Farol Santander abre novo andar para exposições: ‘Somos o Cristo Redentor de São Paulo’, diz gestor


Agora, ao todo, nove andares do prédio serão dedicados a mostras permanentes ou temporárias. Carlos Trevi, do Santander, diz que instituição segue acreditando na recuperação do centro da cidade

Por Danilo Casaletti

O Farol Santander, prédio localizado no Centro Histórico de São Paulo, ganhará, a partir desta sexta-feira, 11, um novo andar expositivo. Com a abertura do Memória do 6, no 6º andar, a instituição agora terá nove andares para exposições.

Até os anos 1990, esse andar, de 400 metros quadrados, abrigava escritórios de apoio à presidência do banco Banespa, incorporado pelo Santander em 2000. Para essa reabertura, depois de ficar esse longo tempo fechado e vazio, o espaço, concebido na década de 1960, foi totalmente higienizado, restaurado e teve sua iluminação refeita. Uma atração à parte para os visitantes. A programação do andar tem curadoria de Ceres Storchi, Franz Manata e Nico Rocha.

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“Existia um sonho do banco de apresentar suas coleções, não apenas de artes visuais, mas também de memória bancária, numismática (moedas, células e medalhas), cartografia e mobiliária. Por isso, resolvemos abrir esse novo espaço”, diz Carlos Trevi, gestor do Farol Santander.

O Memória do 6, Trevi, abrigará tanto uma galeria permanente como exposições temporárias. A permanente trará, entre outros itens, um mobiliário original feito pelo Liceu de Artes e Ofícios, a maioria do final do século 19 e início do 20, provenientes de diversos bancos incorporados pelo Santander Brasil, entre eles, o Banco de São Paulo e o Banco Francês Italiano.

A sala 'A Onda', dentro do Memória do 6, novo andar do Farol Santander Foto: Leandro Andrade
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Esse mobiliário poderá ser visto na instalação A Onda, com diversas cadeiras de diferentes épocas e estilos, muitas delas penduradas no teto e nas paredes. Em A Cobra, uma série de documentos, objetos e maquinários bancários revelam o funcionamento dos bancos até a década de 1950. Entre as curiosidades, uma máquina de escrever com caracteres em japonês que pertenceu ao banco América do Sul e um livreto de criptografia para telegrama de 1906.

A sala 'A Onda' guarda peças e documentos bancários Foto: Leandro Andrade

A coleção de moedas traz exemplares de 1822 até 2024. Ao todo, são 1.710 delas. Na cenografia, há também os berços das moedas que o banco ainda não possui. Algo como um álbum de figurinhas para ser completado ao longo do tempo.

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“Os próprios visitantes nos cobravam um exposição numismática. As crianças são fascinadas pelo colecionismo. É assim que se desperta o gosto pelas coleções. Elas começam e, no futuro, esse acervo particular pode compor um museu”, avalia Trevi.

Fichas de atendimento bancário expostas no novo andar do Farol Santander Foto: Leandro Andrade

Na galeria temporária, para esta abertura, foram programados três diferentes percursos de artes visuais, com 29 obras ao todo. Em Cores das Cidades, há obras de André Lhote, Darel Valença Lins, Milton Dacosta, Carlos Bracher, entre outros artistas.

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O percurso Imaginários Brasileiros, dedicado às manifestações culturais, como festas, mitos, profissões e personagens que formaram a identidade do País, há obras de nomes como Clóvis Graciano, Emiliano Di Cavalcanti, Antonio Henrique Amaral, Djanira da Motta e Silva, Aurélia Rubião e Manezinho Araújo.

Em Natureza da Arte, com criações de Tomie Ohtake, Manfredo de Souzanetto, Ruben Ludoff, Manabu Mabe, Iberê Camargo, Tikashi Fukushima, entre outros, a natureza da arte se expressa de maneira livre.

Além de exibir as obras, o Memória do 6 vai mostrar detalhes das técnicas de pinturas, para abrir o conhecimento do público sobre o tema.

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A ideia é de que as exposições temporárias durem seis meses. A próxima, segundo Trevi, vai abordar o universo da escultura. “É muito importante essa dimensão didática. É por aí que as pessoas se encantam pela arte, pela beleza”.

