'O homem segue uma estrutura geométrica', diz o escultor Tony Cragg


Um dos mestres da arte tridimensional britânica desembarca em São Paulo para apresentar suas esculturas no MuBE

Por Antonio Gonçalves Filho

Aos 70 anos e meio século de atividade artística, o artista britânico Tony Cragg abre neste sábado, 23, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), a exposição Espécies Raras, que reúne um conjunto de 43 esculturas e 70 desenhos, obras da década de 1980 até o presente. Cragg é um dos principais representantes do movimento que renovou a arte tridimensional na Grã-Bretanha nos anos 1980, como Bill Woodrow, quatro anos mais novo que ele, e Anish Kapoor, que retrabalhou sua herança estética indiana recorrendo a formas simbólicas e pigmentos naturais.

O artista plático e escultor inglês Tony Cragg Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Por essa época, Cragg desenvolvia um trabalho essencialmente experimental, oscilando entre instalações e assemblages com materiais diversos, de plástico a aço, de fibra de vidro ao bronze, recorrendo a objetos encontrados ao acaso, como Duchamp. A mostra do MuBE traz poucos exemplares desse tempo, mas tem esculturas dos anos 1990, quando Cragg desenvolveu trabalhos que dividiu em dois grupos, Formas Primordiais e Seres Racionais – esculturas que derivam da transmutação de estruturas geométricas e orgânicas. A exposição vai viajar por outras cidades, entre elas Curitiba (Museu Oscar Niemeyer) e Porto Alegre (Fundação Iberê Camargo).

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Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O articulador da retrospectiva do MuBE é o marchand Peter Cohn, da Dan Galeria, que representa Tony Cragg no Brasil. É sua primeira grande exposição institucional no País, embora tenha participado de grandes mostras na Argentina (em 2006), no Chile (2007) e no Peru (2007). Cohn se esforçou para trazer a mostra: cada escultura pesa em média de uma a duas toneladas. Elas saíram de navio de Roterdã, na Holanda, e subiram a serra em quatro contêineres. Além delas estarão expostos 70 desenhos do artista, que funcionam não como esboços – eles são autônomos –, mas como ponto de partida dessas esculturas, que usam materiais como aço, bronze, cerâmica, madeira, poliestireno e vidro.

Cragg, em entrevista ao Estado, no MuBE, reafirmou que raramente usa o computador para dar forma a essas esculturas, resultantes da justaposição de objetos, como Minster (1988), construída de anéis e engrenagens de aço, ou Eroded Landscape (1999), com várias camadas de objetos (copos, garrafas) ou ainda Secretions (1995), obra de formas circulares com dados agregados à superfície. As obras mais recentes têm outra natureza: são formas orgânicas (como as da série Seres Racionais) feitas de fibra de carbono ou poliestireno, originárias de desenhos gestuais que Cragg transforma em discos ovais sobrepostos verticalmente – elas são orgânicas por evocar estruturas de plantas e animais.

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Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“No entanto, elas são formas novas, pois não faria sentido replicar as já existentes”, observa Cragg, concluindo: “Tudo é material, mas há uma qualidade espiritual nele, para usar um conceito heideggeriano”. A figura humana sugerida por seus perfis anamórficos é um exemplo dessa tentativa de desvelar a estrutura interna das coisas. “Como um objeto, o homem, embora seja uma forma orgânica, segue rigorosamente uma estrutura geométrica”. O ser humano, diz, ainda está no limiar de descobrir novas formas, pois se apega demais à repetição – ele afirma que detesta a serialização por esse motivo, evitando repetir o que fez no passado. “Não posso nem pensar em instalações ou assemblages”, ri.

Isso explica a ausência de obras históricas como Britain Seen From the North (1981), um mapa fragmentado da Grã-Bretanha feito com pedaços de plástico, hoje uma ótima metáfora do estilhaçamento provocado pelo Brexit. “Não sou nacionalista nem faço obras políticas”, esclarece Cragg, que mora há anos na Alemanha e nem pensar em voltar.

Aos 70 anos e meio século de atividade artística, o artista britânico Tony Cragg abre neste sábado, 23, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), a exposição Espécies Raras, que reúne um conjunto de 43 esculturas e 70 desenhos, obras da década de 1980 até o presente. Cragg é um dos principais representantes do movimento que renovou a arte tridimensional na Grã-Bretanha nos anos 1980, como Bill Woodrow, quatro anos mais novo que ele, e Anish Kapoor, que retrabalhou sua herança estética indiana recorrendo a formas simbólicas e pigmentos naturais.

