nascer, esse barulho não será mais permitido. As pessoas bebiam muito, faziam sexo - o que será ilegal na época dele também. Ele me perguntaria se elas não seria hologramas. E eu responderei que não." Serviço Iron Maiden. Autódromo de Interlagos. Av. Senador Teotônio Vilela, 261. Dia 15, 20 h. R$ 140 a R$ 350. Vendas: 4003 -01527 ou www.livepass.com.br

Esqueça o velho ditado de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Quando se trata do heavy metal, o raio cai duas, três, quatro... quantas vezes forem necessárias. Indo na contramão do dito popular, o mês de março reserva para os famintos do som pesado mais seis apresentações da histórica turnê Somewhere Back In Time Tour, do Iron Maiden. Veja o serviço de todos os shows Antes que os agressores atirem suas interjeições ao retorno precoce (menos de um ano) de uma das maiores bandas da história do rock, o vocalista Bruce Dickinson explica o motivo: "Teremos o palco inteiro da turnê europeia. O Brasil merece isso. Queremos fazer em São Paulo o maior show da história do Iron Maiden na América do Sul", comentou o simpático Dickinson, por telefone, na quinta. A referida turnê europeia, dos clássicos da época de ouro do grupo, carregou toneladas a mais de equipamentos. Fogos, pirotecnia, bombas e um Eddie - o mascote gigante do grupo - extra ganharão os palcos de São Paulo e Rio. "Traremos o Eddie vestido de múmia desta vez, o mesmo da turnê do álbum Powerslave. Se levarmos 65 mil pessoas para Interlagos, teremos o maior show da história da banda", afirma o vocalista. Dickinson não se esqueceu do Rock in Rio, em 1985, quando mais de 200 mil pessoas se acotovelaram na Cidade do Rock. O vocalista apenas lembrou à reportagem que aquele era um festival com diversas outras bandas. "Talvez até transformemos o show de São Paulo em um DVD. Filmamos tudo, mas não posso afirmar nada ainda." A epopeia do Maiden no País terá início em Manaus, dia 12 de março, e entregará sua apoteose no dia 31, quando o grupo finaliza suas apresentações por aqui, no Recife. "Tudo o que sei sobre Manaus até agora é que fica no centro da Amazônia. Parece que vai ser algo muito louco e acho que ficarei fascinado quando chegar lá. Nunca temos muito tempo para visitar os locais dos shows, mas espero poder conhecer um pouco mais da Floresta Tropical." Para demonstrar sua ligação com o País, o cantor prometeu alterar o set list em relação aos shows que fez no ano passado. "Os fãs não perderão músicas longas como The Rime of the Ancient Mariner, mas vão se surpreender com clássicos dos três primeiros álbuns (Iron Maiden, Killers e The Number of the Beast)." Phantom of the Opera, canção épica do début do Iron Maiden, deve ser uma delas. Como em 2008, Aces High, The Trooper, Wasted Years e Hallowed be thy Name deverão levantar os headbangers que comparecerão ao autódromo. Além disso, o grupo quer fazer a première mundial do documentário Iron Maiden: Flight 666 no Rio, um dia antes da apresentação na Praça da Apoteose. "Devemos chamar a imprensa de todo o mundo para o evento. Ainda não tenho certeza de que isso acontecerá, mas estamos fazendo força nesse sentido." O longa mostra, justamente, a última passagem da trupe pela América do Sul e Austrália, em 2008, quando Bruce também fazia o papel de comandante da aeronave batizada de Ed Force One. "Ainda piloto em alguns trechos da turnê, mas por motivo das leis internacionais de aviação, sou obrigado a ter determinadas horas de descanso por dia. Queria pilotar mais", reclama Dickinson. No documentário, que já tem sua prévia na internet, será possível acompanhar a intimidade do grupo e passagens como a partida de futebol seguida por churrasco que Steve Harris e seus amigos fizeram em São Paulo. Já Bruce, diante das folgas que tem entre entrevistas e shows prefere exercitar a cabeça: "Eu estudo religião e medito o dia todo. (risos). Estou mentindo. Não somos pecadores, mas também não somos santos. Podemos até beber, sim, mas nada que ultrapasse o limite." Conhecido por seu bom humor, o vocalista, que completará 50 anos em agosto, mostra que segue à risca as características dos nascidos no signo de Leão. Além de dar as caras para milhares de pessoas durante a noite, Bruce é piloto profissional, professor de História, roteirista de cinema, apresentador da rádio e TV BBC na Inglaterra e esgrimista semiprofissional. Aparecido? "Pode até parecer, mas não fico procurando trabalho a todo momento. Os projetos aparecem em todos os lugares que vou. Para você ter uma ideia, nem agente eu tenho. " O filme que Dickinson lançou no ano passado se chama Chemical Wedding, homônimo a um de seus discos de carreira-solo, e conta a história do professor e mago Aleister Crowley. "Não é um filme de terror, como algumas pessoas podem imaginar. Ele funde diversos gêneros. É uma história de detetive com humor. Se podemos chamar o filme de alguma coisa é de cult, pois foi feito com muito pouco dinheiro." Se está nos planos de Dickinson continuar sua carreira no cinema, ele despista: "É incrível, mas muitas pessoas me chamaram para escrever roteiros depois da estreia de Chemical Wedding. O problema é que trabalhar em cima de um roteiro leva muito tempo." Segundo Bruce, a turnê do grupo será finalizada na Flórida, logo após os concertos no Brasil. "Já estamos há muito tempo viajando. Nosso próximo passo será gravar um álbum novo, mas não antes do Natal." No meio da entrevista, o vocalista convida os brasileiros a competirem com ele na esgrima. "Levarei todo o meu equipamento para a turnê da América Latina. Tenho um amigo na Argentina que é o técnico da seleção olímpica do país. Se a comunidade de esgrima no Brasil me convidar, estarei à disposição para jogar também." O FUTURO Em seu programa de rádio na BBC, ele teve privilégios como o de entrevistar os integrantes do Metallica assim que a banda lançou seu álbum Death Magnetic, no ano passado. Mas também não esquece de levar adiante o gênero que o acolheu tão bem. "Gosto de muitas bandas novas como Mastodon, The New Black, Trivium, Lamb of God e Rise To Remain. Aliás, vou assistir aos show deles amanhã." Quanto ao Brasil ser um país que idolatra o heavy metal, ele ri: " Imagine se isso acontecesse em um lugar como o Polo Norte? Ter de ir todo ano para lá ia ser dureza", brinca. Para finalizar, pedimos para que Dickinson fizesse um exercício de futurologia e nos dissesse de que forma explicaria a seu neto como foram esses quase dois anos de turnê: "Contarei que um dia pessoas de verdade viajaram pelo mundo em enormes máquinas que voavam pelos céus. Fomos a diversos lugares onde milhares de pessoas vinham nos ver. Fazíamos tanto barulho que, na época em que meu neto nascer, esse barulho não será mais permitido. As pessoas bebiam muito, faziam sexo - o que será ilegal na época dele também. Ele me perguntaria se elas não seria hologramas. E eu responderei que não." Serviço Iron Maiden. Autódromo de Interlagos. Av. Senador Teotônio Vilela, 261. Dia 15, 20 h. R$ 140 a R$ 350. Vendas: 4003 -01527 ou www.livepass.com.br

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