O público do Farol Santander

Prédio do antigo Banespa (atual Farol Santander)  Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Segundo Carlos Trevi, o Farol Santander faz um pesquisa diária do público que frequenta o prédio da instituição - são cerca de mil pessoas por dia. Por isso, tem dados precisos. O mais curioso aponta que 50% dos visitantes são estrangeiros. O restante, 25% são moradores da capital paulista e os outros 25% é de turismo interno.

Segundo o gestor, ao contrário do que muitos pensam, esse público não é atraído pelo famoso mirante, localizado no 26º andar do prédio e que abriga também um café. “São as exposições. Isso aparece nas pesquisas. A vista lá de cima é um complemento, mas não o ponto principal”, afirma Trevi.

A abertura de mais um andar mostra que o Farol Santander segue apostando no Centro Histórico de São Paulo, apesar do processo de degradação que a área enfrenta nos últimos anos. “Todo mundo precisa acreditar no Centro para que tudo melhore. Eu tenho a pretensão de dizer que o Farol é o Cristo Redentor de São Paulo”, diz Trevi.

Uma prova disso é a próxima exposição com previsão de abertura para fim de outubro, batizada de São Paulo 3024, uma projeção de como a cidade será daqui a mil anos. Será imersiva, com o material feito por um grupo de artistas. O público poderá se fotografar em meio a prédios, parques e percursos de carros voadores.”Será positiva. Esse é meu DNA. Tem que ser para cima”, diz Trevi.

Atualmente, estão em cartaz no Farol Santander exposições como Iuri Sarmento - Suíte Barroca e Narciso - A Beleza Refletida.

Farol Santander

  • R. João Brícola, 24, Centro
  • De 3ª a domingo, 9h/20h
  • Ingresso: R$ 40 (único)

O Farol Santander, prédio localizado no Centro Histórico de São Paulo, ganhará, a partir desta sexta-feira, 11, um novo andar expositivo. Com a abertura do Memória do 6, no 6º andar, a instituição agora terá nove andares para exposições.

Até os anos 1990, esse andar, de 400 metros quadrados, abrigava escritórios de apoio à presidência do banco Banespa, incorporado pelo Santander em 2000. Para essa reabertura, depois de ficar esse longo tempo fechado e vazio, o espaço, concebido na década de 1960, foi totalmente higienizado, restaurado e teve sua iluminação refeita. Uma atração à parte para os visitantes. A programação do andar tem curadoria de Ceres Storchi, Franz Manata e Nico Rocha.

“Existia um sonho do banco de apresentar suas coleções, não apenas de artes visuais, mas também de memória bancária, numismática (moedas, células e medalhas), cartografia e mobiliária. Por isso, resolvemos abrir esse novo espaço”, diz Carlos Trevi, gestor do Farol Santander.

O Memória do 6, Trevi, abrigará tanto uma galeria permanente como exposições temporárias. A permanente trará, entre outros itens, um mobiliário original feito pelo Liceu de Artes e Ofícios, a maioria do final do século 19 e início do 20, provenientes de diversos bancos incorporados pelo Santander Brasil, entre eles, o Banco de São Paulo e o Banco Francês Italiano.

A sala 'A Onda', dentro do Memória do 6, novo andar do Farol Santander Foto: Leandro Andrade

Esse mobiliário poderá ser visto na instalação A Onda, com diversas cadeiras de diferentes épocas e estilos, muitas delas penduradas no teto e nas paredes. Em A Cobra, uma série de documentos, objetos e maquinários bancários revelam o funcionamento dos bancos até a década de 1950. Entre as curiosidades, uma máquina de escrever com caracteres em japonês que pertenceu ao banco América do Sul e um livreto de criptografia para telegrama de 1906.

A sala 'A Onda' guarda peças e documentos bancários Foto: Leandro Andrade

A coleção de moedas traz exemplares de 1822 até 2024. Ao todo, são 1.710 delas. Na cenografia, há também os berços das moedas que o banco ainda não possui. Algo como um álbum de figurinhas para ser completado ao longo do tempo.

“Os próprios visitantes nos cobravam um exposição numismática. As crianças são fascinadas pelo colecionismo. É assim que se desperta o gosto pelas coleções. Elas começam e, no futuro, esse acervo particular pode compor um museu”, avalia Trevi.