O artista plático e escultor inglês Tony Cragg Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Por essa época, Cragg desenvolvia um trabalho essencialmente experimental, oscilando entre instalações e assemblages com materiais diversos, de plástico a aço, de fibra de vidro ao bronze, recorrendo a objetos encontrados ao acaso, como Duchamp. A mostra do MuBE traz poucos exemplares desse tempo, mas tem esculturas dos anos 1990, quando Cragg desenvolveu trabalhos que dividiu em dois grupos, Formas Primordiais e Seres Racionais – esculturas que derivam da transmutação de estruturas geométricas e orgânicas. A exposição vai viajar por outras cidades, entre elas Curitiba (Museu Oscar Niemeyer) e Porto Alegre (Fundação Iberê Camargo).

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O articulador da retrospectiva do MuBE é o marchand Peter Cohn, da Dan Galeria, que representa Tony Cragg no Brasil. É sua primeira grande exposição institucional no País, embora tenha participado de grandes mostras na Argentina (em 2006), no Chile (2007) e no Peru (2007). Cohn se esforçou para trazer a mostra: cada escultura pesa em média de uma a duas toneladas. Elas saíram de navio de Roterdã, na Holanda, e subiram a serra em quatro contêineres. Além delas estarão expostos 70 desenhos do artista, que funcionam não como esboços – eles são autônomos –, mas como ponto de partida dessas esculturas, que usam materiais como aço, bronze, cerâmica, madeira, poliestireno e vidro.

Cragg, em entrevista ao Estado, no MuBE, reafirmou que raramente usa o computador para dar forma a essas esculturas, resultantes da justaposição de objetos, como Minster (1988), construída de anéis e engrenagens de aço, ou Eroded Landscape (1999), com várias camadas de objetos (copos, garrafas) ou ainda Secretions (1995), obra de formas circulares com dados agregados à superfície. As obras mais recentes têm outra natureza: são formas orgânicas (como as da série Seres Racionais) feitas de fibra de carbono ou poliestireno, originárias de desenhos gestuais que Cragg transforma em discos ovais sobrepostos verticalmente – elas são orgânicas por evocar estruturas de plantas e animais.

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“No entanto, elas são formas novas, pois não faria sentido replicar as já existentes”, observa Cragg, concluindo: “Tudo é material, mas há uma qualidade espiritual nele, para usar um conceito heideggeriano”. A figura humana sugerida por seus perfis anamórficos é um exemplo dessa tentativa de desvelar a estrutura interna das coisas. “Como um objeto, o homem, embora seja uma forma orgânica, segue rigorosamente uma estrutura geométrica”. O ser humano, diz, ainda está no limiar de descobrir novas formas, pois se apega demais à repetição – ele afirma que detesta a serialização por esse motivo, evitando repetir o que fez no passado. “Não posso nem pensar em instalações ou assemblages”, ri.

Isso explica a ausência de obras históricas como Britain Seen From the North (1981), um mapa fragmentado da Grã-Bretanha feito com pedaços de plástico, hoje uma ótima metáfora do estilhaçamento provocado pelo Brexit. “Não sou nacionalista nem faço obras políticas”, esclarece Cragg, que mora há anos na Alemanha e nem pensar em voltar.

Aos 70 anos e meio século de atividade artística, o artista britânico Tony Cragg abre neste sábado, 23, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), a exposição Espécies Raras, que reúne um conjunto de 43 esculturas e 70 desenhos, obras da década de 1980 até o presente. Cragg é um dos principais representantes do movimento que renovou a arte tridimensional na Grã-Bretanha nos anos 1980, como Bill Woodrow, quatro anos mais novo que ele, e Anish Kapoor, que retrabalhou sua herança estética indiana recorrendo a formas simbólicas e pigmentos naturais.

O artista plático e escultor inglês Tony Cragg Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Por essa época, Cragg desenvolvia um trabalho essencialmente experimental, oscilando entre instalações e assemblages com materiais diversos, de plástico a aço, de fibra de vidro ao bronze, recorrendo a objetos encontrados ao acaso, como Duchamp. A mostra do MuBE traz poucos exemplares desse tempo, mas tem esculturas dos anos 1990, quando Cragg desenvolveu trabalhos que dividiu em dois grupos, Formas Primordiais e Seres Racionais – esculturas que derivam da transmutação de estruturas geométricas e orgânicas. A exposição vai viajar por outras cidades, entre elas Curitiba (Museu Oscar Niemeyer) e Porto Alegre (Fundação Iberê Camargo).

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O articulador da retrospectiva do MuBE é o marchand Peter Cohn, da Dan Galeria, que representa Tony Cragg no Brasil. É sua primeira grande exposição institucional no País, embora tenha participado de grandes mostras na Argentina (em 2006), no Chile (2007) e no Peru (2007). Cohn se esforçou para trazer a mostra: cada escultura pesa em média de uma a duas toneladas. Elas saíram de navio de Roterdã, na Holanda, e subiram a serra em quatro contêineres. Além delas estarão expostos 70 desenhos do artista, que funcionam não como esboços – eles são autônomos –, mas como ponto de partida dessas esculturas, que usam materiais como aço, bronze, cerâmica, madeira, poliestireno e vidro.

