Os leilões de arte contemporânea representaram US$ 17,08 bilhões em 2021, em parte graças às vendas online, um aumento de 60% na comparação com o ano anterior, segundo a Artprice, líder mundial em informações sobre o mercado de arte.O aumento foi de 28% em relação a 2019, de acordo com a empresa. "A crise de saúde acelerou de forma espetacular a desmaterialização do mercado de arte. Um total de 87% das 6.300 casas de leilões que a Artprice monitora já têm todos os recursos suficientes para organizar vendas online", disse à AFP o presidente da empresa, Thierry Ehrmann.
O total de lotes vendidos no mundo foi de 663.900, entre pinturas, esculturas, instalações, desenhos, fotografias, etc. "A arte contemporânea representa agora 20% do mercado, contra apenas 3% em 2000", disse Ehrmann. A China, com US$ 5,95 bilhões, representa 35% do mercado mundial (o valor inclui Hong Kong e Taiwan). Estados Unidos aparecem em seguida com US$ 5,79 bilhões, 34% do mercado. O Reino Unido, em pleno processo do Brexit, registrou queda na atividade, com US$ 1,99 bilhão, 10% a menos que em 2019. Em termos de lotes vendidos, Estados Unidos aparecem em primeiro lugar, seguidos pela França. A Coreia do Sul quadruplicou o volume de negócios, a US$ 237 milhões. As empresa Sotheby's y Christie's concentram 49% das vendas (respectivamente US$ 4,4 e 4 bilhões). O percentual de obras que encontraram comprador caiu para 31%, um mínimo histórico. Os artistas jovens, de 18 a 30 anos, se destacam no horizonte graças em boa parte aos NFT, uma espécie de certificado de autenticidade. O leilão desses "tokens", como são conhecidos no jargão da criptoarte, totalizou US$ 232,4 milhões. Os artistas vivos com as maiores cotações são Gerhard Richter e Banksy. De acordo com a Artprice, 1.186 obras de Bansky foram vendidas para um total de US$ 206 milhões.