Fichas de atendimento bancário expostas no novo andar do Farol Santander Foto: Leandro Andrade

Na galeria temporária, para esta abertura, foram programados três diferentes percursos de artes visuais, com 29 obras ao todo. Em Cores das Cidades, há obras de André Lhote, Darel Valença Lins, Milton Dacosta, Carlos Bracher, entre outros artistas.

O percurso Imaginários Brasileiros, dedicado às manifestações culturais, como festas, mitos, profissões e personagens que formaram a identidade do País, há obras de nomes como Clóvis Graciano, Emiliano Di Cavalcanti, Antonio Henrique Amaral, Djanira da Motta e Silva, Aurélia Rubião e Manezinho Araújo.

Em Natureza da Arte, com criações de Tomie Ohtake, Manfredo de Souzanetto, Ruben Ludoff, Manabu Mabe, Iberê Camargo, Tikashi Fukushima, entre outros, a natureza da arte se expressa de maneira livre.

Além de exibir as obras, o Memória do 6 vai mostrar detalhes das técnicas de pinturas, para abrir o conhecimento do público sobre o tema.

A ideia é de que as exposições temporárias durem seis meses. A próxima, segundo Trevi, vai abordar o universo da escultura. “É muito importante essa dimensão didática. É por aí que as pessoas se encantam pela arte, pela beleza”.

O público do Farol Santander

Prédio do antigo Banespa (atual Farol Santander)  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo Carlos Trevi, o Farol Santander faz um pesquisa diária do público que frequenta o prédio da instituição - são cerca de mil pessoas por dia. Por isso, tem dados precisos. O mais curioso aponta que 50% dos visitantes são estrangeiros. O restante, 25% são moradores da capital paulista e os outros 25% é de turismo interno.

Segundo o gestor, ao contrário do que muitos pensam, esse público não é atraído pelo famoso mirante, localizado no 26º andar do prédio e que abriga também um café. “São as exposições. Isso aparece nas pesquisas. A vista lá de cima é um complemento, mas não o ponto principal”, afirma Trevi.

A abertura de mais um andar mostra que o Farol Santander segue apostando no Centro Histórico de São Paulo, apesar do processo de degradação que a área enfrenta nos últimos anos. “Todo mundo precisa acreditar no Centro para que tudo melhore. Eu tenho a pretensão de dizer que o Farol é o Cristo Redentor de São Paulo”, diz Trevi.

Uma prova disso é a próxima exposição com previsão de abertura para fim de outubro, batizada de São Paulo 3024, uma projeção de como a cidade será daqui a mil anos. Será imersiva, com o material feito por um grupo de artistas. O público poderá se fotografar em meio a prédios, parques e percursos de carros voadores.”Será positiva. Esse é meu DNA. Tem que ser para cima”, diz Trevi.

Atualmente, estão em cartaz no Farol Santander exposições como Iuri Sarmento - Suíte Barroca e Narciso - A Beleza Refletida.

Farol Santander

  • R. João Brícola, 24, Centro
  • De 3ª a domingo, 9h/20h
  • Ingresso: R$ 40 (único)

O Farol Santander, prédio localizado no Centro Histórico de São Paulo, ganhará, a partir desta sexta-feira, 11, um novo andar expositivo. Com a abertura do Memória do 6, no 6º andar, a instituição agora terá nove andares para exposições.

Até os anos 1990, esse andar, de 400 metros quadrados, abrigava escritórios de apoio à presidência do banco Banespa, incorporado pelo Santander em 2000. Para essa reabertura, depois de ficar esse longo tempo fechado e vazio, o espaço, concebido na década de 1960, foi totalmente higienizado, restaurado e teve sua iluminação refeita. Uma atração à parte para os visitantes. A programação do andar tem curadoria de Ceres Storchi, Franz Manata e Nico Rocha.

“Existia um sonho do banco de apresentar suas coleções, não apenas de artes visuais, mas também de memória bancária, numismática (moedas, células e medalhas), cartografia e mobiliária. Por isso, resolvemos abrir esse novo espaço”, diz Carlos Trevi, gestor do Farol Santander.

O Memória do 6, Trevi, abrigará tanto uma galeria permanente como exposições temporárias. A permanente trará, entre outros itens, um mobiliário original feito pelo Liceu de Artes e Ofícios, a maioria do final do século 19 e início do 20, provenientes de diversos bancos incorporados pelo Santander Brasil, entre eles, o Banco de São Paulo e o Banco Francês Italiano.