Cragg, em entrevista ao Estado, no MuBE, reafirmou que raramente usa o computador para dar forma a essas esculturas, resultantes da justaposição de objetos, como Minster (1988), construída de anéis e engrenagens de aço, ou Eroded Landscape (1999), com várias camadas de objetos (copos, garrafas) ou ainda Secretions (1995), obra de formas circulares com dados agregados à superfície. As obras mais recentes têm outra natureza: são formas orgânicas (como as da série Seres Racionais) feitas de fibra de carbono ou poliestireno, originárias de desenhos gestuais que Cragg transforma em discos ovais sobrepostos verticalmente – elas são orgânicas por evocar estruturas de plantas e animais.

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“No entanto, elas são formas novas, pois não faria sentido replicar as já existentes”, observa Cragg, concluindo: “Tudo é material, mas há uma qualidade espiritual nele, para usar um conceito heideggeriano”. A figura humana sugerida por seus perfis anamórficos é um exemplo dessa tentativa de desvelar a estrutura interna das coisas. “Como um objeto, o homem, embora seja uma forma orgânica, segue rigorosamente uma estrutura geométrica”. O ser humano, diz, ainda está no limiar de descobrir novas formas, pois se apega demais à repetição – ele afirma que detesta a serialização por esse motivo, evitando repetir o que fez no passado. “Não posso nem pensar em instalações ou assemblages”, ri.

Isso explica a ausência de obras históricas como Britain Seen From the North (1981), um mapa fragmentado da Grã-Bretanha feito com pedaços de plástico, hoje uma ótima metáfora do estilhaçamento provocado pelo Brexit. “Não sou nacionalista nem faço obras políticas”, esclarece Cragg, que mora há anos na Alemanha e nem pensar em voltar.

Aos 70 anos e meio século de atividade artística, o artista britânico Tony Cragg abre neste sábado, 23, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), a exposição Espécies Raras, que reúne um conjunto de 43 esculturas e 70 desenhos, obras da década de 1980 até o presente. Cragg é um dos principais representantes do movimento que renovou a arte tridimensional na Grã-Bretanha nos anos 1980, como Bill Woodrow, quatro anos mais novo que ele, e Anish Kapoor, que retrabalhou sua herança estética indiana recorrendo a formas simbólicas e pigmentos naturais.

O artista plático e escultor inglês Tony Cragg Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Por essa época, Cragg desenvolvia um trabalho essencialmente experimental, oscilando entre instalações e assemblages com materiais diversos, de plástico a aço, de fibra de vidro ao bronze, recorrendo a objetos encontrados ao acaso, como Duchamp. A mostra do MuBE traz poucos exemplares desse tempo, mas tem esculturas dos anos 1990, quando Cragg desenvolveu trabalhos que dividiu em dois grupos, Formas Primordiais e Seres Racionais – esculturas que derivam da transmutação de estruturas geométricas e orgânicas. A exposição vai viajar por outras cidades, entre elas Curitiba (Museu Oscar Niemeyer) e Porto Alegre (Fundação Iberê Camargo).

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O articulador da retrospectiva do MuBE é o marchand Peter Cohn, da Dan Galeria, que representa Tony Cragg no Brasil. É sua primeira grande exposição institucional no País, embora tenha participado de grandes mostras na Argentina (em 2006), no Chile (2007) e no Peru (2007). Cohn se esforçou para trazer a mostra: cada escultura pesa em média de uma a duas toneladas. Elas saíram de navio de Roterdã, na Holanda, e subiram a serra em quatro contêineres. Além delas estarão expostos 70 desenhos do artista, que funcionam não como esboços – eles são autônomos –, mas como ponto de partida dessas esculturas, que usam materiais como aço, bronze, cerâmica, madeira, poliestireno e vidro.

Cragg, em entrevista ao Estado, no MuBE, reafirmou que raramente usa o computador para dar forma a essas esculturas, resultantes da justaposição de objetos, como Minster (1988), construída de anéis e engrenagens de aço, ou Eroded Landscape (1999), com várias camadas de objetos (copos, garrafas) ou ainda Secretions (1995), obra de formas circulares com dados agregados à superfície. As obras mais recentes têm outra natureza: são formas orgânicas (como as da série Seres Racionais) feitas de fibra de carbono ou poliestireno, originárias de desenhos gestuais que Cragg transforma em discos ovais sobrepostos verticalmente – elas são orgânicas por evocar estruturas de plantas e animais.

