O governador Rodrigo Garcia entregou nesta quinta-feira (29) as obras da Pinacoteca Contemporânea, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. O novo espaço será integrado aos outros dois edifícios do museu – a Pinacoteca Luz e a Pinacoteca Estação. Com o terceiro prédio, a Pinacoteca de São Paulo passa a ser um dos maiores museus de arte da América Latina, podendo receber até 1 milhão de visitantes por ano. A abertura ao público ocorre em 25 de janeiro.
O investimento do governo de São Paulo foi de R$ 55 milhões. O governador agradeceu à família Gouvêa Telles, que completou os recursos necessários, R$ 30 milhões, sem lei de incentivo. O projeto foi pensado para ser integrado ao centenário Parque da Luz e aos bairros do Bom Retiro e da Luz.
Na proposta, foram mantidos os volumes arquitetônicos dos dois blocos de edifícios já existentes no terreno. Um mais antigo, atribuído ao escritório de Ramos de Azevedo, remanescente da primeira escola lá construída, e outro mais moderno, da década de 1950, de autoria do arquiteto Hélio Duarte. Conectando esses dois blocos, há uma grande praça pública coberta e um pavilhão onde está localizada a Galeria Praça, com 200 m², dois ateliês para atividades educativas e a loja do museu. A Grande Galeria, situada no subsolo, e um mezanino com vista para o parque da Luz, onde está localizada a cafeteria, complementam o projeto, inclusivo e acessível.
O museu recebe o público no dia 25 de janeiro com duas exposições inaugurais: uma coleção de obras do acervo da Pinacoteca vai ocupar a Grande Galeria e a artista coreana Haegue Yang, destaque do cenário internacional de arte contemporânea, estará na Galeria Praça.
O ingresso ao público será de R$ 20. No primeiro mês, a entrada para visitação das exposições não será cobrada. O funcionamento da Pinacoteca Contemporânea será de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h.
A reforma, assinada pelo escritório mineiro Arquitetos Associados, o mesmo do Instituto Inhotim, em Minas Gerais, manteve alguns aspectos da estrutura original, pois o prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. O novo espaço, segundo o diretor da Pinacoteca, Jochen Volz, não vai só expor arte contemporânea, mas ser, de fato, um museu contemporâneo, capaz de abrigar obras tridimensionais de grandes dimensões, como as da sul-coreana Haegue Yang.