A sala 'A Onda', dentro do Memória do 6, novo andar do Farol Santander Foto: Leandro Andrade

Esse mobiliário poderá ser visto na instalação A Onda, com diversas cadeiras de diferentes épocas e estilos, muitas delas penduradas no teto e nas paredes. Em A Cobra, uma série de documentos, objetos e maquinários bancários revelam o funcionamento dos bancos até a década de 1950. Entre as curiosidades, uma máquina de escrever com caracteres em japonês que pertenceu ao banco América do Sul e um livreto de criptografia para telegrama de 1906.

A sala 'A Onda' guarda peças e documentos bancários Foto: Leandro Andrade

A coleção de moedas traz exemplares de 1822 até 2024. Ao todo, são 1.710 delas. Na cenografia, há também os berços das moedas que o banco ainda não possui. Algo como um álbum de figurinhas para ser completado ao longo do tempo.

“Os próprios visitantes nos cobravam um exposição numismática. As crianças são fascinadas pelo colecionismo. É assim que se desperta o gosto pelas coleções. Elas começam e, no futuro, esse acervo particular pode compor um museu”, avalia Trevi.

Fichas de atendimento bancário expostas no novo andar do Farol Santander Foto: Leandro Andrade

Na galeria temporária, para esta abertura, foram programados três diferentes percursos de artes visuais, com 29 obras ao todo. Em Cores das Cidades, há obras de André Lhote, Darel Valença Lins, Milton Dacosta, Carlos Bracher, entre outros artistas.

O percurso Imaginários Brasileiros, dedicado às manifestações culturais, como festas, mitos, profissões e personagens que formaram a identidade do País, há obras de nomes como Clóvis Graciano, Emiliano Di Cavalcanti, Antonio Henrique Amaral, Djanira da Motta e Silva, Aurélia Rubião e Manezinho Araújo.

Em Natureza da Arte, com criações de Tomie Ohtake, Manfredo de Souzanetto, Ruben Ludoff, Manabu Mabe, Iberê Camargo, Tikashi Fukushima, entre outros, a natureza da arte se expressa de maneira livre.

Além de exibir as obras, o Memória do 6 vai mostrar detalhes das técnicas de pinturas, para abrir o conhecimento do público sobre o tema.

A ideia é de que as exposições temporárias durem seis meses. A próxima, segundo Trevi, vai abordar o universo da escultura. “É muito importante essa dimensão didática. É por aí que as pessoas se encantam pela arte, pela beleza”.

O público do Farol Santander

Prédio do antigo Banespa (atual Farol Santander)  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo Carlos Trevi, o Farol Santander faz um pesquisa diária do público que frequenta o prédio da instituição - são cerca de mil pessoas por dia. Por isso, tem dados precisos. O mais curioso aponta que 50% dos visitantes são estrangeiros. O restante, 25% são moradores da capital paulista e os outros 25% é de turismo interno.

Segundo o gestor, ao contrário do que muitos pensam, esse público não é atraído pelo famoso mirante, localizado no 26º andar do prédio e que abriga também um café. “São as exposições. Isso aparece nas pesquisas. A vista lá de cima é um complemento, mas não o ponto principal”, afirma Trevi.

A abertura de mais um andar mostra que o Farol Santander segue apostando no Centro Histórico de São Paulo, apesar do processo de degradação que a área enfrenta nos últimos anos. “Todo mundo precisa acreditar no Centro para que tudo melhore. Eu tenho a pretensão de dizer que o Farol é o Cristo Redentor de São Paulo”, diz Trevi.

Uma prova disso é a próxima exposição com previsão de abertura para fim de outubro, batizada de São Paulo 3024, uma projeção de como a cidade será daqui a mil anos. Será imersiva, com o material feito por um grupo de artistas. O público poderá se fotografar em meio a prédios, parques e percursos de carros voadores.”Será positiva. Esse é meu DNA. Tem que ser para cima”, diz Trevi.

Atualmente, estão em cartaz no Farol Santander exposições como Iuri Sarmento - Suíte Barroca e Narciso - A Beleza Refletida.

Farol Santander

  • R. João Brícola, 24, Centro
  • De 3ª a domingo, 9h/20h
  • Ingresso: R$ 40 (único)

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