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“No entanto, elas são formas novas, pois não faria sentido replicar as já existentes”, observa Cragg, concluindo: “Tudo é material, mas há uma qualidade espiritual nele, para usar um conceito heideggeriano”. A figura humana sugerida por seus perfis anamórficos é um exemplo dessa tentativa de desvelar a estrutura interna das coisas. “Como um objeto, o homem, embora seja uma forma orgânica, segue rigorosamente uma estrutura geométrica”. O ser humano, diz, ainda está no limiar de descobrir novas formas, pois se apega demais à repetição – ele afirma que detesta a serialização por esse motivo, evitando repetir o que fez no passado. “Não posso nem pensar em instalações ou assemblages”, ri.

Isso explica a ausência de obras históricas como Britain Seen From the North (1981), um mapa fragmentado da Grã-Bretanha feito com pedaços de plástico, hoje uma ótima metáfora do estilhaçamento provocado pelo Brexit. “Não sou nacionalista nem faço obras políticas”, esclarece Cragg, que mora há anos na Alemanha e nem pensar em voltar.

Aos 70 anos e meio século de atividade artística, o artista britânico Tony Cragg abre neste sábado, 23, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), a exposição Espécies Raras, que reúne um conjunto de 43 esculturas e 70 desenhos, obras da década de 1980 até o presente. Cragg é um dos principais representantes do movimento que renovou a arte tridimensional na Grã-Bretanha nos anos 1980, como Bill Woodrow, quatro anos mais novo que ele, e Anish Kapoor, que retrabalhou sua herança estética indiana recorrendo a formas simbólicas e pigmentos naturais.

O artista plático e escultor inglês Tony Cragg Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Por essa época, Cragg desenvolvia um trabalho essencialmente experimental, oscilando entre instalações e assemblages com materiais diversos, de plástico a aço, de fibra de vidro ao bronze, recorrendo a objetos encontrados ao acaso, como Duchamp. A mostra do MuBE traz poucos exemplares desse tempo, mas tem esculturas dos anos 1990, quando Cragg desenvolveu trabalhos que dividiu em dois grupos, Formas Primordiais e Seres Racionais – esculturas que derivam da transmutação de estruturas geométricas e orgânicas. A exposição vai viajar por outras cidades, entre elas Curitiba (Museu Oscar Niemeyer) e Porto Alegre (Fundação Iberê Camargo).

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O articulador da retrospectiva do MuBE é o marchand Peter Cohn, da Dan Galeria, que representa Tony Cragg no Brasil. É sua primeira grande exposição institucional no País, embora tenha participado de grandes mostras na Argentina (em 2006), no Chile (2007) e no Peru (2007). Cohn se esforçou para trazer a mostra: cada escultura pesa em média de uma a duas toneladas. Elas saíram de navio de Roterdã, na Holanda, e subiram a serra em quatro contêineres. Além delas estarão expostos 70 desenhos do artista, que funcionam não como esboços – eles são autônomos –, mas como ponto de partida dessas esculturas, que usam materiais como aço, bronze, cerâmica, madeira, poliestireno e vidro.

Cragg, em entrevista ao Estado, no MuBE, reafirmou que raramente usa o computador para dar forma a essas esculturas, resultantes da justaposição de objetos, como Minster (1988), construída de anéis e engrenagens de aço, ou Eroded Landscape (1999), com várias camadas de objetos (copos, garrafas) ou ainda Secretions (1995), obra de formas circulares com dados agregados à superfície. As obras mais recentes têm outra natureza: são formas orgânicas (como as da série Seres Racionais) feitas de fibra de carbono ou poliestireno, originárias de desenhos gestuais que Cragg transforma em discos ovais sobrepostos verticalmente – elas são orgânicas por evocar estruturas de plantas e animais.

Obras de Tony Cragg em exposição no Mube Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“No entanto, elas são formas novas, pois não faria sentido replicar as já existentes”, observa Cragg, concluindo: “Tudo é material, mas há uma qualidade espiritual nele, para usar um conceito heideggeriano”. A figura humana sugerida por seus perfis anamórficos é um exemplo dessa tentativa de desvelar a estrutura interna das coisas. “Como um objeto, o homem, embora seja uma forma orgânica, segue rigorosamente uma estrutura geométrica”. O ser humano, diz, ainda está no limiar de descobrir novas formas, pois se apega demais à repetição – ele afirma que detesta a serialização por esse motivo, evitando repetir o que fez no passado. “Não posso nem pensar em instalações ou assemblages”, ri.

Isso explica a ausência de obras históricas como Britain Seen From the North (1981), um mapa fragmentado da Grã-Bretanha feito com pedaços de plástico, hoje uma ótima metáfora do estilhaçamento provocado pelo Brexit. “Não sou nacionalista nem faço obras políticas”, esclarece Cragg, que mora há anos na Alemanha e nem pensar em voltar.

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